1000 resultados para Ciências Humanas


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O texto tem três camadas. A primeira apresenta a construção semântica do conceito filosófico de "humanismo" a partir dos artiens medievais (século XIII), chegando ao seu clímax na Renascença, identificado com a obra de Pico de La Mirândola e sua mística da "suficiência e dignidade da natureza humana". A segunda camada do texto é a crítica que o reformador Lutero e o jansenista Pascal fazem ao "humanismo" e sua mística, concentrando essa crítica na idéia de que nada no comportamento humano sustenta um tal conceito, e que, portanto, se trata de uma abstração sem fundamento, e não de um fato empírico. Na terceira e última camada, analisam-se os desdobramentos desse embate, indicando que, possivelmente, os críticos cristãos do humanismo teriam acertado na sua dúvida com relação à viabilidade de um tal "culto ridículo da natureza humana".

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O artigo pretende examinar os antecedentes do conceito pascaliano de natureza humana, desde a matriz aristotélica da idéia de natureza, passando pela absorção do conceito pelo pensamento cristão de Agostinho e Tomás, pela constituição do conceito teológico de pura natureza na escolástica tardia e sua crítica por Jansenius. Pascal aprofunda essa crítica, mostrando que a completude e a suficiência pressupostas na idéia de pura natureza são incompatíveis com a atual condição do homem, embora a infelicidade humana aponte para o fato de que a natureza humana permanece relevante como uma exigência irrealizável.

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Este trabalho busca explicar o que se deve entender por "desproporção do homem" no fragmento La 199. Ele tenta estabelecer a tese segundo a qual a desproporção do homem descreve um fechamento do homem em sua posição de centro de referência para o e no conhecimento: este caráter central designa a primazia epistemológica que, de fato, traduz a posição do homem cartesiano na natureza, isto é, face a ela. É por isso que o La 199 é uma crítica radical ao conceito cartesiano de infinito como nome de Deus.

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O presente artigo parte da proposição de uma "pedagogia do conceito" segundo Deleuze e Guattari. Com base na mesma, isola-se e explora-se a idéia de que todo pensamento exige, como sua condição interna, "traços relacionais". Dos traços relacionais definidos pela pedagogia do conceito, enfatiza-se o "amigo" como personagem que caracteriza um dado pensamento. Procura-se, em seguida, definir, panoramicamente, o que seriam o amigo e a paisagem da amizade em filosofias como a de Platão, Nietzsche, Heidegger e Foucault.

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O trabalho discute alguns elementos comuns nas argumentações de Hegel e Wittgenstein contra a idéia de que objetividade deriva de uma pura receptividade. Discuto o impacto das observações de Wittgenstein sobre o que torna uma maneira de seguir regras correta para a maneira como pensamos em correção, contato com o mundo e verdade. Considero essas observações à luz do modo como Hegel faz uso de algumas idéias de Kant e como este uso ilumina o modo como podemos pensar no contato do nosso pensamento com o mundo. Entram na discussão algumas posições recomendadas contemporaneamente por filósofos como McDowell, Hornsby e Brandom. Termino sugerindo uma maneira de pensar na verdade que não invoca a imagem da adequatio intellectus ad rem e na objetividade que procura levar em conta os argumentos de Hegel e Wittgenstein contra a possibilidade de acesso ao mundo sem a interferência de práticas conceituais.

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O objetivo do texto é propor uma interpretação da obra de Hume que permita uma outra maneira de refutação ao contratualismo, diversa da refutação "oficial", baseada, aquela interpretação, no conceito de artifício, significativamente diferente do artifício criado pelos contratualistas, oposição esta a que a tradição de comentaristas da filosofia política humeana, de maneira geral, não faz referência, quando se trata da refutação ao contratualismo.

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Este texto propõe-se identificar o argumento do criador do conhecimento em Nietzsche. Com isso, não se objetiva reduzir o argumento a Nietzsche nem tampouco este àquele. Identificá-los significa aqui fazê-los convergir em pontos nos quais se tornam quase que indiscerníveis, postulando-se que tal semelhança já pressupõe suas diferenças. Pretende-se com tal procedimento intensificar o aspecto criador do pensamento de Nietzsche, bem como sugerir novo alcance para a nossa capacidade intelectual ao se tomar o vínculo entre conhecer e criar enquanto uma questão sobre a própria condição humana.

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Este trabalho analisa o fundacionismo epistemológico, uma das principais alternativas de resposta ao problema do regresso epistêmico. Em particular, o autor pretende sistematizar aquelas que entende serem as dificuldades básicas que a proposta fundacionista deve superar para resolver satisfatoriamente o problema do regresso. Para tanto, acompanha as duas vertentes principais pelas quais circula o fundacionismo contemporâneo, a saber, a vertente internalista e a vertente externalista. Nesse acompanhamento, as noções de "justificação epistêmica" e de "crença básica" são prioritariamente avaliadas.

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In this paper I defend the idea that rather than disrupting rationality, as the common-sense conception has done it, love may actually help us to develop rational ways of thinking and acting. I make the case for romantic or erotic love, since this is the kind of love that is more frequently associated with irrationality in acting and thinking. I argue that this kind of love may make us develop epistemic and practical forms of rationality. Based on an analysis of its characteristic action tendencies, I argue that love may help us to develop an instrumental form of rationality in determining the best means to achieve the object of love. It may also narrow down the number of practical considerations that may help us to achieve our goals. Finally, love may generate rational ways of belief-formation by framing the parameters taken into account in perception and attention, and by bringing into light only a small portion of the epistemic information available. Love may make us perceive reality more acutely.

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Este artigo reconstrói os momentos principais dos trabalhos de Dieter Henrich sobre a filosofia teórica de Immanuel Kant. Henrich procura esclarecer e recuperar os fundamentos da teoria do conhecimento de Kant, dos quais seus seguidores teriam se distanciado, a partir da análise da dedução transcendental das categorias. De início, Henrich investiga a estrutura da prova na dedução, comparando a primeira e a segunda edição da Crítica da Razão Pura. Em seguida, Henrich investiga no argumento kantiano a relação entre o princípio de identidade da consciência de si, por um lado, e objetividade, por outro. Por fim, estendendo a comparação à Crítica da Razão Prática, Henrich elucida o programa e a metodologia na dedução, mostrando como o "fato" legitimador se torna o elemento fundamental.