1000 resultados para Português falado
Resumo:
Este estudo enquadra-se na área da Dialetologia e da Sociolinguística Variacionista, centrando-se na análise de alguns regionalismos madeirenses recolhidos no concelho da Calheta. Estes foram testados através de um questionário semânticolexical aplicado no mesmo concelho e no concelho do Funchal com uma amostra de cento e oito informantes, seis por freguesia, estratificados por idade, sexo e escolaridade. Para o tratamento dos dados usámos a metodologia quantitativa, recorrendo ao programa Microsoft Office Access, que nos dá conta do número de respostas e percentagens registadas, no que respeita ao conhecimento dos cinquenta e dois vocábulos estudados, tendo em conta os fatores de variação social (género, idade e escolaridade) e o fator geográfico (rural vs. urbano). Na análise qualitativa, elaborámos um glossário que sistematiza os significados indicados pelos informantes, registando as diferentes aceções e exemplos de uso dos vocábulos. Alguns destes podem ser classificados como arcaísmos, neologismos regionais e regionalismos usuais ou correntes, sendo que não confirmámos a existência de nenhum populismo, o que nos permite aferir a vitalidade dos regionalismos testados no Português falado nos concelhos da Calheta e do Funchal. Concluímos que a idade e a escolaridade influenciam o maior conhecimento dos vocábulos, ou seja, os falantes mais idosos com baixo grau de escolaridade, independentemente do concelho, mostram-se mais conservadores do que os adultos e do que os jovens. No entanto, o fator geográfico também se revelou pertinente, dado que os adultos e os jovens com ensino secundário e superior, respetivamente, do concelho da Calheta revelaram conhecer mais vocábulos do que os do concelho do Funchal. Apesar da crescente valorização do património lexical madeirense, verificamos que muitos regionalismos virão a desaparecer porque estarão a cair em desuso com as novas gerações.
Resumo:
OBJETIVO: traduzir e adaptar protocolo desenvolvido por pesquisadores alemães, adequando-o às características fonéticas e linguísticas do português falado no Brasil. Caracterizar os componentes de fala mais alterados na população com doença de Parkinson, comparando-os com grupo de sujeitos normais na mesma faixa etária. MÉTODOS: realizou-se a tradução e adaptação do protocolo. Posteriormente foram avaliados 21 pacientes com diagnóstico neurológico de Doença de Parkinson nos estágios Hoehn &Yarh, entre 2 e 3, e 10 sujeitos normais. O protocolo incluía avaliação da respiração, fonação, ressonância, articulação, prosódia e a análise acústica dos parâmetros vocais. RESULTADOS: o protocolo mostrou-se de fácil aplicação clínica. Nos sujeitos com doença de Parkinson foram observadas alterações predominantes na fonação (85,9%) e articulação (42,9%). CONCLUSÃO: o estudo demonstrou ser o protocolo uma ferramenta eficiente para a avaliação da disartria em pacientes com doença de Parkinson.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é fornecer uma interpretação funcional para a ordem de constituintes da sentença do português falado no Brasil (PB). Segundo a metodologia aqui adotada, as generalizações de natureza sintática decorrem necessariamente de generalizações de natureza semântica e pragmática. Os dados constituem uma amostragem representativa de sentenças do português falado, extraída de inquéritos do Projeto NURC. Como enfoque funcional prevê a coexistência de diferentes padrões de ordenação de constituintes, usados em diferentes condições e para diferentes propósitos, postula-se que o PB dispõe de dois padrões igualmente relevantes: a ordem SVO e a ordem VSO, ambos pragmaticamente motivados. Argumenta-se ainda que tais motivações pragmáticas relaciona, diacronicamente, os padrões funcionais em uso a uma mudança em curso na classificação tipológica do PB de um tipo primitivo VSO para o tipo SVO atualmente predominante.
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Este estudo limita-se ao exame do conector então no português falado culto do Brasil. O objetivo é fornecer uma descrição detalhada do comportamento sintático-semântico desse juntor e verificar se já se gramaticalizou como conjunção. O universo de pesquisa é uma amostragem do corpus mínimo do Projeto de Gramática do Português Falado (PGPF). O texto se organiza em quatro partes. Na primeira colocam-se os objetivos em face das hipóteses de trabalho; na segunda apresentam-se os procedimentos metodológicos e técnicas de investigação; a terceira parte constitui uma descrição do uso desse conector no português falado e, nas considerações finais, resumem-se as principais conseqüências para um equacionamento mais preciso da relação de conclusão obtida por meio do conector então.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Construções de causa, razão, explicação e motivação na lusofonia: uma abordagem discursivo-funcional
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Pós-graduação em Estudos Linguísticos - IBILCE
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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A presente dissertação tem como objetivo central identificar, mapear e descrever a variação lexical do português falado na zona rural de seis municípios da mesorregião Sudeste Paraense: Curionópolis, Itupiranga, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, São João do Araguaia e Tucuruí. Esta mesorregião apresenta importância considerável no contexto sócio-político-econômico-cultural do Estado do Pará. A pesquisa é orientada pelos pressupostos da dialetologia, sob o método da geolinguística. Este trabalho faz parte do projeto GeoLinTerm, mas com pesquisa específica do eixo do projeto ALiPA. Fizemos o levantamento de alguns trabalhos realizados ao longo dos estudos geolinguísticos. A metodologia utilizada contou com a aplicação de um questionário semântico lexical, adaptado, contendo quatorze campos semânticos, que foi respondido pelos informantes selecionados. Os dados coletados nos seis municípios, objeto da pesquisa, contêm registros de fala de 22 informantes da zona rural da mesorregião Sudeste Paraense, dentro do perfil metodológico estabelecido pelo ALiPA. Após a coleta, fizemos o tratamento dos dados com a seleção, a transcrição, a elaboração de 30 cartas e a descrição dos resultados. Das 256 perguntas do questionário, selecionamos as 30 mais frequentes e com maior variação para serem desenvolvidas nas cartas. Em seguida às cartas, mostramos as ocorrências por localidade, sexo e faixa etária.
Resumo:
Este trabalho investiga a variação dos pronomes “tu” e “você” no português falado em seis capitais da Região Norte do Brasil: Belém (PA), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Baseado nos estudos de Labov (2008), analisa fatores linguísticos e extralinguísticos que influem a escolha de um ou outro pronome e a relação destes com as formas verbais de segunda e terceira pessoas. Foram utilizados como corpus dados produzidos por 8 moradores de Belém; 8 de Boa Vista; 8 de Manaus; 8 de Macapá; 8 de Porto Velho; e 8 de Rio Branco, sendo 4 homens e 4 mulheres de cada capital, por meio de entrevistas de fala espontânea, com base nos Questionários do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALIB). Os resultados apontam o favorecimento do pronome “tu” em Belém, Manaus e Rio Branco. Boa Vista, Macapá e Porto Velho desfavorecem o pronome “tu”.
Resumo:
Este artigo trata essencialmente de uma apresentação das ações do projeto institucional Norte Vogais vinculado ao Diretório Nacional PROBRAVO. O artigo fornece uma ideia precisa de como a equipe da UFPA vinculada ao PROBRAVO está conduzindo suas investigações sobre a variedade do português falada no Pará. O projeto Norte Vogais conta com amostras de fala de trezentos e dezoito informantes nativos do Pará no seu banco de dados. As descrições sociolinguísticas empreendidas pela equipe da UFPA priorizaram a investigação de três aspectos fonéticos em particular: a) a variação das vogais médias pretônicas; b) a variação das vogais médias postônicas mediais e; c) a nasalidade alofônica. Os resultados obtidos reforçam a hipótese de Silva Neto (1957) de que o Pará compreenderia uma ilha dialetal na classificação de Antenor Nascente entre os dialetos do Norte do Brasil. Com o objetivo de refinar as descrições sociolingüísticas, duas novas ações se impuseram: a) o mapeamento da situação sociolinguística das áreas de contato interdialetal no Pará e; b) a análise acústica do sistema vocálico do português falado na Amazônia Paraense.
Resumo:
Neste trabalho, discutem-se as possibilidades gramaticais da subcategorização contávele não-contável dos nomes no português falado nos níveis do significado lexical e do significadorelacional. Os dados analisados indicam haver diferenças semânticas nítidas, de base ontológica,entre os lexemas, que identificam entidades discretas e entidades não-discretas. Conclui-se, por isso,que é mais adequado separar os nomes em subcategorias lexicais com base no uso não-marcado eassumir que podem transformar-se em outras subcategorias mediante processos de conversão subcategorial, morfológica e/ou sintaticamente determinados.
Resumo:
Este trabalho apresenta uma interpretação funcional para a ordem de palavras no português falado, demonstrando que as motivações pragmáticas para os padrões funcionais SVO e VSO realmente em uso os relacionam a uma possível mudança na classificação tipológica do português do Brasil de VSO para SVO.
Resumo:
Este trabalho examina a atribuição de funções semânticas e funções sintáticas em relação a fatores pragmáticos num corpus do português falado, focalizando os processos marcados em que a construção de estruturas sentenciais envolva mecanismos de perspectivização. Considerando preliminarmente o postulado funcional de que a gramática depende de três módulos interdependentes - o sintático, o semântico e o pragmático - pretende-se verificar, por um lado, a relevância da estrutura temática para a determinação da estrutura sintática e, por outro, a influência dos procedimentos discursivos na organização sintático-semântico das construções sentenciais. O tratamento descritivo conduz a uma avaliação teórica do próprio modelo funcional proposto por Dik (1989) em termos da relação entre a Hierarquia de Funções Semânticas e a noção de pespectivização.