1000 resultados para Infecção natural
Resumo:
O objetivo do trabalho foi determinar a primo-infecção por Babesia spp. em bezerras de áreas de instabilidade do Piauí.
Resumo:
No Espírito Santo, os casos de malária autóctone estão distribuídos na região serrana próximo aos fragmentos de Mata Atlântica. Uma vez que alguns aspectos da doença são obscuros, a detecção das possíveis espécies de vetores pode auxiliar na elucidação de incertezas epidemiológicas. Estudos entomológicos e de infecção natural foram realizados com anofelinos (Diptera: Culicidae) capturados no município de Santa Tereza, ES. Capturas mensais foram realizadas de março de 2004 a fevereiro de 2006. Armadilhas CDC-CO2 foram utilizadas do crepúsculo (18:00h) ao amanhecer (6:00h), para capturar anofelinos nos seguintes habitats: próximo ao domicílio e área aberta (solo), margem e interior da mata (solo e copa). Armadilhas Shannon também foram utilizadas nos mesmos locais que as de CDC-CO2. Capturou-se o total de 2.290 anofelinos distribuídos em 10 espécies. A maior frequência relativa foi de Anopheles (Kerteszia) cruzii Dyar & Knab / A.(K.) homunculus Komp, sendo a maioria capturada em CDC-CO2 instalada na copa da mata. A principal espécie capturada em armadilha Shannon foi A.(Nyssorhynchus) strodei Root. O maior número de anofelinos foi capturado entre julho e setembro das 18:00h às 22:00h. Provavelmente A.(K.) cruzii é responsável pela transmissão da malária dentro ou próximo aos fragmentos de Mata Atlântica. Entretanto, a participação de outras espécies não pode ser ignorada, visto que 53 por cento da amostragem foi constituída pelo subgênero Nyssorhynchus. A detecção de Plasmodium vivax no tórax de A. cruzii, A. parvus (Chagas) e A. galvaoi Causey, Deane & Deane por meio de PCR reforça esse argumento
Resumo:
A partir da prevalência de infecção tuberculosa em escolares com 7 anos de idade, calculou-se a taxa de redução do risco anual de infecção na cidade de São Paulo (Brasil), entre 1974 e 1982. Nesse período o declínio médio foi de 5% ao ano. Nas 59 escolas municipais pesquisadas não houve correlação entre a cobertura de vacinação BCG e a prevalência de infecção natural em não-vacinados, à idade estudada. A alergia tuberculínica no grupo de crianças vacinadas, que recebeu a vacina em alguma idade anterior entre o 1° e o 6° ano de vida, revelou-se 2,5 vezes mais intensa do que a alergia no grupo de mesma idade (7 anos), não vacinado previamente. Foram feitos comentários quanto à impropriedade do material utilizado com vistas ao cálculo do verdadeiro valor do risco de infecção tuberculosa na área em questão.
Resumo:
Em populações muito afetadas por reações tuberculínicas inespecíficas, o teste tuberculínico padronizado, via de regra, superestima a infecção tuberculosa. A bem sucedida aplicação do método de Bhattacharya (método gráfico para a decomposição de uma distribuição de freqüências em componentes normais) na análise de resultados do teste em população contaminada por infecçõcs atípicas sugeriu seu uso nos resultados obtidos cm populações vacinadas com BCG. Assim, na análise dos resultados de dois inquéritos tuberculínicos realizados na cidade de São Paulo, SP (Brasil), em 1982 (escolares vacinados entre o segundo e o sexto ano de vida), e em 1988 (escolares vacinados no primeiro ano de vida), foi possível a caracterização e quantificação da componente normal devida à infecção natural em cada uma das misturas. Na população de 1982 o diâmetro médio das reações foi de 17,40 mm com desvio padrão 3,72 mm, e a proporção de infectados foi de 7,71% contra 4,85% nos não vacinados; na população de 1988, o diâmetro médio foi 17,00 mm com desvio padrão 4,67 mm, e a proporção de infectados foi de 4,14% contra 4,48% nos não vacinados. Concluiu-se que o método permite estimar a prevalência da infecção tuberculosa em populações com alta cobertura vacinal, desde que a vacina tenha sido aplicada no primeiro ano de vida.
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OBJETIVOS: Investigar a distribuição espacial, a abundância e os índices de infecção natural de Biomphalaria glabrata, hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni, em localidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. MÉTODOS: Na localidade de Pamparrão, município de Sumidouro, RJ, as coletas de moluscos foram realizadas bimestralmente no período de junho de 1991 a novembro de 1995. Foram estabelecidos 23 pontos de coleta ao longo do córrego Pamparrão e três de seus afluentes. Os moluscos capturados foram levados ao laboratório para diagnóstico da infecção. Para a análise dos dados, foram usados o coeficiente de Spearman (nível de 0,5% de significância) e o teste de qui-quadrado. RESULTADOS: A abundância populacional de B. glabrata foi bastante variável ao longo do tempo e entre os ambientes amostrados. A maioria dos pontos de coleta apresentou correlação negativa com a pluviosidade. O afluente B destacou-se dos demais corpos d'água por apresentar taxas de infecção de B. glabrata elevadas (acima dos 25% em alguns pontos de coleta) e persistentes. Foram encontrados mais moluscos infectados na estação seca do que na chuvosa (chi²=20,08; p=0,001). CONCLUSÕES: A população de moluscos foi influenciada negativamente pelo regime de chuvas, principalmente no córrego Pamparrão. A época de estiagem também parece ter favorecido a ocorrência de infecção, provavelmente devido ao menor volume de água dos córregos, o que aumentaria as chances de encontro do parasita com seu hospedeiro intermediário.
Infecção experimental pelo Encephalitozoon cuniculi em camundongos imunossuprimidos com dexametasona
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OBJETIVO: O microsporídio Encephalitozoon cuniculi tem sido reconhecido como um patógeno oportunista em indivíduos imunossuprimidos, tais como pacientes com Aids. O objetivo do trabalho foi desenvolver animais farmacologicamente imunossuprimidos como modelo da infecção natural pelo E. cuniculi. MÉTODOS: Foram usados grupos distintos de camundongos Balb-C adultos, imunossuprimidos com diferentes doses de dexametasona (Dx, 3 ou 5 mg/kg/dia por via intraperitoneal ¾ IP) e inoculados com esporos de E. cuniculi por via IP. Também foram usados grupos controle (animais inoculados, mas nãoimunossuprimidos, e animais imunossuprimidos, mas não inoculados). Os esporos de E. cuniculi foram previamente cultivados em células MDCK. Os animais foram sacrificados e submetidos à necropsia aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias pós-inoculação. Fragmentos teciduais foram coletados e processados para análise por microscopia de luz, utilizando-se as técnicas de coloração de Gram -chromotrope e de hematoxilina-eosina. RESULTADOS: Em todos os animais imunossuprimidos e inoculados, porém especialmente naqueles que receberam 5 mg/kg/dia de Dx, os achados de necropsia mais proeminentes foram hepato e esplenomegalia. A inoculação experimental resultou em uma infecção disseminada e não-letal, caracterizada por lesões granulomatosas em diversos órgãos (fígado, pulmões, rins, intestino, encéfalo), porém mais notadamente no tecido hepático. Esporos de E. cuniculi foram observados em poucos animais tratados com 5 mg/kg/dia de Dx aos 35 dias pós-infecção. CONCLUSÕES: Microsporidiose em camundongos imunossuprimidos com Dx fornece um modelo útil para estudos da infecção por microsporídios, assemelhando-se àquela naturalmente observada em indivíduos imunodeficientes com Aids.
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Durante os anos de 1957 a 1971 foram coletados 35.588 triatomíneos em domicílios de 11.045 localidades do Estado da Bahia. Entre 29.156 exemplares examinados, 2.354 estavam infectados por tripanasomas do tipo T. cruzi (8%). Entretanto o índice de infecção natural variou de 0 a 100%, dependendo da espécie do triatomíneo e da localidade em que foi coletado. A maioria das localidades com triatomíneos infectados abrangeu aquelas infestadas por P. magistus, e estavam distribuídas com maior densidade no litoral norte do Estado. A espécie de triatomíneo que acusou maior índice de infecção global foi P. megistus (11,4%), vindo em seguida T. infestans (3,4%) e T. brasiliensis (3%). T. rubrofasciata, embora com índice de infecção elevado, foi considerada sem importância, desde que na maior parte era infectada por T. conorhini. Os Autores julgam que só o encontro de triatomíneos infectados justifica a ação profilática, pois traduz a existência simultânea de portadores humanos de T. cruzi. Chamam a atenção para a importância da disseminação intensa de T. infestans no Estado da Bahia, em vista dos hábitos hematofágicos acentuadamente antropofílicos dessa espécie, ao lado de sua elevada susceptibilidades para infectar com T. cruzi e capacidade de rápida proliferação e colonização intradomiciliar.
Resumo:
São apresentados dados referentes às espécies e infecção natural de triatomíneos na Ilha de São Luis-MA. Dos triatomíneos coletados foram encontradas as seguintes espécies: Rhodnius pictipes Rhodnius neglectus, Rhodnius nasutus, Triatoma rubrofasciata, Panstrongylus lignarus e Panstrogylus geniculatus. A presença de infecção natural por Trypanosoma do tipo cruzi foi detectada em 19,7% do total de triatomíneos sendo o R. pictipes a espécie mais homogênea em distribuição na Ilha e com índice de infecção natural de 38,8%.
Resumo:
Em continuação a estudo anterior, relativo à prevalência e infecção por Trypanosoma cruzi dos triatomíneos capturados na região administrativa de Campinas, SP, os autores apresentam dados do período de 1982-1986, acrescentando informações sobre respastos sangüíneos realizados por 7.785 exemplares. Para tanto, foram utilizados os anti-soros: ave, marsupial, roedor e humano, através dos quais constataram o ecletismo alimentar de Panstrongylus megistus, espécie predominante na região, cujas formas aladas são encontradas com freqüência, infectadas por T. cruzi, nas casas habitadas. Desses, 14,78% reagiram frente ao anti-soro humano. Com Rhodnius neglectus foi observada situação assemelhada, mas com números menos expressivos. Em relação ao Triatoma sórdida, não foi constatada infecção natural e tampouco sinais de ingestão de sangue humano. Foi constatado acentuado aumento de T. arthurneivai nas casas, fruto da provável modificação ocorrida no ambiente natural. No período, foi encontrado Microtiatoma borbai, detectado pela primeira vez no Estado de São Paulo. Ressaltam também a importância da "investigação de foco " nas áreas em fase de vigilância.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a aplicabilidade do Teste de Aglutinação Direta (TAD) como método de detecção da infecção natural canina por Leishmania (Viannia) braziliensis, foi realizado um estudo envolvendo soros de cães residentes em uma área endêmica de leishmaniose tegumentar, Serra de Baturité, CE e soros de cães provenientes da cidade de Curitiba, PR, área não endêmica de leishmaniose. Os resultados obtidos com o TAD neste trabalho indicam a possibilidade do uso deste teste sorológico para levantamentos epidemiólogicos da infecção em reservatórios; neste estudo, o cão doméstico.
Resumo:
A giberela do trigo (Triticum aestivum), causada por Gibberella zeae, é uma doença de infecção floral com freqüente ocorrência em regiões onde, após o início da floração do trigo, ocorrem períodos prolongados de chuva (> 48 h) e temperaturas médias (> 20 ºC). Os danos na redução do rendimento de grãos, causados pela infecção natural de giberela no campo, foram quantificados em diferentes cultivares de trigo nas safras agrícolas de 2001 e 2002, no município de Passo Fundo, RS. Do estádio de grão leitoso até a maturação, foram identificadas e marcadas todas as espigas de trigo gibereladas, em uma área de 1 m², amostrando-se três repetições por área de trigo. As espigas gibereladas e sadias foram colhidas, secas, contadas e trilhadas separadamente. Os danos foram obtidos pela diferença entre o rendimento real e a estimativa do rendimento potencial, calculados com base no número total de espigas, no número de espigas sadias e no número de espigas gibereladas. O dano médio em 25 amostras de trigo coletadas em 2001, foi de 13,4%, variando de 6,4 à 23,1%. Na safra de 2002, em 18 amostras, o dano médio foi de 11,6%, variando de 3,1 a 20,5%. As reduções médias no rendimento de grãos foram de 394,4 Kg.ha-1 e 356,2 Kg.ha-1 para safras de 2001 e 2002, respectivamente. Nas duas safras, o dano médio da giberela, nos diferentes cultivares, foi de 375,3 kg.ha-1 ou 6,26 sacos de trigo/ha.
Resumo:
Amostras foliares de Crotalaria paulinea apresentando mosaico foram coletadas em São Luiz, MA, e enviadas ao Laboratório de Virologia Vegetal da UFC. As amostras foram testadas por Elisa indireto, contra anti-soros para Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV) e Cucumber mosaic virus (CMV) e por dupla difusão em àgar contra anti-soro para Cowpea severe mosaic virus (CPSMV). As amostras reagiram somente com o anti-soro para CPSMV, indicando ser C. paulinea mais um hospedeiro natural do vírus. Extratos das folhas de C. paulinea foram inoculados em plantas de caupi (Vigna unguiculata subsp. unguiculata) mantidas em casa de vegetação. Dez dias após a inoculação, as plantas passaram a exibir sintomas de mosaico e a presença do CPSMV foi confirmada por sorologia. Nos estudos de gama de hospedeiros, envolvendo oito espécies botânicas, o isolado de CPSMV obtido de C. paulinea (CPSMV-Cp) infetou sistemicamente somente cultivares de caupi. Estudos de reações de RT-PCR revelaram a presença de uma banda no gel de agarose de 594 pb para o CPSNV-Cp semelhante às de outros isolados de CPSMV. O CPSMV-Cp foi multiplicado em caupi cv. Pitiúba e purificado por clarificação com n-butanol, precipitação viral com PEG e ultracentrifugação. A preparação purificada apresentou um espectro de absorção ultravioleta típico de núcleoproteína com uma razão A260/A280 de 1,7. Coelho da raça Nova Zelândia Branca imunizado com a preparação viral purificada, produziu anti-soro policlonal reativo com CPSMV em dupla difusão em àgar. Este é o primeiro relato sobre a infecção natural de CPSMV em C. paulinea.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo quantificar os danos no rendimento de grãos, causados pela infecção natural da brusone (Pyricularia grisea), em diferentes cultivares e linhagens de trigo, na safra agrícola de 2004, no Município de Dourados, Mato Grosso do Sul, isoladamente da ocorrência de outras doenças. Trabalhou-se em condições naturais e sem o emprego de fungicidas, em parcelas experimentais, na Embrapa Agropecuária Oeste e em Indápolis. Após o espigamento, todas as espigas de trigo com sintomas típicos da brusone (ponto preto de infecção na ráquis) foram identificadas e marcadas, em uma área de 1m². As espigas doentes e sadias foram colhidas, contadas e trilhadas separadamente. Os danos foram calculados com base na diferença entre o rendimento real e a estimativa do rendimento potencial. Os resultados mostraram que os danos e a incidência da brusone variaram de acordo com as cultivares/linhagens testadas e a região tritícola avaliada. As menores incidências da brusone foram observadas na cv. BR 18-Terena, com 27% e 42% de espigas infectadas, nos ensaios instalados na Embrapa Agropecuária Oeste e em Indápolis, respectivamente. O dano médio devido à brusone, registrado nos 20 materiais testados, foi de 387kg/ha, o que representou 10,5% do rendimento de grãos, no ensaio instalado na Embrapa Agropecuária Oeste. Em Indápolis, os danos foram maiores, atingindo, em média, 609kg/ha (13,0% do rendimento de grãos). As perdas em peso por espiga foram maiores (63,4%) quando a infecção foi precoce em comparação à infecção tardia (46,0%). Verificou-se que houve uma compensação das perdas causadas pela doença, através do melhor desenvolvimento de grãos produzidos abaixo do ponto de estrangulamento da ráquis. Observou-se, também, que em função das espigas brancas sobressaírem-se das demais, pode-se superestimar as perdas.
Resumo:
Doença de Chagas é uma antropozoonose causada por Trypanosoma cruzi que tem os cães como importante reservatório da doença na América do Sul. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência da infecção natural pelo T. cruzi em cães de uma área rural do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Foram utilizados os testes de imunofluorescência indireta (IFI) e ensaio imunossorvente ligado a enzima (ELISA) em 75 cães residentes na área. Foram detectados anticorpos em 45,3% (n=34) e 24,0% (n=18) nos testes de IFI e ELISA, respectivamente. A real prevalência da infecção foi confirmada como 22,7% (n=17) pelo critério de positividade em ambos os testes. Os resultados obtidos confirmam a infecção chagásica nos cães dessa região.
Resumo:
A patogênese e os achados clínicos, hematológicos e anatomopatológicos da infecção natural pelo protozoário Rangelia vitalii (rangeliose canina) foram estudados em 35 cães que morreram em consequência dessa condição. Os resultados obtidos permitem o seguinte conjunto de conclusões: (1) causa doença hemolítica exclusivamente extravascular e de origem imunomediada; (2) cursa invariavelmente com algum grau de hemorragia à necropsia, mas nem sempre clinicamente perceptível; (3) os principais sinais que devem chamar a atenção para a suspeita clínica são anemia, icterícia e esplenomegalia; (4) o principal achado hematológico e que deve chamar a atenção para a suspeita clínica é a ocorrência de anemia com sinais de intensa regeneração eritroide; (5) os três principais diagnósticos diferenciais são leptospirose, babesiose e erliquiose monocitotrópica aguda; (6) a principal lesão observada é uma associação de hiperplasia linfoide com inflamação mononuclear, predominantemente plasmocitária, mas por vezes granulomatosa; (7) outras lesões frequentes são secundárias à marcada anemia regenerativa; (8) o agente etiológico pode ser facilmente encontrado, pois ocorre em grande quantidade na maioria dos tecidos, principalmente nos linfonodos, no baço, na medula óssea, no coração e nas tonsilas.