984 resultados para FROTIS VAGINAL
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OBJETIVOS: Investigar o efeito de um programa individualizado e supervisionado de exercícios para os músculos do assoalho pélvico (MAP) no pós-parto de multíparas e verificar a correlação entre dois métodos de medida de força dos MAP. MÉTODOS: Conduziu-se um ensaio clínico aberto em que foram incluídas puérperas, multíparas com idade entre 18 e 35 anos. A amostra foi de 23 puérperas divididas em dois grupos: Grupo Intervenção (GI, n=11) e Grupo Controle (GC, n=12). As puérperas do GI participaram de um programa de exercícios para os MAP durante oito semanas, com frequência de duas vezes por semana. As puérperas do GC não receberam orientação quanto à prática de exercícios. A força dos MAP foi medida em duas oportunidades, utilizando-se a palpação vaginal digital e o perineômetro. A análise estatística foi realizada através dos seguintes testes: exato de Fisher, do c², t de Student, Kolmogov-Smirnov para duas amostras e coeficiente de correlação de Pearson. Foi considerado como significativo p<0,05. RESULTADOS: A média de idade das participantes do GI foi de 24±4,5 anos e do GC foi de 25,3±4 anos (p=0,4). Após o programa de exercícios, verificou-se diferença significativa entre os grupos nas duas medidas da força muscular (p<0,001). Os dois métodos de medida da força muscular apresentaram correlação significativa nas duas avaliações (1ª avaliação: r=0,889, p<0,001; 2ª avaliação: r=0,925, p<0,001). CONCLUSÕES: O programa de exercícios resultou em aumento significativo da força dos MAP. Verificou-se boa correlação entre a palpação vaginal digital e o perineômetro, indicando que a palpação vaginal pode ser utilizada na prática clínica por ser um método de baixo custo e que demonstrou uma correlação significativa com um método objetivo, o perineômetro.
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PURPOSE: To evaluate the effectiveness and the safety of orally administered misoprostol in comparison to intravenously infused oxytocin for labor induction in term pregnant women. METHODS: Between 2008 and 2010, a total of 285 term pregnant women whom were candidate for vaginal delivery were assessed for eligibility to enter the study. Twenty five patients were excluded for different reasons; and 260 included women were randomly assigned to one of the two groups according to the method of treatment, misoprostol or oxytocin. The misoprostol group received 25 µg every 2 hours for up to 24 hours for induction. The oxytocin group received an infusion of 10 IU which was gradually increased. The time from induction to delivery and induction to the beginning of the active phase and successful inductions within 12, 18, and 24 hours were recorded. The trial is registered at irct.ir, number IRCT2012061910068N1. RESULTS: Failure of induction, leading to caesarean section was around 38.3% in the oxytocin group and significantly higher than that of the misoprostol group (20.3%) (p<0.001). Despite the more prevalent failure in the oxytocin group, the mean time intervals from induction to active phase and labor of this group were both significantly less than the misoprostol group (10.1±6.1 and 13.2±7.7 versus 12.9±5.4 and 15.6±5.1 hours respectively, both p-values were <0.05). Maternal and fetal complications were comparable between groups except gastrointestinal symptoms which were encountered more frequently in the misoprostol (10.9 versus 3.9%, p=0.03). CONCLUSIONS: Misoprostol is a safe and effective drug with low complications for the induction of labor. Failure is seen less with misoprostol and caesarean sections are less frequently indicated as compared to oxytocin.
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PURPOSE: To evaluate changes to the pelvic floor of primiparous women with different delivery modes, using three-dimensional ultrasound. METHODS: A prospective cross-sectional study on 35 primiparae divided into groups according to the delivery mode: elective cesarean delivery (n=10), vaginal delivery (n=16), and forceps delivery (n=9). Three-dimensional ultrasound on the pelvic floor was performed on the second postpartum day with the patient in a resting position. A convex volumetric transducer (RAB4-8L) was used, in contact with the large labia, with the patient in the gynecological position. Biometric measurements of the urogenital hiatus were taken in the axial plane on images in the rendering mode, in order to assess the area, anteroposterior and transverse diameters, average thickness, and avulsion of the levator ani muscle. Differences between groups were evaluated by determining the mean differences and their respective 95% confidence intervals. The proportions of levator ani muscle avulsion were compared between elective cesarean section and vaginal birth using Fisher's exact test. RESULTS: The mean areas of the urogenital hiatus in the cases of vaginal and forceps deliveries were 17.0 and 20.1 cm², respectively, versus 12.4 cm² in the Control Group (elective cesarean). Avulsion of the levator ani muscle was observed in women who underwent vaginal delivery (3/25), however there was no statistically significant difference between cesarean section and vaginal delivery groups (p=0.5). CONCLUSION: Transperineal three-dimensional ultrasound was useful for assessing the pelvic floor of primiparous women, by allowing pelvic morphological changes to be differentiated according to the delivery mode.
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PURPOSE: To examine obstetric outcomes in the second birth of women who had undergone a previous cesarean delivery. METHODS: This was a large hospital-based retrospective cohort study. We included pregnant women who had a previous delivery (vaginal or cesarean) attending their second birth from 2001 to 2009. Main inclusion criteria were singleton pregnancies and delivery between a gestation of 24 and 41 weeks. Two cohorts were selected, being women with a previous cesarean delivery (n=7,215) and those with a vaginal one (n=23,720). Both groups were compared and logistic regression was performed to adjust for confounding variables. The obstetric outcomes included uterine rupture, placenta previa, and placental-related complications such as placental abruption, preeclampsia, and spontaneous preterm delivery. RESULTS: Women with previous cesarean delivery were more likely to have adverse outcomes such as uterine rupture (OR=12.4, 95%CI 6.8-22.3), placental abruption (OR=1.4, 95%CI 1.1-2.1), preeclampsia (OR=1.4, 95%CI 1.2-1.6), and spontaneous preterm delivery (OR=1.4, 95%CI 1.1-1.7). CONCLUSIONS: Individuals with previous cesarean section have adverse obstetric outcomes in the subsequent pregnancy, including uterine rupture, and placental-related disorders such as preeclampsia, spontaneous preterm delivery, and placental abruption.
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OBJETIVO: Foi descrever e comparar a preferência pela via de parto entre gestantes nulíparas e primíparas, e verificar se a vivência anterior do parto exerce influência no processo de parturição. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal prospectivo. Foram realizadas 100 entrevistas com questionários previamente elaborados com 56 gestantes nulíparas e 44 primíparas. Os dados categóricos e quantitativos foram avaliados pelo qui-quadrado ou Teste Exato de Fisher. O nível de significância utilizado para os testes foi de 0,05. RESULTADOS: Das gestantes, 60,7% das nulíparas e 70,5% das primíparas relataram preferir o parto por via vaginal. Ao se analisar as respostas sobre ter recebido informações suficientes sobre o tipo de parto, a existência ou não de influências na escolha pela via de parto e a preferência da via de parto pelo parceiro, não foram evidenciadas diferenças significativas entre os dois grupos (p>0,05). CONCLUSÃO: O presente estudo permitiu concluir que a vivência anterior do parto não exerce influência na expectativa do processo de parturição nem na escolha por determinada via de parto. As mulheres, ao optarem pela via de parto, buscam garantir a saúde materna e do neonato, bem como evitar o processo de dor e sofrimento.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência e identificar fatores associados ao exame citopatológico do colo do útero em atraso (realizado há mais de três anos) entre mães com filhos menores de dois anos de idade que frequentaram o exame pré-natal. MÉTODOS: Estudo transversal, de base populacional, com inquérito domiciliar. Os critérios de inclusão foram: mulheres com filhos menores de dois anos, residentes na Zona Norte do município de Juiz de Fora (MG), na data da entrevista. Utilizou-se amostragem complexa com estratificação e conglomeração. Aplicou-se um questionário que abordou questões demográficas e socioeconômicas, além de informações sobre o pré-natal e as práticas de prevenção do câncer do colo do útero. Para análise estatística dos fatores associados, foi utilizado o teste do χ² e, posteriormente, o modelo de regressão logística com as variáveis que apresentaram nível de significância menor ou igual a 0,05 na análise bivariada. RESULTADOS: Encontrou-se uma prevalência de exame em atraso de 26,6% (IC95% 21,3 - 32,6), incluindo as mulheres que nunca se submeteram ao exame citopatológico (CP) do colo do útero anteriormente. As variáveis com associação significativa à não submissão ao exame no prazo estipulado foram: estado civil casada (OR 0,5; IC95% 0,2 - 0,9) e separada/viúva (OR 0,1; IC95% 0,02 - 0,8), ter se submetido ao exame ginecológico no pré-natal (OR 0,3; IC95% 0,1 - 0,6) e número de consultas pré-natal (OR 0,09; IC95% 0,03 - 0,25 para mais de 11 consultas), todos fatores de proteção. CONCLUSÕES: A prevalência de exame citopatológico atualizado está ligeiramente abaixo do indicado pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, o fato de ter frequentado o pré-natal não foi determinante para garantir a realização do exame citopatológico segundo periodicidade recomendada.
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OBJETIVO: Descrever as práticas e cuidados com a área genital de mulheres universitárias. MÉTODOS: Estudo analítico descritivo, que analisou os hábitos e costumes de 364 estudantes de uma universidade pública do Estado de São Paulo quanto ao uso de roupas íntimas, piercings corporais, tatuagens, depilação e práticas sexuais. Um questionário com 42 perguntas avaliou as práticas habituais mais comuns das universitárias. Todas as perguntas foram autorrespondidas e os questionários, sem qualquer identificação, foram colocados em urnas lacradas para garantir o sigilo das informações. As respostas foram tabuladas em planilha Microsoft® Excel 2007 para obtenção de análise univariável. RESULTADOS: A média de idade das universitárias estudadas foi de 21 anos (DP±2,7), sendo 84% brancas. Participaram do estudo voluntárias das áreas de biológicas (50%), exatas (29%) e humanas (21%). Observou-se que 61,8% das entrevistadas usam calcinhas de algodão, porém, ao mesmo tempo, 75,4% usam calças jeans apertadas, e que somente 18,4% deixam de usar calcinha para dormir. Apenas uma participante relatou ter piercing genital e nenhuma tinha tatuagem. A maioria das universitárias faz depilação genital, sendo que aproximadamente um terço delas o faz de forma completa. Após depilar, dois terços usam produtos como anti-inflamatórios e/ou hidratantes na região. Apenas 62% usam camisinha masculina e 17,6% lubrificante na relação sexual. Metade pratica sexo oral receptor; 17,9% sexo anal e 26,6% delas relatam ter dor no ato sexual. Corrimento vaginal foi relatado após a relação sexual em 25,6% dos casos. CONCLUSÃO:Mulheres jovens de universidade pública brasileira têm muitos hábitos inadequados de cuidados relacionados à sua área genital. Não costumam usar piercings ou tatuagens genitais, mas relatam ter dor no ato sexual e corrimento vaginal após o sexo em um grande número de casos.
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Aggressive angiomyxoma is a rare, slow-growing soft tissue tumor that usually arises in the pelvis and perineal regions of women in reproductive age, with a marked tendency to local recurrence. Because of its rarity, it is often initially misdiagnosed. Surgical resection is the main treatment modality of aggressive angiomyxoma. We describe a case of a vaginal aggressive angiomyxoma in a 47-year-old woman in which the diagnosis was only made after histological examination. The etiology, presentation, diagnosis and management of this rare tumor are outlined. Angiomyxoma of vulva and vagina refers to a rare disease. Pre-operative diagnosis is difficult due to rarity and absence of diagnostic features, but it should be considered in every mass in genital, perianal and pelvic region in a woman in the reproductive age. Thus, these cases should have complete radiological workup before excision, as pre-diagnosis can change the treatment modality and patient prognosis'.
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OBJETIVO: Analisar os achados citológicos de mulheres detectadas com adenocarcinoma do colo do útero, levando em conta o histórico da paciente no ano que antecedeu ao diagnóstico e a histopatologia das lesões. MÉTODOS: Este é um estudo comparativo, retrospectivo conduzido com dados de mulheres com adenocarcinoma ou com carcinoma escamoso do colo do útero detectados entre 2002 e 2008. Os laudos da citologia foram sintetizados de acordo com a terminologia Bethesda revisada em 2001 e foram comparados com a histopatologia de adenocarcinoma e de carcinoma escamoso. Foram verificadas as distribuições dos achados citológicos, a concordância global e corrigida pelo acaso com o uso do coeficiente Kappa de Cohen. Para isso, as alterações citológicas foram agregadas de acordo com a origem epitelial, formando os grupos de células glandulares e de células escamosas, tendo como padrão ouro os grupos de tumor histopatologicamente confirmados (adenocarcinoma versus carcinoma escamoso). RESULTADOS: No período, 284 casos de câncer do colo uterino foram diagnosticados. Os casos efetivamente estudados compreenderam 27 e 54 pacientes com adenocarcinoma e com carcinoma escamoso, respectivamente. O grupo de adenocarcinoma representou 9,5% do total diagnosticado, com 56% das mulheres com idade inferior a 50 anos. A coleta da citologia foi feita em média 92 dias antes do diagnóstico do câncer (variação: 19 dias a 310 dias). Em 41,6% dos casos, a citologia que precedeu o diagnóstico do adenocarcinoma foi indicativa de alterações glandulares do tipo adenocarcinoma e atipias de células glandulares. A concordância simples foi de 73,7% e o coeficiente Kappa de 48,7%, sugerindo moderada concordância. CONCLUSÃO: Nesta população, a citologia teve um importante papel no rastreio de mulheres com adenocarcinoma, embora algumas delas tenham sido referidas para esclarecer sintomas clínicos. A concordância entre os achados da citologia e da histopatologia foi moderada.
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OBJETIVO: Avaliar a prevalência da Síndrome Climatérica (SC) em mulheres de São Luís, Maranhão, uma das regiões menos desenvolvidas do Nordeste brasileiro.MÉTODOS: Estudo descritivo e exploratório de corte transversal, tipo inquérito populacional domiciliar. Foram selecionadas 1.210 mulheres climatéricas de 45 a 60 anos de idade em São Luís, Maranhão, Brasil. As entrevistas foram aplicadas por meio de questionários, no período de abril a julho de 2008, contendo variáveis sociodemográficas, status menopausal e intensidade dos sintomas climatéricos (índices circulatório e psicológico), sendo que para estes últimos foi realizada a sua associação com os períodos pré e pós-menopausal. A técnica de Análise Correspondência Múltipla (ACM) foi utilizada para avaliar a inter-relação entre os sintomas climatéricos.RESULTADOS: A maioria das pacientes tinha entre 55 a 60 anos (35,3%), era de cor parda (37,9%), com 9 a 11 anos de escolaridade (39,8%), com parceiro (56%), católica (73,9%) e de classe social C (51,1%). A prevalência da SC foi de 85,9%, destacando-se fogachos (56,4%) e sudorese (50,4%) como os sintomas vasomotores mais prevalentes. Os sintomas psicológicos mais frequentes foram nervosismo (45%) e irritabilidade (44,8%). Houve predomínio do ressecamento vaginal (62,7%) como a queixa urogenital mais prevalente. A intensidade dos sintomas vasomotores e psicológicos foi significativamente mais elevada nas fases de peri e pós-menopausa (p<0,05).CONCLUSÃO: A prevalência da SC foi elevada em mulheres dessa cidade do Nordeste do Brasil.
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PURPOSE: To investigate protein expression and mutations in phosphatase and tensin homolog (PTEN) in patients with stage IB cervical squamous cell carcinoma (CSCC) and the association with clinical-pathologic features, tumor p53 expression, cell proliferation and angiogenesis.METHODS:Women with stage IB CSCC (n=20 - Study Group) and uterine myoma (n=20 - Control Group), aged 49.1±1.7 years (mean±standard deviation, range 27-78 years), were prospectively evaluated. Patients with cervical cancer were submitted to Piver-Rutledge class III radical hysterectomy and pelvic lymphadenectomy and patients in the Control Group underwent vaginal hysterectomy. Tissue samples from the procedures were stained with hematoxylin and eosin for histological evaluation. Protein expression was detected by immunohistochemistry. Staining for PTEN, p53, Ki-67 and CD31 was evaluated. The intensity of PTEN immunostaining was estimated by computer-assisted image analysis, based on previously reported protocols. Data were analyzed using the Student's t-test to evaluate significant differences between the groups. Level of significance was set at p<0.05.RESULTS:The PTEN expression intensity was lower in the CSCC group than in the Control (benign cervix) samples (150.5±5.2 versus 204.2±2.6; p<0.001). Our study did not identify any mutations after sequencing all nine PTEN exons. PTEN expression was not associated with tumor expression of p53 (p=0.9), CD31 (p=0.8) or Ki-67 (p=0.3) or clinical-pathologic features in patients with invasive carcinoma of the cervix.CONCLUSIONS: Our findings demonstrate that the PTEN protein expression is significantly diminished in CSCC.
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A esquistossomose mansoni, endemia encontrada em diferentes áreas do território brasileiro, constitui um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Formas ectópicas da doença podem acometer o sistema reprodutor feminino, constituindo um tipo raro de infecção pelo S. mansoni. Paciente com 26 anos queixava-se de corrimento vaginal, dispareunia e dor à palpação do hipogástrio. No exame ginecológico foi observado pólipo endocervical, que foi biopsiado. O exame histológico evidenciou vários granulomas envolvendo ovos degenerados e viáveis de Schistosoma mansoni. Tratada com praziquantel, retornou assintomática após quatro semanas do tratamento. Corrimento vaginal e dispareunia podem ser causas secundárias de cervicite por Schistosoma mansoni. Pesquisa de ovos em esfregaço vaginal de rotina ou exame histológico devem fazer parte da avaliação ginecológica de pacientes de área endêmica, com o objetivo de rastrear forma ectópica da esquistossomose do trato genital feminino.
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OBJETIVO: Descrever os resultados perinatais na ruptura prematura das membranas pré-termo.MÉTODOS: Estudo observacional do tipo coorte retrospectivo, realizado no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - IMIP, de janeiro de 2008 a dezembro de 2012. Foram incluídas 124 gestantes com ruptura prematura das membranas pré-termo, com feto único e idade gestacional <35 semanas. Gestantes com malformações fetais, síndromes hipertensivas, diabetes e diagnóstico de infecção na admissão foram excluídas. As gestantes foram internadas para realização de conduta conservadora, sendo realizada corticoterapia, antibioticoterapia e tocólise com nifepina, se necessário. Os resultados foram apresentados como distribuição de frequências e medidas de tendência central e de dispersão.RESULTADOS: Dezessete mulheres (13,7%) tinham idade gestacional menor que a 24asemana. As médias foram as seguintes: idade materna - 25,7 anos, idade gestacional no diagnóstico da ruptura prematura das membranas pré-termo - 29 semanas, índice de líquido amniótico - 3,5 cm e período de latência - 10,5 dias. A maioria das mulheres desencadeou o trabalho de parto espontâneo até a 30a semana, e a taxa de parto vaginal foi de 88,2%. A principal complicação materna foi a corioamnionite (34,7%). A sepse neonatal foi observada em 12%, e a mortalidade perinatal foi de 21,5% no grupo a partir da 24asemana e de 76,5% nas gestantes antes da 24a semana.CONCLUSÕES: Na ruptura prematura das membranas pré-termo, foi observada uma baixa frequência de morbidade e mortalidade materna, porém com altas taxas de complicações e óbito perinatais, sugerindo que outros protocolos de conduta nessas pacientes sejam estudados.
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INTRODUÇÃO: A patogênese da endometriose profunda (EPF) é incerta. O fator de transcrição homeoboxA10 (HOXA10) regula a conferência de identidade tecidual de útero ao ducto paramesonéfrico indiferenciado. HOXA10 é expresso em endometriose ovariana, peritoneal, pulmonar e reto-vaginal, relacionando-o à patogênese da endometriose. Estradiol e progesterona ativam a transcrição do gene HOXA10. Nesse estudo, avaliamos a expressão proteica de HOXA10, das isoformas α (ER-α) e β (ER-β) dos receptores de estrogênio, e do receptor de progesterona AB (PR-AB) e sua isoforma B (PR-B) na lesão (LES) e no tecido muscular liso perilesional (TMLP) de endometriose de reto-sigmoide (ERS), durante as fases proliferativa e secretora do ciclo.MÉTODOS: Amostras de LES e TMLP de ERS de 18 pacientes (9 operadas em cada fase) foram agrupadas em blocos de microarranjos de tecidos (tissue microarray). Após preparação imunoistoquímica, avaliamos as amostras por microscopia ótica (MO) e por um softwareespecífico, a análise morfométrica (AM).RESULTADOS: HOXA10 foi expresso no estroma de LES de ERS durante a fase secretora. ER-α e ER-β foram expressos em glândulas e estroma de LES e TMLP de ERS durante ambas as fases do ciclo. PR-AB e PR-B foram expressos em glândulas e estroma de LES de ERS durante ambas as fases do ciclo. A expressão de HOXA10 correlacionou-se diretamente com PR-AB e PR-B na ERS. Não houve correlação entre ER-α e ER-β com HOXA10, PR-AB ou PR-B em nenhuma fase do ciclo ou local de expressão de ERS.CONCLUSÕES: HOXA10 é expresso em ERS, fora do seu eixo espacial de expressão. HOXA10 pode ser necessário para conferir a identidade "de novo" na EPF, incluindo ERS, favorecendo a hipótese da origem embrionária da doença. A progesterona pode ativar o gene HOXA10 e regular esta ação, possivelmente mediada por PR-B. A ação mitógena do estradiol na ERS é mediada por ER-α e ER-β.
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OBJETIVO: Analisar os casos de rotura uterina e deiscência de cicatriz uterina ocorridos em uma maternidade de baixo risco e apontar possibilidades de aprimoramento na abordagem dessas complicações.MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo em uma maternidade de baixo risco com 30 leitos, que presta assistência às usuárias do sistema público de saúde. A investigação foi realizada por meio de busca dos casos em livros de registros de sala de parto e posterior leitura dos prontuários para coleta dos dados. As informações foram inseridas em formulário previamente elaborado para este estudo. Foram incluídos os casos de rotura uterina e deiscência de cicatriz uterina diagnosticados no período de 1998 a 2012, avaliados incidência, aspectos relacionados aos fatores de risco e diagnóstico, associação com o uso de misoprostol e ocitocina e desfechos observados.RESULTADOS: No período mencionado foram registrados 39.206 partos nessa instituição. A cesárea foi a conduta adotada em 10 mil partos, o que equivale a uma taxa de 25,5%. Foram identificados 12 casos de rotura uterina e 16 de deiscência de cicatriz uterina. Os resultados mais relevantes foram a alta mortalidade perinatal associada à rotura uterina e o insucesso no diagnóstico da complicação. Não foi possível demonstrar associações com o uso de misoprostol ou ocitocina.CONCLUSÃO: Os desfechos adversos da rotura uterina podem ser minimizados se esforços forem direcionados para melhorar o desempenho diagnóstico das equipes assistentes.