987 resultados para Musa spp
Resumo:
A bananeira tem um elevado valor social e económico para Cabo Verde, desempenhando um papel fundamental na dieta alimentar das populações. Nos últimos anos a produtividade da cultura tem vindo a decair e de entre as causas responsáveis pelo declínio dos bananais incluem-se micoses. Com a finalidade de determinar o possível envolvimento de fungos nas doenças foliares fez-se o levantamento da micobiota associada a necroses foliares. Material foliar com lesões de diversos tipos foi recolhido em bananais de 10 localidades da Ilha de Santiago e observado ou colocado em câmara húmida sobre meio gelosado. As estruturas de fungos detectadas sobre as folhas foram montadas em lactofenol e utilizadas para identificação até ao nível da espécie, dos fungos registados, utilizando para o efeito critérios clássicos em sistemática micológica. Foram identificados 48 táxones, sendo 44 fungos mitospóricos e 4 fungos ascomicetas. Muitos dos fungos identificados não são considerados fitopatogénicos na bananeira, estando referidos como endófitos ou saprófitas na cultura. Os principais fungos patogénicos identificados foram Cladosporium musae, Colletotrichum gloeosporiodes, C. musae, Cordana musae, Deightoniella torulosa, Lasiodiplodia theobromae e Ramichloridium musae. A maioria das espécies apresentou larga distribuição nas zonas de produção amostradas.
Resumo:
A resposta do cacaueiro à aplicação de micronutrientes, matéria orgânica, calcário e fracionamento da adubação foi determinada em dois experimentos, instalados em solos das unidades Terra Roxa estruturada eutrófica (TR) e Latossolo Amarelo (LA), no Estado do Pará, no período de 1988 a 1993. As lavouras de cacau do híbrido Sca 6 x Be 10 foram implantadas pelo sistema de derrubada total e queima da floresta primária, utilizando-se sombreamento provisório de bananeira (Musa spp.) e permanente de Erythrina poeppigiana ou Gmelina arborea. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, com três repetições, sendo a parcela constituída de 20 plantas úteis. Os resultados de produção de cacau demonstraram que não houve interação significativa entre tratamentos e solos ou ano de condução do experimento. O fracionamento da adubação NPK em três aplicações/ano e a adubação NPK + Zn foram os melhores tratamentos, provocando incrementos (P < 0,05) na produtividade do cacaueiro da ordem de 27,5% e 10,9%, respectivamente. A menor incidência (P < 0,05) de frutos atacados pela enfermidade vassoura-de-bruxa, causada pelo fungo Crinipellis perniciosa, foi observada nos tratamentos em que se aplicaram uma mistura de micronutrientes (B, Cu, Zn, Fe e Mo) ou esterco de gado na dosagem de 5 t ha-1; as porcentagens de frutos doentes dos demais tratamentos não diferiram da adubação NPK (testemunha). Para o aumento da produtividade, a estratégia de adubação mais eficiente foi o fracionamento da adubação NPK (60 kg ha-1 de N, P(2)0(5) e K(2)0) em três aplicações ao ano. O efeito de micronutrientes e do esterco de gado na infecção da vassoura-de-bruxa merece ser investigado com mais atenção.
Resumo:
A bananeira é uma espécie de grande importância sócio-econômica na Amazônia, mas precisa de altos insumos agrícolas para ser produtiva. A associação com fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) pode minimizar as suas necessidades nutricionais nos solos pobres da Amazônia. O presente trabalho objetivou verificar a ocorrência de associação micorrízica e os teores de nutrientes em bananeiras cultivadas em um Latossolo ácido da Amazônia. O bananal encontra-se deficiente em macro (Ca, Mg e P) e micronutrientes (Fe, Mn, Zn e Cu). A colonização micorrízica foi de 54,9 %, no cultivar Mysore; 51,5 %, na Maçã, 47,6 %, na Pacovan; 47,3 %, na Nanica, e 44,7 %, na banana Prata, ocorrendo diferenças significativas. Os cultivares Mysore e Maçã apresentaram maiores índices de colonização radicular nos meses de janeiro e agosto, enquanto a Nanica, nos meses de julho, janeiro e agosto. Os cultivares Pacovan e Prata não apresentaram variações significativas de colonização por FMAs nas épocas estudadas. Nos cultivares, a associação micorrízica correlacionou-se significativamente com os teores de K, Mg, P e Zn no cultivar Maçã, K e P no Nanica e Zn no Prata.
Resumo:
Este estudo teve por objetivo verificar o comportamento da bananeira (Musa spp.) 'Prata Anã' no primeiro ciclo de produção na localidade de Jaíba, MG, submetida a sete espaçamentos, com irrigação. Os tratamentos foram: triângulo: 2,7 m x 3,2 m (1.157 covas/ha) e 2,9 m x 3,4 m (1.014 covas/ha); fileira dupla em triângulo: 4,5 m x 2,0 m x 3,0 m (1.026 covas/ha) e 4,5 m x 2,0 m x 2,0 m (1.538 covas/ha); fileira dupla em retângulo: 4,5 m x 2,0 m x 3,5 m (879 covas/ha); e retângulo: 4,0 m x 2,0 m (1.250 covas/ha) e 3,0 m x 2,0 m (1.666 covas/ha). Os sistemas de espaçamento e as densidades populacionais testados não alteraram as taxas de crescimento das plantas nem suas características na época da colheita. Entretanto, as bananeiras plantadas em maiores densidades apresentaram maior produtividade, atingindo até 29,1 t/ha. As plantas apresentaram, em média, ciclo do plantio à colheita de 411 dias, ciclo do florescimento à colheita de 141 dias, e cachos com 17,7 kg, 9,1 pencas e 134 frutos. Para o primeiro ciclo de produção, o espaçamento mais apropriado foi de 3,0 m x 2,0 m, em retângulo, para a região de Jaíba.
Resumo:
Este trabalho objetivou selecionar bactérias diazotróficas isoladas de bananeira (Musa spp.) e avaliar sua influência no crescimento de mudas micropropagadas. Bactérias do tipo Herbaspirillum e relacionadas a Burkholderia cepacia foram inoculadas em plântulas de banana cv. Prata Anã e cv. Caipira. As bananeiras cv. Prata Anã, cultivadas in vitro com substrato pobre em N, apresentaram maior crescimento na presença de bactérias do tipo Herbaspirillum, ao passo que as bananeiras cv. Caipira cresceram melhor com o inóculo contendo bactérias do gênero Burkholderia. Em casa de vegetação, as bananeiras cv. Caipira crescidas em sacolas de plástico contendo areia e vermiculita (1:2), suplementada com a solução de Hoagland contendo 5 mg L-1 de N, apresentaram maior crescimento quando da inoculação simultânea dos dois gêneros de bactérias, em comparação à inoculação individual. A inoculação simultânea proporcionou um crescimento nas bananeiras equivalente ao observado nas plantas-controles adubadas com 50 mg L-1 de N no substrato, porém o teor e o acúmulo de N na parte aérea das bananeiras foram menores. A contribuição de bactérias diazotróficas no crescimento de bananeiras é demonstrada pela primeira vez.
Resumo:
Avaliou-se o efeito da adubação nitrogenada e potássica no desenvolvimento e produção da bananeira (Musa spp.), cultivar Pioneira, em experimento conduzido no Município de Capitão Poço, PA, em Latossolo Amarelo, utilizando-se o delineamento experimental em blocos casualizados. Os tratamentos foram: 0, 80, 160 e 240 g de N/planta/ano e 0, 150, 300 e 450 g de K2O/planta/ano. Como fontes de nutrientes, utilizaram-se uréia e cloreto de potássio. Os resultados de crescimento, até 240 dias do plantio, indicaram que apenas o N influenciou a circunferência do pseudocaule e a altura de planta, verificando-se que o modelo quadrático ajustou-se melhor a todas as variáveis avaliadas. No segundo ciclo de produção, a adição de K promoveu efeito quadrático no peso de cacho, peso de penca por cacho e peso médio de penca, com incrementos de 73, 76 e 39%, respectivamente, em relação à ausência de K. A aplicação de N promoveu aumento linear no peso de cacho e de pencas por cacho, com aumentos máximos de 32 e 30%, respectivamente, em relação a ausência do nutriente. No terceiro ciclo de produção, apenas o K influenciou no peso de cacho, peso de penca por cacho e peso médio de penca, com aumentos de 39, 40 e 26%, respectivamente.
Resumo:
Foram avaliados os desempenhos vegetativo e produtivo de bananeiras micropropagadas comparado ao de bananeiras convencionais, das cultivares Prata-Anã e Nanicão. Plantas micropropagadas da 'Prata-Anã' foram significativamente superiores às convencionais, em todas as variáveis estudadas durante o período de desenvolvimento vegetativo, enquanto na 'Nanicão' esta superioridade foi observada somente até o oitavo mês. Quanto à produção, não houve diferenças estatísticas na 'Nanicão', mas a 'Prata-Anã' micropropagada foi significativamente superior à convencional. A freqüência de variação somaclonal foi maior na 'Nanicão' micropropagada, mas menor que 5%.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do nitrogênio e do potássio, aplicados via água de irrigação por microaspersão, sobre as características de produção da bananeira, cv. Grand Naine. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de 30, 180, 300, 420 e 570 kg ha-1 ano-1 de N e de 55, 330, 550, 770 e 1.045 kg ha-1 ano-1 de K2O, e testemunha, sem adubação, totalizando onze tratamentos, de acordo com o modelo da matriz experimental de Plan Puebla III. Foram avaliadas as características: massa média de fruto, massa média de cacho e produtividade, referentes ao primeiro e segundo ciclos de produção. No primeiro e segundo ciclos, a massa média de fruto, a massa média de cacho e a produtividade foram influenciadas apenas pelas doses de potássio. Os maiores valores de massa média de fruto (253,47 g), massa média de cacho (28 kg) e produtividade (55,42 t ha-1), no primeiro ciclo, foram obtidos com a aplicação de 938,31, 665,38 e 665,27 kg ha-1 de K2O, respectivamente. No segundo ciclo, os maiores valores em relação à massa média de fruto (174, 22 g), massa média de cacho (32,04 kg) e produtividade (60,08 t ha-1) foram alcançados com a aplicação de 725,50, 907,50 e 933,33 kg ha-1 de K2O, respectivamente. Não houve resposta das características avaliadas ao nitrogênio.
Resumo:
A industrialização pode ser uma opção para o aproveitamento de excedentes de produção e de frutos com aparência comprometida para consumo in natura, ao proporcionar aumento da vida-de-prateleira e agregação de valor ao produto. Frutos de diferentes variedades de bananeira (Musa spp.), obtidas em programas de melhoramento genético, podem apresentar características diferenciadas no que se refere à adequação à determinada forma de processamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o produto banana-passa, obtido a partir de frutos de diferentes genótipos de bananeira. Os genótipos avaliados foram: Caipira; Nanica; Pacovan e seus híbridos PV03-44 e PV03-76; Prata Anã e seus híbridos FHIA-18, Pioneira e Prata Graúda. O processamento da banana-passa incluiu a aplicação de tratamento antioxidante, com ácido ascórbico (0,25%) e ácido cítrico (0,30%), e desidratação osmótica, com sacarose (40%, a 70°C). A desidratação foi completada em secador de cabine com circulação forçada de ar. Os produtos obtidos foram avaliados quanto aos aspectos físicos, físico-químicos, químicos e sensoriais. O maior rendimento de produção foi obtido pela cultivar Pacovan. As bananas-passa tiveram boa aceitação sensorial, com médias superiores a 6 (gostei ligeiramente) para os atributos aparência, cor, aroma, sabor e textura. A Pioneira foi o genótipo com maior aceitação sensorial.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo caracterizar molecularmente genótipos elite, e recomendados, de bananeira, por meio de marcadores RAPD e microssatélites. Foram utilizados 47 primers de RAPD e 34 primers de microssatélites. Foi também conduzido um ensaio de contaminação, utilizando-se o primer AGMI 24-25, cuja variedade Tropical foi considerada a amostra-padrão, e as cultivares Caipira e Prata Graúda como contaminantes. Os marcadores permitiram separar as cultivares de acordo com a origem e a constituição genômica e definiram padrões moleculares para algumas cultivares avaliadas. As cultivares Garantida, Preciosa e Pacovan Ken apresentaram alta similaridade genética com ambos marcadores. O primer AGMI 24-25 demonstrou alta capacidade discriminatória de genótipos em ensaios de contaminação.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar, durante três ciclos, as principais características vegetativas dos genótipos Prata Anã, Grande Naine, Caipira, Nam, Pioneira, FHIA-01, FHIA-18, PV03-44 e SH3640, com a finalidade de incorporar novos genótipos aos sistemas de produção comercial. Conduziu-se um experimento na Zona da Mata Mineira durante três ciclos da cultura, em um delineamento experimental de blocos casualizados com nove tratamentos (genótipos) e três repetições (ciclos). Avaliaram-se porte, precocidade, número de folhas, resistência à sigatoka-amarela (Mycosphaerela musicola) e perfilhamento da planta. A variedade Grande Naine apresentou o menor porte, enquanto Prata Anã, FHIA-01 e SH3640, o maior diâmetro. Os genótipos que apresentaram maior precocidade foram Pioneira e FHIA-18. 'Nam' e 'Caipira' apresentaram os maiores números e maior precocidade de perfilhos. Foram identificados como superiores os genótipos FHIA-01, FHIA-18 e SH3640.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estimar o tamanho adequado de parcelas experimentais, para avaliação de descritores fenotípicos em bananeira, a partir de um ensaio de uniformidade com a cultivar Tropical, no espaçamento de 3x2 m, em área útil com nove fileiras de 40 plantas. Foram avaliados: altura da planta; perímetro do pseudocaule; número de filhos emitidos e número de folhas vivas, no florescimento e na colheita; peso do cacho e das pencas; número de pencas e de frutos; peso da segunda penca; e peso, comprimento e diâmetro do fruto, em dois ciclos de produção. As plantas, consideradas unidades básicas, foram combinadas para formar diferentes tamanhos de parcelas. Os dados foram submetidos à análise de variância em modelo hierárquico. O tamanho da parcela foi estimado pelos métodos da máxima curvatura, máxima curvatura modificado e comparação de variâncias. Determinaram-se o índice de heterogeneidade do solo e a diferença detectável entre médias de tratamentos. A variabilidade aumentou entre os ciclos, com reflexos nos tamanhos de parcela, que variaram com o método utilizado, a variável avaliada e o ciclo de produção. O método da máxima curvatura modificado apresenta estimativas mais ajustadas. Parcelas com seis unidades básicas (36 m²) são apropriadas para avaliar, com precisão, os descritores fenotípicos em bananeira.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar características agronômicas de genótipos de bananeira, em três ciclos de produção. O experimento foi realizado em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e cinco repetições, em Rio Branco, AC. Os genótipos Preciosa, Japira, Pacovan Ken, Pacovan, PA42-44, Prata-anã, ST12-31, FHIA 02, Nanicão, Grande Naine, Calipso, Ambrósia e Bucaneiro foram avaliados quanto aos caracteres: altura da planta; diâmetro do pseudocaule; número de folhas vivas na floração e na colheita; ciclo de formação do cacho da floração à colheita; número de pencas por cacho; massa do fruto e do cacho; e produtividade. As cultivares Preciosa e Pacovan Ken apresentaram as maiores alturas, e os híbridos PA42-44 e FHIA 02, e as cultivares Prata-anã, Nanicão e Grande Naine, o porte mais baixo. As cultivares Nanicão, Ambrósia, Bucaneiro, Pacovan, Prata-anã e Grande Naine e o híbrido ST12-31 apresentaram os menores números de folhas vivas na colheita. A cultivar Preciosa e o híbrido FHIA 02 foram os mais produtivos. Os híbridos PA42-44 e FHIA 02 apresentam características agronômicas promissoras e podem ser incorporados ao sistema produtivo, assim como os híbridos de Pacovan, já adaptados e recomendados para o cultivo no Estado do Acre.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações na fertilidade do solo, na nutrição mineral e na produtividade de bananeira irrigada por dez anos. O experimento foi conduzido em Latossolo Vermelho eutrófico, de 1997 a 2007, no Município de Janaúba, MG, em um plantio comercial de banana 'Prata-Anã', onde se utilizam, para irrigação por gotejamento, água calcária de poço tubular com salinidade alta e concentração média de sódio. Observou-se que a aplicação da irrigação, por dez anos, promove forte elevação no pH e na condutividade elétrica do solo e desequilíbrios nutricionais, o que limita a produtividade da bananeira. Os teores foliares de macro e micronutrientes permanecem acima dos valores de referência para a cultura.
Resumo:
The objective of this work was to evaluate root and water distribution in irrigated banana (Musa sp.), in order to determine the water application efficiency for different drip irrigation emitter patterns. Three drip emitter patterns were studied: two 4-L h-1 emitters per plant (T1), four 4-L h-1 emitters per plant (T2), and five 4-L h-1 emitters per plant (T3). The emitters were placed in a lateral line. In the treatment T3, the emitters formed a continuous strip. The cultivated area used was planted with banana cultivar BRS Tropical, with a 3-m spacing between rows and a 2.5-m spacing between plants. Soil moisture and root length data were collected during the first production cycle at five radial distances and depths, in a 0.20x0.20 m vertical grid. The experiment was carried out in a sandy clay loam Xanthic Hapludox. Soil moisture data were collected every 10 min for a period of five days using TDR probes. Water application efficiency was of 83, 88 and 92% for the systems with two, four and five emitters per plant, respectively. It was verified that an increase in the number of emitters in the lateral line promoted better root distribution, higher water extraction, and less deep percolation losses.