984 resultados para Cana-de-açucar - Variedades


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As famílias Convolvulaceae e Euphorbiaceae possuem diferentes espécies que infestam os canaviais de forma rápida e agressiva, especialmente em áreas cobertas pela palha remanescente da colheita que não foram queimadas. Essa infestação, associada às extensas áreas de cultivo, tem dificultado a operacionalidade do manejo químico exclusivamente durante a estação chuvosa do ano, levando aos produtores a necessidade de aplicar os herbicidas também no período de estiagem. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou estudar a persistência dos herbicidas aplicados durante o período de estiagem em resistir às intempéries climáticas até o início da estação chuvosa, avaliando-se o controle sobre as espécies dos gêneros de Ipomoea, Merremia e Euphorbia. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 42 tratamentos, distribuídos em esquema de parcelas subdivididas com seis repetições. Os herbicidas amicarbazone (1.050 g ha-1), imazapic (1.22,5 g ha-1), sulfentrazone (600 g ha-1) e as associações clomazone (1.000 g ha-1) + hexazinone (250 g ha-1), sulfentrazone (600 g ha-1) + diurom (936 g ha-1) + hexazinone (264 g ha-1), sulfentrazone (500 g ha-1) + amicarbazone (700 g ha-1) e testemunha foram alocados nas parcelas. As espécies Ipomoea nil, I. hederifolia, I. quamoclit, I. grandifolia, Merremia aegyptia e Euphorbia heterophylla foram semeadas diretamente no solo, cobertas com o equivalente a 15 t ha-1 de palha de cana-de-açúcar e alocadas nas subparcelas. Após a aplicação dos herbicidas, registraram-se 70 dias de ausência de chuvas e o estresse hídrico impossibilitou a avaliação de controle, devido à não emergência das plantas daninhas em todos os tratamentos. Entretanto, com o início da estação chuvosa aos 90 dias após o tratamento, iniciaram-se as avaliações de eficácia devido à emergência das plantas daninhas. Aos 150 DAT (dias após os tratamentos) os herbicidas sulfentrazone e sulfentrazone associado a amicarbazone foram os mais persistentes e apresentaram média de eficácia de controle superior a 85%, considerando todas as espécies, quando comparada à da testemunha.

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Existem muitas opções de herbicidas para aplicações em pré-emergência em cana-de-açúcar, mas o grande desafio atual para a cultura é o controle pós-emergente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do herbicida mesotrione em mistura com ametryn e metribuzin no controle em pós-emergência de 10 espécies daninhas semeadas em cana-de-açúcar, variedade RB 86-7515. As espécies daninhas selecionadas para o experimento foram: Brachiaria decumbens, Brachiaria plantaginea, Cenchrus echinatus, Digitaria horizontalis, Panicum maximum, Amaranthus deflexus, Bidens pilosa, Euphorbia heterophylla, Ipomoea nil e Sida glaziovii, semeadas nas entrelinhas após a emergência da cultura. Os herbicidas foram aplicados aos 45 dias após o plantio da cana-de-açúcar, com as plantas daninhas monocotiledôneas na fase de terceiro perfilho e as dicotiledôneas com três a quatro pares de folhas, e constaram dos seguintes tratamentos: mesotrione (120 g ha-1); ametryn (2.000 g ha-1); metribuzin (1.920 g ha-1); mesotrione + ametryn (120 g + 2.000 g ha-1); mesotrione + metribuzin (120 g + 1920 g ha-1) e testemunhas no mato e no limpo. Concluiu-se que os herbicidas isolados ou em mistura foram seletivos à cana-de-açúcar. Com relação à eficácia, observou-se que o herbicida mesotrione foi eficiente no controle de A. deflexus; ametryn, no controle de A. deflexus, B. pilosa e I. nil; metribuzin, no controle de A. deflexus, B. pilosa e S. glaziovii; mesotrione + ametryn, no controle de B. decumbens, B. plantaginea, D. horizontalis, P. maximum, A. deflexus, B. pilosa, I. nil e S. glaziovii; e mesotrione + metribuzin, no controle de B. plantaginea, D. horizontalis, P. maximum, A. deflexus, B. pilosa e S. glaziovii. Foi constatado elevado efeito sinergístico do mesotrione com os herbicidas testados, sendo o efeito mais pronunciado na mistura com o ametryn.

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O herbicida metribuzin é recomendado para o controle de plantas daninhas na cultura de cana-de-açúcar. Entretanto, seu comportamento em áreas com colheita mecânica, que deixa grande quantidade de palha sobre o solo, não é bem conhecido. Este trabalho objetivou avaliar a dinâmica do herbicida metribuzin aplicado sobre diferentes quantidades de palha de cana-de-açúcar, períodos e intensidades de chuvas após a aplicação. Foram realizados três ensaios para avaliar a dinâmica do metribuzin aplicado sobre a palha de cana-de-açúcar. No primeiro, foi avaliada a interceptação do herbicida por 0, 1, 2,5, 5, 7,5, 10, 15 e 20 t de palha de cana-de-açúcar por hectare. No segundo, avaliou-se a lixiviação do metribuzin em 5, 10, 15 e 20 t de palha por hectare sob simulação de chuva de 2,5, 5, 10, 15, 20, 35, 50 e 100 mm, um dia após a aplicação (DAA). No terceiro, foi avaliado o efeito dos intervalos de tempo entre a aplicação do herbicida e a primeira chuva na lixiviação do metribuzin (0, 1, 7, 14 e 28 dias) em 10 t de palha por hectare, em função das mesmas precipitações simuladas no segundo ensaio. Os resultados obtidos no segundo e terceiro ensaios foram ajustados pelo modelo de Mitscherlich. A quantificação do herbicida foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência. A quantidade de metribuzin que transpõe as diferentes quantidades de palha com simulação acumulada de 100 mm de chuva é diferenciada, sendo maior para 5 t ha-1 e menor para quantidades maiores, até 20 t ha-1. A simulação média de chuvas equivalentes a de 20 a 30 mm iniciais é suficiente para promover uma transposição maior que 99% do metribuzin. Este herbicida é retido quando aplicado sobre a palha de cana-de-açúcar e permanece por períodos de até 28 DAA sem chuva.

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Efeito hormótico é definido como o efeito estimulante de pequenas doses de substâncias, as quais em doses maiores são inibitórias. Esta pesquisa objetivou verificar, em casa-de-vegetação, o efeito de subdoses do herbicida gliphosate no desenvolvimento inicial de cana-de-açúcar. Plantas de cana-de-açúcar foram obtidas de gemas isoladas plantadas em vasos plásticos de 2,5 L. Aos 50 dias após o plantio, gliphosate foi aplicado nas doses de 0; 1,8; 3,6; 7,2; 18; 36; 72; 180; 360 e 720 g e.a. ha-1. Aos 0 e 25 dias após a aplicação (DAA) foram avaliados altura da planta, número de perfilhos, número de folhas verdes, número de folhas secas e estimativa do conteúdo de clorofila (índice SPAD). Aos 25 DAA também foram determinadas a massa fresca e seca da parte aérea e raízes das plantas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições. A dose de 1,8 g e.a. ha-1 de gliphosate estimulou as características de crescimento no desenvolvimento inicial da cana-de-açúcar. Esse efeito hormótico poderá ser utilizado como manejo da cultura para obter melhor exploração do ambiente de produção.

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Com o objetivo de estudar o efeito de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência, isolados e em combinações nas épocas seca e úmida, para o controle de melão-de-são-caetano (Momordica charantia) em área de cana-soca, desenvolveu-se um experimento no período de junho de 2007 a julho de 2008, na Fazenda Gabriela, no município de Bebedouro (SP). O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema de parcela subdividida. Nas parcelas foram estudados quatro tratamentos de herbicidas: imazapic (0,147 kg ha-1) e amicarbazone (1,4 kg ha-1), aplicados uma semana após a colheita da cana; clomazone mais hexazinone (0,8 kg ha-1 + 0,2 kg ha-1) e amicarbazone (1,4 kg ha-1), aplicados em agosto, aos 63 dias após a colheita da cana, pulverizados na época seca, além de tratamento sem aplicação. Nas subparcelas foram testadas as aplicações em pós-emergência de quatro tratamentos de herbicidas: mesotrione (0,192 kg ha-1), amicarbazone (1,4 kg ha-1), mesotrione mais amicarbazone (0,096 kg ha-1+ 0,7 kg ha-1) e 2,4-D (1,005 kg ha-1), na época úmida e a manutenção de tratamento sem herbicida. Para o controle de melão-de-são-caetano a aplicação de herbicidas na época úmida (período de chuvas) é obrigatória e desnecessária na época seca. Os herbicidas mesotrione e amicarbazone, isolados ou em mistura, aplicados na época úmida são eficazes no controle em pós-emergência das plantas e na inibição de novos fluxos de emergência de melão-de-são-caetano na época úmida.

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Avaliou-se o efeito da relação volumoso:concentrado e do tipo de volumoso nos rendimentos de carcaça e dos cortes comerciais, e sobre a composição dos tecidos e musculosidade da perna de 32 cordeiros Ile de France, terminados em confinamento, alimentados com silagem de milho ou cana-de-açúcar, em duas relações volumoso:concentrado: de 60:40 ou 40:60. Os cordeiros foram abatidos aos 32kg de peso corporal; calcularam-se o peso e o rendimento da carcaça quente (PCQ e RCQ). Após 24 horas de refrigeração, obtiveram-se o peso e o rendimento da carcaça fria (PCF e RCF), o rendimento verdadeiro e as perdas por resfriamento. As carcaças foram divididas em cinco cortes comerciais, paleta, lombo, perna, costelas e pescoço, e a perna foi dissecada em músculo, osso e gordura, calculando-se as relações músculo:osso e músculo:gordura, além do índice de musculosidade da perna. Os cordeiros alimentados com silagem de milho apresentaram maiores PCQ (16,05kg), PCF (15,61kg), RCQ (50,4%) e RCF (49,0%). O rendimento de lombo foi menor nos cordeiros alimentados com cana-de-açúcar (9,1%). A cana-de-açúcar e a silagem de milho nas duas relações volumoso:concentrado estudadas não afetaram as proporções de osso, músculo e gordura e musculosidade da perna, e podem constituir a dieta desses animais sem diminuir as proporções desses tecidos, responsáveis pela qualidade da carne.

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O presente estudo traz informações sobre a utilização da madeira de duas variedades de Sclerolobium paniculatum (var. subvelutinum e rubiginosum) em propriedades rurais do sul do Maranhão, a análise anatômica do lenho e a correlação destas características com o uso da madeira. Foram realizadas entrevistas com 17 agricultores residentes na zona rural dessa região, com a finalidade de se conhecer a utilização destas variedades nas propriedades rurais. As variedades subvelutinum Benth. e rubiginosum (Mart. ex Tul. ) Benth. são conhecidas na região como cachamorra-preta e cachamorra-branca, respectivamente, sendo a primeira mais utilizada na confecção de cercados. Para o estudo anatômico do lenho, foram coletados discos à altura do peito de três indivíduos de cada variedade e, destes, obtidas amostras do cerne, na região de transição com o alburno. As amostras foram processadas de acordo com a metodologia usual para anatomia de madeira. Houve diferença estatística significativa (p<0,05) para seis parâmetros anatômicos entre as duas variedades. A utilização diferencial das variedades pode ser decorrente, principalmente, das características das fibras e dos elementos de vasos. Sugere-se que sejam realizados estudos que abordem variações climáticas e características do solo para melhor entendimento das diferenças anatômicas quantitativas encontradas no lenho das variedades.

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Com o objetivo de estudar as concentrações de zinco da sola do casco de bovinos com e sem lesões podais, suplementados ou não com levedura seca, foram selecionadas e examinadas 60 vacas, escolhidas aleatoriamente, de um rebanho de 150 animais. Formaram-se quatro grupos de 15 animais, sendo o primeiro com animais com lesões podais e suplementados com levedura, o segundo com animais com lesões podais e sem suplementação de levedura, o terceiro com animais sem lesões podais e suplementados com levedura e o quarto com animais sem lesões podais e sem a suplementação de levedura. As concentrações de zinco da sola do casco foram determinadas por espectrometria de absorção atômica com chama (AAS). A comparação estatística das concentrações de zinco nas amostras foram submetidos à análise de variância, seguida pelo teste de Tukey, para comparação de médias. As médias das concentrações de zinco da sola do casco dos animais dos quatro grupos, quando comparadas estatisticamente, apresentaram diferença estatística significativa, somente nos animais com lesões podais e suplementados com levedura.

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Em uma paisagem natural, os solos apresentam uma ampla variação dos atributos químicos, tanto vertical como horizontal, resultante da interação dos diversos fatores de formação envolvidos. Este trabalho foi desenvolvido em Guariba-SP, com o objetivo de avaliar a variabilidade espacial do pH, cálcio (Ca), magnésio (Mg) e saturação por bases (V%) em um Latossolo Vermelho eutroférrico sob cultivo de cana-de-açúcar, utilizando-se métodos da estatística clássica, análise geoestatística e técnica de interpolação de dados, com a finalidade de observar padrões de ocorrência destes atributos na paisagem. No terço inferior da encosta, após análise detalhada da variação do gradiente do declive, caracterizaram-se dois compartimentos (I e II), sob os quais os solos foram amostrados nos pontos de cruzamento de uma malha, com intervalos regulares de 50m, perfazendo um total de 206 pontos, nas profundidades de 0,0-0,2m e 0,6-0,8m. Os maiores alcances foram observados na profundidade de 0,0-0,2m para todos os atributos estudados, com exceção do cálcio que apresentou comportamento inverso, refletindo os efeitos do maior grau de intemperismo e do manejo na variabilidade natural dos solos. Pequenas variações, nas formas do relevo, condicionam variabilidade diferenciada para os atributos químicos.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Os atributos físicos do solo variam em função das formas do relevo e sofrem influência da mineralogia da fração argila e do manejo da cultura de cana-de-açúcar, podendo interferir no processo de compactação do solo. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o estado dos atributos físicos em diferentes formas do relevo em um Latossolo Vermelho eutroférrico argiloso sob cultivo de cana-de-açúcar. A área apresenta duas formas de relevo: uma côncava, que ocorre nas posições mais elevadas, e uma linear, constituída pelos segmentos ombro, escarpa, meia encosta e encosta inferior. As amostras de solo foram coletadas durante o ciclo da cultura, nas camadas de 0,00-0,15m, 0,15-0,30m e 0,30-0,45m, para determinação do teor de matéria orgânica e dos seguintes atributos físicos: densidade do solo, porosidade total, macroporosidade, microporosidade, resistência do solo à penetração e teor de água no solo. A mineralogia mais gibbsítica e o maior teor de matéria orgânica, encontrada na forma de relevo côncava e de segmento ombro, proporciona menores valores de densidade do solo, de resistência do solo à penetração e de microporosidade e maiores valores de macroporosidade e de porosidade total do que a mineralogia mais caulinítica, encontrada nos demais segmentos da forma linear.