915 resultados para Alemanha Relações exteriores Brasil
Resumo:
O objetivo do trabalho analisar de forma crtica e luz das grandes transformaes em curso nas relações econmicas internacionais, a chamada estratgia de integrao competitiva, que vem orientando a formulao da nova poltica industrial brasileira, e em particular as Diretrizes Gerais de Poltica Industrial e de Comrcio Exterior do Governo Collor, divulgaddas em junho de 1990
Resumo:
Esta dissertao trata do crescimento da dvida do setor pblico no Brasil no contexto da implementao do Plano Real. Discute-se quais foram os fatores determinantes da evoluo da razo dvida lquida do setor pblico durante o perodo 1994-1998. Inicialmente discute-se a conjuntura em que se deu a formulao do plano de estabilizao monetria, argumentando-se que a poltica econmica adotada correspondia a um novo momento poltico do pas e ao mesmo tempo baseava-se em outras experincias latino-americanas de planos de estabilizao. Apresenta-se uma breve resenha tratando da incidncia intergeraes da dvida pblica e do debate sobre as relações entre dficit pblico e inflao. Em seguida discute-se como quatro fatores contriburam para o crescimento do endividamento pblico. O dficit primrio do setor pblico, os gastos com juros reais, os custos fiscais do Proer e as privatizaes so analisados enquanto determinantes da evoluo do endividamento. Argumenta-se que o resultado primrio das contas pblicas no foi deficitrio nesse perodo e verifica-se que o fator determinante para o crescimento da dvida entre 1994 e 1998 foi o gasto com juros reais. Conclui-se que o volume desses gastos foi determinado em grande medida pela necessidade de atrair capitais externos de curto prazo para financiar o dficit em conta corrente e pelo custo de manuteno de um alto nvel de reservas internacionais. Constata-se tambm que o custo fiscal do Proer significativo e que as privatizaes, embora tenham gerado receitas muito expressivas, no foram capazes de impedir o crescimento da dvida provocado por outros fatores.
Resumo:
Esta dissertao tem como objetivo compreender o relacionamento do Movimento Negro e Estado brasileiro no processo de criao da Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial (SEPPIR). Pretendemos jogar luz sobre a relao entre Movimento Negro e Estado na constante luta pelo sentido e significado da desigualdade racial. Ser que a constituio de uma Secretaria, com status de Ministrio de Estado, capaz de promover mudanas na viso de desigualdade racial institucionalizada pelo Estado brasileiro? Nosso estudo busca entender como o conflito sobre o sentido da desigualdade racial incorporado s Polticas Pblicas. Utilizamos a categoria analtica Movimento Social para compreender o Movimento Negro, identificando alguns frames que orientam a sua ao. Evidenciamos que estes frames se relacionam na constituio do lugar (entendido como uma srie de ligaes, nas quais os sentidos das relações sociais so construdos, onde h disputas de poder sobre esses sentidos) da SEPPIR. A ao do Movimento Negro coloca em conflito os sentidos institucionalizados pelo Estado, que se utiliza da cooptao para desmobilizar o Movimento. Ao discutirmos a relao entre Movimento e Estado, relacionamos os frames identificados com a naturalizao da desigualdade racial. Essa verso institucionalizada atribui principalmente ao nosso passado escravocrata a causa dessa desigualdade, no apontando para a compreenso do papel do racismo na manuteno dessa desigualdade. Sugerimos, assim, que a noo de justia, reposicionada pelo reconhecimento, e a discusso de direitos humanos podem ser um caminho, no apenas para lutar contra esta naturalizao, mas tambm para irmos alm da cooptao.
Resumo:
Esta dissertao tenta analisar a influncia da presso externa sobre a abertura comercial brasileira. Define as condies nas quais a presso externa se expressa, a partir da teoria da dependncia e de autores de poltica internacional denominados "realistas". A presso externa pode ser econmica ou ideolgica. Em seguida, so apresentados eventos ocorridos no sistema internacional, como o declnio relativo da hegemonia norte-americana, a ascenso dos pases recentemente industrializados (NICs), a globalizao da economia mundial, a crise da dvida, que aumentaram o potencial de conflito do Brasil com os pases desenvolvidos nos anos 80. Para verificar se a presso externa foi efetiva, a vulnerabilidade econmica e ideolgica do Brasil foram tambm analisadas
Resumo:
Estima a taxa de cmbio de equilbrio fundamental para Brasil e Coria do Sul para cada ano do perodo 1974-85. Aborda as polticas governamentais dos dois pases citados para lidar com o setor externo da economia, particularmente no que se refere politica cambial.
Resumo:
No captulo 1 sero apresentados os principais indicadores pelos quais se pode mensurar o mercado acionrio e a posio relativa do Brasil frente a outros pases desenvolvidos e em desenvolvimento. No captulo 2 ser apresentada uma viso terica sobre os efeitos de mercados financeiros mais desenvolvidos para o crescimento econmico dos pases e sero expostas e discutidas diferentes opinies sobre os impactos e as relações causais que existem entre o desenvolvimento do mercado acionrio e o desenvolvimento econmico. O captulo 3 ser dedicado s instituies, destacando quais so importantes aos mercados em geral e quais so especficas ao mercado acionrio. No captulo 4 sero expostos os principais entraves ao desenvolvimento do mercado acionrio e a posio relativa do Brasil em relao a alguns deste aspectos Por fim, no captulo 5, sero descritas as iniciativas recentes relativas a este tema que vem sendo adotadas no Brasil.
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Houve nos ltimos anos uma rpida transformao do ambiente virtual que delineou a chamada Nova Economia, popularizando-se o fenomeno das dedes sociais virtuais que permitem e incentivam a criao de conteudo colaborativo a partir de seus proprios usurios visitantes ou participantes. Este novo modelo estendeu-se por toda a rede rapidamente e facilitou a conexo virtual entre pessoas, marcando uma nova era nas interaes virtuais. Tal conexo foi denominada Web 2.0. Nesse novo cenario o usuario interage com outras pessoas e pode rapidamente inserir-se em um grupo de referencia ou em uma tribo de pessoas interconectadas em rede pela internet. O usuario tambem o principal criador do contedo de portais ou websites agora permeados de imputs externos e no mais restritos a conteudos criados de dentro para fora. Propomos entender como a co-criaoo de conteudo na Internet por meio de Redes Sociais pode impactar os resultados da empresa sob o ponto de vista de fidelizao com o cliente no longo-prazo, ou seja, como ela impacta o tempo de vida de um cliente para a empresa e o consequente fluxo de caixa proporcionado por esse cliente ao longo do tempo. A co-criao aplicada ao contedo ou servio de um website pode ser entendida como um fator crtico de sucesso para obteno de CLV para as pontocom? Avaliaremos em que medida a introduo de uma Rede Social, contextualizada ao contedo de um portal na internet, proporciona maior engajamento do usurio, estimula ao desenvolvimento de contedos colaborativos criados pelo prprio usurio na plataforma do portal, favorece a prtica de margens superiores a partir da veiculao publicitria e de que forma esse estmulo impacta o CLV obtido pela empresa.
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Este estudo visa contribuir para um maior entendimento de um fenmeno atual que atinge a indstria de aparelhos celulares. Ao que se percebe, as foras que regem a indstria tm se modificado nos ltimos anos, favorecendo estruturas desverticalizadas. Tal fenmeno pode vir a mudar toda cadeia de valor num futuro prximo, favorecendo a entrada de novas empresas, ao mesmo tempo que criando desafios aos tradicionais participantes desse mercado. O trabalho procura identificar as relações causais entre verticalizao e competitividade para a indstria de aparelhos celulares no Brasil. Para tanto, foram analisados dois casos contrastantes: o de modelo tradicional (Motorola); e outro de modelo inovador em sua concepo da cadeia de valor (Gradiente). Atravs do estabelecimento de pressupostos tericos, foi adotada a tcnica de adequao ao padro de variveis dependentes. A coleta de dados foi extensa, incluindo entrevistas com representantes-chave da indstria, questionrios estruturados, anlise de documentos e observao participante. Em funo da anlise das variveis externas, criaram-se os fundamentos para se perceber como as foras podem favorecer, ou no, a verticalizao. Tal anlise foi feita utilizando-se as teorias de amadurecimento da indstria, verticalizao e cinco foras da indstria. Em seguida, foi feito um mapeamento da cadeia de valor do setor no Brasil, utilizando os conceitos de cadeia de valor, para se definir o modelo de negcio de cada um dos casos analisados. Por fim, foram analisadas as estratgias de cada um dos modelos de negcio para se perceber qual das estratgias seria mais adequada ao momento que a indstria vive, bem como das restries criadas pela indstria no momento, no mercado brasileiro. Nesse ponto, foram utilizadas como referncia as teorias de estratgias genricas, RBV, cadeia de fornecedores, disruptura e objetivos de desempenho em operaes. O setor passa por mudanas significativas que podem alterar completamente as regras anteriormente estabelecidas. Algumas das evidncias encontradas foram o amadurecimento do mercado que se aproxima, a difuso de tecnologia proprietria, a modularizao das arquiteturas de produto, a baixa especificidade dos ativos, a possibilidade de compra de escala de terceiros, a diminuio dos custos de coordenao - promovida pela massificao dos meios de comunicao modernos -, surgimento de players de nicho, comoditizao de uma grande parte dos segmentos de mercado, barreiras de entrada baixas para novos competidores e poderosos compradores que tm interesse no fomento de novos fornecedores.
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Esta tese busca investigar de forma exploratria os relacionamentos que se desenvolvem entre os agentes do canal de distribuio de alimentos no Brasil, descrevendo e explicando o estgio atual desses relacionamentos. Na conduo do trabalho, foram examinados os diversos conceitos relacionados ao tema canais de distribuio/marketing, bem como a influncia do macroambiente e as dimenses comportamentais do comportamento em canais, com nfase em conflito e poder. Adicionalmente, foram investigados aspectos sobre o marketing de relacionamento e a evoluo das trocas de transaes para relacionamentos, bem com a reviso de cinco importantes modelos de relacionamento. Foi conduzida uma pesquisa emprica, sendo que a metodologia utilizada foi a Grounded Theory. O estudo conclui que os relacionamentos no canal de distribuio de alimentos no Brasil so conflituosos, predominando um processo constante de negociao entre os diversos agentes. Indica ainda evidncias e que o poder no canal esteja migrando na direo dos consumidores e, portanto, na direo dos intermedirios, sejam eles atacadistas ou varejistas. Oferece algumas indicaes e especulaes que podem contribuir para a explicao dos relacionamentos conflituosos e que estariam ligadas estrutura e organizao dos canais, a aspectos culturais e do ambiente institucional.
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Esse trabalho se insere no campo de estudos sobre organizaes sem fins lucrativos. Nas duas ltimas dcadas do sculo XX, essas organizaes conheceram grande crescimento em receita, volume de trabalho e exposio na mdia. Tal crescimento foi motivado por fatores sociopolticos, socioeconmicos e sociodemogrficos. Observa-se que o crescimento veio acompanhado por mudanas em seus modelos de gesto, particularmente nas estruturas organizacional e de governana. O objetivo principal desse trabalho desenvolver relações entre modelos de gesto de organizaes sem fins lucrativos e gerao de inovao social. O quadro terico foi construdo a partir de reviso bibliogrfica nos seguintes conceitos: nonprofit sector, cujo referencial tem origem anglo-sax, economia social, de origem francesa, inovao organizacional e inovao social. Trata-se de estudo qualitativo, exploratrio, cujos meios de investigao so estudos de dois casos de organizaes sem fins lucrativos. Os estudos de casos envolveram pesquisa de campo, investigao documental, observao participante e entrevistas com atores-chaves que trabalham nas respectivas organizaes. O primeiro caso ocorreu em uma associao localizada em So Paulo, Brasil, que possui uma escola de artes; o outro, deu-se em uma cooperativa de solidariedade localizada em Montreal, Quebec, Canad. Ao final do trabalho so indicados os resultados das anlises sobre as relações entre modelos de gesto e gerao de inovao social.
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A partir principalmente dos anos 1990s, revigoram-se discusses sobre a distribuio desigual atividades industriais formando aglomeraes, algumas especializadas em produtos ou linhas de produtos especficos. Esse um fato universal, cuja explicao se fundamenta na existncia de desdobramentos operacionais e competitivos sobre as firmas aglomeradas, devidos maior densidade com que atividade econmica exercida no local, produzindo economias externas ou “externalidades” positivas. Porm, as argumentaes tericas seguem diferentes cursos. Uma abordagem aponta para as vantagens pecunirias em custos associados a ambientes economicamente mais dinmicos, densos e diversificados. Outras vertentes indicam efeitos positivos tirados da especializao regional, enfatizando ganhos de carter dinmico e tecnolgico. Algumas se explicam pela formao de um complexo sistmico de relacionamentos verticais e horizontais que incitam a rivalidade e impulsionam a inovao e o aprimoramento. Outras interpretaes destacam aspectos scio-culturais, em que as relações cooperativas dos agentes promovem ganhos em aprendizado e refinamento de tcnicas, processos e produtos. Entretanto, a comprovao emprica desse fenmeno ainda frgil. Sob tal argumento, Este trabalho tem trs objetivos bsicos: (1) contribuir para um mapeamento das aglomeraes industriais no Brasil; (2) aprofundar o conhecimento do crescimento das firmas de manufatura no pas; e (3) buscar por relações mais genricas entre o crescimento das firmas e o grau de aglomerao em que se encontram. Com base em micro-dados da Pesquisa Industrial Anual – PIA, do IBGE, foi avaliado o crescimento de 16.140 firmas, em 550 municpios das regies sul e sudeste, cobrindo 91 atividades industriais diferentes. Os resultados encontrados indicam um quadro de grande concentrao espacial da produo manufatureira no Brasil. Os dados mostram que os fatores idiossincrticos das firmas so os principais responsveis pelos seus crescimentos, seguidos por aspectos ligados interao atividade e municpio. Alm disso, identificou-se uma correlao positiva e estatisticamente significante entre o Quociente Locacional – QL (o indicador de aglomerao de firmas produzindo itens idnticos ou muito semelhantes mais utilizado na literatura), e as taxas de crescimento.
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O objetivo deste trabalho analisar o programa de governo eletrnico do Brasil, tendo como foco de anlise o seu desenvolvimento institucional ao longo dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Incio Lula da Silva. So ao mesmo tempo analisados os aspectos do programa relacionados promoo da transparncia governamental, de forma a promover a reflexo sobre a importncia do governo eletrnico para a democracia. Partindo da hiptese de que o conceito de governo eletrnico construdo a partir dos objetivos que o uso das modernas Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) assume em cada governo, em especial os que esto priorizados na agenda governamental, o trabalho tambm analisa os diferentes conceitos de governo eletrnico presentes na literatura e as suas provveis relações com a democracia, tomando-se como fundamentao as discusses sobre democracia, transparncia, accountability, liberdade de informao e democracia eletrnica. Embora seja evidente que o uso das modernas TICs tenha revolucionado a forma de atuao do governo, no nos parece to seguro afirmar que isso tenha tornado os governos mais transparentes ou democrticos, como indica grande parte da literatura. Para que isso ocorra, necessria a existncia de condies poltico-institucionais que favoream a transparncia. Mesmo que este trabalho no pretenda chegar a respostas definitivas, visto ser esse um campo de estudo ainda pouco explorado na pesquisa acadmica, espera-se contribuir para iniciar a reflexo sobre o tema.
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As organizaes de assistncia sade tm sido pressionadas por melhoras no gerenciamento de resduos e outros aspectos ambientais. O setor sade movimenta cerca de 6% do PIB nacional e se constitui um importante consumidor de insumos e recursos naturais, gerando impactos, tanto na prestao da assistncia, quanto ao longo da cadeia de fornecedores de produtos e servios. No Brasil, as aes desse segmento na rea ambiental tm se revelado ainda bastante tmidas, situao agravada pela falta de recursos e de conhecimento. No entanto, observamos que existe grande procura por servios de tratamento para os resduos perigosos de servios de sade, em grande parte motivada pelas exigncias legais que recaem sobre essa atividade. Infelizmente, medidas menos onerosas e mais racionais, envolvendo reduo, reciclagem ou eliminao de resduos so pouco difundidas, a identificao das fontes de riscos e impactos bastante falha e os estabelecimentos de sade contam com pouca colaborao dos fornecedores para reconhecer e encontrar solues para esses problemas. Quanto aos agentes financiadores do sistema de sade, assim como os consumidores diretos, ou seja, a prpria populao, no parecem se dispor a diferenciar os servios que invistam no meio ambiente, menos ainda pagar por eventuais custos adicionais. O objetivo geral deste trabalho identificar possibilidades para aplicao de conceitos e tcnicas de gerenciamento de cadeias produtivas (Supply Chain Management) na melhoria do desempenho ambiental da indstria da sade no Brasil. Para isso, realizamos uma anlise do setor sade, incluindo sua origem, evoluo e a estrutura atual cadeia produtiva do complexo industrial da sade tendo como nvel focal os prestadores e suas relações com os nveis acima e abaixo, visando identificar aspectos que favoream ou dificultem o desenvolvimento de melhorias no desempenho ambiental do setor, dentro de um conceito de desenvolvimento sustentvel. Esta pesquisa foi complementada com a anlise de alguns dos modelos e ferramentas de gesto ambiental empresarial tais como: anlise de ciclo de vida, seleo de fornecedores (green purchasing), gesto da qualidade total ambiental e produo mais limpa, assim como e com duas experincias internacionais de sucesso, o projeto Health Care Without Harm e o Hospitals for a Health Environment. Conclumos com uma sugesto de que, tanto modelos e ferramentas, como as experincias bem sucedidas, so relacionados cooperao e integrao ao longo da cadeia produtiva e que outros estudos so necessrios para subsidiar a aplicao dessas ferramentas e estabelecer modelos para o desenvolvimento integrado da sustentabilidade ambiental no setor sade no Brasil.
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Apesar do aumento recente de publicaes sobre o tema, a rea de gesto da cadeia de suprimentos (supply chain management - SCM) ainda carece de desenvolvimento terico e de comprovao emprica de seus benefcios. A ausncia de consenso sobre a definio de gesto da cadeia de suprimentos e de construtos claramente definidos e a falta de fundamentao terica para os estudos publicados representam uma dificuldade para que a efetividade da estratgia sobre o desempenho das empresas possa ser comprovada por praticantes e acadmicos. Os resultados dos poucos estudos empricos tambm no so conclusivos em funo de diferenas significativas nos desenhos de pesquisa. Fundamentado na teoria dos custos de transao, viso baseada em recursos e na viso relacional e na reviso dos estudos empricos recentes, este estudo apresenta um modelo conceitual integrativo dos antecedentes e conseqncias de SCM. Usando modelo de equao estrutural, a partir de uma amostra de 103 empresas no Brasil, so testados empiricamente modelos alternativos de mensurao para os aspectos precursores de supply chain management e para o desempenho operacional. Os resultados no permitem afirmar que existe um construto multidimensional que antecede SCM, mas sugerem a existncia de aspectos independentes e correlacionados, como benevolncia, credibilidade, apoio da alta gerncia e relacionamentos internos. A comparao dos modelos de desempenho operacional fornece evidncias de que esse construto pode ser tratado como uma varivel latente de segunda ordem, mas tambm pode ser analisado em suas dimenses de custo, qualidade, flexibilidade e tempo. A mesma tcnica permite a anlise das relações entre os antecedentes e as conseqncias da gesto da cadeia de suprimentos. Os resultados no forneceram suporte para identificar os fatores motivadores de SCM, mas evidenciaram o impacto dessa estratgia no desempenho operacional e em suas diferentes dimenses
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A realidade de mudanas no agronegcios requer novas ferramentas gerenciais dos proprietrios rurais e o conhecimento ganha importncia como fator gerador de diferencial competitivo. O objetivo desta tese desenvolver um mtodo dinmico de anlise da criao de conhecimento para o elo da produo no agronegcios no Brasil e na Austrlia com base no modelo de Nonaka e Takeuchi (1997). A presente pesquisa caracteriza-se por um estudo descritivo de carter qualitativo, complementada por dados quantitativos. realizado um estudo de dois casos, utilizando-se de documentao e observao in loco, questionrio, entrevista e focus group. As realidades estudadas localizam-se no Rio Grande do Sul, Brasil, e em Queensland, na Austrlia. Os dados da pesquisa possibilitaram o desenvolvimento de uma figura representativa do modo como ocorre a criao de conhecimento nas duas realidades. Da figura foi feito um desdobramento e desenvolveu-se um mtodo dinmico de anlise da criao de conhecimento para o elo da produo no agronegcios. Os resultados demonstraram haver significativas similaridades e diferenas entre as realidades, sendo, no Brasil, os produtores rurais inseridos num contexto cooperativo (Cooperativa Tritcola Mista Alto Jacu Cotrijal) e, na Austrlia, os negcios conduzidos individualmente. Para a ocorrncia da criao de conhecimento necessria a existncia de grupos de relacionamento e de certa liderana em nvel de propriedade, de comunidades de prtica (CoPs) ou da cooperativa. O aspecto cultural e o estilo das relações pareceram exercer forte influncia para que as trocas ocorram e para a maior ampliao da atuao das CoPs, as quais podem ser suporte para a criao de conhecimentos.As CoPs no se constituem num processo tecnolgico e, sim, num processo social e cognitivo; assim, sua formao nas CoPs no parece depender somente de tecnologia, mas do estabelecimento de relações informais, nas quais as pessoas podem utilizar esses ambientes para definir suas verdades quanto s suas posturas frente aos processos de mudana. A forma de conduzir os negcios pode afetar o modo como se d a criao de conhecimento, pois, numa propriedade onde as pessoas buscam socializar, questionar e inovar constantemente, evidencia-se haver maior espao para transformar conhecimento tcito em explcito; assim, pessoas mais abertas ao novo e ao questionamento de suas prticas demonstram apresentar maiores possibilidades para criar um campo de interao para que o conhecimento seja criado. O estudo mostrou que h um grande percurso entre o produtor rural ter conhecimento e a capacidade de torn-lo uma atitude que possibilite trazer bons resultados nos negcios.