804 resultados para Social class
Resumo:
Ao se falar de língua, fala-se da classe social que se imagina associada a essa mesma língua. Fundamentada na Análise do Discurso Franco-Brasileira (iniciada na França pelo grupo de Michel Pêcheux e retrabalhada no Brasil a partir de formulações de Eni Orlandi) e analisando corpòra diversos, que se encontram em gramáticas, dicionários, manuais de redação jornalística e o jornal carioca Meia Hora de Notícias, esta dissertação busca entender como os sentidos sobre língua e classe social vão sendo constituídos ao mesmo tempo. A Análise do Discurso com que este estudo vai trabalhar se apresenta como um campo inserido no entremeio das ciências humanas e sociais. Entre as principais questões levantadas por este campo, estão as crenças ilusórias em que as palavras emanam sentidos próprios, apropriados, e em que o sujeito é o dono de seu dizer e de suas intenções. Entende-se, na Análise do Discurso, que os sentidos são irrecorrivelmente formados ideologicamente, e que o sujeito se constitui analogamente, por processos inconscientes que não deixam de fora também a historicidade das relações sociais. Dessa forma, para se compreender como se dão as relações entre as formações de sentido entre língua e classe social, importará a depreensão do funcionamento discursivo do tratamento que os instrumentos de gramatização dão à variedade linguística. No Meia Hora, também se procura analisar de que modo um jornal vai significando, inscrito numa prática jornalística determinada, língua e classe social concomitantemente, através do uso de uma língua imaginária
Resumo:
O presente estudo traz como lócus central de interesse apreender as percepções que alunos formandos do ensino médio de uma escola estadual do município do Rio de Janeiro, possuem sobre suas chances de terem ascensão educacional, via ingresso no ensino superior, focalizando, em especial, como percebem as contribuições da escola e da classe social a que pertencem nesse processo. O estudo foi realizado apenas durante o turno da manhã, utilizando-se de aporte teórico-metodológico ancorado nas pesquisas sobre os efeitos das escolas, campo de estudo que se iniciou fora do Brasil, e que recentemente tem experimentado mais entrada no campo educacional brasileiro. Esta pesquisa congregou o uso das metodologias quantitativa e qualitativa, com aplicação de questionários estruturados a todos os alunos formandos, bem como buscou conhecer mais das expectativas destes estudantes, através de entrevistas semi-estruturadas realizadas com dois alunos de cada turma. Estudos apontam que, ainda que os fatores extra-escolares, especialmente aqueles relacionados às condições socioeconômicas dos indivíduos, exerçam forte influência sobre o desempenho escolar dos alunos, sobre suas trajetórias escolares, e, posteriormente, sobre suas trajetórias profissionais, outros trabalhos vêm sugerindo que há mais elementos que precisam ser introduzidos na análise, elementos estes que dizem respeito a aspectos relacionados à própria escola, que se convencionou chamar no Brasil como efeitos das escolas, ou simplesmente, efeito-escola. Acredita-se, segundo esta perspectiva de análise, que as escolas podem vir a afetar as trajetórias dos alunos, assim como suas expectativas de vida e suas motivações, embaralhando a influência dos fatores socioeconômicos, que, ainda que presentes, não seriam os únicos condicionantes. Estas pesquisas revelam que, depois de controladas as variáveis concernentes às condições socioeconômicas dos indivíduos, os dados sugeririam que as escolas exerceriam influência sobre o desempenho dos alunos, em maior ou menor grau, com maior ou menor êxito, mostrando que as escolas podem fazer diferença, e que não são apenas os fatores extra-escolares os únicos determinantes para o sucesso e insucesso escolar dos indivíduos.
Resumo:
Este estudo tem por objeto a compreensão do reconhecimento profissional e social do Agente Comunitário de Saúde (ACS) destacando-se as influências das relações sociais impostas, mas que ao mesmo tempo trazem para o cenário o fruto destas relações, a desigualdade social, que remete ao conceito de classes sociais nas relações entre Estratégia de Saúde da Família (ESF) e favela. O objetivo geral é estudar e analisar a percepção dos ACS na Estratégia de Saúde da Família das áreas programáticas (AP) 2.1, 3.1 e 5.2 do município do Rio de Janeiro acerca do seu reconhecimento social e profissional a partir das categorias de reconhecimento e classe social. O estudo é desenvolvido por meio de uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas do trabalho, reconhecimento, classe social e gênero, com organização e análise segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Os campos de pesquisas utilizados foram às áreas programáticas (A.P.) 2.2, 3.1 e 5.2. Os resultados geraram dois eixos temáticos: Percepção do que levou este trabalhador a ser ACS; Falta de reconhecimento e valorização. O fato de estar desempregado ou inserido em formas de subemprego surgiu como a maior motivação para ser tornar ACS; A divulgação do processo seletivo público leva o ACS a acreditar que será contratado por um estatuto, gerando a expectativa em ser funcionário público e ter garantias trabalhistas sólidas, afastando a possibilidade de voltar a estar desempregado. Na segunda categoria, as questões destacadas incluem: A ACS é morador de uma favela e pertence à classe trabalhadora. A grande maioria destes trabalhadores são mulheres, que precisam estar perto de casa para exercer seu papel também como educadora dos filhos, mas também para aumentar sua renda ou até mesmo exercer seu papel como provedora de uma família inteira, o que também possui determinação de classe social. O ACS se percebe desvalorizado como mediador no trabalho educativo. Esta desvalorização denota a compreensão do trabalho do ACS como de baixa complexidade. A questão salarial também é um fato ao qual o ACS atribui sua desvalorização como trabalhador, e retrata um pertencimento econômico a uma determinada classe social, a classe explorada pelo capital. Conclui-se que o que a inserção de trabalhadores comunitários, via seleção e contratação de ACS na atenção básica aproveita as redes sociais de integração pré-formadas nas comunidades para inserir e dar eficácia às ações de saúde. O atual contexto de trabalho do ACS representa um modo de produção da saúde que aliena este trabalhador, destituindo-o do seu processo de trabalho e reforçando a estrutura de classes presente na sociedade, interferindo no reconhecimento social e profissional do ACS.
Resumo:
Nesta tese, pretendemos investigar a relação entre ciclo de vida, posição socioeconômica e disparidades sociais no Brasil. Inicialmente, apresentamos trabalhos brasileiros e estrangeiros que descrevem associações entre a posição socioeconômica dos indivíduos e o estado de saúde. A abrangência dessa ligação levou sociólogos a sistematizarem uma elegante teoria que trata os recursos socioeconômicos como causas fundamentais do adoecimento e da mortalidade. Fazemos uma exposição relativamente detalhada dessa perspectiva. A apresentação dos dois debates estabelece a justificativa do trabalho e mapeia os espaços na literatura para os quais pretendemos contribuir. No segundo capítulo iniciamos nossa investigação, com o aprofundamento de uma dimensão tida como central no entendimento sociológico da desigualdade: classe social. Esse conceito é tido por pesquisadores, tanto vinculados à sociologia como em outras disciplinas, como uma via explicativa interessante na abordagem das disparidades sociais em saúde. No entanto, essa opinião não é consensual, e vários sociólogos contemporâneos fazem severas críticas à essa dimensão e às teorias que a balizam. Fazemos um aprofundamento nesses debates e uma reflexão sobre sua pertinência para o contexto brasileiro. Balizamos nossas conclusões através de uma investigação que mobiliza métodos e dados inéditos sobre a estrutura ocupacional brasileira. Através da investigação da validade empírica e conceitual de uma das operacionalizações de classe mais comuns na literatura internacional, a tipologia EGP, testamos como características do mercado de trabalho brasileiro se relacionam a essa dimensão. Nossos resultados, atingidos a partir de modelos log-lineares de classes latentes (latent class analysis) mostram que as particularidades do mercado de trabalho brasileiro são importantes na consideração sobre essa variável, mas não inviabilizam sua utilização. Munidos desse resultado, partimos para o último capítulo do trabalho. Nele, aprofundamos a discussão sobre desigualdade e saúde através da apresentação de teorias sobre o ciclo de vida, que informam dois debates específicos que investigamos empiricamente. O primeiro deles diz respeito à acumulação de vantagens e desvantagens ao longo do ciclo de vida e a estruturação das disparidades sociais em saúde. O segundo diz respeito à transmissão intergeracional da desigualdade e a desigualdade em saúde. Apresentamos essas correntes teóricas, que inspiram a elaboração de nossas hipóteses. Junto a elas, adicionamos uma outra hipótese inspirada nas discussões apresentadas nos capítulos anteriores. Nossos resultados demonstram a relevância de abordagens sociológicas para o estudo da desigualdade em saúde. Mostramos como nível educacional e idade interagem na estruturação das disparidades sociais em saúde, evidências indiretas de como as trajetórias sociais proporcionadas pela educação expõe indivíduos a condições que os expõe sua saúde a diferentes tipos de desgaste. Igualmente, mostramos evidências que apontam para como etapas relacionadas à infância e adolescência dos indivíduos têm efeitos sobre seu estado de saúde contemporâneo. Por fim, refletimos sobre os limites da variável de classe para o entendimento da estruturação das disparidades sociais em saúde no Brasil.
Resumo:
As políticas públicas de desenvolvimento e distribuição de renda levadas a efeito durante a primeira década do nosso século alteraram os patamares de renda da parcela mais pobre da população brasileira, fenômeno que estaria dando origem àquilo que se passou a chamar de nova classe média brasileira. A redução das desigualdades sociais estaria atrelada, assim, a um processo de mobilidade social. Esse estudo se ocupa desse fenômeno. Para isso, apresenta, inicialmente, uma análise das políticas sociais implementadas, a partir de 2003, nos âmbitos econômico e educacional. A seguir, discute os conceitos de classe social e de mobilidade social, optando por considerar o fenômeno à luz do conceito de capital cultural, de Pierre Bourdieu, com o qual se define o traço distintivo da educação superior como marca da classe média. Assim, propôs-se a investigar a emergência desse traço em universitários oriundos de classes populares, que estariam em processo de mobilidade social. O trabalho de campo, que ouviu 35 estudantes de 16 diferentes cursos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em metodologia de caráter qualitativo, permitiu verificar que os alunos entrevistados mantém seu perfil original de classe trabalhadora, embora sejam inequívocos os ganhos da realização do curso superior, em termos de realização própria e de perspectivas de futuro, tanto para o estudante quanto para o seu grupo social, o que aponta para uma alteração do perfil da classe trabalhadora, e não para a emergência de uma nova classe média.
Resumo:
This research provides an interpretive cross-class analysis of the leisure experience of children, aged between six and ten years, living in Cork city. This study focuses on the cultural dispositions underpinning parental decisions in relation to children’s leisure activities, with a particular emphasis on their child-surveillance practices. In this research, child-surveillance is defined as the adult monitoring of children by technological means, physical supervision, community supervision, or adult supervised activities (Nelson, 2010; Lareau, 2003; Fotel and Thomsen, 2004). This research adds significantly to understandings of Irish childhood by providing the first in-depth qualitative analysis of the surveillance of children’s leisure-time. Since the 1990s, international research on children has highlighted the increasingly structured nature of children’s leisure-time (Lareau, 2011; Valentine & McKendrick, 1997). Furthermore, research on child-surveillance has found an increase in the intensive supervision of children during their unstructured leisure-time (Nelson, 2010; Furedi, 2008; Fotel and Thomsen, 2004). This research bridges the gap between these two key bodies of literature, providing a more integrated overview of children’s experience of leisure in Ireland. Using Bourdieu’s (1992) model of habitus, field and capital, the dispositions that shape parents’ decisions about their children’s leisure time are interrogated. The holistic view of childhood adopted in this research echoes the ‘Whole Child Approach’ by analysing the child’s experience within a wider set of social relationships including family, school, and community. Underpinned by James and Prout’s (1990) paradigm on childhood, this study considers Irish children’s agency in negotiating with parents’ decisions regarding leisure-time. The data collated in this study enhances our understanding of the micro-interactions between parents and children and, the ability of the child to shape their own experience. Moreover, this is the first Irish sociological research to identify and discuss class distinctions in children’s agentic potential during leisure-time.
Resumo:
Over recent years the moral panic that has surrounded 'boys' underachievement' has tended to encourage crude and essentialist comparisons between all boys and all girls and to eclipse the continuing and more profound effects on educational achievement exerted by social class and 'race'/ethnicity. While there are differences in educational achievement between working class boys and girls, these differences are relatively minor when comparing the overall achievement levels of working class children with those from higher, professional social class backgrounds. This paper argues that a need exists therefore for researchers to fully contextualise the gender differences that exist in educational achievement within the over-riding contexts provided by social class and 'race'/ethnicity. The paper provides an example of how this can be done through a case study of 11-year-old children from a Catholic, working class area in Belfast. The paper shows how the children's general educational aspirations are significantly mediated by their experiences of the local area in which they live. However, the way in which the children come to experience and construct a sense of locality differs between the boys and girls and this, it is argued, helps to explain the more positive educational aspirations held by some of the girls compared to the boys. The paper concludes by considering the relevance of locality for understanding its effects on educational aspirations among other working class and/or minority ethnic communities.
Resumo:
Summary: This article argues that the notion of the knowledge base as a central aspect of professional activity is flawed, and that it is more useful to see social work as in a continuous process of constructing and reconstructing professional knowledge. Findings: Culture is an area that has attracted widespread attention in academia and the social professions. However, there has been little examination of culturally sensitive social work practice from a realist perspective, or one that starts from the view that oppressive structures, as encoded within social class, are essential determinants of cultural experience. Following a critique of postmodern perspectives on culture, the work of Pierre Bourdieu on culture and power is explored. Applications: Three of Bourdieu's key constructs - habitus, field and capital - are utilized to develop a model for culturally sensitive social work practice that attends to the interplay of agency and structure in reproducing inequalities within the social world.
Resumo:
Recent debates on time-use suggest that there is an inverse relationship between time poverty and income poverty (Aguiar and Hurst in Q J Econ C(3):969-1006, 2007), with Hammermesh and Lee (Rev Econ Stat 89(2):374-383, 2007) suggesting much time poverty is 'yuppie kvetch' or 'complaining'. Gershuny (Soc Res Int Q Soc Sci 72(2):287-314, 2005) argues that busyness is the 'badge of honour': being busy is now a positive, privileged position and it is high status people who work long hours and feel busy. Is this also true of work-life conflict? This paper explores the relationship between work-life tension and social inequality, as measured by social class, drawing on evidence from the European Social Survey. To what extent is work-life conflict a problem of the (comparatively) rich and privileged professional/managerial classes, and is this true across European countries? The countries selected offer a range of institutional and policy configurations to maximise variation. Using regression modelling of an index of subjective work-life conflict, we find that in all the countries under study, work-life conflict is higher among professionals than non-professionals. Part of this is explained by the fact that professionals work longer hours and experience more work pressure than other social classes, though the effect remains even after accounting for these factors. While levels of work-life conflict vary across the countries studied, country variation in class differences is modest. We consider other explanations of why professionals report higher work-life conflict and the implications of our findings for debates on social inequality.
Resumo:
In this paper we address issues relating to vulnerability to economic exclusion and levels of economic exclusion in Europe. We do so by applying latent class models to data from the European Community Household Panel for thirteen countries. This approach allows us to distinguish between vulnerability to economic exclusion and exposure to multiple deprivation at a particular point in time. The results of our analysis confirm that in every country it is possible to distinguish between a vulnerable and a non-vulnerable class. Association between income poverty, life-style deprivation and subjective economic strain is accounted for by allocating individuals to the categories of this latent variable. The size of the vulnerable class varies across countries in line with expectations derived from welfare regime theory. Between class differentiation is weakest in social democratic regimes but otherwise the pattern of differentiation is remarkably similar. The key discriminatory factor is life-style deprivation, followed by income and economic strain. Social class and employment status are powerful predictors of latent class membership in all countries but the strength of these relationships varies across welfare regimes. Individual biography and life events are also related to vulnerability to economic exclusion. However, there is no evidence that they account for any significant part of the socio-economic structuring of vulnerability and no support is found for the hypothesis that social exclusion has come to transcend class boundaries and become a matter of individual biography. However, the extent of socio-economic structuring does vary substantially across welfare regimes. Levels of economic exclusion, in the sense of current exposure to multiple deprivation, also vary systematically by welfare regime and social class. Taking both vulnerability to economic exclusion and levels of exclusion into account suggests that care should be exercised in moving from evidence on the dynamic nature of poverty and economic exclusion to arguments relating to the superiority of selective over universal social policies.
Resumo:
This article explores recent developments in cultural studies debates regarding the representation of class in British and Irish life.
Resumo:
Following an unprecedented boom, since 2008 Ireland has experienced a severe economic crisis. Considerable debate persists as to where the heaviest burden of the recession has fallen. Conventional measures of income poverty and inequality have a limited capacity to answer this question. Our analysis, which focuses on economic stress and the mediating role of material deprivation, provides no evidence for individualization or class polarization. Instead we find that while economic stress level are highly stratified in income class and social class terms in both boom and bust periods, the changing impact of class is contingent on life course stage. The affluent income class remained largely insulated from the experience of economic stress. However, it saw its relative advantage overthe income poor class decline at the earlier stage of the life-course. At the other end of the hierarchy, the income poor experienced a relative improvement in their situation in the early life course phases. The precarious income class experienced some improvement in its situation at the earlier life course stages while the outcomes for the middle classes remain unchanged. In the mid-life course stages the precarious and lower middle classes experienced disproportionate increase in their stress levels while at the later life-cycle stage it is the combined middle classes that lost out. Additional effects over time relating to social class are restricted to the deteriorating situation of the petit bourgeoisie at the middle stage of the life-course. The pattern is clearly a good deal more complex that suggested by conventional notions of ‘middle class squeeze’ and points to the distinctive challenges relating to welfare and taxation policy faced by governments in the Great Recession.
Resumo:
The education system in Northern Ireland is characterized by division, with
around 95% of the pupil population attending predominantly co-religionist
schools. In a society that is transitioning from a thirty year conflict that has been
framed by hostilities between the main Catholic and Protestant communities, reconciliation
interventions in education have sought to promote the value of intergroup
contact between pupils attending separate schools. Some qualitative research
suggests that such initiatives are more likely to have positive outcomes for
pupils from more middle class backgrounds than those from more disadvantaged
communitiesand areas that experienced high levels of conflict related incidents and deaths during the pre-ceasefire years. Drawing on contact theory and empirical evidence from a large scale quantitative study, we seek to examine this theory. Using free school meals as a proxy for social class, our findings are consistent in finding that there is a differential impact of contact for those from less affluent backgrounds, and we conclude by arguing that this should be reflected in policy responses.
Resumo:
Reforms which increase the stock of education in a society have long been held by policy-makers as key to improving rates of intergenerational social mobility. Yet, despite the intuitive plausibility of this idea, the empirical evidence in support of an effect of educational expansion on social fluidity is both indirect and weak. In this paper we use the raising of the minimum school leaving age from 15 to 16 years in England and Wales in 1972 to estimate the effect of educational participation and qualification attainment on rates of intergenerational social class mobility. Because, in expectation, children born immediately before and after the policy was implemented are statistically exchangeable, the difference in the amount of education they received may be treated as exogenously determined. The exogenous nature of the additional education gain means that differences in rates of social mobility between cohorts affected by the reform can be treated as having been caused by the additional education. The data for the analysis come from the ONS Longitudinal Study, which links individual records from successive decennial censuses between 1971 and 2001. Our findings show that, although the reform resulted in an increase in educational attainment in the population as a whole and a weakening of the association between attainment and class origin, there was no reliably discernible increase in the rate of intergenerational social mobility.