936 resultados para Interest groups


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O objetivo desta pesquisa é, a partir do estudo sobre as abordagens de diversos autores para o conceito de jogabilidade, propor uma definição do termo por meio de teorias de comunicação. A palavra jogabilidade é frequentemente utilizada em matérias jornalísticas especializadas, trabalhos científicos e conversas de jogadores de videogame, tendo sido criada sobre ela uma falsa impressão de clareza conceitual. Por meio de uma revisão bibliográfica foram analisadas as principais propostas de autores para o conceito de jogabilidade, sem que houvesse unanimidade sobre ele. Além da análise da literatura relacionada à jogabilidade,foram também utilizados vídeos de gameplay e experimentação direta de alguns jogos que compuseram o corpus desta pesquisa. Por fim, através da relação teórica entre os conceitos de agência, interface e interação, esta pesquisa define a jogabilidade sob três grupos de interesse: o controle do jogador, o design e a experiência de jogar. Com isso, a pesquisa pretende auxiliar a compreensão e utilização do termo em futuros trabalhos acadêmicos da área de comunicação relacionada com o estudo dos jogos eletrônicos.

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Community-based aquaculture founded on the principles of common interest groups working together regardless of sex and age has been an effective tool for implementing scientific aquaculture programs in India. Water bodies that do not interset villagers are targeted for use to avoid communal problems. Farmers who share common interests are identified and organized and a team leader chosen among them. An inventory of resources using the SWOT analysis is made. A participatory approach to identify major problems, socioeconomic and biophysical constraints is used and appropriate interventions are planned. This process is then evaluated and the results of the impact assessment are provided to research/extension /policy planners for setting directions and priorities for further improvement. The potential for expanding community aquaculture for generating self-employment and improving food security of the rural poor as well as improving the environmental conditions of the villages in India can be further tapped.

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O consumo de alimentos processados tem crescido mundialmente e esse aumento tem sido relacionado em parte, pelas estratégias de marketing utilizadas pelas indústrias alimentícias que tem como objetivo aumentar as vendas e expandir o mercado consumidor. Segundo documento Recomendações da Consulta de Especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde sobre a Promoção e a Publicidade de Alimentos e Bebidas Não Alcoólicas para Crianças nas Américas, a publicidade televisiva é a forma mais utilizada de marketing de alimentos para crianças e está associada a maior preferência e aumentos nos pedidos de compra de alimentos e bebidas com elevado teor de gordura, açúcar e sal. No âmbito da discussão mais recente sobre a possível influência da propaganda de alimentos na epidemia mundial de obesidade e doenças crônicas, o governo brasileiro, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), formulou uma proposta de Regulamento Técnico que normatiza os termos das atividades publicitárias e que se concretizou na Resolução da Diretoria Colegiada n 24 de 2010 (RDC24/2010). Logo após sua publicação, grupos de interesse empresarial entraram na justiça e obtiveram diversas liminares que suspenderam a aplicação da RDC 24/2010 com base em parecer contrário da Advocacia Geral da União (AGU). O debate sobre ações regulatórias no campo da alimentação e nutrição como estratégia de controle e prevenção da obesidade envolve diversos atores sociais e opiniões bastante distintas e antagônicas, principalmente quando se trata dos argumentos do grupo de indivíduos que acredita na regulamentação da publicidade como uma forma de promover a saúde versus os argumentos contrários dos setores econômicos ligados ao tema a ser regulado. Neste sentido, este trabalho teve a intenção de descrever como e por que, neste processo, algumas práticas se estabeleceram no cotidiano das instituições e identificar os embates, argumentos e conflitos de interesses que apareceram nas discussões a respeito da formulação da resolução. Para isso, foi feita, primeiramente, análise documental de todo o processo de formulação, através de arquivos institucionais, documentos, pareceres, relatórios, entre outros. Posteriormente, foram identificados e caracterizados os sujeitos que participaram do processo e em seguida, realizadas entrevistas semi-estruturadas com atores chaves. Foram encontradas duas teses centrais no debate em torno da formulação da resolução: a primeira, se o Estado deve estabelecer uma regulamentação sobre publicidade de alimentos e a segunda diz respeito à competência legal da ANVISA em exercer o papel regulador sobre a propaganda de alimentos. As disputas em torno destas duas teses e os argumentos que se apresentaram para defendê-las são evidentemente incomensuráveis entre si, não havendo esperança de acordo entre as partes. O caso descrito elegeu a ANVISA como o território da disputa e a aparente maioria no jogo democrático desta arena mostrou-se ineficaz diante da captura pelo questionamento da pertinência desta Agência para função de regular a publicidade de alimentos.

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This thesis traces a genealogy of the discourse of mathematics education reform in Ireland at the beginning of the twenty first century at a time when the hegemonic political discourse is that of neoliberalism. It draws on the work of Michel Foucault to identify the network of power relations involved in the development of a single case of curriculum reform – in this case Project Maths. It identifies the construction of an apparatus within the fields of politics, economics and education, the elements of which include institutions like the OECD and the Government, the bureaucracy, expert groups and special interest groups, the media, the school, the State, state assessment and international assessment. Five major themes in educational reform emerge from the analysis: the arrival of neoliberal governance in Ireland; the triumph of human capital theory as the hegemonic educational philosophy here; the dominant role of OECD/PISA and its values in the mathematics education discourse in Ireland; the fetishisation of western scientific knowledge and knowledge as commodity; and the formation of a new kind of subjectivity, namely the subjectivity of the young person as a form of human-capital-to-be. In particular, it provides a critical analysis of the influence of OECD/PISA on the development of mathematics education policy here – especially on Project Maths curriculum, assessment and pedagogy. It unpacks the arguments in favour of curriculum change and lays bare their ideological foundations. This discourse contextualises educational change as occurring within a rapidly changing economic environment where the concept of the State’s economic aspirations and developments in science, technology and communications are reshaping both the focus of business and the demands being put on education. Within this discourse, education is to be repurposed and its consequences measured against the paradigm of the Knowledge Economy – usually characterised as the inevitable or necessary future of a carefully defined present.

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Following the integration of nurse and midwifery education into institutions of higher education in the United Kingdom, a number of studies have shown that a defined clinical framework for nursing and midwifery lecturers in practice areas is lacking. The aim of this study was to explore strategies that nurse and midwifery lecturers from one higher education institution in south east England can use to work collaboratively with nurses and midwives to promote the utilization of research findings in practice. A cross-sectional survey using a structured questionnaire was sent to a sample of 60 nurse and midwifery lecturers and 90 clinical managers. Response rates of 67% (40) and 69% (62) respectively were obtained. The main strategies suggested were to make clinical staff more aware of what research exist in their specialties; to help them to access research information from research databases; and to critically appraise this information. Other strategies were for teachers to run research workshops on site; to undertake joint research projects with clinical staff; to set up journal clubs or research interest groups; and to help formulate clinical guidelines and protocols which are explicitly research-based.

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Following the integration of nurse and midwifery education into institutions of higher education in the United Kingdom, a number of studies have shown that a defined clinical framework for nursing and midwifery lecturers in practice areas is lacking. The aim of this study was to explore strategies that nurse and midwifery lecturers from one higher education institution in south east England can use to work collaboratively with nurses and midwives to promote the utilization of research findings in practice. A cross-sectional survey using a structured questionnaire was sent to a sample of 60 nurse and midwifery lecturers and 90 clinical managers. Response rates of 67% (40) and 69% (62) respectively were obtained. The main strategies suggested were to make clinical staff more aware of what research exist in their specialties; to help them to access research information from research databases; and to critically appraise this information. Other strategies were for teachers to run research workshops on site; to undertake joint research projects with clinical staff; to set up journal clubs or research interest groups; and to help formulate clinical guidelines and protocols which are explicitly research-based.

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Rural areas are recognised for their complex, multi-functional capacities with a range of different interest groups claiming their rights to, and use of, different rural spaces. The current rural development paradigm that is evident across the globe is epitomised by the European LEADER approach. Using evidence from the proposed National Park in Northern Ireland, we ask the question: what is the potential of sustainable rural tourism to contribute to rural development? Within our analysis we consider the scope for adaptive tourism to overcome some of the ongoing challenges that have been identified within the LEADER approach. Four themes are revealed from this analysis: institutional (in)capacity; legitimacy of local groups; navigating between stakeholder interests; and sustainable tourism in practice. These issues, discussed in turn, have clear implications for the new rural development programme.

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The bovine spongiform encephalopathy (BSE) outbreak in the United Kingdom is regarded as one of the worst public policy crises the British government has experienced during the postwar era. In material terms, it has led to the slaughter of 3.3 million cattle and estimated economic losses of £3.7 billion. In administrative terms, the crisis brought about the dissolution of the Ministry of Agriculture, Fisheries and Food. This article examines the istitutional context in which decisions about the scientific evidence on BSE were made. The authors argue that a centralized system in which government agencies control science for government is inherently vulnerable to alliances of experts and interest groups that undermine the credible assessment of public health and safety risks. Specific societal conditions may encourage risk-opportunistic behavior among policy makers that is conducive to delays and inaction until such time as the evidence of a health risk becomes overwhelming.

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Social scientists and other analysts have written about medicalization since at least the 1970s. Most of these studies depict the medical profession, interprofessional or organizational contests, or social movements and interest groups as the prime movers toward medicalization. This article contends that changes in medicine in the past two decades are altering the medicalization process. Using several case examples, I argue that three major changes in medical knowledge and organization have engendered an important shift in the engines that drive medicalization: biotechnology (especially the pharmaceutical industry and genetics), consumers, and managed care. Doctors are still gatekeepers for medical treatment, but their role has become more subordinate in the expansion or contraction of medicalization. Medicalization is now more driven by commercial and market interests than by professional claims-makers. The definitional center of medicalization remains constant, but the availability of new pharmaceutical and potential genetic treatments are increasingly drivers for new medical categories. This requires a shift in the sociological focus examining medicalization for the twenty-first century.

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This paper argues that the structured dependency thesis must be extended to incorporate political power. It outlines a political framework of analysis with which to identify who gains and who loses from social policy. I argue that public policy for older people is a product not only of social structures but also of political decision-making. The Schneider and Ingram (1993) ‘ target populations’ model is used to investigate how the social construction of groups as dependent equates with lower levels of influence on policy making. In United Kingdom and European research, older people are identified as politically quiescent, but conversely in the United States seniors are viewed as one of the most influential and cohesive interest groups in the political culture. Why are American seniors perceived as politically powerful, while older people in Europe are viewed as dependent and politically weak? This paper applies the ‘target populations’ model to senior policy in the Republic of Ireland to investigate how theoretical work in the United States may be used to identify the significance of senior power in policy development. I conclude that research must recognise the connections between power, politics and social constructions to investigate how state policies can influence the likelihood that seniors will resist structured dependency using political means.

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The recent electoral triumphs of the Democratic Unionist Party (DUP) have stimulated debate about the role of fundamentalist or ‘traditional evangelical’ Protestantism within the party and in Northern Irish politics. This paper argues that a significant restructuring of evangelical politics is taking place, one that is interest group‐centred rather than DUP‐centred. This process has been facilitated by changes in the structure of civil society. Traditional evangelical interest groups are ‘reframing’ their political projects in surprising new ways: abandoning Calvinist conceptions of church and state, using discourses of marginalisation and discrimination, and focusing on ‘moral’ issues. These subtle shifts in rhetoric constitute an acceptance of the post‐Belfast Agreement order. Rather than the tired, ‘Ulster Says No’ politics of the past, evangelicals are speaking out with a pragmatic ‘maybe’. This move parallels and reinforces the DUP’s ideological shifts, and provides an extra‐party platform for evangelicals to impact politics.

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This paper examines a place-making project in post-conflict Belfast, analyzing efforts to transform an area which has often been used as a byword for militant Irish nationalism and social deprivation into an inclusive, vibrant tourist destination and cultural hub themed around the Irish language (called the "Gaeltacht Quarter‟). The antagonistic and territorial assumptions about place that characterize divided cities now co-exist with global trends towards the commodification of difference as recreation or spectacle, and longstanding struggles over the representation of contested identities are intertwined with the struggle to compete for international tourism and investment. The proliferation of officially themed quarters in many cities across the world reflects the enthusiasm with which planning authorities have embraced the vision of difference as a benign resource for the creation of tourist revenue. Yet, analysis of „quartering‟ processes reveals that such commodification does not neutralise or evade the political potency of naming, representing and delimiting cultural difference. Indeed, this paper argues that such projects offer a valuable insight into the inseparable roles of physical and representational space as both loci and catalysts of contestation in urban conflicts. Bringing together a wide range of public and private interest groups, projects redefining parts of Belfast as distinctive quarters have been explicitly linked with efforts to deterritorialize the city. The creation of bounded, themed spaces as an attempt to leave behind the ethno-sectarian geographical segregation that parts of Belfast still experience has its particular ironies, but is in many ways typical of contemporary trends in urban planning. The Gaeltacht Quarter exemplifies both the importance and the challenge of representation within cities where culturally distinguishing features have acted as markers of violent division, and where negotiations about how to successfully encompass difference necessarily address multiple local and international audiences simultaneously.

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Libertarian paternalism, as advanced by Cass Sunstein, is seriously flawed, but not primarily for the reasons that most commentators suggest. Libertarian paternalism and its attendant regulatory implications are too libertarian, not too paternalistic, and as a result are in considerable tension with ‘thick’ conceptions of human dignity. We make four arguments. The first is that there is no justification for a presumption in favor of nudging as a default regulatory strategy, as Sunstein asserts. It is ordinarily less effective than mandates; such mandates rarely offend personal autonomy; and the central reliance on cognitive failures in the nudging program is more likely to offend human dignity than the mandates it seeks to replace. Secondly, we argue that nudging as a regulatory strategy fits both overtly and covertly, often insidiously, into a more general libertarian program of political economy. Thirdly, while we are on the whole more concerned to reject the libertarian than the paternalistic elements of this philosophy, Sunstein’s work, both in Why Nudge?, and earlier, fails to appreciate how nudging may be manipulative if not designed with more care than he acknowledges. Lastly, because of these characteristics, nudging might even be subject to legal challenges that would give us the worst of all possible regulatory worlds: a weak regulatory intervention that is liable to be challenged in the courts by well-resourced interest groups. In such a scenario, and contrary to the ‘common sense’ ethos contended for in Why Nudge?, nudges might not even clear the excessively low bar of doing something rather than nothing. Those seeking to pursue progressive politics, under law, should reject nudging in favor of regulation that is more congruent with principles of legality, more transparent, more effective, more democratic, and allows us more fully to act as moral agents. Such a system may have a place for (some) nudging, but not one that departs significantly from how labeling, warnings and the like already function, and nothing that compares with Sunstein’s apparent ambitions for his new movement.

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Face aos princípios orientadores do New Public Management a política orçamental, continuando a ser primordial na avaliação do desempenho do gestor público, deixou de ser o seu único meio de avaliação, constituindo a informação proporcionada pela contabilidade financeira uma ferramenta essencial para aferir a racionalidade, a economia, a eficiência e a eficácia da aplicação dos recursos na satisfação das necessidades dos cidadãos/eleitores. O presente trabalho de investigação tem como objectivo proporcionar conhecimento acerca dos incentivos que podem motivar o gestor autárquico à prática da gestão dos resultados bem como identificar os procedimentos contabilísticos utilizados para essa gestão. O trabalho desenvolvido assentou em pressupostos das teorias da agência e da escolha pública que permitiram formular as hipóteses a testar no estudo empírico. Os resultados obtidos confirmam o pressuposto fundamental de ambas as teorias: na presença de uma relação de agência em que existem conflitos de interesse entre o gestor e o principal, o gestor procura actuar oportunisticamente no seu interesse próprio, maximizando o seu bem-estar. Confirmam, igualmente, que numa perspectiva de sinalização de desempenho e competência, com vista à reeleição, o autarca procede à gestão dos resultados tendo como objectivo evitar divulgar resultados negativos e procurar divulgar resultados positivos próximos de zero num nível que não seja considerado excessivo por parte, nomeadamente, do cidadão, dos grupos de interesse e dos partidos políticos.

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Assumindo a sociedade atual o paradigma do desenvolvimento sustentável como modelo capaz de garantir uma gestão equilibrada dos recursos atuais que não comprometa o futuro das futuras gerações, é fundamental compreender o instrumento da Agenda 21 Local (A21L), ferramenta saída da Conferência do Rio, em 1992, que se apresenta como uma resposta internacional aos objetivos da sustentabilidade. Ao constituir-se como país signatário da Declaração do Rio, Portugal assumiu o compromisso de cooperar internacionalmente para a aplicação deste instrumento, no esforço comum de unir a proteção do ambiente com o desenvolvimento económico e social. Verifica-se que a resposta de Portugal, em matéria de A21L, foi pouco conseguida, marcada por um arranque ténue, desconcertado e disperso a que acresce o caráter dúbio que caracterizou a natureza dos primeiros processos e que, no quadro internacional, atira Portugal para o grupo de países europeus que mais tardiamente conseguiram responder ao apelo da comunidade internacional no que se refere à implementação de A21L. Neste âmbito, esta dissertação visa aprofundar o conhecimento cientifico sobre este instrumento no quadro das experiências de Agenda 21 Local implementadas no território português. O trabalho procurou examinar os objetivos, características e resultados dos processos de Agenda, dando atenção aos elementos individuais que marcaram cada um e, igualmente, avaliando as repercussões que estes tiveram no todo nacional. O estudo incidiu na dinâmica espaciotemporal das Agendas21L, no território nacional, e na análise integrativa de indicadores físicos, sociais e económicos que permitiram compreender as especificidades e os contrastes verificados nos processos implementados e desenvolvidos. Na investigação não foram, igualmente, negligenciadas questões históricas, políticas e culturais, sabendose da importância que estes vários domínios configuram no caso português. O trabalho contou com uma investigação assente na seguinte metodologia: i) Revisão da literatura e recolha de dados bibliográficos sobre a temática da Agenda 21 Local; ii) Levantamento de informação, através de um inquérito por questionário, dirigido a todas as localidades do País, onde decorrem Agendas 21 Local, a fim de complementar informação já processada; iii) Pesquisa direta de dados no terreno que envolveu a utilização de procedimentos de teor quantitativo (inquérito por questionário) e de teor qualitativo (entrevistas), relativamente ao caso de estudo (Agenda 21 Local de Mindelo); iv) Tratamento e análise dos resultados obtidos através da confrontação da perspetiva teórica com a prática com a consequente elaboração de conclusões fundamentadas pela confrontação dos dados com as hipóteses. Para além de se tratar do caso pioneiro de A21L com início no poder mais próximo do cidadão (respeitando um dos princípios inerentes a este instrumento – o princípio da subsidiariedade), afirmou-se, igualmente, como um caso de referência em matéria de coesão e mobilização dos cidadãos locais para os problemas locais existentes. Os resultados empíricos da investigação identificam uma série de dificuldades que condicionaram o arranque e progresso das A21L. Desde logo, a inabilidade dos poderes políticos locais em trabalharem com um modelo que rompe com as típicas e tradicionais formas pré-concebidas de fazer política, isto é, com as práticas instituídas dos políticos fazerem “política” para os cidadãos e não “com” os cidadãos. O próprio desconhecimento do poder político local quanto à natureza de um processo de A21L que evidenciou inaptidão, impreparação e até embaraço para lidar com este instrumento, resultando na necessidade, na grande maioria dos processos desenvolvidos, de serem acompanhados por entidades externas que cooperaram na sua dinamização. Acresce que a nova dinâmica, subjacente à A21L, que desafia os governos locais a mobilizar a participação generalizada dos cidadãos e apela à participação de novos atores (associações, grupos de interesse, ONG e atores sociais, em geral) para a definição de estratégias de desenvolvimento local, não é totalmente aceite pelos vários poderes locais que, não raras vezes, menosprezam a importância dos cidadãos nos momentos de tomada de decisão. A falta de empenho do governo central, em matéria de sustentabilidade, que negligenciou, numa primeira etapa, a figura do poder central na assessoria às entidades locais cerceou o país da existência de uma campanha nacional para a afirmação deste instrumento. A falta/insuficiência de recursos financeiros como resultante da ausência de apoios estatais e a dificuldade na obtenção de fundos da União Europeia configurou-se como um entrave à promoção dos processos ficando as entidades locais e regionais incapazes de ultrapassar a falta de meios imprescindíveis para o desenvolvimento da A21L. O próprio desconhecimento generalizado dos cidadãos sobre a A21L afigura-se como um estigma ao sucesso de qualquer processo com as caraterísticas de um instrumento A21L visto que a participação dos cidadãos é condição sine qua non para a sua operacionalização. Neste quadro, e olhando o futuro, urge a necessidade das autoridades locais criarem modelos de autofinanciamento capazes de garantir a criação, funcionamento e manutenção de infraestruturas económicas e sociais subjacentes aos programas de A21L, assim como o dever do poder político em reforçar a importância da função da informação e da mobilização dos cidadãos em prole do desenvolvimento sustentável, ações indispensáveis para a execução das políticas inerentes à A21L.