75 resultados para Hemoglobinuria paroxística
Resumo:
OBJETIVOS: Analisar o sucesso da ablação circunferencial da fibrilação atrial e investigar possíveis preditores, clínicos e eletroanatômicos, de recorrência da arritmia. MÉTODOS: Foram analisados 104 pacientes consecutivos, submetidos à ablação circunferencial para tratamento de fibrilação atrial paroxística/persistente, sem cardiopatia estrutural e refratários a pelo menos duas drogas antiarrítmicas. Eram do sexo masculino 72 pacientes e a idade média do grupo foi de 58,6 + 10,9 anos. O procedimento consistiu em punção transeptal única e mapeamento tridimensional, com o sistema CARTO® para a aquisição de pontos no átrio esquerdo e veias pulmonares. As aplicações de radiofreqüência foram realizadas ao redor dos óstios das veias pulmonares, até a redução > 80% da amplitude dos potenciais atriais. Uma linha adicional foi criada no istmo mitral e outra no istmo cavotricuspídeo. Foram analisadas: volume total do átrio esquerdo, área ablacionada ao redor das veias pulmonares e a presença ou não de falhas na linha de ablação (linha completa ou incompleta). Foi considerada linha completa quando a distância entre dois pontos contíguos de aplicação de radiofreqüência foi inferior a 10 mm. RESULTADOS: Em acompanhamento médio de 18 meses, 87 pacientes estavam em ritmo sinusal (84%) e 17 pacientes apresentaram recidiva (16%). Na análise multivariada, somente o volume atrial esquerdo (p < 0,0001) e a ablação completa (p <0 ,05) foram preditores independentes de recorrência. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o volume atrial esquerdo e a presença de ablação completa são preditores de recorrência da fibrilação atrial.
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FUNDAMENTO: Buscando delinear o perfil da ablação curativa de fibrilação atrial (FA) no Brasil, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) idealizou o Registro Brasileiro de Ablação da FA. OBJETIVO: Descrever os resultados desse registro. MÉTODOS: Foi enviado um formulário aos sócios da SOBRAC, inquirindo sobre os dados de pacientes submetidos a ablação de FA entre setembro de 2005 e novembro de 2006. RESULTADOS: No total, 29 grupos, de 13 Estados, responderam ao formulário. Desses, 22 (76%) realizaram ablações de FA. Entre 1998 e 2001, 7 grupos (32%) iniciaram ablações de FA e entre 2002 e 2006, 15 grupos (68%). De 1998 a 2006, 2.374 pacientes foram submetidos a ablação, sendo 755 (32%) no período do registro. A maioria (70%) era do sexo masculino e 89% apresentavam FA paroxística ou persistente. Métodos auxiliares de imagem (ecocardiografia intracardíaca e mapeamento eletroanatômico) foram utilizados por 9 grupos (41%). Durante seguimento médio de cinco meses, o sucesso total foi de 82% e o sucesso sem uso de antiarrítmicos foi de 57%. Contudo, 35% dos pacientes necessitaram de dois ou mais procedimentos. Houve 111 complicações (14,7%) e 2 óbitos (0,26%). CONCLUSÃO: A ablação curativa de FA vem crescendo significativamente em nosso País, com taxas de sucesso comparáveis às internacionais, mas comumente há necessidade de mais de um procedimento. Apesar dos resultados promissores, a ablação de FA ainda acarreta morbidade significativa. Métodos auxiliares de imagem têm sido cada vez mais utilizados, visando a aumentar a eficácia e a segurança do procedimento. Esses achados devem ser considerados pelos órgãos pagadores públicos e privados.
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A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia frequente no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Nesse contexto, está associada à presença de comorbidades, a um maior tempo de hospitalização e a maior custo relacionado à cirurgia. Os mecanismos envolvidos na gênese da FA no pós-operatório de cirurgia cardíaca (FAPO) são diferentes daqueles causadores da FA paroxística. O conhecimento desses mecanismos permite a aplicabilidade de medidas que são eficazes em reduzir a incidência dessa arritmia. O tratamento, segundo recomendações da literatura, é eficaz e seguro, pois as taxas de reversão a ritmo sinusal são elevadas e as complicações reduzidas, e não está associado com a ocorrência elevada de efeitos colaterais.
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FUNDAMENTO: A prevalência da fibrilação atrial, os gastos com o sistema de saúde e a elevada morbidade e mortalidade associadas a ela, têm justificado a procura por novas abordagens terapêuticas. OBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade da técnica cirúrgica, a segurança e os resultados inicias da cirurgia vídeo-assistida para a ablação da fibrilação atrial isolada com radiofrequência bipolar. MÉTODOS: Dez pacientes (90% homens) com fibrilação atrial (50% paroxística) sintomática e refratária à terapia medicamentosa, sem doença cardíaca que requeresse cirurgia concomitante, foram submetidos à ablação da arritmia guiada por toracoscopia, no período de maio de 2007 a maio de 2008. Variáveis clínicas, laboratoriais e de imagem foram prospectivamente coletadas antes, durante e no seguimento pós-operatório. RESULTADOS: A cirurgia foi realizada conforme o planejado em todos os pacientes. Não houve lesão iatrogênica de estruturas intratorácicas ou óbitos. No seguimento médio de seis meses, 80% dos pacientes estão livres de fibrilação atrial. Houve melhora significativa dos sintomas de insuficiência cardíaca classe funcional New York Heart Association (2,4 ± 0,5 para 1,6 ± 0,7; p = 0,011). Não houve evidência de estenose de veias pulmonares à angiotomografia, nesta série. CONCLUSÃO: A cirurgia vídeo-assistida para o tratamento da fibrilação atrial é reprodutível e segura. Há melhora evolutiva dos sintomas de insuficiência cardíaca após a cirurgia.
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Homem de 20 anos, previamente hígido, com quadro clínico de dispneia paroxística noturna e cansaço aos médios esforços com evolução em torno de dez dias, apresentou, ao exame ecocardiográfico, mixoma em átrio esquerdo funcionando como estenose mitral grave.
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FUNDAMENTO: A despeito de elevada prevalência e importância clínica da Fibrilação Atrial (FA), não existem até o momento publicações brasileiras informando o perfil clínico e a estratégia de tratamento (controle de ritmo vs. controle de frequência cardíaca) mais utilizada nesse universo de pacientes. OBJETIVO: Avaliar a estratégia de tratamento mais empregada na FA em ambulatório especializado no manejo dessa doença. Secundariamente, procurou-se descrever o perfil clínico dessa população. MÉTODOS: Estudo transversal que avaliou sequencialmente, em 167 portadores de FA, a estratégia de tratamento mais empregada, bem como o perfil clínico desses pacientes. Utilizou-se questionário padronizado para coleta de dados. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS® versão 13.0. RESULTADOS: Nessa população de alto risco para eventos tromboembólicos (61% com score CHADS2 > 2), em que 54% dos indivíduos apresentavam fibrilação atrial paroxística ou persistente, 96,6% utilizavam antagonistas da vitamina K ou AAS, e 76,6% faziam uso de betabloqueador (81,2% frequência x 58,8% ritmo, p < 0,05); a estratégia de controle de frequência foi a mais empregada (79,5% x 20,5%, p < 0,001). Houve uma tendência estatística a maior agrupamento de pacientes com disfunção ventricular (15,2% x 2,9%; p = 0,06), CHADS2 > 2 (60,5% x 39,5%; p = 0,07) e valvopatias (25,8% x 11,8%; p = 0,08) no segmento de controle da frequência. CONCLUSÃO: Nessa população de alto risco para eventos tromboembólicos, a estratégia de controle de frequência cardíaca foi a mais empregada.
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FUNDAMENTO: A ablação por cateter possibilita tratamento curativo para diversas arritmias cardíacas. A fluoroscopia é utilizada para localizar e direcionar os cateteres aos pontos causadores de arritmias. Contudo, a fluoroscopia apresenta diversos riscos. O mapeamento eletroanatômico (MEA) apresenta imagem tridimensional sem utilizar raios X, reduzindo os riscos da fluoroscopia. OBJETIVO: Descrevemos uma série de pacientes nos quais foi realizada ablação de arritmias cardíacas com o uso exclusivo de MEA. MÉTODOS: Foram selecionados prospectivamente, de março de 2011 a março de 2012, pacientes com arritmias cardíacas refratárias ao tratamento farmacológico para realização de ablação de arritmias com o uso exclusivo de MEA. Não participaram aqueles com indicação de estudo eletrofisiológico diagnóstico e ablação de fibrilação atrial, taquiarritmias de átrio esquerdo e arritmia ventricular hemodinamicamente instável. Observamos tempo total de procedimento, taxa de sucesso, complicações e se ocorreu necessidade de uso de fluoroscopia durante o procedimento. RESULTADOS: Participaram 11 pacientes, sendo sete do sexo feminino (63%), com idade média de 50 anos (DP ± 16,5). As indicações dos procedimentos foram quatro casos (35%) de flutter atrial, três casos (27%) de síndrome de pré-excitação, dois casos (19%) de taquicardia supraventricular paroxística e dois casos (19%) de extrassístoles ventriculares. A média de duração do procedimento foi de 86,6 min (DP ± 26 min). O sucesso imediato (na alta hospitalar) do procedimento ocorreu em nove pacientes (81%). Não houve complicações durante os procedimentos. CONCLUSÃO: Neste estudo, foi demonstrado que é viável a realização de ablação de arritmias apenas com o uso do MEA, com resultados satisfatórios.
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FUNDAMENTO: Índices de ondas P são marcadores interessantes para prever recorrências de fibrilação atrial (FA) pós ablação. OBJETIVO: Esse estudo avalia o valor dos índices de onda P para prever recorrências após isolamento da veia pulmonar (IVP) em pacientes com fibrilação atrial paroxística. MÉTODOS: Foram selecionados 198 pacientes (57 ± 8 anos, 150 homens) com FA paroxística sintomática refratária a medicamentos submetidos ao IVP em nosso hospital. Um eletrocardiograma de 12 derivações foi utilizado para medir a duração da onda P na derivação II, a força terminal de P (FTP) na derivação V1, o eixo e a dispersão da onda P. RESULTADOS: No acompanhamento de 9 ± 3 meses, as recorrências ocorreram em 60 (30,3%) pacientes. Os pacientes que apresentaram recorrência de FA tiveram maior duração média de onda P (122,9 ± 10,3 versus 104,3 ± 14,2 ms, p < 0,001), maior dispersão da onda P (40,7 ± 1,7 ms vs 36,6 ± 3,2 ms, p < 0,001). A duração da onda P > 125 ms apresenta 60% de sensibilidade, especificidade de 90%, valor preditivo positivo (VPP) de 72% e valor preditivo negativo (VPN) de 83,7%, enquanto a dispersão da onda P > 40 ms tem 78% de sensibilidade, 67% de especificidade, PPV 51% e VPN de 87,6%. 48/66 (72,7%) dos pacientes com FTP < -0,04 mm/segundo vs 12/132 (9%) com FTP > -0,04 mm/segundo tiveram recorrência de FA (p < 0,001). O eixo da onda P não diferiu entre os dois grupos. Na análise multivariada, os índices da onda P não foram independentes do tamanho do átrio esquerdo e da idade. CONCLUSÕES: A duração da onda P > 125 ms, a dispersão da onda P > 40 ms e FTP em V1 < -0,04 mm/sec são bons preditores clínicos das recorrências de FA pós IVP em pacientes com fibrilação atrial paroxística; contudo, eles não foram independentes do tamanho do átrio esquerdo e da idade.
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The acquisition of host antigens by Schistosoma mansoni was studied by evaluating the resistance of schistosomula to the complement attack mediated by lethal antibody. Schistosomula cultured for 24 hours with intact human erythrocytes (N-HuE) or ghosts of any type of ABO or Rh blood group, showed a marked resistance to complement damage. Sheep red blood cells, pronase-treated N-HuE or erythrocytes from patients with paroxysmal nocturnal hemoglobinuria, which are complement-sensitive cells, were unable to protect schistosomula. Schistosomula protected by N-HuE became again susceptible to complement killing after incubation with a monoclonal antibody anti-DAF. These results indicate that, in vitro, host DAF from N-HuE can be acquired by schistosomula surface in a biological active form that protects the parasite from the complement lesion.
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Human babesiosis in Europe came to medical attention in 1957 and until now 19 cases have been reported, most of them due to Babesia divergens. The onset of the disease is characterized by hemoglobinuria, high fever and renal failure ensue rapidly. The patients were generally asplenic and resident in a rural area. Intraerythrocytic pleomorphic parasites (1-3 µm) observed in stained thin blood smears are essential for Genus diagnosis. Parasitemia varyed from 5 to 80% of red blood cells. Massive blood exchange transfusion (2-3 blood volumes) followed by intravenous clindamycine (3-4 times daily) and oral quinine (600 mg base, 3 times daily) were successfully used in the treatment of three recent cases. Splenectomised individuals should be aware for prevention.
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Schistosomula of Schistosoma mansoni became resistant to antibody-dependent complement damage in vitro after pre-incubation with normal human erythrocytes (NHuE) whatever the ABO or Rh blood group. Resistant parasites were shown to acquire host decay accelerating factor (DAF) , a 70 kDa glycoprotein attached to the membrane of NHue by a GPI anchor. IgG2a mAb anti-human DAF (IA10) immunoprecipitated a 70 kDa molecule from 125I-labeled schistosomula pre-incubated with NHuE and inhibited their resistance to complement-dependent killing in vtro. Incubationof schistosomula with erytrocytes from patients with paroxsimal nocturnal hemoglobinuria (PNHE) or SRBC, wich are DAF-deficient, did not protect the parasites from complement lesion. Supernatant of 100,000 x g collected from NHuE incubated for 24 h in defined medium was shown to contain a soluble form of DAF and to protect schistosomula from complement killing. Schistosomula treated with trypsin before incubation with NHuE ghosts did not become resistant to complement damage. On the other hand, pre-treatment with chymotrypsin did not interfere with the acquisition of resistance by the schistosomula. These results indicate that, in vitro, NHuE DAF can be transferred to schistosomula in a soluble form and that the binding of this molecule to the parasite surface is dependent upon trypsin-sensitive chymotrypsin-insensitive polipeptide(s) present on the surface of the worm.
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Uncontrolled complement activation is central to the occurrence of atypical hemolytic uremic syndrome (aHUS) and can result in thrombotic microangiopathies (TMAs).These terms encompass a group of heterogenic inherited or acquired diseases that recent research suggests may be triggered by the complement cascade. Pathogenetic triggers of complement activation include immunologic disorders, genetics, infections, systemic diseases, pregnancy, drug administration, metabolic diseases, transplantation, or triggers of mixed cause. Hallmarks of aHUS and other TMAs include increased vascular endothelium thromboresistance, leukocyte adhesion to damaged endothelium, complement consumption, coagulation abnormalities, and vascular shear stress, whereas common end points of these mechanisms include hemolytic anemia, thrombocytopenia with microvascular infarction, and predisposition for decreased kidney function and other organ involvement. The central role of the complement cascade as a disease trigger suggests a possible therapeutic target. Eculizumab, a first-in-class humanized monoclonal anti-C5 antibody that has been successful in the treatment of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria, a disorder of complement-induced hemolytic anemia, received approval for the treatment of aHUS in the United States and Europe in late 2011. We review the treatment of aHUS and other TMAs, focusing on the role of eculizumab, including its pharmacology, mechanism of action, and approved dosing recommendations and health economic considerations. Finally, the potential for future indications for eculizumab use in other complement-driven diseases is discussed.
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Aquest és un estudi prospectiu observacional de cohorts de 59 malalts amb fibril•lació auricular no primària tractats amb ablació epicàrdica de venes pulmonars amb ultrasons. Els objectius van ser avaluar l’efectivitat de l’ablació, establir les diferències dels resultats entre una fibril•lació auricular paroxística i una crònica i establir les diferències dels resultats segons la patologia cardíaca primària. L’efectivitat de l’ablació per mantenir ritme sinusal a l’any fou del 65,3%. Per la fibril•lació auricular paroxística l’efectivitat al mes fou del 82,4% i del 41,7% per la crònica (p=0,005) i a l’any del 82,4% i del 56,3% respectivament (p=0,068).
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Considerable interest for cell-derived microparticles has emerged, pointing out their essential role in haemostatic response and their potential as disease markers, but also their implication in a wide range of physiological and pathological processes. They derive from different cell types including platelets - the main source of microparticles - but also from red blood cells, leukocytes and endothelial cells, and they circulate in blood. Despite difficulties encountered in analyzing them and disparities of results obtained with a wide range of methods, microparticle generation processes are now better understood. However, a generally admitted definition of microparticles is currently lacking. For all these reasons we decided to review the literature regarding microparticles in their widest definition, including ectosomes and exosomes, and to focus mainly on their role in haemostasis and vascular medicine.
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Haematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is a highly specialised procedure used to treat malignancies of the lymphohaematopoietic system as well as some acquired and inherited disorders of the blood. This analysis by the Swiss Blood Stem Cell Transplantation Group, based on data from 2008-2011, describes, treatment rates in Switzerland for specific indications and compares this with data from Germany, France, Italy and the Netherlands, corrected for the size of the population. Differences in transplant rates, in rates for particular indications, and in the use of specific transplant technologies such as use of unrelated donors, use of cord blood or mismatched family donors are described. These data are put in correlation with donor availability from international registries and with number of transplant teams and number of procedures per team all corrected for population size.