1000 resultados para Controle de infecções dentárias
Resumo:
Os autores descrevem os resultados de investigações realizadas pelo Instituto Oswaldo Cruz, com material colhido pelo Serviço de Epidemiologia de Brasília, de casos paralíticos, durante um periódo de 13 meses (janeiro de 1964 a janeiro de 1965). De um total de 47 materiais examinados, foram isoladas 28 amostras de Polivírus do tipo 1, 4 do tipo 2 e duas não-pólio. Destas, uma mostrou-se patogênica para o camundongo recém-nascido, onde as lesões histopatológicas foram compatíveis com as reproduzidas por uma amostra do grupo Coxsackie A. A distribuição por idade dos pacientes sugere a necessidade de serem os grupos etários de até, no máximo, 4 anos de idade, os que devem ser fundamentalmente atingidos por campanhas de imunização contra a poliomielite, na região estudada.
Resumo:
Neste trabalho são descritas infecções naturais por Toxoplasma em um Macacca mulatta e em um Cebus apella, ambos tendo apresentado curto período de doença. Ambos se infectaram no cativeiro: o primeiro no biotério do laboratório, onde havia outros mamíferos com toxoplasmose experimental, e o segundo, na casa dos seus donos, em Jacarepaguá, on se habituara a comer carne crua como parte da alimentação. Nessa casa viviam outros platirrinos, entre os quais 2 Cebus libidinosus (um casal), os quais apresentaram Reação de Sabin-Feldman positiva (1:64), do mesmo modo que o tratador dos animais. Microscòpicamente, observaram-se nos 2 animais mortos de toxoplasmose espontânea lesões necróticas no fígado e baço, com a presença de toxoplasmas livres e intracelulares, isolados ou em associação, com maior ou menor número de indivíduos. No Cebus, no qual foi feita autópsia completa, foram observadas lesões e parasitos na suprarenal; e lesões moderadas no encéfalo, mas sem parasitos. É feita uma revisão das infecções naturais por Toxoplasma em primatas não humanos. Em mais de 60 anos de estudos do Txoplasma, foram descritas infecções naturais em apenas 31 exemplares de 18 espécies: 3 Prosimii, 10 Platyrrhinus e 5 Catharrhinus. A baixa freqüência da toxoplasmose no símios em geral é relacionada aos seus hábitos alimentares vegetarianos e insetífagos e à ecologia arborícola. A maior incidência nos platirrinos é relacionada à sua mais fácil domesticação e conseqüente mudança dos hábitos alimentares.
Resumo:
Após uma revisão da toxoplasmose experimental em primatas não humanos, são relatadas as tentativas, sem êxito, para provocar toxoplasmose aguda e fatal em dois rhesus (Macacca mulatta), um infante e outro jovem, por inoculação e reinoculação de uma amostra humana, usando diferentes vias e doses maciças e ainda com a ministração de decametasona. Do mesmo modo, não teve sucesso a tentativa para induzir a doença fatal em um Cebus apella adulto, pela via peritoneal. Porém a toxoplasmose-infecção nesses 3 animais, foi comprovada pela elevação da temperatura (39 a 41ºC), pela positividade da reação de Sabin-Feldman (1:64 - 1:256) e pelo isolamento de toxoplasmas em camundongos inoculados com material do Cebus. Por outro lado, em um Callithrix jacchus pela inoculação peritoneal, foi provocada doença grave e fatal com focos necróticos e abundãncia de toxoplasmas no baço e fígado, e isolamento dos parasitas em camundongo. De 54 símios do Nõvo Mundo, submetidos a RSF, todos foram negativos, com exceção de um Saimiri que se mostrou positivo a 1:16 (18%). Uma análise do problema Toxoplasmose-Primatas não humanos, com o apoio na revisão da literatura e nas nossas próprias observações (ver também o trabalho anterior) permite as seguintes conclusões: em seu habitat natural os primatas não humanos não são expostos ao Toxoplasma. Isso deve estar relacionado aos hábitos arborícolas e à sua alimentação vegetariana e insetívora; b) os casos descritos de toxoplasmose natural nos símios se referem a animais de cativeiro; e, mesmo nestas condições, é excepcional a infecção espontânea dos catarrinos; c) os catarrinos apresentam, além disso uma grande resistência à indução da toxoplasmose experimental, a qual não é devida à presença de anticorpos circulantes. Essa resistência parece não ser rompida pela administração de corticosteróides; embora às vêzes o seja pela inoculação de doses maciças de toxoplasmas, e geralmente nos animais jovens; d) essa resistência é menor nos platirrinos e parece não existir nos platirrinos inferiores e nos Prosimii.
Resumo:
"A refratariedade das galinhas ao T. (S.) cruzi, ocorre desde o nascimento e não é eliminada pela bursectomia hormonal. Noventa e oito pintos de 1 a 15 dias de vida (normais ou tratados com testosterona) inoculados com o T. (S.) cruzi foram negativos. Deste modo, dificilmente a refratariedade poderia ser interpretada como decorrência de um "anticorpo natural", uma vez que a bursectomia provoca uma queda na produção de anticorpos e das gamaglobulinas. Em cerca de 50% de ovos embrionados (normais ou tratados com o hormônio) foram vistos flagelados do 4º ao 12º dia de inoculação, observando-se ninhos de amastigotos em alguns embriões. Os pintos nascidos dos mesmos grupos dos ovos examinados e positivos, foram sistematicamente negativos pelo exame do sangue. Um deles sacrificado horas depois de nascido, mostrou amastigotos no coração, mas esses parasitos pareciam degenerados. Provavelmente, se alguns chegam a evoluir para tripomastigotos, estes são destruídos á medida que as células hospedeiras se rompem, e assim jamais são encontrados no sangue circulante.
Resumo:
Em 24 (82,7%) de 29 pacientes com infecção urinária por Klebsiella pneumoniae isolamos a mesma espécie a partir de amostras fecais. Estudamos 24 cepas urinárias e 219 cepas fecais encontrando 50 biótipos distintos (em média quatro biótipos por amostra fecal). Em dez (34,4%) dos 29 pacientes o biótipo de uma ou mais cepas fecais corresponderam ao biotipo da cepa urinária - sem encontrarmos associação entre a simultaneidade e a prévia cateterização vesical (p>0,05). Na resistotipagem - utilizando quatro substâncias químicas previamente escolhidas entre 34 produtos testados (verde brilhante, verde malaquita, telurito de potássio e cloreto mercúrico) encontramos 16 resistotipos distintos. Em 14 (58,3%), dos 24 casos houve detecção do mesmo resistotipo em cepa(s) fecal(is) e urinária do mesmo paciente, entretanto, só em cinco (20,9%) dos casos houve concordância com a biotipagem na indicação de simultaneidade. A concordância de resultados quanto à ausência ou presença de biotipos ou resistotipos simultâneos, na urina e nas fezes, foi de somente 54,2%. A presença de resistência aos íons telurito e mercúrio, entre cepas fecais e cepas urinárias, no mesmo paciente, estava significativamente associada (p<0,001).
Resumo:
O BCG, em solução lipídica, injetado por via intravenosa, foi capaz de reverter a imunosupressão humoral provocada pelo mastocitoma P-815, em camundongos singênicos DBA/2, aumentando tanto o número de células formadoras de placas hemolíticas quanto os títulos de anticorpos hemaglutinantes do soro. Não foram encontradas diferenças significativas nos títulos de anticorpos hemaglutinantes da classe IgG. Nenhum efeito bloqueador pôde ser notado na progressão normal do tumor.
Resumo:
Estudamos 59 Escherichia coli uropatogênicas (ECUP) obtidas de pacientes com infecção urinária e 30 E. coli originárias das fezes de indivíduos normais. Cada amostra originou-se de um paciente ou controle. Verificamos que 44% e 3,3% respectivamente eram hemolíticas em meio sólido segundo a origem. Apenas 15% das ECUP hemolíticas produziram alfa-hemolisina, isoladamente ou em associação com ß-hemolisina. A alfa-hemolisina correspondeu a 92% das amostras com atividade hemolítica. Não encontramos correlação entre títulos de alfa-hemolisina e o sítio de origem das ECUP (infecção alta ou baixa). Em 71% das ECUP e 30% das E. coli fecais detectamos a produção de citotoxina com ação citocida para linhagens celulares epitelióides como Vero, He-La e Hep-2 e pouco ativa para fibroblastos de embrião de galinha. A produção desta citotoxina não apresenta correlação com a síntese de hemolisinas. Não verificamos associação entre títulos citotóxicos e origem das ECUP. Certas características biológicas desta citotoxina como a resposta morfológica que determina nas células, o aumento dos títulos citotóxicos com o tempo, sua atividade citocida irreversível e sua termolabilidade sugerem analogia com a Verotoxina (VT) de E. coli. As células afetadas pela citoxina inicialmente mostram aspecto estrelado, tornam-se arredondadas e finalmente desprendem-se do seu suporte. É sugerido que a produção de citotoxina por E. coli aderidas às mucosas do trato urinário possa contribuir para a agressão ao uroepitélio.
Resumo:
A extensa área em que há transmissão de esquistossomose (11% do território do país) e o fato de que a distribuição é sempre focal, dependente de condições locais, faz com que o controle seja metodológica e operacionalmente difícil. Desde o ano de 1976, com o Programa Especial de Controle da Esquistossomose (PECE), tem sido cumpridas atividades regulares, desde então sistematizadas em um programa vertical, que assim se manterá até que se alcance taxas de prevalência iguais ou inferiores a 5% em exames coproscópicos, rotineiramente realizados sob a forma de inquéritos que orientam o tratamento humano. A partir daí, os serviços permanentes de saúde deverão assumir as ações de controle. O uso de moluscicidas vem sendo racionalizado, a partir de uma melhor definição dos criadouros de importância epidemiológica. O saneamento e as atividades de educação em áreas localizadas, e nos limites dos recursos disponíveis, são ações complementares algumas vezes, desenvolvidas, em caráter até aqui mais ou menos esporádico. Os resultados colhidos indicam claramente a redução do número de casos de forma grave da doença, e a redução da morbidade, quando examinados os dados a um maior nível de agregação.