296 resultados para toxicologic pathologists
Resumo:
A partir da década de 60, com a utilização do transplante renal em larga escala como terapia substitutiva para pacientes com falência do órgão, surgiu a preocupação quanto ao desenvolvimento do processo de rejeição do enxerto. Tal intercorrência, em geral, cursa com sinais e sintomas clínicos apenas quando o evento está bem estabelecido, ou mesmo quando lesões irreversíveis já se instalaram. Assim, é fundamental um acompanhamento rigoroso, visando detectar os casos subclínicos. O presente trabalho, a fim de fornecer novas ferramentas que auxiliem o diagnóstico precoce de rejeição do enxerto, avaliou a expressão imuno-histoquímica dos anticorpos CD3, CD5, CD20, CD68, CD25, FoxP3 e C4d em biópsias renais realizadas entre os anos de 2007 e 2009 em pacientes transplantados acompanhados pelo Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ - RJ, correlacionando os resultados obtidos com o diagnóstico histológico. Para tal, as biópsias foram reavaliadas por três médicos patologistas que as classificaram, segundo Critérios de Banff 2007, quanto à presença ou não de rejeição do enxerto e seu tipo, aguda ou crônica. A partir de então, os blocos de parafina foram processados pela técnica Tissue Microarray for all (Pires, ARC. e cols.) e submetidos à imuno-histoquímica. A positividade dos marcadores foi avaliada e graduada e os resultados encontrados foram correlacionados, em um primeiro momento, com a presença ou ausência de rejeição. Posteriormente, os casos com diagnóstico histológico de rejeição tiveram seu perfil imuno-histoquímico analisado em função da positividade para C4d, marcador definidor de rejeição humoral. Neste momento, buscou-se averiguar se os anticorpos estudados seriam úteis em detectar, neste grupo, rejeição humoral e celular. Após a análise estatística, realizada pelo Teste Exato de Fisher, pode-se, então, concluir que o comportamento do marcador CD3 é capaz de inferir a presença de rejeição e que os anticorpos CD5 e CD25 permitem sugerir rejeição celular e humoral, respectivamente. Foi observado também que casos sem diagnóstico histológico de rejeição podem apresentar marcação para C4d em mais de 10% de seus capilares peritubulares.
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O ambiente marinho é um dos ecossistemas mais diversos e complexos em termos de biodiversidade. As condições químicas, físicas e biológicas desse ambiente favorecem a produção de uma variedade de substâncias pela biota, transformando os produtos naturais marinhos em um dos recursos promissores na pesquisa por novos compostos bioativos. O gênero Tubastraea (Scleractinia, Dendrophylliidae) inclui corais ahermatípicos que produzem compostos secundários bioativos em situações de competição. No estado do Rio de Janeiro são encontradas duas espécies invasoras desse gênero, Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis. A primeira é amplamente distribuída nas águas tropicais do Atlântico e do Pacífico, e a segunda é nativa do leste do pacífico, ambas invasoras no Atlântico Sul. Este trabalho objetiva avaliar as atividades anti-inflamatória, antioxidante e toxicológica de extratos metanólicos de T. coccinea e T. tagusensis. As colônias de Tubastraea foram coletadas na Baía de Ilha Grande, Rio de Janeiro - Brasil e extraídas com metanol. A caracterização química foi realizada através da espectroscopia ultravioleta, visível e de infravermelho. Ação anti-inflamatória foi avaliada pelo modelo in vivo de edema em pata de camundongo induzido por carragenina. Atividade sequestrante de radicais livres foi avaliada pelo método do DPPH. Na avaliação toxicológica utilizamos o ensaio Salmonella/microssoma, na presença e ausência de ativação metabólica exógena, o teste in vitro de micronúcleo com células de macrófagos de rato e o teste de mortalidade com o microcrustáceo Artemia salina. Foi possível a distinção dos grupos químicos presentes nos extratos, com os resultados encontrados sendo corroborados com os presentes na literatura. Os extratos de ambas as espécies apresentaram inibição significativa no edema da pata nas doses testadas, em relação ao veículo. Ambos os extratos demonstraram capacidade pela captura do radical DPPH. Atividades citotóxica e mutagênica na ausência de metabolização exógena não foram observadas para as linhagens TA97, TA98 e TA102 nas duas espécies; para a TA100 o extrato de T. coccinea induziu citotoxidade na concentração de 50 g/placa. Os dois extratos induziram citotoxicidade na presença de metabolização exógena para a cepa TA98, tendo sido detectada também indução de mutagenicidade nesta linhagem para T. coccinea. Os extratos não foram capazes de induzir a formação de micronúcleos e não foram tóxicos para o microcrustáceo A. salina. A resposta inibitória do edema após 2 h da indução indica que os compostos presentes nos extratos atuam na segunda fase da inflamação, possivelmente pela inibição da produção de prostaglandinas. Os resultados sugerem que os extratos das espécies T. coccinea e T. tagusensis apresentam substâncias com potencial uso farmacológico, como agente anti-inflamatório e antioxidante.
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A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) tornou-se a hepatopatia crônica mais comum no mundo, afetando principalmente alguns grupos de pacientes, como os diabéticos tipo II. A biópsia hepática permanece como método padrão ouro para o seu diagnóstico. A prevalência da DHGNA e seus subtipos, em especial a esteatohepatite (EH), pode estar subestimada por métodos não invasivos de diagnóstico ou superestimada pela realização da biópsia em pacientes selecionados por alterações na ultrassonografia (US) ou nas aminotransferases. Os objetivos deste estudo foram: determinar a prevalência da DHGNA (esteatose, EH e cirrose) em uma amostra de pacientes diabéticos tipo II, com base na biópsia hepática; quantificar a esteatose, inflamação e fibrose quando presentes; identificar fatores preditivos de DHGNA, EH e fibrose significativa (≥ estágio 2) e avaliar o valor das aminotransferases e da US de abdome para o diagnóstico de EH e fibrose significativa. Todos os diabéticos tipo II, entre 18 e 70 anos, consecutivamente atendidos no ambulatório de Diabetes do Hospital Universitário Pedro Ernesto, eram candidatos a participar do estudo. Foram excluídos pacientes com sorologias positivas para hepatite B ou C, outras doenças hepáticas crônicas, uso de drogas hepatotóxicas ou esteatogênicas, etilismo (≥20g/dia), obesidade grau III, comorbidades graves, gravidez ou por recusa em participar do estudo. Dos 396 pacientes triados com critérios de inclusão, 85 foram incluídos. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, exames laboratoriais, US de abdome e biópsia hepática. As lâminas foram analisadas por dois patologistas independentes e a DHGNA foi graduada pelo NASH Clinical Research Network Scoring System. A concordância entre os patologistas foi medida pelo coeficiente Kappa (k) e foi realizada análise multivariada por regressão logística para avaliação dos fatores associados de forma independente à DHGNA, EH e fibrose significativa. A prevalência de DHGNA na amostra foi de 92%, sendo 50% esteatose simples, 40% EH e 2% cirrose. A concordância (k) entre os patologistas foi 0,78. A esteatose foi leve na maior parte dos pacientes com esteatose simples e predominantemente acentuada nos pacientes com EH (p<0,001). A fibrose foi verificada em 76% dos pacientes com EH, sendo significativa em 41% deles. A presença de síndrome metabólica foi associada de forma independente à DHGNA, o índice de massa corporal e a circunferência abdominal aumentada à EH e a dosagem de alanina aminotransferase (ALT) à EH e à fibrose significativa. Apenas um de 21 pacientes (5%) com US e ALT normais apresentou EH. A prevalência da EH aumentou progressivamente com o aumento do grau de esteatose na US e com o aumento da ALT. Conclusão: A prevalência da DHGNA estimada pela biópsia hepática sem vieses de seleção foi muito elevada. Apesar de alto, o percentual de EH e fibrose significativa foi inferior ao dos estudos com biópsias em diabéticos selecionados por alterações na US e aminotransferases. EH foi associada a esteatose acentuada na histologia. A obesidade foi um cofator importante no diagnóstico de EH. O melhor desempenho da ALT e da US foi o de excluir as formas graves de DHGNA quando normais.
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O câncer de tireoide é a neoplasia maligna mais comum de glândula endócrina e tem sua incidência aumentada em vários países, inclusive o Brasil, nos últimos anos. Em crianças e adolescentes, o câncer de tireoide é raro, correspondendo a cerca de 2% dos casos, sendo o carcinoma papilífero o tipo histológico mais frequente. O prognóstico de crianças e adolescentes com câncer de tireoide é excelente, com taxas de sobrevida superiores a 95%. Contudo, quando diagnosticada, essa parcela da população apresenta características clínico-patológicas de doença avançada, como invasão de cápsula e extensão extratireoidiana, além de metástase linfonodal. A leptina é um hormônio produzido principalmente pelo tecido adiposo, participando da regulação da ingestão de alimentos e do gasto energético e tem sido associada a fator prognóstico de alguns tumores, como hematológicos, pancreático, câncer de mama e tireoide. Há relatos deste hormônio atuar como fator angiogênico e mitogênico. O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre o carcinoma papilífero de tireoide em crianças e adolescentes e proteínas da via de sinalização da leptina, através de imunofluorescência para ObR (receptor de leptina), pJAK2 e pSTAT3, relacionando com dados que apontam para o prognóstico da doença. Foram incluídos no estudo 52 pacientes, sendo a expressão e o padrão de marcação avaliados por consenso entre dois patologistas. O perfil de marcação foi puntiforme e multifocal para o tecido não neoplásico adjacente como para o tecido tumoral. Foram atribuídos scores para a imunomarcação (1-10% e >10%) e analisadas possíveis associações entre ObR, pJAK2 e pSTAT3 com variáveis demográficas qualitativas ou características clínico-patológicas. Todos os casos apresentaram marcação relevante (>10%) no tecido não-neoplásico para as 3 proteínas, enquanto no tecido neoplásico, houve marcação em 53% dos casos para ObR, 47% para pJAK2 e 71% para pSTAT3. ObR foi 6,2 vezes mais frequente em pacientes sem metástase linfonodal. O tamanho do tumor foi inversamente relacionado com marcação relevante para pJAK2 e pSTAT3. Nossos achados mostram que ObR está relacionado a menos metástase linfonodal e pJAK-pSTAT3 com tamanho tumoral reduzido, sugerindo que a via de sinalização da leptina em câncer de tireoide de crianças e adolescentes pode contribuir para prevenir o aumento da tumorigênese.
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In this paper we examine the use of electronic patient records (EPR) by clinical specialists in their development of multidisciplinary care for diagnosis and treatment of breast cancer. We develop a practice theory lens to investigate EPR use across multidisciplinary team practice. Our findings suggest that there are oppositional tendencies towards diversity in EPR use and unity which emerges across multidisciplinary work, and this influences the outcomes of EPR use. The value of this perspective is illustrated through the analysis of a year-long, longitudinal case study of a multidisciplinary team of surgeons, oncologists, pathologists, radiologists, and nurse specialists adopting a new EPR. Each group adapted their use of the EPR to their diverse specialist practices, but they nonetheless orientated their use of the EPR to each others' practices sufficiently to support unity in multidisciplinary teamwork. Multidisciplinary practice elements were also reconfigured in an episode of explicit negotiations, resulting in significant changes in EPR use within team meetings. Our study contributes to the growing literature that questions the feasibility and necessity of achieving high levels of standardized, uniform health information technology use in healthcare.
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Rainbow trout fry (10 weeks post hatch) were immunized (injection or immersion) with sonicated formalin-killed trophonts of the fish parasitic ciliate Ichthyophthirius multifiliis. Challenge infections 22 days after immunization showed a relative protection represented by significantly fewer established parasites and lower prevalence in the immunized groups compared to the controls. Associations between the obtained protection and changes in differential leukocyte counts, haematocrit values, anti Ichthyophthirius multifiliis antibodies, mucous cell density and some epidermal cell markers were investigated. No changes in antibody titers, haematocrit values and mucous cell counts were associated with the response; however, a minor change in peripheral blood neutrophils and epidermal cell markers were found.
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Previous studies have revealed considerable interobserver and intraobserver variation in the histological classification of preinvasive cervical squamous lesions. The aim of the present study was to develop a decision support system (DSS) for the histological interpretation of these lesions. Knowledge and uncertainty were represented in the form of a Bayesian belief network that permitted the storage of diagnostic knowledge and, for a given case, the collection of evidence in a cumulative manner that provided a final probability for the possible diagnostic outcomes. The network comprised 8 diagnostic histological features (evidence nodes) that were each independently linked to the diagnosis (decision node) by a conditional probability matrix. Diagnostic outcomes comprised normal; koilocytosis; and cervical intraepithelial neoplasia (CIN) 1, CIN II, and CIN M. For each evidence feature, a set of images was recorded that represented the full spectrum of change for that feature. The system was designed to be interactive in that the histopathologist was prompted to enter evidence into the network via a specifically designed graphical user interface (i-Path Diagnostics, Belfast, Northern Ireland). Membership functions were used to derive the relative likelihoods for the alternative feature outcomes, the likelihood vector was entered into the network, and the updated diagnostic belief was computed for the diagnostic outcomes and displayed. A cumulative probability graph was generated throughout the diagnostic process and presented on screen. The network was tested on 50 cervical colposcopic biopsy specimens, comprising 10 cases each of normal, koilocytosis, CIN 1, CIN H, and CIN III. These had been preselected by a consultant gynecological pathologist. Using conventional morphological assessment, the cases were classified on 2 separate occasions by 2 consultant and 2 junior pathologists. The cases were also then classified using the DSS on 2 occasions by the 4 pathologists and by 2 medical students with no experience in cervical histology. Interobserver and intraobserver agreement using morphology and using the DSS was calculated with K statistics. Intraobserver reproducibility using conventional unaided diagnosis was reasonably good (kappa range, 0.688 to 0.861), but interobserver agreement was poor (kappa range, 0.347 to 0.747). Using the DSS improved overall reproducibility between individuals. Using the DSS, however, did not enhance the diagnostic performance of junior pathologists when comparing their DSS-based diagnosis against an experienced consultant. However, the generation of a cumulative probability graph also allowed a comparison of individual performance, how individual features were assessed in the same case, and how this contributed to diagnostic disagreement between individuals. Diagnostic features such as nuclear pleomorphism were shown to be particularly problematic and poorly reproducible. DSSs such as this therefore not only have a role to play in enhancing decision making but also in the study of diagnostic protocol, education, self-assessment, and quality control. (C) 2003 Elsevier Inc. All rights reserved.
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The histological grading of cervical intraepithelial neoplasia (CIN) remains subjective, resulting in inter- and intra-observer variation and poor reproducibility in the grading of cervical lesions. This study has attempted to develop an objective grading system using automated machine vision. The architectural features of cervical squamous epithelium are quantitatively analysed using a combination of computerized digital image processing and Delaunay triangulation analysis; 230 images digitally captured from cases previously classified by a gynaecological pathologist included normal cervical squamous epithelium (n = 30), koilocytosis (n = 46), CIN 1 (n = 52), CIN 2 (n = 56), and CIN 3 (n=46). Intra- and inter-observer variation had kappa values of 0.502 and 0.415, respectively. A machine vision system was developed in KS400 macro programming language to segment and mark the centres of all nuclei within the epithelium. By object-oriented analysis of image components, the positional information of nuclei was used to construct a Delaunay triangulation mesh. Each mesh was analysed to compute triangle dimensions including the mean triangle area, the mean triangle edge length, and the number of triangles per unit area, giving an individual quantitative profile of measurements for each case. Discriminant analysis of the geometric data revealed the significant discriminatory variables from which a classification score was derived. The scoring system distinguished between normal and CIN 3 in 98.7% of cases and between koilocytosis and CIN 1 in 76.5% of cases, but only 62.3% of the CIN cases were classified into the correct group, with the CIN 2 group showing the highest rate of misclassification. Graphical plots of triangulation data demonstrated the continuum of morphological change from normal squamous epithelium to the highest grade of CIN, with overlapping of the groups originally defined by the pathologists. This study shows that automated location of nuclei in cervical biopsies using computerized image analysis is possible. Analysis of positional information enables quantitative evaluation of architectural features in CIN using Delaunay triangulation meshes, which is effective in the objective classification of CIN. This demonstrates the future potential of automated machine vision systems in diagnostic histopathology. Copyright (C) 2000 John Wiley and Sons, Ltd.
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This paper introduces an automated computer- assisted system for the diagnosis of cervical intraepithelial neoplasia (CIN) using ultra-large cervical histological digital slides. The system contains two parts: the segmentation of squamous epithelium and the diagnosis of CIN. For the segmentation, to reduce processing time, a multiresolution method is developed. The squamous epithelium layer is first segmented at a low (2X) resolution. The boundaries are further fine tuned at a higher (20X) resolution. The block-based segmentation method uses robust texture feature vectors in combination with support vector machines (SVMs) to perform classification. Medical rules are finally applied. In testing, segmentation using 31 digital slides achieves 94.25% accuracy. For the diagnosis of CIN, changes in nuclei structure and morphology along lines perpendicular to the main axis of the squamous epithelium are quantified and classified. Using multi-category SVM, perpendicular lines are classified into Normal, CIN I, CIN II, and CIN III. The robustness of the system in term of regional diagnosis is measured against pathologists' diagnoses and inter-observer variability between two pathologists is considered. Initial results suggest that the system has potential as a tool both to assist in pathologists' diagnoses, and in training.