855 resultados para declínio de videiras
Resumo:
O uso de cobertura plástica no cultivo de videira encontra-se em expansão no Rio Grande do Sul, por ser uma alternativa que visa a proteger as plantas da precipitação pluvial e do granizo. O objetivo deste estudo foi avaliar os impactos de uma cobertura plástica translúcida e impermeável sobre a fenologia, o crescimento (de ramos, folhas, cachos e bagas) e a produtividade em videiras 'Cabernet Sauvignon' (Vitis vinifera L.), com cinco anos de idade, conduzidas em sistema 'Y', sobre porta-enxerto Paulsen 1103. O experimento, conduzido no município de Caxias do Sul-RS, seguiu o delineamento em blocos ao acaso, tendo os tratamentos sem e com cobertura plástica, com quatro repetições de 15 plantas (unidade experimental). As alterações microclimáticas impostas pela cobertura plástica não foram expressivas para alterar a fenologia da videira. As plantas cultivadas sob cobertura plástica apresentaram maiores valores de comprimento e massa fresca de ramos e de área, e massa seca foliar em comparação às plantas descobertas. O peso e o diâmetro de bagas foram superiores nas videiras cobertas apenas no início do ciclo e não diferiram próximo da colheita. As demais variáveis analisadas não foram afetadas pela cobertura plástica. A cobertura plástica interferiu no crescimento vegetativo das plantas, mas não afetou a produção.
Resumo:
Atualmente, há interesse crescente no cultivo de cultivares de uvas apirenas no Brasil, devido ao aumento na demanda e ao alto valor recebido pelos seus frutos, além da possibilidade de produção em épocas de pouca oferta no mercado mundial. Este trabalho teve o objetivo de introduzir e avaliar o desempenho agronômico das cultivares Catalunha, Sultanina, Crimson Seedless e Superior Seedless enxertadas sobre 'IAC 572 Jales'. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Mocambinho, distrito de Jaíba-MG, em delineamento inteiramente casualizado, com sete repetições. Foram analisados a fertilidade de gemas, o número e a massa de cachos, e o número e a massa de ramos. O ciclo, da poda à colheita dos cachos, foi de 97 dias para 'Superior Seedless', 104 dias para 'Sultanina', 106 dias para 'Catalunha' e 125 dias para 'Crimson Seedless'. As melhores produtividades foram obtidas nas safras com podas realizadas no primeiro semestre de cada ano, para todas as cultivares. 'Catalunha' apresentou os melhores resultados quanto ao número de cachos por planta e fertilidade de gemas, atingindo produtividade média de 19,0t/ha/ano. A cultivar Catalunha pode ser indicada para o cultivo em Jaíba-MG, sendo, entretanto, necessários novos estudos de manejo para o aumento da fertilidade de gemas de 'Crimson Seedless', 'Sultanina' e 'Superior Seedless'.
Resumo:
Considerando a redução ou eliminação do uso de substâncias sintéticas que preconizam os sistemas sustentáveis de produção de frutas, este trabalho teve como objetivo a busca de novas alternativas para a quebra de dormência e o controle de doenças em videiras. Estacas de videira contendo uma gema foram pulverizadas com os seguintes tratamentos: 1) testemunha; 2) OV (óleo vegetal) 1%; 3) extrato de alho (EA) 3%; 4) EA 3% + OV 1%. Posteriormente, as estacas foram mantidas em câmara de crescimento (25±2.5ºC) por 56 dias. O único tratamento que estimulou a brotação das estacas de videira cv. Isabel Precoce foi o EA 3% + OV 1%, que atingiu 35% de brotação, diferindo estatisticamente dos tratamentos- testemunha (12,5%), OV 1% (17,5%) e EA 3% (15,0%). Provavelmente, o estádio de endodormência profunda das gemas, após apenas 90 horas de frio ( < 7,0ºC), impediu melhores resultados dos tratamentos para quebra de dormência. Três experimentos, foram conduzidos in vitro, com diferentes doses de extrato de alho, com o objetivo de avaliar o controle do fungo Elsinoe ampelina. Em todos os experimentos, houve efeito quadrático no crescimento micelial, sem ter havido diferenças entre os tratamentos com extrato de alho, evidenciando o seu efeito fungicida, mesmo na dose mais baixa de EA (0,0615%).
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da cobertura de videira 'Cabernet Sauvignon' com lona plástica translúcida sobre a disponibilidade de luz e água, a concentração foliar de clorofila e a fotossíntese. As plantas com cinco anos de idade foram conduzidas em sistema 'Y' sobre porta-enxerto Paulsen 1103. O experimento seguiu o delineamento em blocos ao acaso, com dois tratamentos (plantas sem e com cobertura plástica) e quatro repetições de 15 plantas (unidade experimental). A cobertura plástica reduziu o suprimento às plantas de radiações ultravioleta (UV), azul, verde, vermelho, vermelho distante e total (300-750 nm), bem como a disponibilidade hídrica nas camadas superficiais do solo (0-30 cm). As plantas cobertas apresentaram maior taxa fotossintética máxima e condutância estomática em relação às plantas descobertas. Os pontos de compensação e de saturação de luz, a eficiência quântica aparente, a respiração no escuro, a concentração foliar de clorofilas e o potencial hídrico foliar de base não foram influenciados pelo uso da cobertura plástica. A cobertura plástica reduziu a radiação e a disponibilidade hídrica nas camadas superficiais do solo, porém favoreceu a assimilação foliar de CO2.
Resumo:
Este trabalho objetivou caracterizar a fenologia e a produção das videiras 'Cabernet Sauvignon' e 'Alicante' (Vitis vinifera L.) produzidas fora de época, no norte do Paraná, para a elaboração de vinho tinto. A área experimental foi instalada em uma propriedade comercial pertencente à Vinícola Intervin®, em Maringá-PR. As videiras foram conduzidas em latada sobre o 'IAC 766 Campinas'. As avaliações tiveram início a partir das podas de frutificação para a produção fora de época, durante dois anos consecutivos, realizadas no fim de janeiro de 2007 e 2008, onde foram utilizadas 20 plantas representativas de cada variedade. Avaliou-se a duração, em dias, das principais fases fenológicas das videiras, bem como estimadas a produção por planta e a produtividade de cada variedade. A evolução de maturação das uvas foi determinada pela análise semanal do teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT) e índice de maturação (SST/AT). A duração média do ciclo da videira 'Cabernet Sauvignon' foi de 128 dias, enquanto da 'Alicante' foi de 131 dias, sendo consideradas tardias ambas as variedades para a região norte do Paraná. As estimativas da produção por planta e produtividade foram de 12,4 kg e 22,3 t.ha-1 para a uva 'Cabernet Sauvignon' e 11,9 kg e 19,8 t.ha-1 para a 'Alicante'. Os teores médios de SST, AT e SST/AT foram de 19,2 °Brix, 1,8% de ácido tartárico e 11,6 para a uva 'Cabernet Sauvignon', e 19,1 °Brix, 1,3% de ácido tartárico e 14,1, para a 'Alicante'. Ambas as variedades apresentam elevadas produtividades e matéria-prima adequada para processamento quando produzidas fora de época no norte do Paraná.
Resumo:
O declínio dos citros é uma anomalia vascular que provoca grandes prejuízos à produção de citros. Sua causa é controversa, e fatores bióticos e abióticos têm sido sugeridos. Embora detectado desde 1979 afetando plantas em pomares do Estado de São Paulo, sua ocorrência ainda não foi relatada em certas regiões produtoras de citros do Brasil. Este trabalho teve como objetivo comprovar, por meio de testes diagnósticos, a ocorrência do declínio dos citros no polo citrícola da região noroeste do Paraná. Foi realizado em pomar experimental de laranjeira 'Valência' (Citrus sinensis L. Osb.) enxertada em limoeiro 'Cravo' (C. limonia Osb.) plantado em 1994 no município de Nova Esperança. Os testes de teor de zinco na madeira e da absorção de água com injeção no tronco confirmaram a presença de declínio dos citros. Os sintomas da doença foram caracterizados por folhas pequenas, sem brilho e com menor turgidez, redução nos fluxos de brotação, morte da extremidade de ramos e redução da produção e do tamanho de frutos. A primeira ocorrência de declínio dos citros foi observada aos sete anos após o plantio, e aos quinze anos atingiu 31% das plantas.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de pérola-da-terra (Eurhizococcus brasiliensis) (Hemiptera: Margarodidae), bem como o desenvolvimento vegetativo e a fenologia das videiras 'Isabel', 'Bordô (Vitis labrusca L.), 'Cabernet Sauvignon', 'Malbec' e 'Merlot' (Vitis vinifera L.) enxertadas sobre os porta-enxertos 'Paulsen 1103' e 'VR 043-43'. O experimento foi conduzido no pomar experimental do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), localizado em Guarapuava-PR, durante a safra de 2010/2011. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 2 (cultivares x porta-enxerto), com o total de 10 tratamentos, cinco repetições e três plantas por parcela experimental. Cada bloco foi constituído por uma linha de plantio. Foram avaliados: as massas fresca (MFP) e seca (MSP) do material oriundo da poda de produção. Logo após a colheita dos frutos, as plantas foram retiradas do solo e, posteriormente, quantificou-se o número de pérola-da-terra por planta (NP), as massas fresca (MFR) e seca (MSR) de raízes, as massas fresca (MFC) e seca (MSC) do caule. Além disso, também foi avaliada a duração dos estádios fenológicos baseados na metodologia de Eichhorn e Lorenz (1984). Verificou-se que as videiras enxertadas sobre o 'VR 043-43' apresentaram menor quantidade de cistos de pérola-da-terra, no entanto este fator influenciou positivamente apenas no desenvolvimento vegetativo das cultivares americanas, sendo que, para as demais variáveis analisadas, não houve influência do porta-enxerto.
Resumo:
O trabalho teve como objetivo avaliar a evolução da maturação e as características físico-químicas e produtivas das uvas 'BRS Carmem' (Vitis labrusca) e 'Isabel' (V. labrusca) enxertadas sobre o porta-enxerto 'IAC 766 Campinas', para a elaboração de suco, no norte do Paraná. As videiras foram conduzidas em espaldeira vertical, em cordão bilateral, no espaçamento de 1,5 x 2,5m. Foram avaliadas semanalmente as características químicas das bagas de 20 plantas representativas de cada cultivar, como teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT), índice de maturação (SST/AT) e pH, a partir do início da maturação até a colheita. A evolução da maturação das duas cultivares foi comparada por meio da análise de regressão. No momento da colheita, foram avaliadas a massa e o comprimento dos cachos, a massa e o diâmetro das bagas, e o número de cachos por planta. Foram também estimadas a produção (kg.planta-1) e a produtividade (t.ha-1) das cultivares. A uva 'Isabel' apresentou teor de SST e relação SST/AT (15,3ºBrix e 19,2) superior à 'BRS Carmem' (13,7ºBrix e 15,7). No entanto, para AT e pH não houve diferença significativa entre as cultivares. Para a massa e o comprimento dos cachos, a 'BRS Carmem' (0,09 kg e 15,0 cm) apresentou maiores médias em relação à videira 'Isabel' (0,06 kg e 10,9 cm), não sendo observadas diferenças significativas entre as cultivares em relação às características produtivas. As videiras 'BRS Carmem' e 'Isabel' apresentam matéria-prima adequada para a elaboração de suco, quando produzidas na região norte do Paraná.
Resumo:
O uso de coberturas plásticas sobre vinhedos tem aumentado no Sul do Brasil, visando a atenuar limitações climáticas. Este estudo objetivou quantificar alterações micrometeorológicas causadas por cobertura plástica e seus efeitos no desenvolvimento e na produção de videiras 'Niágara Rosada', em cultivo orgânico. O estudo foi realizado em Bento Gonçalves-RS, num vinhedo conduzido em sistema latada e submetido a dois ambientes: em céu aberto e coberto por plástico transparente (160µm) em arcos descontínuos. Nos dois ambientes, foram monitoradas radiação fotossinteticamente ativa (RFA) e temperatura do ar. Avaliaram-se fenologia, índice de área foliar (IAF), peso e diâmetro de bagas, teor de sólidos solúveis e acidez total titulável, incidência de doenças fúngicas e rendimento. A cobertura reduziu em um terço a RFA incidente (-34%) e aumentou as temperaturas máximas do ar (+3,1ºC). Ela acelerou o ciclo vegetativo das videiras até a maturação, mas retardou a queda de folhas. A cobertura promoveu incrementos de IAF, duração da área foliar e produção de uvas, de 12,3 para 27,1 t ha-1. Não foi observada incidência de doenças fúngicas no vinhedo coberto. Portanto, a cobertura plástica sobre vinhedos é uma alternativa importante na produção de uvas de mesa no Sul do Brasil, em cultivo orgânico.
Resumo:
Este trabalho objetivou avaliar a fenologia, a demanda térmica e a produtividade das cvs. Niagara Branca, Niagara Rosada e Concord submetidas a uma poda seca no inverno e a uma poda verde no final da primavera, visando à obtenção de duas safras de uva por ciclo vegetativo. O experimento foi conduzido em vinhedo pertencente à Estação Experimental Agronômica de Eldorado do Sul-RS, na safra de 2007/2008. As plantas foram submetidas a duas épocas de poda de inverno (22-07-07 e 20-08-07), em cordão esporonado, e duas épocas de poda verde (15-11-07 e 17-12-07), mediante desponte do sarmento a partir da quarta gema acima do último cacho. Os subperíodos fenológicos considerados da videira foram: vegetativo, compreendendo da poda à brotação e da brotação à floração; e reprodutivo, abrangendo da floração à colheita. Os respectivos intervalos tiveram um acompanhamento com base no acúmulo de graus-dia. A produção por planta, sólidos solúveis totais e acidez total titulável foram avaliados em ambas as safras. As cultivares necessitaram aproximadamente de 1.500 graus-dia para completar seu ciclo, tanto na primeira como na segunda safra. A poda de inverno antecipada aumentou a duração do ciclo fenológico das plantas comparativamente à poda de agosto, devido ao aumento do subperíodo poda/floração nas videiras podadas precocemente. A antecipação da poda de inverno antecipou a colheita da primeira safra, possibilitando obter uvas precoces com maior valorização de mercado. A duração do ciclo fenológico da segunda safra foi menor se comparada à primeira safra, devido às temperaturas mais elevadas decorridas no desenvolvimento das plantas submetidas à poda verde. A produtividade da segunda safra foi maior quando a poda seca foi realizada em agosto, associada à poda verde em novembro. Nas plantas submetidas à poda verde, obteve-se uma segunda colheita em meados de março/abril, oferecendo vantagens econômicas ao viticultor e ampliando a disponibilidade da fruta ao consumidor.
Resumo:
O trabalho objetivou avaliar o estado nutricional, a produção e a composição do mosto de uvas em videiras submetidas a diferentes modos de distribuição de composto orgânico no solo. O experimento foi conduzido em um vinhedo da cv. Cabernet Sauvignon, com plantas enxertadas sobre o porta-enxerto 'Paulsen 1103' em um solo Neossolo Litólico, em Bento Gonçalves (RS). Em agosto de 2006, foram implantados os tratamentos (T1) testemunha; (T2) aplicação de composto orgânico na superfície do solo sempre no mesmo lado da linha de plantio; (T3) aplicação de composto em lados alternados da linha de plantio ao longo dos anos; (T4) aplicação de composto em covas sempre do mesmo lado da linha de plantio, e (T5) aplicação de composto em covas em lados alternados na linha de plantio ao longo dos anos. Nas safras de 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009, os ramos da poda de inverno e o tecido da poda de verão foram secos e determinada a produção de matéria seca. Folhas completas foram coletadas, secas, moídas e submetidas à análise do teor total de N, P, K, Ca e Mg. Na maturação, foi contado o número de cachos e pesados, e, em seguida, bagas foram coletadas e determinados os valores de sólidos solúveis, pH, acidez titulável, ácido tartárico e málico. A distribuição de composto em covas sempre do mesmo lado da linha de plantio ou em lados alternados ao longo dos anos aumentou a quantidade de matéria seca dos ramos podados no inverno, especialmente, nas primeiras safras depois de sua aplicação. A aplicação e o modo de distribuição do composto na superfície do solo ou incorporado, anualmente no mesmo lado da linha de plantio ou alternado entre os lados ao longo dos anos, não afetaram a produção de uva, o estado nutricional e a composição do mosto, e, quando necessário, o composto orgânico deve ser aplicado na superfície do solo sem incorporação, em um mesmo lado da linha de plantio ou alternado entre os lados ao longo dos anos.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a sensibilidade ao rachamento de frutos, foram realizados diferentes testes de laboratório com bagas de uva para processamento das cultivares Concord, Isabel e BRS Rúbea. Para a determinação do índice de rachamento, bagas maduras foram imersas em água destilada e avaliadas a cada hora, durante um período de dez horas. Com o auxílio de um texturômetro, foram realizados testes mecânicos. Em testes de compressão, foram avaliadas, no momento de rompimento das bagas, pressão de compressão, energia de deformação e força máxima de compressão. Com uma sonda de menor calibre, as bagas foram perfuradas, obtendo-se a força máxima de perfuração e deformação de perfuração no rompimento da película. Em testes de relaxação, foram avaliados o grau de solidez e a velocidade inicial de decaimento. Foram avaliadas também as correlações entre o índice de rachamento, e os testes mecânicos. Tanto o índice de rachamento quanto os testes mecânicos apontaram para a cultivar BRS Rúbea como a mais resistente ao rachamento e a cultivar Concord como a mais suscetível. A 'Isabel' apresentou resistência intermediária. O índice de rachamento, apresentou forte correlação com as variáveis avaliadas nos testes mecânicos e possui bom potencial para a avaliação da sensibilidade ao rachamento de materiais distintos de videira.
Resumo:
O declínio do mangostanzeiro (Garcinia mangostana L.) no litoral sul do Estado da Bahia é hoje o principal problema da cultura, sendo caracterizado por sintomas de murcha, amarelecimento, seca e queda de folhas. Este trabalho teve como objetivo acompanhar a evolução da sintomatologia da doença, isolar e identificar os potenciais patógenos causadores do declínio do mangostanzeiro. A doença começa com a necrose das radículas, a qual atinge as raízes secundárias, primárias e progride até à base do tronco que desenvolve lesões necróticas extensas. Os sintomas secundários são clorose, murcha e queda das folhas. Das amostras de tecidos lesionados de plantas doentes levadas ao laboratório, foram isolados e identificados os seguintes fungos: Lasiodiplodia theobromae, Lasiodiplodia parva, Mycoleptodiscus sp., Rhizopus sp., Stilbella sp., Trichoderma spp. e Aspergillus sp. Apenas L. theobromae e L. parva foram patogênicas a fragmentos de raízes e caules de mangostanzeiros in vitro e a mudas de mangostanzeiros em casa de vegetação, sendo o isolado da primeira espécie o mais virulento. A taxonomia do gênero Lasiodiplodia e algumas condições que influenciam no desenvolvimento da doença no campo foram analisadas.
Resumo:
Em regiões tropicais, com ajuda da aplicação de produtos químicos para induzir a quebra de dormência, é possível obter duas safras anuais de videira. No entanto, a eficácia da utilização destes produtos é questionável, pois sua alta toxicidade é um fator preocupante. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do hidrolato obtido de pau-d'alho (Gallesia integrifolia) na brotação, produtividade e atividade das enzimas peroxidase e catalase em videiras cv. Benitaka. O experimento foi conduzido em vinhedo comercial no município de Marialva, Estado do Paraná, Brasil, em dois ciclos consecutivos: 2011, de agosto a dezembro, e 2012, de janeiro a julho. Os tratamentos consistiram nas seguintes doses de hidrolato de pau-d'alho: 0; 50; 100; 150 e 200 mL L-1, além da testemunha positiva com cianamida hidrogenada a 20 mL L-1. Foram avaliadas as variáveis: porcentagem de gemas brotadas, número de cachos, peso dos cachos, produtividade (t ha-1), atividade das enzimas catalase e peroxidase, e teor de açúcares redutores nas gemas. Na porcentagem de gemas brotadas, houve efeito quadrático em função das doses do hidrolato de pau-d'alho com máxima brotação estimada para as doses de 108,8 e 97 mL L-1 de hidrolato de pau-d'alho para o primeiro e segundo ciclos, respectivamente, com resultados semelhantes ao tratamento-padrão com cianamida hidrogenada. Os tratamentos com hidrolato de pau-d'alho também incrementaram o número e o peso dos cachos e a produtividade, apresentando também efeito quadrático em função das doses. Verificou-se, ainda, redução da atividade das enzimas catalase, peroxidase e para os teores de açúcares redutores nas gemas para as plantas tratadas com hidrolato de pau-d'alho, evidenciando seu modo de ação via injúrias oxidativas, similarmente ao efeito do tratamento convencional com cianamida hidrogenada. Com base nos resultados obtidos, o hidrolato de pau-d'alho, nas doses entre 100 e 150 mL L-1, pode ser uma alternativa para a quebra de dormência de videiras cv. Benitaka em regiões tropicais para a viticultura sustentável.
Resumo:
Espécies perenes ou anuais de plantas de cobertura podem ser cultivadas em vinhedos para proteger a superfície do solo e também controlar a disponibilidade de água e nutrientes à videira. O trabalho objetivou avaliar o estado nutricional, o vigor e a produção de uva em videiras consorciadas com espécies anuais e perenes de plantas de cobertura submetidas a dois manejos. O experimento foi conduzido nas safras de 2009/2010 e 2010/2011, em vinhedo da cultivar Cabernet Sauvignon, em São Joaquim (SC), sobre um Cambissolo Húmico Distrófico. Os tratamentos foram: testemunha, caracterizado pela presença de plantas espontâneas controladas por dessecação na linha e por roçadas nas entrelinhas; a espécie perene de planta de cobertura, festuca (Festuca arundinacea); duas sucessões de espécies anuais, azevém-moha (Lolium multiflorum-Setaria italica) e aveia-branca trigo-mourisco (Avena sativa-Fagopyrum esculentum); e dois tipos de manejo das plantas, com e sem transferência do resíduo produzido na linha para a entrelinha das videiras. Foram coletadas folhas completas no pleno florescimento e na mudança da cor das bagas para análise dos teores totais de N, P, K, Ca e Mg. Determinaram-se o comprimento dos ramos e de seus entrenós, a massa dos ramos podados e calculou-se o índice de Ravaz. Na colheita, foram determinados o comprimento, largura e massa de cachos, a produção de uva por planta e a massa de 100 bagas. As videiras consorciadas com espécies de plantas de cobertura anuais apresentaram maior teor de N total nas folhas na floração, maior vigor e produção de uva. O manejo das plantas de cobertura, mediante transferência dos resíduos culturais da linha de videiras para a entrelinha, não afetou o vigor da videira nem a produção de uva, mas diminuiu o teor total de N nas folhas, na fase da floração. O cultivo da festuca como cobertura do solo do vinhedo pode ser uma alternativa eficaz para se diminuir o vigor da videira.