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Resumo:
O trabalho teve como objetivo avaliar as características físico-químicas e produtivas das videiras 'Isabel' (Vitis labrusca) e 'BRS-Rúbea' (V. labrusca) enxertadas sobre os porta-enxertos IAC 766 Campinas, IAC 572 Jales e 420 A, destinadas à elaboração de suco de uva no norte do Paraná. Após a poda de frutificação, foram registrados o número médio de gemas e o de esporões por planta, e, no momento da colheita, avaliaram-se o teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT), índice de maturação (SST/AT) e pH do mosto das bagas, além da massa e comprimento dos cachos, a massa e diâmetro das bagas e o número de cachos por planta e por ha. Foram também estimadas a produção (kg/planta) e a produtividade (t/ha) das combinações copa/porta-enxerto. Verificou-se que os porta-enxertos exerceram influência sobre as copas apenas em relação ao número de esporões e de gemas por planta e por ha, com destaque para a 'Isabel' sobre o 'IAC 766 Campinas'. A 'Isabel' apresentou teor de SST superior em relação à 'BRS-Rúbea', no entanto,para a AT e a SST/AT, não houve diferença significativa entre as cultivares, e para o pH do mosto da 'Isabel' foi menor em relação à 'BRS-Rubea'. Para as características físicas e produtivas, a 'Isabel' apresentou maiores valores em relação à 'BRS-Rubea'.
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The objective of research was to analyse the potential of Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) maps from satellite images, yield maps and grapevine fertility and load variables to delineate zones with different wine grape properties for selective harvesting. Two vineyard blocks located in NE Spain (Cabernet Sauvignon and Syrah) were analysed. The NDVI was computed from a Quickbird-2 multi-spectral image at veraison (July 2005). Yield data was acquired by means of a yield monitor during September 2005. Other variables, such as the number of buds, number of shoots, number of wine grape clusters and weight of 100 berries were sampled in a 10 rows × 5 vines pattern and used as input variables, in combination with the NDVI, to define the clusters as alternative to yield maps. Two days prior to the harvesting, grape samples were taken. The analysed variables were probable alcoholic degree, pH of the juice, total acidity, total phenolics, colour, anthocyanins and tannins. The input variables, alone or in combination, were clustered (2 and 3 Clusters) by using the ISODATA algorithm, and an analysis of variance and a multiple rang test were performed. The results show that the zones derived from the NDVI maps are more effective to differentiate grape maturity and quality variables than the zones derived from the yield maps. The inclusion of other grapevine fertility and load variables did not improve the results.
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No Sul e Sudeste brasileiros, o excesso de chuvas durante o período de maturação afeta negativamente a qualidade dos vinhos tintos. Por outro lado, estas regiões possuem potencial para a elaboração de espumantes, uma vez que, para a elaboração desta bebida, a uva é colhida antes de completar o amadurecimento. No Estado de Minas Gerais, as condições de verão chuvoso estão presentes em todas as regiões de potencial vitícola, e a variação de altitude entre elas pode exercer influência na composição das uvas. Desta forma, este estudo buscou avaliar o potencial de maturação de uvas 'Chardonnay' e 'Pinot Noir' destinadas à elaboração de espumantes em dois locais de Minas Gerais: Cordislândia (873m) e Caldas (1.150m). As plantas foram enxertadas sobre 1.103 Paulsen e conduzidas em espaldeira. Foram avaliados os teores de sólidos solúveis totais, acidez total, ácidos málico e tartárico, e pH do mosto, tamanho e massa das bagas, compostos fenólicos nas cascas e sementes, antocianinas na casca e açúcares solúveis nas bagas, em duas safras consecutivas. As bagas apresentaram maior tamanho e massa quando cultivadas em Caldas. As uvas colhidas em Cordislândia apresentaram maior grau de maturação, sendo observados maior pH, maiores teores de glicose e frutose, e quantidade inferior de acidez e fenólicos totais nas sementes. Os maiores teores de ácido málico presentes nas uvas provenientes de Caldas sugerem que esta região pode ser mais indicada à produção de uvas para elaboração de vinhos espumantes.
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O cultivo protegido de videiras é um sistema de cultivo recente, podendo modificar o microclima no entorno da planta e as condições de maturação da uva. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar a influência da cobertura plástica sobre a maturação de uvas 'Moscato Giallo'. O experimento foi realizado nos ciclos de 2005/06 e 2006/07, em vinhedo com cobertura plástica impermeável (160 m), deixando-se cinco fileiras sem cobertura (controle). Foram realizadas coletas semanais de três repetições de 100 bagas de cada área (coberta e controle). Nestas bagas, foram medidos a massa, o diâmetro e a composição do mosto: pH, sólidos solúveis, acidez total, ácidos tartárico e málico. No momento da colheita, também foram caracterizados os mostos das uvas cobertas e descobertas (ºBrix, açúcares redutores, densidade, acidez total, ácidos tartárico e málico, pH e rendimento). A despeito de uma importante interferência no microclima do dossel vegetativo e cachos, a cobertura plástica influencia na maturação das uvas. Em função da diminuição da radiação fotossinteticamente ativa, que retarda o acúmulo de açúcares, as uvas sob cobertura plástica devem ser colhidas posteriormente àquelas do cultivo convencional.
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RESUMO Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do sistema de condução na qualidade de bagas de uvas 'Niágara Rosada' e 'Folha-de-Figo' cultivadas em Caldas-MG. Foram avaliados a produção por planta, o diâmetro, a massa, o teor de potássio e a temperatura das bagas, pH, teor de sólidos solúveis, açúcares redutores, acidez total e ácidos orgânicos do mosto, compostos fenólicos nas cascas e sementes, e antocianinas. As plantas foram conduzidas em espaldeira, lira, latada ou cordão simples, e os frutos, avaliados nas safras de 2006 e 2007. As videiras de 'Niágara Rosada' cultivadas em latada e 'Folha-de-Figo' em lira apresentaram produção significativamente superior aos demais sistemas de condução. Em todos os casos, as bagas apresentaram temperatura inferior à ambiente, indicando sombreamento completo ou parcial dos cachos. No sistema latada, houve menor acúmulo de sólidos solúveis e açúcares redutores nas duas cultivares. Estes resultados preliminares indicam que a composição das bagas foi pouco influenciada pelo sistema de condução.
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O objetivo do trabalho foi caracterizar a evolução da maturação fenólica das videiras 'Alicante' e 'Syrah' (Vitis vinifera L.) cultivadas fora de época. A área experimental foi instalada em uma propriedade pertencente à Vinícola Intervin®, localizada em Maringá-PR. Os vinhedos foram estabelecidos em julho de 2001, e as plantas foram conduzidas no sistema latada (4,0 x 1,5 m), enxertadas sobre o porta-enxerto IAC 766 'Campinas'. As podas curtas de formação (duas gemas) foram realizadas no fim do mês de agosto de 2007 e 2008, e as podas longas de produção (oito gemas) foram realizadas no fim de fevereiro de 2008 e 2009. As avaliações foram realizadas em duas safras fora de época (2008 e 2009), a partir do início da maturação das uvas até sete dias após a colheita. Foram utilizadas 20 plantas representativas de cada variedade. Para a evolução da maturação fenólica das uvas, foi determinado o teor de antocianinas e o índice de polifenóis totais (IPT) do mosto das bagas. Por ocasião da colheita, foi avaliado o teor de resveratrol do mosto das uvas. Para a 'Alicante', a média do teor de antocianinas foi de 55,4 mg 100g-1, IPT de 474,0 mg 100g-1 e teor de resveratrol de 7,6 µg g-1. Para a 'Syrah', observou-se teor médio de antocianinas de 44,8 mg 100g-1, IPT de 487,7 mg 100g-1 e teor de resveratrol de 6,4 µg g-1. Considera-se que a evolução da maturação fenólica das uvas estudadas neste trabalho (progressiva para antocianinas e oscilatória para IPT) e o teor dos compostos fenólicos no momento da colheita são adequados para que estas sejam utilizadas como matéria-prima na elaboração de vinhos finos.
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O trabalho objetivou avaliar o estado nutricional, a produção e a composição do mosto de uvas em videiras submetidas a diferentes modos de distribuição de composto orgânico no solo. O experimento foi conduzido em um vinhedo da cv. Cabernet Sauvignon, com plantas enxertadas sobre o porta-enxerto 'Paulsen 1103' em um solo Neossolo Litólico, em Bento Gonçalves (RS). Em agosto de 2006, foram implantados os tratamentos (T1) testemunha; (T2) aplicação de composto orgânico na superfície do solo sempre no mesmo lado da linha de plantio; (T3) aplicação de composto em lados alternados da linha de plantio ao longo dos anos; (T4) aplicação de composto em covas sempre do mesmo lado da linha de plantio, e (T5) aplicação de composto em covas em lados alternados na linha de plantio ao longo dos anos. Nas safras de 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009, os ramos da poda de inverno e o tecido da poda de verão foram secos e determinada a produção de matéria seca. Folhas completas foram coletadas, secas, moídas e submetidas à análise do teor total de N, P, K, Ca e Mg. Na maturação, foi contado o número de cachos e pesados, e, em seguida, bagas foram coletadas e determinados os valores de sólidos solúveis, pH, acidez titulável, ácido tartárico e málico. A distribuição de composto em covas sempre do mesmo lado da linha de plantio ou em lados alternados ao longo dos anos aumentou a quantidade de matéria seca dos ramos podados no inverno, especialmente, nas primeiras safras depois de sua aplicação. A aplicação e o modo de distribuição do composto na superfície do solo ou incorporado, anualmente no mesmo lado da linha de plantio ou alternado entre os lados ao longo dos anos, não afetaram a produção de uva, o estado nutricional e a composição do mosto, e, quando necessário, o composto orgânico deve ser aplicado na superfície do solo sem incorporação, em um mesmo lado da linha de plantio ou alternado entre os lados ao longo dos anos.
Resumo:
A pesquisa foi realizada durante quatro anos, num vinhedo de Cabernet Sauvignon (Vitis vinifera L.), em Bento Gonçalves-RS. O objetivo foi determinar o efeito das intensidades da poda seca e do desbaste de cacho em variáveis relacionadas aos componentes de produção da videira e à composição do mosto de uva. Os tratamentos consistiram em dois níveis de poda seca - curta e longa - e quatro de desbaste de cacho (%) - 0; 25; 50 e 75 -; com cinco repetições. O delineamento experimental foi o em blocos casualizados, com os tratamentos em parcelas subdivididas. Os resultados mostram que a poda seca e o desbaste de cacho tiveram efeito altamente significativo na produtividade do vinhedo que, na média dos quatro anos, variou de 10.971 kg/ha − poda curta, 75% de desbaste − a 32.819 kg/ha − poda longa, 0% de desbaste. Houve, também, efeito significativo na produtividade por gema, peso de ramos podados por gema e por hectare, área foliar/peso fresco do fruto e produtividade/peso de ramos podados. Entretanto, o efeito nas variáveis relacionadas a açúcar e acidez do mosto da uva foi pouco expressivo. O componente 1 da análise de componentes principais discriminou o tratamento poda curta a 75% de desbaste de cacho dos tratamentos poda longa-0% de desbaste e poda longa-25% de desbaste.
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O objetivo do trabalho foi determinar a duração do ciclo de produção e a necessidade térmica de seis clones de 'Concord' sobre três porta-enxertos no norte do Paraná. Foram avaliados os clones '22', '28', '49', '202', '211' e '225', obtidos pela Embrapa Uva e Vinho, e enxertados sobre os porta-enxertos 'IAC 766', 'IAC 572' e '420-A'. O trabalho foi realizado em área experimental pertencente ao Centro Tecnológico da COROL - Cooperativa Agroindustrial, localizado no município de Rolândia-PR. O experimento foi realizado em esquema fatorial (6 clones x 3 porta-enxertos), em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. As plantas foram conduzidas em sistema de latada, no espaçamento de 4,0 m x 2,0 m, e as avaliações foram realizadas nas safras de 2009/2010 e 2010/2011. Verificou-se que dentre os clones de 'Concord' avaliados, o '202' apresenta a menor duração do ciclo entre a poda e a colheita, sendo portanto o mais precoce. Dentre os porta-enxertos, o '420-A' induz a maior taxa de acúmulo diário de sólidos solúveis do mosto, proporcionando redução do ciclo total e da demanda térmica dos clones de 'Concord', enquanto o 'IAC 572' induz a menor taxa, promovendo aumento do ciclo e da demanda térmica dos clones.
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RESUMO A uva ‘Cabernet Sauvignon’ utilizada para elaboração de vinho tem tido seu plantio incrementado na região vitivinícola de São Roque (SP), sendo o sistema de sustentação mais usual a espaldeira. Recentemente, foi introduzido o sistema de sustentação em manjedoura na forma de Y, portanto foi realizado experimento objetivando caracterizar a produção e as características químicas do mosto da ‘Cabernet Sauvignon’ sustentada em espaldeira e em Y. As avaliações foram feitas durante os anos agrícolas: 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013. As videiras sustentadas em Y apresentaram maiores médias de massa dos cachos e de produtividade quando comparadas às sustentadas em espaldeira. As médias de produtividade estimada variaram entre 9,89 e 13,64 t ha-1 para a espaldeira e entre 13,34 e 17,43 t ha-1 para a manjedoura na forma de Y. Em relação às características químicas do mosto (teor de sólidos solúveis, pH e acidez titulável), não foram observadas diferenças estatísticas entre os sistemas de sustentação das videiras. As médias do teor de sólidos solúveis variaram entre 17,3 e 19,3°Brix, e a acidez titulável total, entre 98 e 143 meq.L-1 para os diferentes anos agrícolas avaliados.
Resumo:
A farinha de mandioca e o fubá de milho foram avaliados como matérias-primas alternativas na obtenção de uma bebida fermento-destilada, visando gerar informações úteis à aplicação industrial. Os substratos foram caracterizados e comparou-se a eficiência da mosturação, o perfil de açúcares no mosto, bem como as curvas de fermentação dos substratos. Os resultados demonstraram que o conteúdo de amido foi de 78,1 % para o fubá de milho e 92,7 % para a farinha de mandioca. Quanto ao rendimento da mosturação foi de 57, 4 % para o milho e 66,4 % para a mandioca, sendo que o perfil de açúcares no mosto demonstrou que 95 % dos açúcares presentes no mosto de mandioca foi glicose e o restante pequenas porcentagens de dextrinas e maltose. Já o perfil do mosto de milho apresentou cerca de 85 % de glicose , 10 % de dextrinas e cerca de 4 % de maltose. Para o processo fermentativo, observou -se que o consumo de açúcares no mosto de mandioca foi mais rápido que no mosto de milho.
Resumo:
Em virtude da progressiva substituição dos adjuntos amiláceos pelos xaropes com alta concentração de maltose nas cervejarias brasileiras, o presente trabalho teve por objetivo comparar hidrolisados de milho e de mandioca, como adjunto de malte, na fabricação de cerveja tipo Pilsen, em escala de laboratório. Os hidrolisados foram produzidos a partir de amido de milho e fécula de mandioca, sendo que na liqüefação e sacarificação da fração amilácea destes produtos foram utilizadas, respectivamente, as enzimas comerciais Termamil (alfa amilase bacteriana) e Fungamil (alfa amilase fúngica). Na fabricação das cervejas, a proporção de malte e hidrolisado foi de 2 para 1, na base do extrato. O mosto foi produzido pelo processo de infusão e após resfriamento e clarificação foi inoculado com levedura cervejeira de baixa fermentação. A fermentação transcorreu a 10 °C até 90% de atenuação do extrato aparente fermentável. As cervejas foram engarrafadas e, em seguida, maturadas a 0 °C, por 14 dias. Terminado o processo de fabricação, as cervejas foram analisadas química e sensorialmente. A semelhança na composição química dos hidrolisados de milho e de mandioca refletiu na composição química dos mostos e das cervejas. Não houve diferença estatística entre os mostos e entre as cervejas testadas para todos os parâmetros químicos analisados. Também, não existiu diferença sensorial entre as cervejas produzidas com hidrolisado de milho e hidrolisado de mandioca. Concluiu-se que a fécula de mandioca apresenta potencial de uso como matéria prima para a fabricação de xarope de maltose de uso cervejeiro e que há elevada probabilidade de sucesso no uso desse xarope para a fabricação de cervejas.
Resumo:
A acidez dos vinhos influencia sua estabilidade e coloração, constituindo-se numa das características gustativas mais importantes. Devido à insolubilização do ácido tartárico sob a forma de sais, a acidez total e o pH podem ser alterados durante a vinificação de acordo com o teor de K da uva. Este trabalho avaliou a evolução da acidez durante a vinificação de três variedades tintas (Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon) cultivadas em três regiões vitícolas do Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves, Sant'Ana do Livramento e Pinheiro Machado). Os vinhedos utilizados eram uniformes, apresentando os mesmos sistemas de condução (espaldeira) e de poda e enxertados sobre o porta-enxerto SO4. Os vinhos foram elaborados por microvinificação na safra de 1995, sendo avaliadas a evolução do pH, acidez total, ácido tartárico e K em cinco fases da vinificação: 1. imediatamente após o esmagamento da uva; 2. na descuba; 3. após a fermentação alcoólica; 4. após a fermentação maloláctica; 5. após a estabilização tartárica. Os resultados mostraram que os vinhos de Sant'Ana do Livramento apresentaram acidez total inferior aos demais vinhos, mostrando durante a vinificação os maiores acréscimos de pH. A evolução da acidez esteve bastante associada aos teores de K e de ácido tartárico encontrados inicialmente no mosto.
Resumo:
A água de umidificação de malte, resultante da moagem úmida, pode ser usada como matéria prima na fabricação de cerveja. Há, entretanto, cervejarias que descartam esse subproduto, e conseqüentemente, o extrato nele contido. Em função disso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a possibilidade de ganho de rendimento na mosturação e alterações nas características químicas e sensoriais da bebida, em virtude do uso dessa água. Cervejas do tipo Pilsen foram produzidas de duas formas: com e sem água de umidificação de malte. Utilizou-se como matéria prima malte, lúpulo, xarope de maltose, água destilada e água de umidificação de malte. O mosto foi produzido pelo processo de infusão, separado do bagaço de malte por filtração convencional e fervido durante 60 minutos. Após seu resfriamento e clarificação o mosto foi inoculado com levedura de baixa fermentação (1,3g/l, ps) e colocado para fermentar a 10°C. A fermentação foi encerrada com 90% da atenuação limite. Em seguida, a cerveja foi engarrafada e maturada a 0°C por 14 dias. Os resultados mostraram que o aumento do rendimento de mosturação, em função do uso da água de umidificação de malte, foi estatisticamente não significativo. A utilização dessa água praticamente não alterou as características químicas e sensoriais da cerveja, havendo apenas um leve aumento na intensidade de cor da bebida (7,1 x 8,0 EBC). Considerando, no entanto, que a água de umidificação de malte obtida em nível industrial apresenta maior concentração de extrato em relação àquela produzida em laboratório, espera-se que o uso da primeira traga ganho de rendimento industrial sem alterações significativas nas características da cerveja.
Resumo:
A intensidade de cor, os polifenóis totais, o extrato seco e os minerais do vinho variam em função da proporção entre as fases líquida e sólida da uva. O rendimento em mosto é variável de uma cultivar a outra e, para a mesma cultivar, sendo que aumentos importantes podem ocorrer em conseqüência de precipitações pluviométricas durante a maturação da uva. Com o objetivo de estudar o efeito da relação das fases líquida e sólida da uva na composição química e na qualidade do vinho, foram realizados estudos através de microvinificação com uvas Cabernet Franc nas safras de 1987 a 1990. Os tratamentos consistiram em variar a fase líquida em relação à fase sólida da uva, nas proporções (%) de 78/22, 74/26, 72/28, 70/30, 68/32, 66/34 e 62/38. O aumento da proporção da fase sólida em relação à líquida foi responsável principalmente por um acréscimo dos componentes que constituem o corpo do vinho (extrato seco, cinzas e compostos fenólicos) enquanto que o aumento da fase líquida contribuiu para a obtenção de vinhos mais leves.