902 resultados para Philosophy of religion
Resumo:
Oriundo da fusão de pensamentos de duas dissertações de Mestrado, o presente trabalho propõe-se a averiguar as relações e inter-relações existentes entre ethos e cultura como base real de um presumível contrato de convivência e sobrevivência do gênero humano nas atuais circunstâncias. Subsiste o fato de que o espetáculo do progresso científico não conseguiu conter a inquietude no ser humano, que continua na sua busca por respostas para os por quês da vida. O Ensino Religioso surge, neste contexto, como área de conhecimento que propõe um debruçar-se sobre as questões fundamentais da existência humana. O enraizamento da transcendência é a cultura. E, se a transcendência se expressa para a maioria dos indivíduos através da religião, torna-se imprescindível para a educação trabalhar o fenômeno religioso como elemento que compõe e constitui a identidade do sujeito. Buscar a conexão existente entre ethos e cultura significa ir ao encontro das expectativas de fundo da humanidade no seu modo de ser, de perceber e conceber a realidade, o tempo e a transcendência. Tudo isso no contexto da multiculturalidade, no qual o docente, no seu papel de mediador, deve estar preparado para compreender e fazer compreender as inúmeras faces, símbolos e significados das várias religiões ou orientações filosóficas presentes na sua sala de aula, nesta busca pelo Absoluto e pela Verdade, inerente a todo o ser humano, por mais diversa que seja a sua cultura.
Resumo:
O envelhecimento, a doença, o luto, a certeza da morte, claro, mas também o significado da procriação, a solidão, a banalidade do dia-a-dia – tudo, diz um filósofo –,nos oferece uma oportunidade de nos sentirmos perdidos se formos apenas morais. O sentido da vida é um problema espiritual que, desaparecida a grande religião, permanece, ou para nos atormentar ou para resolver os nossos tormentos.
Resumo:
Este ensaio analisa o modo como as vias através das quais a razão humana, definida como um instrumento para eliminar os obstáculos da existência, na deriva da civilização resultaram frequentemente em “eliminações racionais” dos potenciais inimigos e de pessoas comuns.O autor realça esses processos desumanos com base em vários exemplos da história moderna. Começa com a Revolução Francesa até chegar ao século XX coma experiência devastadora dos totalitarismos, acabando por lembrar os massacres do Ruanda.
Resumo:
Por que razão a necessidade religiosa tem sido tão asperamente anti-progressista? Porque é que os pobres têm procurado tanto o “evangelismo/ /carismatismo”? Porque é que os antigos movimentos progressistas, incluindo alguns ramos da Acção Católica, se foram esvaziando, enquanto os Novos Movimentos Eclesiais se enchiam de gente, alguma dela trânsfuga do progressismo? Por que motivo os deserdados do Islão rejeitaram a sua “Teologia da Libertação”? Porque é que o extremismo islâmico recruta tanto nas classes médias e nas universidades? Como explicar a tendência para o culto religioso desinstitucionalizado, individual ou familiar?
Resumo:
Considere-se a importância das diferenças religiosas na própria construção identitária. Ela traz consigo a força dialética das antíteses; alternativas às sínteses sociais, teológicas, morais, ideológicas, políticas e eclesiásticas dominantes, oferecendo, a partir do confronto, a oportunidade de escolha entre uma ou outra alternativa. A divergência teológica possibilita essa reflexão sobre atitudes adotadas, apresentando o “novo” enquanto possibilidade. Não se há de negar o fato de que tudo em que hoje se acredita, formou-se em diálogos e conflitos com a alteridade.
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«A escrita da história assume também uma dimensão profética e entra ao serviço da afirmação de uma consciência nacionalizante; e, através de uma hermenêutica inteligentemente orientada, os escritores/cartógrafos da nacionalidade formulam as suas críticas em relação ao presente e advertem os contemporâneos, em tom profético, em relação aos riscos do futuro. Mas esta nostalgia não se fecha em si própria. Transforma-se em instrumento de combate, de crítica, abrindo para o sentido da esperança no seu intento de desvelamento e antecipação teleológica.»
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According to divine premotionism, God does not merely create and sustain the universe. He also moves all secondary causes to action as instruments without undermining their intrinsic causal efficacy. I explain and uphold the premotionist theory, which is the theory of St Thomas Aquinas and his most prominent exponents. I defend the premotionist interpretation of Aquinas in some textual detail, with particular reference to Suarez and to a recent paper by Louis Mancha. Critics, including Molinists and Suarezians, raise various objections to the view that premotion is compatible with genuine secondary causation. I rebut a number of these objections, in the course of which I respond to the central challenge that premotionism destroys free will. I also offer a number of positive reasons for embracing the premotionist theory.
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Following the overview of his life, I will discuss in depth various theme that Miller presents in his writing by closely analyzing four of Miller's plays. I will give you a brief setting into which Miller wrote the various plots.
Resumo:
A ciência da natureza humana é o projeto de Hume que concerne à toda sua filosofia –estética, ética, política, teoria do conhecimento, história, economia, filosofia da religião, etc. – coisa de que jamais poderíamos dar conta, dado a natureza do trabalho de mestrado. Por isso, contentamo-nos em falar apenas da fundamentação da ciência da natureza humana, referente à investigação acerca da origem das ideias e operações do entendimento, ou da investigação sobre as causas e os poderes ocultos do entendimento humano, com base no método experimental. A questão a que o nosso trabalho visa a lançar luz é precisamente esta: o que é uma ciência da natureza humana baseada no método experimental? Essa será, pois, a nossa tarefa adiante. Julgamos que, a partir de uma abordagem holística e científica da mente humana, Hume tenta explicar a natureza dos poderes ou faculdades intelectuais, sobretudo suas limitações e sua fragilidade. Sendo, pois, a base da ciência do homem o método experimental, o qual, por sua vez, tem o seu fundamento sólido na experiência e na observação, então é preciso perguntar: como e em que medida o uso de tal método tornou-se imprescindível à filosofia moral – isto é, às questões filosóficas de modo geral – e que tangem à ciência da natureza humana? Compreender isso é compreender a etapa inicial do projeto filosófico humiano, ou seja, o estudo do entendimento humano que, por sua vez, subdivide-se em dois momentos, a saber: (1) A ciência da mente, pela qual Hume mostra as limitações de nossas faculdades e poderes intelectuais e (2) o ceticismo que é, pois, as consequências desse estudo, a constatação da fragilidade e das limitações do entendimento humano. Nesse sentido, sentimo-nos livres para falar de algumas reflexões tanto do Tratado quanto da primeira Investigação, muitas vezes de maneira indistinta, tentando ressaltar que tais obras, quando comparadas, podem revelar o amadurecimento de um mesmo projeto filosófico que é a ciência da natureza humana. E este é exatamente o fio condutor de nossa pesquisa: como uma ciência da natureza humana é projetada por Hume e em que medida é possível falar do amadurecimento de seus propósitos? Com este exame inicial, poderemos responder alguns problemas acerca da visão pela qual Hume foi falsamente apontado como um cético radical. Apresentaremos por que a crítica sobre a sua “teoria das ideias” elaborada pelos filósofos do senso comum não considera importantes pontos de sua ciência da mente, gerando muitos mal-entendidos na posteridade. Em suma, no Capítulo 1 deste trabalho, examinaremos o que seria o projeto filosófico de Hume e, por meio desse exame, tentaremos apresentar, no Capítulo 2, as bases em que essa ciência da mente construída por Hume está sustentada. No capítulo 3, mostraremos que a interpretação cético-destrutiva da posteridade está equivocada, na medida em que desconsidera os meios que Hume encontrou à sua fundamentação da ciência da natureza humana.
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While it is only in recent decades that scholars have begun to reconsider and problematize Buddhist conceptions of “freedom” and “agency,” the thought traditions of Asian Buddhism have for many centuries struggled with questions related to the issue of “liberation”—along with its fundamental ontological, epistemological and ethical implications. With the development of Marxist thought in the mid to late nineteenth century, a new paradigm for thinking about freedom in relation to history, identity and social change found its way to Asia, and confronted traditional religious interpretations of freedom as well as competing Western ones. In the past century, several attempts have been made—in India, southeast Asia, China and Japan—to bring together Marxist and Buddhist worldviews, with only moderate success (both at the level of theory and practice). This paper analyzes both the possibilities and problems of a “Buddhist materialism” constructed along Marxian lines, by focusing in particular on Buddhist and Marxist conceptions of “liberation.” By utilizing the theoretical work of Japanese “radical Buddhist” Seno’o Girō, I argue that the root of the tension lies with conceptions of selfhood and agency—but that, contrary to expectations, a strong case can be made for convergence between Buddhist and Marxian perspectives on these issues, as both traditions ultimately seek a resolution of existential determination in response to alienation. Along the way, I discuss the work of Marx, Engels, Gramsci, Lukàcs, Sartre, and Richard Rorty in relation to aspects of traditional (particularly East Asian Mahāyāna) Buddhist thought.
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R. G. Collingwood’s philosophical analysis of religious atonement as a dialectical process of mortal repentance and divine forgiveness is explained and criticized. Collingwood’s Christian concept of atonement, in which Christ TeX the Atonement (and also TeX the Incarnation), is subject in turn to another kind of dialectic, in which some of Collingwood’s leading ideas are first surveyed, and then tested against objections in a philosophical evaluation of their virtues and defects, strengths and weaknesses. Collingwood’s efforts to synthesize objective and subjective aspects of atonement, and his proposal to solve the soteriological problem as to why God becomes flesh, as a dogma of some Christian belief systems, is finally exposed in adversarial exposition as inadequately supported by one of his main arguments, designated here as Collingwood’s Dilemma. The dilemma is that sin is either forgiven or unforgiven by God. If God forgives sin, then God’s justice is lax, whereas if God does not forgive sin, then, also contrary to divine nature, God lacks perfect loving compassion. The dilemma is supposed to drive philosophy toward a concept of atonement in which the sacrifice of Christ is required in order to absolve God of the lax judgment objection. God forgives sin only when the price of sin is paid, in this case, by the suffering and crucifixion of God’s avatar. The dilemma can be resolved in another way than Collingwood considers, undermining his motivation for synthesizing objective and subjective facets of the concept of atonement for the sake of avoiding inconsistency. Collingwood is philosophically important because he asks all the right questions about religious atonement, and points toward reasonable answers, even if he does not always deliver original philosophically satisfactory solutions.
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