999 resultados para Obesidade Mulheres
Resumo:
Objetivos: verificar os nveis de leptina em pacientes com sndrome dos ovrios policsticos (SOP) e suas relaes com a testosterona, o estradiol, o FSH e a insulina. Mtodos: estudo transversal realizado com 40 pacientes portadoras de SOP, divididas em dois grupos, de acordo com o seu ndice de massa corporal (IMC): Grupo I (n = 20): pacientes obesas (IMC >28 kg/m) e Grupo II (n = 20): pacientes no-obesas (IMC <28 kg/m). Resultados: foi observada diferena significativa na relao glicemia/insulina entre os dois grupos (p=0,043). Os nveis de leptina se mostraram fortemente correlacionados com o IMC (p<0,001). Verificou-se que, eliminado o efeito do IMC, por meio de anlise de regresso multivariada, a dosagem da insulina (p=0,194), do FSH (p=0,793), das testosteronas total (p=0,441) e livre (p=0,422), e a relao glicemia/insulina (p=0,166) no influenciaram a concentrao de leptina. Entretanto, observou-se uma correlao entre as concentraes de leptina e de estradiol (p=0,043). Concluso: existe correlao entre os nveis de leptina, o IMC e as concentraes de estradiol, em mulheres portadoras de SOP.
Resumo:
OBJETIVO: verificar a freqncia de sobrepeso, obesidade e fatores associados entre mulheres de ambulatrio de ginecologia geral em hospital secundrio de referncia. MTODOS: as variveis estudadas foram idade, raa, escolaridade, renda familiar, trabalho com renda exercido pela mulher, tipo de trabalho da mulher, companheiro atual, caracterstica do ciclo menstrual no momento da entrevista e ndice de massa corprea (IMC). Para anlise as mulheres foram distribudas em trs grupos conforme o valor de IMC: <25 kg/m (adequado), 25-29 kg/m (sobrepeso) e >30 kg/m (obesidade). Para os grupos de sobrepeso e obesidade foram calculados odds ratio e respectivo intervalo de confiana a 95% (IC 95%) em cada varivel, e posteriormente calculado OR ajustado. RESULTADOS: das 676 mulheres includas, 89,8% tinham at 8 anos de escolaridade, 83,0% tinham companheiro, 77,6% eram brancas, 61,4% referiram renda de at cinco salrios mnimos e 36,0% estavam menopausadas. A freqncia de sobrepeso foi 35,6% e de obesidade 24,3%. O sobrepeso foi associado faixa etria de 50-59 anos (OR: 3,22; IC 95%: 1,67-6,20) e menopausa (OR: 1,52; IC 95%: 1,03-2,26); a obesidade foi associada menopausa (OR: 2,57; IC 95%: 1,66-4,00) e s faixas etrias maiores de 40 anos (OR: 2,95; IC 95%: 1,37-6,37). Aps anlise de regresso mltipla, a obesidade manteve-se associada s faixas etrias de mais de 40 anos (OR: 2,51; IC 95%: 1,05-6,00). CONCLUSES: nesta amostra de mulheres com baixa escolaridade e nvel socioeconmico, a prevalncia de sobrepeso e obesidade foi alta. A obesidade foi associada a mulheres com mais de 40 anos. Esforos devem ser realizados para diminuir a freqncia de sobrepeso e obesidade entre mulheres.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a prevalncia de sobrepeso e obesidade entre mulheres climatricas. MTODOS: estudo transversal de 611 mulheres entre 45 e 60 anos atendidas em servio de ateno ao climatrio entre janeiro e junho de 2003. O peso corporal foi avaliado com base no ndice de massa corporal (IMC). Consideraram-se como sobrepeso ou obesidade valores de IMC iguais ou superiores a 25 kg/m. Foram avaliadas variveis sociodemogrficas, reprodutivas e relacionadas ao estilo de vida. A anlise estatstica foi realizada por meio do teste do chi2 seguido de regresso logstica. RESULTADOS: a maioria das mulheres pesquisadas era ps-menopusica (52,9%), com mdia de idade de 51,4 (±4,4) anos. Cerca de 63,7% apresentavam IMC igual ou superior a 25 kg/m, com prevalncia de sobrepeso e obesidade de 33,6 e 30,1%, respectivamente. A prevalncia de sobrepeso e obesidade foi maior entre as mulheres com maior idade (OR=1,2; IC 95%: 1,1-1,4) ou no usurias de terapia hormonal (OR=1,8; IC 95%: 1,2-2,8). O oposto foi observado entre as mulheres sem companheiro fixo (OR=0,7; IC 95%: 0,4-0,9) ou sem ocupao remunerada (OR=0,6; IC 95%: 0,5-0,9). CONCLUSES: neste estudo, a prevalncia de sobrepeso e obesidade foi influenciada pela idade e no pelo estado menopausal. A associao entre o estado marital e a ocupao com o IMC refora a hiptese de a sade da mulher climatrica no ser influenciada apenas por fatores biolgicos, mas tambm por fatores psicossociais e estilo de vida. A menor ocorrncia de sobrepeso e obesidade entre as usurias de terapia hormonal explicvel por possveis restries a sua prescrio entre mulheres previamente com sobrepeso ou obesidade. Porm, mais estudos so necessrios para se obterem dados mais conclusivos, idealmente longitudinais.
Resumo:
OBJETIVO: relatar a evoluo de uma srie de casos de gestao em mulheres previamente submetidas cirurgia de bypass gstrico para tratamento de obesidade grave. MTODOS: cinco casos consecutivos de gravidez aps gastroplastia ocorridos entre 2001 e 2004 foram avaliados. As pacientes tinham idade entre 30 e 34 anos e todas haviam sido submetidas cirurgia de Capella. Aspectos clnicos, laboratoriais e do acompanhamento materno e fetal foram considerados, durante o perodo gestacional e aps o parto. Foi realizada reviso da literatura internacional, por meio das bases de dados MEDLINE e Web of Science, utilizando os seguintes unitermos: gastroplasty, gastric bypass surgery, bariatric surgery e pregnancy. RESULTADOS: todas as gestaes observadas foram nicas e no ocorreram complicaes obsttricas, durante o seguimento pr-natal e parto. Tambm no houve registro de recm-nascidos prematuros ou de baixo peso ao nascimento. CONCLUSO: nossos dados sugerem que a gravidez aps gastroplastia segura para a me e feto. Entretanto, em virtude do limitado volume de informao disponvel sobre o tema, investigaes adicionais so necessrias para estabelecer recomendaes apropriadas com relao ao seguimento dessas gestaes.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a sintomatologia climatrica e fatores relacionados entre mulheres dos meios urbano e rural do Rio Grande do Norte. MTODOS: estudo transversal, descritivo, envolvendo casustica de 261 mulheres climatricas residentes em Natal e Mossor (grupo urbano; n=130) e Uruau, em So Gonalo do Amarante (grupo rural; n=131). A sintomatologia climatrica foi avaliada pelo ndice Menopausal de Blatt-Kupperman (IMBK) e Escala Climatrica de Greene (ECG). A anlise estatstica constou de comparaes das medianas dos escores entre os grupos e regresso logstica. Definiram-se como "muito sintomticas" as pacientes com escores >20, para ambos instrumentos (varivel dependente). As variveis independentes foram: idade, procedncia, alfabetizao, obesidade e prtica de atividade fsica. RESULTADOS: o grupo urbano apresentou escores significativamente superiores ao grupo rural, tanto para o IMBK (medianas de 26,0 e 17,0, respectivamente; p<0,0001), quanto para a ECG (medianas de 27,0 e 16,0, respectivamente; p<0,0001). Na amostra total, evidenciou-se que 56,3% (n=147) das mulheres foram classificadas como "muito sintomticas". Na comparao intergrupos, essa prevalncia foi significativamente mais elevada nas mulheres urbanas em relao s rurais (79,2 e 33,6%, respectivamente; p<0,05). Pela anlise de regresso logstica, evidenciou-se que a chance de pertencer ao grupo definido como "muito sintomticas" foi maior para mulheres do meio urbano [odds ratio ajustado (OR)=7,1; 95% intervalo de confiana a 95% (IC95%)=3,69-13,66] e alfabetizadas (OR=2,19; IC95%=1,16-4,13). A idade superior a 60 anos associou-se com menor chance de ocorrncia de sintomas significativos (OR=0,38; IC95%=0,17-0,87). CONCLUSES: a prevalncia de sintomas climatricos significativos menor em mulheres do meio rural, demonstrando que fatores socioculturais e ambientais esto fortemente relacionados ao surgimento dos sintomas climatricos em nossa populao.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a influncia dos indicadores antropomtricos sobre os marcadores de risco cardiovascular e metablico para doenas crnicas no-transmissveis em mulheres na ps-menopausa. MTODOS: realizou-se estudo clnico transversal, com 120 mulheres sedentrias na ps-menopausa (com idades entre 45 e 70 anos e ltima menstruao h, pelo menos, 12 meses). Foram excludas as diabticas insulino-dependentes e usurias de estatinas ou terapia hormonal at seis meses prvios. Para avaliao antropomtrica, foram obtidos peso, estatura, ndice de massa corprea (IMC=peso/altura) e circunferncia da cintura (CC). As variveis metablicas avaliadas foram colesterol total (CT), HDL, LDL, triglicrides (TG), glicemia e insulina, para os clculos do ndice aterognico plasmtico (IAP) e resistncia insulnica (Homeostasis model assessment-insulin resistance, HOMA-IR). Na anlise estatstica, utilizara-se anlise de varincia one-way (ANOVA) e Odds Ratio (OR). RESULTADOS: os dados mdios caracterizaram amostra com sobrepeso, com obesidade central e dislipidmica. Sobrepeso e obesidade estiveram presentes em 77,1% e deposio central de gordura ocorreu em 87,3% das participantes. Os valores mdios de CT, LDL e TG estavam acima do recomendvel em 67,8, 55,9 e 45,8% das mulheres, respectivamente, com HDL abaixo dos valores adequados em 40,7%. Valores de CC >88 cm ocorreram em 14,8% das mulheres eutrficas, 62,5% no grupo com sobrepeso e 100% nas obesas (p>0,05). Os valores mdios de IAP, TG e HOMA-IR aumentaram significativamente com o aumento do IMC e da CC, enquanto que o HDL diminuiu (p<0,05). Na presena da CC >88 cm, encontrou-se risco de 5,8 (IC95%=2,3-14,8), 2,61 (IC95%=1,2-5,78), 3,4 (IC95%=1,2-9,7) e 3,6 (IC95%=1,3-10,3) para HDL reduzido, hipertrigliceridemia, IAP elevado e resistncia a insulina, respectivamente (p<0,05). O IMC >30 kg/m associou-se apenas com HDL reduzido (OR=3,1; IC95%=1,44-6,85). CONCLUSES: a associao de duas medidas antropomtricas (CC e IMC) foi eficiente para adequado diagnstico de obesidade relacionada a alteraes metablicas em mulheres na ps-menopausa. Contudo, a simples avaliao da CC pode ser indicativo do risco cardiovascular e metablico das doenas crnicas no transmissveis.
Resumo:
A cirurgia baritrica vem sendo considerada, na atualidade, uma alternativa ao tratamento de obesidade mrbida refratria a tratamentos clnicos convencionais. As cirurgias mais usadas, radicais e invasivas, apresentam resultados melhores e mais rpidos, porm esto mais sujeitas a complicaes clnicas e cirrgicas, como obstrues e subocluses intestinais. Gestaes em mulheres que se submetem a este tipo de cirurgia so cada vez mais frequentes e as complicaes relacionadas cada vez mais descritas. Apresentamos o caso clnico de mulher grvida previamente submetida cirurgia baritrica que desenvolveu quadro de subocluso com intussuscepo intestinal. Essa complicao extremamente grave requer muita ateno para seu diagnstico, utilizando-se exames de imagem e laboratrio no empregados usualmente durante a gravidez. A gestao confunde e dificulta sua interpretao, alm de o nico tratamento de bom resultado ser invasivo, a laparotomia exploradora, ser indesejvel no perodo. A morbidade e mortalidade materna, fetal e perinatal costumam ser elevadas. No caso descrito, o parto ocorreu de forma espontnea nas primeiras horas de internao, antes de o procedimento cirrgico ser executado. A evoluo foi boa e paciente e recm-nascido, embora prematuro, evoluram bem e tiveram alta em boas condies.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a frequncia de resultados gestacionais e neonatais desfavorveis em mulheres com rastreamento positivo e diagnstico negativo para diabetes mellitus gestacional. MTODOS: trata-se de um estudo de corte transversal, retrospectivo e descritivo realizado entre 2000 e 2009. Foram includas no estudo 409 gestantes com rastreamento positivo para diabetes mellitus. As variveis estudadas foram: maternas (idade, ndice de massa corprea, antecedente de cesrea, macrossomia ou diabetes mellitus em gestao anterior, antecedente pessoal e familiar de diabetes mellitus e hipertenso arterial crnica) e neonatais (poli-hidrmnio, idade gestacional por ocasio do parto, prematuridade, cesrea, recm-nascido (RN) grande para idade gestacional (GIG), macrossomia, ndice de Apgar, sndrome do desconforto respiratrio, hipoglicemia e hiperbilirrubinemia). Inicialmente foi realizada anlise descrita uni e multivariada para a ocorrncia de fatores de risco e desfechos neonatais. Foram descritas as prevalncias e respectivos intervalos de confiana a 95%. RESULTADOS: em 255 (62,3%) das gestantes a via de parto foi cesrea. Quanto aos resultados perinatais, 14,2% dos RN foram classificados como prematuros e 19,3% dos RN como GIG. Os fatores de risco correlacionados com RN GIG foram sobrepeso ou obesidade, idade materna e antecedente de macrossomia em gestao anterior. CONCLUSES: na populao com fatores de risco positivos ou glicemia de jejum alterada na primeira consulta do pr-natal, mesmo com curva glicmica normal observa-se taxa de RN GIG elevada assim como ndice de cesrea acima dos valores habitualmente presentes nas populaes consideradas de baixo risco. As grvidas com tais caractersticas constituem um grupo diferenciado.
Resumo:
OBJETIVO: Comparar as caractersticas metablicas de mulheres jovens do sudeste brasileiro, obesas e no obesas com sndrome dos ovrios policsticos (SOP). MTODOS: Estudo transversal que incluiu 218 mulheres de idade reprodutiva com diagnstico de SOP - 90 mulheres no obesas (IMC entre 18,5 e 29,9 kg/m) e 128 pacientes obesas (IMC >30 kg/m), selecionadas no momento do diagnstico. Foram comparadas as frequncias de resistncia insulnica (RI), intolerncia glicose (IG), sndrome metablica (MetS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e os valores mdios de colesterol total (CT), triglicrides (TG), lipoprotenas de alta (LDL) e baixa densidade (HDL), entre as pacientes obesas e no obesas com SOP. Foram comparadas tambm as caractersticas clnicas e hormonais (hormnio folculo estimulante, luteinizante, prolactina, hormnio tireoestimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona e 17-hidroxiprogesterona) nos dois grupos. A anlise estatstica foi realizada com o auxlio do software SAS 9.0. Para anlise das variveis com distribuio normal, utilizou-se o teste t de Student no pareado; na ausncia desta caracterstica, o teste utilizado foi Mann-Whitney bicaudal. Para as variveis qualitativas utilizou-se o teste Exato de Fisher. Em todas as anlises, foi considerado o nvel de significncia de 5% (p<0,05). RESULTADOS: As frequncias de RI, IG e MetS foram significativamente mais elevadas em pacientes com SOP obesas do que no obesas (66,7, 29,9 e 63% versus 24,7, 12,2 e 16.4%, respectivamente). As pacientes obesas apresentaram maiores nveis de CT e TG (189,835.8 mg/dL e 145.471.1 mg/dL, respectivamente) do que as no obesas (172,138.4 mg/dL e 99,354 mg/dL, respectivamente). Ambos os grupos apresentaram nveis mdios de HDL abaixo de 50 mg/dL. CONCLUSES: Mulheres obesas jovens com SOP apresentam maior frequncia de RI, IG e SM do que as no obesas. Todavia, a ocorrncia dos distrbios metablicos elevada tambm na pacientes no obesas, sugerindo que a presena da sndrome favorea o desenvolvimento de comorbidades metablicas, com potenciais repercusses a mdio e longo prazos.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever o resultado obsttrico de mulheres com sobrepeso/obesidade atendidas no servio de pr-natal de uma maternidade pblica no Rio de Janeiro. MTODOS: Estudo do tipo descritivo transversal, tendo sido includas 433 purperas (20 anos, sem enfermidades crnicas) e seus respectivos recm-nascidos atendidos em maternidade pblica do Rio de Janeiro. As informaes foram coletadas em pronturios e por meio de entrevistas. As caractersticas maternas e dos recm-nascidos avaliadas foram agrupadas em maternas (hbitos sociais, antropomtricas, da assistncia pr-natal, clnicas e obsttricas) e dos recm-nascidos (condies ao nascer). A avaliao da razo de chance entre as categorias de estado nutricional os desfechos gestacionais se deu por meio da odds ratio (OR), com intervalos de confiana (IC) de 95%. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso/obesidade nesta casustica foi de 24,5% (n=106). Observou-se uma associao entre ganho de peso inadequado e a frequncia de sobrepeso/obesidade (OR 2,7; IC95% 1,5-4,9; p<0,05). As mulheres com sobrepeso/obesidade apresentaram maior risco para pr-eclmpsia (OR 3,3; IC95% 1,1-9,9; p=0,03). Quanto s condies ao nascimento, verificou-se peso mdio ao nascer de 3291,3 g (455,2), sendo as taxas de baixo peso de 4,7% (n=5) e macrossomia de 2,8% (n=3). CONCLUSES: Observou-se uma prevalncia alarmante de inadequao do estado nutricional pr e gestacional, que pode associar-se ao maior risco de morbimortalidade perinatal. Com isso, sugere-se a necessidade de monitoramento nutricional dessas gestantes.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de sndrome metablica e dos seus critrios definidores em mulheres com sndrome dos ovrios policsticos do Sudeste brasileiro, estratificadas de acordo com o ndice de massa corpreo e comparadas com controles ovulatrias. MTODOS: Estudo transversal, realizado com 332 mulheres em idade reprodutiva, que foram divididas em dois grupo: Controle, constitudo por 186 mulheres com ciclos menstruais regulares, sintomas ovulatrios e sem diagnstico de sndrome dos ovrios policsticos ou outra anovulao crnica; e Sndrome dos ovrios policsticos, composto por 146 mulheres com o diagnstico de sndrome dos ovrios policsticos - Consenso de Rotterdam ASRM/ESHRE. Cada um destes grupos foi estratificado de acordo com o ndice de massa corpreo (<25 ≥ 25 e < 30 e ≥ 30 kg/m). Foram analisadas as frequncias da sndrome metablica e de seus critrios definidores, caractersticas clnicas e hormonais (hormnio folculo estimulante, testosterona total, sulfato de dehidroepiandrostenediona). RESULTADOS: A frequncia da sndrome metablica foi seis vezes maior no Grupo Sndrome dos ovrios policsticos obesa em relao s mulheres controles de mesmo ndice de massa corpreo (Controle com 10,5 versus Sndrome dos ovrios policsticos com 67,9%, p<0,01). Essa frequncia foi duas vezes mais elevada entre as mulheres do Grupo Sndrome dos ovrios policsticos com ndice de massa corpreo ≥ 25 e <30 kg/m (Controle com 13,2 versus Sndrome dos ovrios policsticos com 22,7%, p<0,01) e trs vezes maior em portadoras de sndrome dos ovrios policsticos com ndice de massa corpreo < 25 kg/m (Controle com 7,9 versus Sndrome dos ovrios policsticos com 2,5%, p<0,01), em relao s mulheres controles pareadas para o mesmo ndice de massa corpreo. Independente do ndice de massa corpreo, as mulheres com sndrome dos ovrios policsticos apresentaram maior frequncia dos critrios definidores da sndrome metablica. CONCLUSO: Mulheres com sndrome dos ovrios policsticos apresentam maior frequncia de sndrome metablica e de seus critrios definidores, independentemente do ndice de massa corpreo. A hiperinsulinemia e o hiperandrogenismo so caractersticas importantes na origem destas alteraes em mulheres na terceira dcada de vida com sndrome dos ovrios policsticos.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a prevalncia de resistncia insulina de acordo com diferentes medidas antropomtricas e bioqumicas em mulheres com sndrome dos ovrios policsticos. MTODOS: Foram analisadas, retrospectivamente, 189 pacientes com sndrome dos ovrios policsticos. O diagnstico de resistncia insulina foi obtido utilizando-se insulinemia, HOMA-IR, QUICKI, ndice de sensibilidade insulina e relao glicemia/insulina. Foram utilizados o ndice de massa corprea e o lipid accumulation product. Para anlise dos resultados, aplicou-se a estatstica descritiva, a ANOVA, o ps-teste de Tukey e a correlao de Pearson. RESULTADOS: As pacientes apresentaram mdia de idade de 24,95,2 e de ndice de massa corprea de 31,87,6. O percentual de pacientes obesas foi de 57,14%. Dentre os mtodos de investigao de resistncia insulina, o ndice de sensibilidade insulina foi a tcnica que mais detectou (56,4%) a presena de resistncia insulina nas mulheres com sndrome dos ovrios policsticos. Em 87% das pacientes obesas, detectou-se a resistncia insulina. A relao glicemia/insulinemia de jejum e o ndice de sensibilidade insulina apresentaram correlao forte com o lipid accumulation product. CONCLUSO: A prevalncia de resistncia insulina variou de acordo com o mtodo utilizado e foi maior quanto maior o ndice de massa corprea. O lipid accumulation product tambm est relacionado resistncia insulina.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a importncia do teste de tolerncia glicose oral (TTGO) no diagnstico da intolerncia glicose (IG) e diabetes mellitus do tipo 2 (DM-2) em mulheres com SOP. MTODOS: Estudo retrospectivo em que foram includas 247 pacientes portadoras de SOP, selecionadas de forma aleatria. O diagnstico de IG foi obtido por meio do TTGO de duas horas com 75 gramas de glicose de acordo com os critrios do World Health Organization (WHO) (IG: glicemia plasmtica aos 120 minutos >140 mg/dL e <200 mg/dL); e o de DM-2 tanto pelo TTGO (DM: glicemia plasmtica aos 120 minutos >200 mg/dL) quanto pela glicemia de jejum segundo os critrios da American Diabetes Association (glicemia de jejum alterada: glicemia plasmtica >100 e <126 mg/dL; DM: glicemia de jejum >126 mg/dL). Para comparar o TTGO com a glicemia de jejum foi aplicado o modelo de regresso logstica para medidas repetidas. Para a anlise das caractersticas clnicas e bioqumicas das pacientes com e sem IG e/ou DM-2 foi utilizada a ANOVA seguida do teste de Tukey. O valor p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: As pacientes com SOP apresentaram mdia etria de 24,86,3 e ndice de massa corprea (IMC) entre 18,3 e 54,9 kg/m (32,57,6). O percentual de pacientes obesas foi de 64%, de sobrepeso 18,6%, e peso saudvel 17,4%. O TTGO identificou 14 casos de DM-2 (5,7%), enquanto a glicemia de jejum detectou somente trs casos (1,2%), sendo que a frequncia destes distrbios foi maior com o aumento da idade e IMC. CONCLUSES: Os resultados do presente estudo demonstram a superioridade do TTGO em relao glicemia de jejum em diagnosticar DM-2 em mulheres jovens com SOP e deve ser realizado neste grupo de pacientes.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os fatores associados a algumas morbidades em mulheres brasileiras de 40 a 65 anos e com 11 anos ou mais de escolaridade. MTODOS: Anlise secundria de estudo transversal de base populacional, empregando-se um questionrio annimo e autorrespondido por 377 mulheres. Foram avaliadas, com o uso deste instrumento, algumas morbidades (hipertenso, diabetes, insnia e depresso) e fatores sociodemogrficos, comportamentais, clnicos e reprodutivos. A associao entre as morbidades e as variveis independentes foi avaliada por meio do teste do Χ2. Realizou-se a regresso logstica mltipla com critrio de seleo stepwise para selecionar os principais fatores associados a cada uma das morbidades. RESULTADOS: Na anlise mltipla, a insnia esteve associada autopercepo da sade pssima/ruim (OR=2,3) e ao nervosismo (OR=5,1). O relato de depresso esteve associado autopercepo da sade pssima/ruim (OR=3,7) e ter lazer pssimo/ruim (OR=2,8). A hipertenso apresentou-se relacionada obesidade (OR=3,1) e a estar na ps-menopausa (OR=2,6). J diabetes, idade acima de 50 anos (OR=3,9) e obesidade (OR=12,5). CONCLUSES: A prevalncia de morbidades foi alta e pior autopercepo da sade e obesidade foram os principais fatores associados presena de morbidades.
Resumo:
OBJETIVOS: Comparar a frequncia de sndrome metablica (SMet) e dos fatores de risco para esta sndrome em mulheres adultas e adolescentes do sudeste brasileiro com sndrome dos ovrios policsticos (SOP). MTODOS: Estudo transversal, realizado com 147 pacientes que apresentavam diagnstico de SOP e que foram divididas em dois grupos: Adolescncia, constitudo por 42 adolescentes com 13 a 19 anos e Adultas, composto por 105 mulheres com idade entre 20 e 40 anos. Foram avaliadas caractersticas clnicas (ndice de massa corporal - IMC, ndice de Ferriman, circunferncia abdominal - CA e presso arterial sistmica), o volume ovariano mdio, variveis laboratoriais (perfil andrognico srico, lipidograma, glicemia e insulina de jejum) e frequncia da SMet. Os resultados foram expressos em mdiadesvio padro. Utilizou-se regresso logstica mltipla tendo como varivel resposta a presena de SMet e como variveis preditoras para SMet os nveis de testosterona total, insulina e IMC. RESULTADOS: A frequncia de SMet foi aproximadamente duas vezes maior no grupo de mulheres adultas em relao s adolescentes com SOP (Adolescncia: 23,8 versus Adultas: 42,9%, p=0,04). Entre os critrios definidores da SMet, apenas a varivel qualitativa da presso arterial sistmica ≥130/85 mmHg foi mais frequente nas adultas (p=0,01). O IMC foi preditor independente para SMet em mulheres adolescentes (p=0,03) e adultas (p<0,01) com SOP; o nvel srico de insulina foi preditor para SMet apenas para o grupo de mulheres com SOP adultas (p<0,01). A mdia das CA foi maior nas mulheres de idade adulta (p=0,04). CONCLUSO: Mulheres com SOP adultas apresentam frequncia de SMet duas vezes maior do que adolescentes com SOP do sudeste brasileiro. Embora o IMC esteja associado com a SMet em qualquer fase da vida da mulher com SOP, o nvel srico de insulina foi preditor independente apenas da SMet em pacientes com esse distrbio na idade adulta.