124 resultados para Philander opossum
Resumo:
Os pequenos mamíferos apresentam maior diversidade para a região Neotropical e são bons indicadores de alterações de habitats. Nós amostramos dois tipos de fitofisionomias. Os objetivos deste estudo foram avaliar a estrutura, a estratificação vertical e o impacto da mineração na comunidade de pequenos mamíferos nas áreas de Canga e Floresta. Foram amostradas seis linhas paralelas a partir da borda, em cada área. Foram instaladas 60 armadilhas intercaladas nos três estratos: solo, sub-bosque e dossel, durante seis noites consecutivas. E armadilhas de queda e interceptação, com 15 baldes em cada trilha, apenas nas áreas de Floresta. Foram amostradas uma área de cada fitofisionomia mais próxima e mais afastada do impacto, durante dois períodos chuvosos e dois secos, de 2009 a 2011. Nós encontramos diferenças muito evidentes quanto à composição e estrutura nos dois tipos de fitofisionomias amostradas: a riqueza foi maior na Floresta e a abundância total foi maior na Canga. Das 24 espécies amostradas, 15 foram registradas exclusivamente no solo, oito no solo e sub-bosque e uma (Glironia venusta) exclusivamente no dossel. Apenas Micoureus demerarae foi registrado nos três estratos e Caluromys philander apenas no sub-bosque e dossel. O efeito do impacto é muito evidente nas Florestas e menos nas Cangas. Nas Florestas, quanto mais distante do impacto, maior a riqueza e abundância de espécies. É importante a continuidade e o aprofundamento de estudos com comunidades de pequenos mamíferos na Floresta Nacional de Carajás, ampliando o conhecimento científico para propor medidas que minimizem o impacto causado pela atividade mineradora na região.
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No Brasil, a Família Didelphidae é composta por 54 espécies com ampla distribuição por diferentes habitats e um padrão de consumo alimentar que pode variar desde espécies mais frugívoras até as mais insetívoras/carnívoras. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a dieta de sete espécies de didelfídeos (Caluromys philander, Didelphis albiventris, Gracilinanus agilis, G. microtarsus, Marmosa (Micoureus) paraguayana, Marmosops incanus e Metachirus nudicaudatus) e a seleção de recursos alimentares (artrópodes e frutos) disponíveis. O estudo foi realizado entre novembro de 2009 e outubro de 2011, em uma área de mata ciliar de cerrado no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Artrópodes, frutos, flores e vertebrados foram consumidos em diferentes proporções pelas espécies estudadas. Flores e vertebrados foram consumidos preferencialmente na estação seca e a diversidade da dieta de todas as espécies foi maior durante a estação chuvosa. Nem todos os recursos (artrópodes e frutos) foram consumidos de acordo com sua disponibilidade na área de estudo. Apesar de abundante, Hymenoptera (Formicidade) foi rejeitado por todas as espécies, sendo consumido abaixo de sua disponibilidade local. Os didelfídeos selecionaram frutos de Melastomataceae (Clidemia urceolata e Miconia spp.) e rejeitaram frutos de Rubiaceae, um recurso altamente abundante na área de estudo. Os resultados sugerem que o frequente consumo de um item alimentar pode estar associado tanto com a preferência (seleção) por parte do consumidor, bem como com a disponibilidade local do recurso. A maior parte das sementes, que permaneceram intactas após passagem pelo trato digestório dos animais, não apresentou diferenças significativas em suas taxas de germinação quando comparadas com as sementes do grupo controle e o tempo médio de dormência das sementes consumidas pelos marsupiais variou entre 30 (Cipocereus minensis) e 175 dias (Cordiera sessilis). Gracilinanus agilis e G. microtarsus, que ocorrem em simpatria na área de estudo, apesar de apresentarem uma alta sobreposição de nicho apresentaram diferenças no uso do habitat e na diversidade da dieta.
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As florestas tropicais brasileiras (Amazônia e a Mata Atlântica) possuem alta diversidade de espécies e atualmente estão separadas por um cinturão de vegetação aberta. Parte deste cinturão é ocupada pela Caatinga, onde se encontram os Brejos de Altitude, testemunhos das conexões históricas entre a Mata Atlântica e a Amazônia. O Centro de Endemismos Pernambuco (CEPE) é a unidade biogeográfica que compõe a Mata Atlântica ao norte do rio São Francisco e contém diversos táxons endêmicos. Esta região apresenta uma mastofauna compartilhada com a Amazônia, devido às conexões existentes durante o Cenozóico. A presença do rio São Francisco em seu limite sul pode atuar como barreira ao fluxo gênico e explicar os endemismos encontrados no CEPE. Contrastando com sua situação peculiar, a mastofauna do CEPE ainda carece de estudos aprofundados sobre a identificação de suas espécies, padrões geográficos e relações filogenéticas. Revisões recentes têm identificado espécies diferentes ao norte e ao sul do rio São Francisco, mas poucos trabalhos têm proposto hipóteses biogeográficas para o CEPE. Para ampliar o conhecimento sobre a identidade e distribuição geográfica dos pequenos mamíferos do CEPE e sua estrutura filogeográfica, foram realizados levantamentos de espécies e análises de diversidade genética e morfométrica para algumas espécies. Os levantamentos consistiram de visitas às coleções científicas a fim de identificar as espécies ocorrentes no CEPE e excursões de coleta com 5 a 17 noites consecutivas em 12 localidades ao longo do CEPE, que totalizaram 64691 armadilhas noites e resultaram na coleta de 476 exemplares de 31 espécies. As espécies foram identificadas com base na morfologia externa e craniana e por análises citogenéticas. Para investigar a biogeografia do CEPE, análises de genética de populações, filogeográficas e morfométricas foram realizadas para os marsupiais Caluromys philander, Didelphis aurita, Marmosa murina, Metachirus nudicaudatus e os roedores Akodon cursor, Oecomys catherinae e Rhipidomys mastacalis para avaliar a existência de diferenciação nas populações do CEPE e suas relações com as linhagens Amazônicas e Atlânticas. Estes resultados mostraram que a diversificação dos pequenos mamíferos do CEPE ocorreu tanto no Terciário quanto no Quaternário. Algumas populações, como em Caluromys philander e Oecomys catherinae, mostraram afinidades com linhagens amazônicas, enquanto outras, como em Metachirus nudicaudatus e Rhipidomys mastacalis, apresentaram afinidades com linhagens atlânticas. Os pequenos mamíferos do CEPE apresentaram diferenciação em relação às suas linhagens irmãs, com algumas linhagens podendo tratar-se de espécies ainda não descritas (e.g. Didelphis aff. aurita e Rhipidomys aff. mastacalis). Esta diferenciação provavelmente foi causada pelos eventos cíclicos de flutuações climáticas que provocaram elevações no nível do mar e retração das florestas tropicais, isolando as populações do CEPE. Por fim, para auxiliar na identificação das espécies em novas coletas, de suas distribuições geográficas e de suas características citogenéticas e ecológicas, foi elaborado um guia reunindo todas as informações disponíveis sobre as espécies de pequenos mamíferos do CEPE.
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热带西太平洋环流是副热带环流与热带环流关键分量,毗邻西太平洋暖池,对暖池的形成与变化有重要的作用。然而,目前为止,热带西太平洋环流还有许多问题,包括动力结构还不清楚。因此,论文针对热带西太平洋环流的研究不仅在太平洋环流动力学上有理论意义,而且对气候变化的研究和预测也具有理论和实用价值。 太平洋北赤道流分叉是大洋,特别是太平洋西部边界流海域的一个非常突出的环流现象,它是大洋中副热带大流环和热带流环的发源地,很大程度上决定着海盆尺度的大洋环流结构,在大洋环流动力学上具有非常重要的意义和地位;同时它决定着大洋西边界区质量、热量的经向输送,进而对气候变化产生重要影响,是气候系统中不可忽视的重要分量。因此,北赤道流分叉的研究,不仅具有在海洋动力学上科学意义,而且对气候变化和预测也有实践意义。 从30年代至今,关于北赤道流分叉的研究有两种,一是根据实际观测水文数据,二是由数值模拟结果得出结论。用观测数据做出的结果,相对比较接近实际,但资料的分辨率较差,会引起估算结果的偏差;数值模拟结果有较高的时空分辨率,但由于模式本身的某些缺点会导致结果偏离实际。目前为止,诸多有关北赤道流分叉的结果,如分叉纬度变化的结论很不一致。所以,如何找到一种高时空分辨率的数据或提出一个比较符合物理实际并得到实测数据验证的数值模式是研究北赤道流分叉的关键。 本文用1992年10月到2004年12月高时空分辨率的卫星高度计数据,通过计算迹线的方法,确定了北赤道流分叉的纬度。结果表明,年平均分叉纬度约在13.4°N. 关于北赤道流分叉的季节变化,6月份发生在最南端(12.9°N),12月份发生在最北端(14.1°N)。12年的平均结果显示,7月份的分叉纬度比6月份和8月份明显偏大,这是局地风应力旋度导致的结果。本文同时研究了北赤道流分叉的年际变化,结果表明在厄尔尼诺年,北赤道流分叉纬度北移,在拉尼娜年,分叉纬度南移。 在热带西太平洋地区,特别是西边界流区和印度尼西亚贯通流邻近海域,岛屿众多,地形非常复杂,历史水文数据和测流数据又极少,所以几乎无法用分析观测数据的方法求得这一海域海洋环流,特别是次表层环流结构的深刻了解。因此,本文利用一个既适用于开阔大洋又适宜于地形变化剧烈海域的混合坐标海洋模式HYCOM,模拟了热带西太平洋环流,特别是西边界流及其相关海流,如,新几内亚沿岸潜流、棉兰老潜流、赤道潜流和印度尼西亚贯通流的气候态及其月、季变化。模式结果再现了该海域主要流系及其季节变化,模拟得到的海面高度场与卫星高度计数据基本一致;模拟所得的诸多关键断面上的海流、温度和盐度结构与实地观测数据(Johnson et al., 2002)有良好的一致性,说明本文的HYCOM模拟结果是比较可信、可靠的,可以用来做西太平洋环流分析用。本文得到结果如下: (1)赤道潜流究竟起源于何处,是赤道环流动力学上一个重要问题。鉴于实测数据缺乏和赤道潜流起源邻近海域地形复杂,相关研究很少,仅有的几项研究结果认为赤道潜流起源于135-137°E。本文一系列经向跨赤道断面的纬向流速模拟结果表明,赤道潜流最西源于129-130°E之间;另外,事实上,从200米层水平环流的模拟结果来看,赤道潜流有4个源头,各季有所不同:(i) 新几内亚沿岸潜流在135°E附近汇入赤道潜流;与Tsuchiya et al.(1989)结论相同;(ii) 来自棉兰老海流,这与Lu and McCreary(1995),Gu and Philander(1997)结论相同;(iii) 南海水经民都洛海峡、苏禄海和苏拉威西海西部由哈马黑拉岛以北进入赤道潜流,特别是,在春、夏、秋季;(iv) 印度洋海水经班达海和马鲁古海沿苏拉威西东岸北上沿哈马黑拉岛以东汇入赤道潜流(特别是春季)。所以,赤道潜流就水源来说,它有来自南海、印度洋和棉兰老以东的海水,就其起源来说,还是应该算从129-130°E开始的。 (2)棉兰老潜流发现于80年代末,尽管棉兰老潜流的起源对这一海域环流动力学非常重要,但由于资料缺乏,其起源的研究甚少。本文的模拟结果表明棉兰老潜流似乎有一部分水来自棉兰老海流,这主要在300-500米层。但更重要的是,从马鲁古海西边界(苏拉威西岛以东)向北的一支流更是棉兰老潜流的重要水源,说明棉兰老潜流的水源有相当部分是来自南半球,在600,700米层,特别是800,900和1000米层,棉兰老海流流速急剧减小至几乎看不到,而棉兰老潜流非常突出,其水源主要来自南半球苏拉威西岛东部向北的流动。至于棉兰老潜流的去处,500,600米层的模拟结果显示,棉兰老潜流在12-13°N附近,一大部分向东流去,一小部分向南加入棉兰老海流。在700米层以下,棉兰老潜流则在12°N向东流去,这与Hu and Cui(1989, 1991)和Wang and Hu(1998)的结果一致。 (3)关于印度尼西亚贯通流。HYCOM模拟的印度尼西亚贯通流年平均状况指出:250米以浅,印度尼西亚贯通流由西太平洋主要经由望加锡海峡进入东印度洋;300米以深,印度尼西亚贯通流反向,由东印度洋经由弗罗勒斯海、班达海和马鲁古海的西部边界进入太平洋。由200米层环流可以看出,从民都洛海峡南下的南海水是进入望加锡海峡构成印度尼西亚贯通流的主要的来源,另一小部分来自棉兰老海流。 (4)关于黑潮南海分支。在本文的模拟结果中,一年四季都有明显的黑潮分支由吕宋北端向西北进入南海后,沿大约21°N附近向西南流动,宽约100-200公里,深达300-400米,最大流速一般可达20厘米/秒,最大在冬季,可达40厘米/秒,流量约为6.5Sv,冬季强,5、9月份偏弱。证明了仇德忠、杨天鸿、郭忠信(1984)和郭忠信、杨天鸿、仇德忠(1985)关于南海黑潮分支存在的论述,并在一定程度上定量的解释了其季节变化规律。
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Marsupial mammals are born in an embryonic state, as compared with their eutherian counterparts, yet certain features are accelerated. The most conspicuous of these features are the precocial forelimbs, which the newborns use to climb unaided from the opening of the birth canal to the teat. The developmental mechanisms that produce this acceleration are unknown. Here we show that heterochronic and heterotopic changes early in limb development contribute to forelimb acceleration. Using Tbx5 and Tbx4 as fore- and hindlimb field markers, respectively, we have found that, compared with mouse, both limb fields arise notably early during opossum development. Patterning of the forelimb buds is also accelerated, as Shh expression appears early relative to the outgrowth of the bud itself. In addition, the forelimb fields and forelimb myocyte allocation are increased in size and number, respectively, and migration of the spinal nerves into the forelimb bud has been modified. This shift in the extent of the forelimb field is accompanied by shifts in Hox gene expression along the anterior-posterior axis. Furthermore, we found that both fore- and hindlimb fields arise gradually during gastrulation and extension of the embryonic axis, in contrast to the appearance of the limb fields in their entirety in all other known cases. Our results show a surprising evolutionary flexibility in the early limb development program of amniotes and rule out the induction of the limb fields by mature structures such as the somites or mesonephros.
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L’inhibition est nécessaire à la génération d’outputs coordonnés entre muscles antagonistes lors de la locomotion. Une baisse de la concentration neuronale en ions chlorure au cours du développement des mammifères conduit à l’émergence de l’inhibition. Cette baisse repose sur l’équilibre entre deux cotransporteurs cation-chlorure, KCC2 et NKCC1. KCC2 expulse Cl- de la cellule alors que NKCC1 pompe Cl- dans la cellule. L’opossum Monodelphis domestica naît dans un état très immature. Le seul comportement locomoteur qu’il présente à la naissance consiste en des mouvements rythmiques et alternés des membres antérieurs pour grimper le long du ventre de la mère vers une tétine. Les membres postérieurs sont des bourgeons immobiles dont le développement est en grande partie postnatal. Pour cette raison, cette espèce constitue un modèle idéal pour l’étude du développement locomoteur. Afin d’étudier les mécanismes conduisant à l’émergence de l’inhibition durant le développement moteur, nous avons décrit l’expression développementale de KCC2 et NKCC1 chez l’opossum postnatal par immunohistochimie au niveau des renflements spinaux. Les motoneurones et afférences primaires ont été identifiés en utilisant un marquage rétrograde au TRDA. Le marquage pour KCC2 et NKCC1 est détecté dans la moelle épinière ventrale dans la matière grise et blanche présomptive dès la naissance, ce qui suggère que l’inhibition serait déjà mise en place avant la naissance, permettant subséquemment l’alternance des membres antérieurs observée chez les nouveau-nés. L’expression développementale de KCC2 et NKCC1 suit des gradients ventrodorsal et médiolatéral, tels qu’observés chez les rongeurs (rats et souris). Le patron mature d’expression de ces cotransporteurs est observé aux alentours de la 5ème semaine postnatale lorsque la locomotion de l’opossum est mature. Enfin, entre la naissance et P5, les dendrites exprimant KCC2 au niveau de la corne dorsale sont retrouvées en apposition aux afférences primaires ce qui suggère un rôle de KCC2 dans la formation des circuits sensori-moteurs.
Rôle du système du trijumeau dans la locomotion chez le nouveau-né d’opossum (Monodelphis domestica)
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L’opossum Monodelphis domestica naît très immature et grimpe sans aide de la mère, du sinus urogénital à une mamelle où il va s’attacher pour poursuivre son développement. Des informations sensorielles sont nécessaires pour guider le nouveau-né vers la mamelle et les candidats les plus probables sont le toucher, l’équilibre et l’olfaction. Pour tester l’action des différents systèmes sur la motricité chez l’opossum nouveau-né, des régions céphaliques du trijumeau, du vestibulaire et de l’olfaction ont été stimulées électriquement sur des préparations in vitro en comparaison avec une stimulation seuil T (intensité minimale de la stimulation à la moelle épinière cervicale induisant le mouvement des membres antérieurs). Par comparaison, un mouvement similaire était induit par des stimulations à ~2T du ganglion du trijumeau, à ~20 T du complexe vestibulaire, et à ~600 T des bulbes olfactifs. L’étude de l'innervation de la peau faciale et des voies relayant les informations du trijumeau vers la moelle épinière (ME) a été approfondie en utilisant de l’immunohistochimie pour les neurofilament-200 et du traçage rétrograde avec du Texas-Red couplé à des Dextrans Aminés. De nombreuses fibres nerveuses ont été révélées dans le derme de plusieurs régions de la tête. Quelques cellules du ganglion trigéminal projettent à la ME rostrale, mais la majorité projette vers la médulla caudale où se trouvent les neurones secondaires du trijumeau ou des cellules réticulospinales. Les résultats de cette étude indiquent une influence significative des systèmes du trijumeau et du vestibulaire, mais pas de l'olfaction, sur le mouvement des membres antérieurs des opossums nouveau-nés.
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L’opossum nait dans un état très immature, mais rampe avec ses membres antérieurs (MA) de l’orifice urogénital de la mère à une tétine, où il s’attache pour poursuivre son développement. Des informations sensorielles sont nécessaires pour guider le nouveau-né vers une tétine et déclencher son attachement. Des expériences précédentes ont montré que le système du trijumeau, dont dépend l’innervation somesthésique du museau, influence les mouvements précoces des MA. Le présent projet vise à déterminer si les mécanorécepteurs faciaux sont fonctionnels et exercent une influence sur les MA. On s’intéresse particulièrement aux cellules de Merkel, un mécanorécepteur épidermique innervé par des fibres à adaptation lente de type I (SA I). Ces cellules ont été localisées sur le pourtour du museau de l’opossum nouveau-né en utilisant un traceur cellulaire, l’AM1-43. Nous avons analysé les réponses musculaires des MA consécutives à l’application de forces calibrées au museau sur des préparations in vitro. Ces réponses sont bilatérales et simultanées, très variables, et leur intensité augmente avec la force de la stimulation. Lors de stimulations répétitives pendant 60 min, les réponses diminuent avec le temps. Le retrait de la peau faciale abolit presque ces réponses. De plus, l’application d’un antagoniste des récepteurs métabotropiques du glutamate, qui affecte l’activité des fibres SA I, ou d’un antagoniste des récepteurs purinergiques les diminue fortement, suggérant une participation des cellules de Merkel. Ces résultats soutiennent que le sens du toucher facial relayé par le système du trijumeau est fonctionnel chez l’opossum nouveau-né et qu’il pourrait influencer les mouvements des MA.
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Members of the order Mysidacea are important component in marine and estuarine plankton inhabiting all regions of the oceans. There are many brackish water species and few species occur in fresh water, some have become adapted to the specialized environments of caves and wells. They are omnivores, responsible for remineralisation of a substantial portion of the detritus in the water column. They form an important link in the food chain (between microbial producers and secondary consumers) and therefore play a major role in the cycling of energy within the aquatic ecosystem. In tropical and subtropical waters, swarms of mysids are exploited commercially and marketed as preserved cooked food. Mysids have been used in fish farming as live feed resource. They are also excellent experimental organism, extremely useful in the studies of potential impact of various pollutants in the aquatic environment. Mysids are also used in wood pulp effluent plants.Considering the significant role of mysids in the productivity of tropical and coastal ecosystems,the present study has been undertaken to extend our knowledge on the systematics, species composition, distribution,abundance and ecology of mysid fauna of the Indian EEZ and adjoining areas. The present study therefore will undoubtedly fumish valuable information on Mysidacea of the Indian waters.
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Many generalist populations may actually be composed of relatively specialist individuals. This `individual specialization` may have important ecological and evolutionary implications. Although this phenomenon has been documented in more than one hundred taxa, it is still unclear how individuals within a population actually partition resources. Here we applied several methods based on network theory to investigate the intrapopulation patterns of resource use in the gracile mouse opossum Gracilinanus microtarsus. We found evidence of significant individual specialization in this species and that the diets of specialists are nested within the diets of generalists. This novel pattern is consistent with a recently proposed model of optimal foraging and implies strong asymmetry in the interactions among individuals of a population.
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The architecture of the amygdaloid complex of a marsupial, the opossum Didelphis aurita, was analyzed using classical stains like Nissl staining and myelin (Gallyas) staining, and enzyme histochemistry for acetylcholinesterase and NADPH-diaphorase. Most of the subdivisions of the amygdaloid complex described in eutherian mammals were identified in the opossum brain. NADPH-diaphorase revealed reactivity in the neuropil of nearly all amygdaloid subdivisions with different intensities, allowing the identification of the medial and lateral subdivisions of the cortical posterior nucleus and the lateral subdivision of the lateral nucleus. The lateral, central, basolateral and basomedial nuclei exhibited acetylcholinesterase positivity, which provided a useful chemoarchitectural criterion for the identification of the anterior basolateral nucleus. Myelin stain allowed the identification of the medial subdivision of the lateral nucleus, and resulted in intense staining of the medial subdivisions of the central nucleus. The medial, posterior, and cortical nuclei, as well as the amygdalopiriform area did not exhibit positivity for myelin staining. On the basis of cyto- and chemoarchitectural criteria, the present study highlights that the opossum amygdaloid complex shares similarities with that of other species, thus supporting the idea that the organization of the amygdala is part of a basic plan conserved through mammalian evolution. (C) 2008 Elsevier Inc. All rights reserved.
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The activity of the Na(+)/H(+) exchanger NHE3 is regulated by a number of factors including parathyroid hormone (PTH). In the current study, we used a renal epithelial cell line, the opossum kidney (OKP) cell, to elucidate the mechanisms underlying the long-term effects of PTH on NHE3 transport activity and expression. We observed that NHE3 activity was reduced 6 h after addition of PTH, and this reduction persisted almost unaltered after 24 h. The decrease in activity was associated with diminished NHE3 cell surface expression at 6, 16, and 24 h after PTH addition, total cellular NHE3 protein at 16 and 24 h, and NHE3 mRNA abundance at 24 h. The lower levels of NHE3 mRNA were associated to a small, but significant, decrease in mRNA stability. Additionally, by analyzing the rat NHE3 gene promoter activity in OKP cells, we verified that the regulatory region spanning the segment -152 to +55 was mildly reduced under the influence of PTH. This effect was completely abolished by the presence of the PKA inhibitor KT 5720. In conclusion, long-term exposure to PTH results in reduction of NHE3 mRNA levels due to a PKA-dependent inhibitory effect on the NHE3 promoter and a small reduction of mRNA half-life, and decrease in the total amount of protein which is preceded by endocytosis of the apical surface NHE3. The decreased NHE3 expression is likely to be responsible for the reduction of sodium, bicarbonate, and fluid reabsorption in the proximal tubule consistently perceived in experimental models of PTH disorders.
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Considering that Toxoplasma gondii is a parasite of global importance which affects several animal species including humans, the current study aimed to investigate the prevalence of antibodies against T. gondii among 72 white-eared opossums (Didelphis albiventris) from Botucatu Municipality (22 degrees 53'S 48 degrees 26'W), São Paulo State, Brazil. The investigation was carried out from January 2008 to December 2009, when the animals had their blood samples collected and subjected to the modified agglutination test (MAT); 12 specimens had brain samples bioassayed in mice. Seroprevalence was 5.5% (n = 4) and bioassays were negative. Older animals had higher prevalence of antibodies against T. gondii. Opossums in closer contact with the urban environment are likely more exposed to T. gondii than animals from the sylvatic environment. (C) 2011 Elsevier B.V. All rights reserved.
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Paracoccidioides brasiliensis infections have been little studied in wild and/or domestic animals, which may represent an important indicator of the presence of the pathogen in nature. Road-killed wild animals have been used for surveillance of vectors of zoonotic pathogens and may offer new opportunities for eco-epidemiological studies of paracoccidiodomycosis (PCM). The presence of P. brasiliensis infection was evaluated by Nested-PCR in tissue samples collected from 19 road-killed animals; 3 Cavia aperea (guinea pig), 5 Cerdocyon thous (crab-eating-fox), 1 Dasypus novemcinctus (nine-banded armadillo), 1 Dasypus septemcinctus (seven-banded armadillo), 2 Didelphis albiventris (white-eared opossum), 1 Eira barbara (tayra), 2 Gallictis vittata (grison), 2 Procyon cancrivorus (raccoon) and 2 Sphiggurus spinosus (porcupine). Specific P. brasiliensis amplicons were detected in (a) several organs of the two armadillos and one guinea pig, (b) the lung and liver of the porcupine, and (c) the lungs of raccoons and grisons. P. brasiliensis infection in wild animals from endemic areas might be more common than initially postulated. Molecular techniques can be used for detecting new hosts and mapping 'hot spot' areas of PCM.
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Vertebrados com períodos gestacionais curtos, os marsupiais tendem a ter proles pequenas e dependentes. O período gestacional dos gambás varia de 14-15dias e os filhotes terminam o seu desenvolvimento no marsúpio e este período é considerado como uma gestação externa por alguns autores. A glândula mamária localiza-se internamente ao marsúpio. A cadeia mamária de cada fêmea era composta por 11 papilas mamárias e aquelas papilas que se encontravam conectadas aos filhotes exibiam um comprimento maior em relação às outras. Histologicamente, a glândula mamária dos gambás assemelha-se às dos mamíferos domésticos, exceto pela ausência do músculo esfíncter papilar no teto.