1000 resultados para Floresta Tropical Seca


Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

O trabalho apresenta a fenologia de Simarouba amara Aubl., espécie de Floresta Tropical Úmida de Terra-Firme, na Reserva Florestal Adolpho Ducke (RFAD), Manaus-Am., Brasil. Analisaram-se dados de floração, frutificação e mudança foliar e dados climatológicos obtidos no período de 1970 a 1980. Determinou-se a freqüência, regularidade e duração de três fenofases. Destas, verificou-se que a fase "plena floração" (F2) ocorreu na transição da estação seca para a chuvosa (nov. e dez.), com pico em dezembro; a fase "frutos maduros" (F5) ocorreu na estação chuvosa (fev. e mar.), com pico em fevereiro, enquanto a fase "folhas novas" (F8) ocorreu na estação seca (set. e out.), com pico em setembro. A espécie mostrou característica de ser perenifólia com freqüência de ocorrência das fenofases anual e padrão regular com duração intermediária. A análise não paramétrica de correlação linear de Spearman entre as fases F2, F5 e F8 e as variáveis climáticas mostrou que frutos maduros (F5) teve correlação linear positiva e significativa com a precipitação (r = 0,35; p<0,01); negativa e significativa com a insolação (r = - 0,36; p<0,01) e evaporação (r = - 0,34; p<0,01); folhas novas (F8) teve correlação linear positiva e significativa com a insolação (r = 0,28; p<0,01), evaporação (r = 0,33; p<0,01) e temperatura máxima (r = 0,32; p<0,01); negativa e significativa com a precipitação (r = - 0,26; p<0,01). Por outro lado, não apresentou correlação linerar com a fase plena floração (F2).

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Um estudo do monitoramento do nível de água foi realizado com medidas diretas e com Radar de Penetração no Solo (GPR) em uma floresta tropical de transição para o cerrado. Três poços de monitoramento do nível de água foram instalados durante 2001/2002 em três locais diferentes: o primeiro em uma área de floresta permanente, outro em área de floresta manejada e outra em uma área de pasto. Os perfis de GPR mostram que o nível do topo do lençol freático aparece como um refletor horizontal forte em março e em agosto de 2002, e como um refletor fraco durante medidas em maio e outubro de 2001 com descontinuidades devido a diversas lentes de solo laterítico no solo. O topo do lençol de água é facilmente confundido com a presença de tais lentes. A umidade do solo teve uma influência nestes sinais da reflexão, mudando a constante dielétrica do solo. A profundidade do topo do lençol da água variou 1,8 m sob a floresta permanente, 0,9 m sob a floresta manejada e 3,7 m sob o pasto.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Medidas precisas de volume de madeira são ferramentas importantes no planejamento do uso do recurso florestal. Neste estudo, foram investigados modelos volumétricos para a Floresta Nacional do Tapirapé-Aquirí, na Serra dos Carajás (PA), baseados numa cubagem rigorosa de 55 árvores para obter o diâmetro, altura comercial do fuste e volume sólido. Um total de 8 modelos de dupla entrada e 4 de simples entrada foram testados para o diâmetro mínimo de 14 cm. Para seleção do melhor modelo foram usadas as estatísticas do coeficiente de determinação, erro padrão da estimativa e distribuição dos resíduos. Entre os modelos de simples entrada o modelo logarítmico de Husch se ajustou melhor aos dados (R² = 0,9105) e entre os de dupla entrada o logarítmico de Schumacher & Hall se ajustou melhor (R² = 0,9942). O uso do modelo da Flona de Tapajós ou o uso do modelo de volume cilíndrico com fator de forma 0,7 subestimam a volumetria na Flona do Tapirapé. Isso enfatiza a importância de modelos volumétricos locais para melhorar a precisão da estimativa de madeira.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

A remoção de uma cobertura florestal e sua substituição por outras formas de uso do solo tem sido uma constante no norte do estado de Mato Grosso podendo alterar os ciclos hidrológicos e biogeoquímicos dos ecossistemas. Neste contexto, o presente trabalho visou identificar a variação do fósforo e nitrogênio das águas do lençol freático em áreas de Floresta de Transição madura e intacta (Floresta Intacta), Floresta de Transição Manejada (Floresta Manejada) e Pastagem localizadas no norte de Mato Grosso. Foram realizadas mensalmente medidas do nível do lençol freático, de coletas de amostras de água para análises físico-químicas e medições de precipitação e temperatura do ar, no período de janeiro/2005 a novembro/2006. Verificou-se uma sazonalidade na precipitação e na temperatura do ar. No período de estiagem as águas do lençol freático apresentaram maiores teores de nitrogênio e de fósforo total nas três áreas em estudo. Os maiores valores de nitrogênio e fósforo foram detectados nos ecossistemas florestais (Florestas Intacta e Manejada) como indicativo da função da cobertura vegetal na ciclagem dos nutrientes.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Coletas com iscas são amplamente utilizadas para investigar a atividade de formigas de solo e vegetação e também podem ser empregadas para estimar o número de espécies e a abundância de formigas. Apesar de ser barata e fácil de implementar, a riqueza e abundância das formigas estimadas por iscas podem ser enviesadas por alguns fatores, como a distância entre iscas. Neste trabalho, avaliamos se a distância entre iscas altera as estimativas de abundância e riqueza de formigas e qual distância entre iscas resulta na melhor relação entre custo financeiro e número de espécies amostradas, objetivo da maioria dos relatórios de impacto ambiental. Amostramos 30 transectos de 100 m com distância entre iscas diferentes (2,5; 3,4; 5; 6,7; 10 e 20 m), distribuídos em uma área de 1 km² em uma floresta de terra-firme ao norte de Manaus. Independente da distância entre iscas, o número de espécies coletado a cada cinco iscas, foi aproximadamente 8, e a abundância média foi maior que 50 indivíduos. No entanto o número de espécies por isca foi maior em transectos com maior distância entre iscas. Transectos com distância entre iscas de 10 e 20 m, coletaram 50% mais espécies por isca que transectos com iscas distantes a 2,5 e 3,4 m entre si. Nossos resultados sugerem que nesta área, a amostragem mais eficiente desse método de coleta seria distribuir 450 iscas a cada 10 m ou 20 m no solo da floresta.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Mudas de sete espécies florestais foram formadas em substrato de viveiro sem e com inoculação da mistura de fungos micorrízicos arbusculares (Glomus etunicatum, Gigaspora margarita e Acaulospora scrobiculata) e transplantadas para vasos com um solo Latossolo Vermelho-Escuro com alta e baixa fertilização com NPK e submetidas, ou não, a nova inoculação. Verificou-se, após 90 dias, que tanto a inoculação na formação quanto a inoculação no transplantio garantiu elevada colonização micorrízica (>70%), estimulou o crescimento e aumentou os teores de alguns nutrientes nas plantas. Os efeitos no crescimento variaram entre as espécies e tratamentos, atingindo incrementos de matéria seca de até 800% em Colvillea racemosa. Plantas sem inoculação na formação e no transplantio, apresentaram crescimento reduzido, mesmo no solo com alta fertilidade, enquanto as plantas com inoculação na formação cresceram mais rapidamente, independentemente da reinoculação. A elevação da fertilidade não aumentou a matéria seca da parte aérea de Luehea grandiflora, Senna macranthera e Enterolobium contortisiliquum. Em Cecropia pachystachya aumentou apenas quando as mudas não foram submetidas a inoculação. Em Senna multijuga e em C. racemosa, a matéria seca da parte aérea aumentou quando as mudas foram submetidas a inoculação e em Sesbania virgata, aumentou em todos os tratamentos. Apenas C. racemosa não respondeu à inoculação no transplantio.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo teve como objetivo estimar o ciclo de corte e o estoque de colheita ótimo, no qual a taxa anual do crescimento da floresta se iguala à taxa anual de juros oferecida pelo mercado de capital. A pesquisa foi conduzida na Unidade de Manejo Florestal (UMF) da Fazenda Tracajás (02º35'53"S e 47º47'10"W), empresa Nova Era Agroflorestal, município de Paragominas, Estado do Pará, Brasil. A unidade de manejo florestal foi estratificada em classes I, II e III de estoques volumétricos, empregando-se análises de agrupamento e discriminante. Em cada classe de estoque foram instaladas aleatoriamente cinco parcelas de 100 x 100 m (1,0 ha), para medição dos indivíduos com dap > 15 cm. No centro de cada parcela foi instalada uma subparcela de 10 x 100 m (0,1 ha), para medição dos indivíduos com 5 cm < dap < 15 cm. Na classe I de estoque, os ciclos econômicos ótimos foram de 13, 12 e 8 anos; na classe II, de 18, 12 e 12 anos; e na classe III, de 22, 12 e 14 anos, a um incremento médio anual de 3,0 m³/ha/ano. Verificaram-se maiores taxas de remuneração do capital investido no manejo nos menores ciclos de corte, independentemente dos níveis de colheita do estoque comercial. Maiores incrementos anuais em volume resultaram em maiores taxas de valoração da floresta. Maiores volumes colhidos implicaram ciclos de corte mais longos numa mesma taxa de crescimento da floresta. Contudo, dentro de certos limites, maiores volumes colhidos podem resultar biologicamente em maiores taxas de crescimento do estoque remanescente. Isso ocorre, sobretudo, quando se aplicam tratamentos silviculturais.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo foi conduzido na Unidade de Manejo Florestal (UMF) da Fazenda Tracajás (02º35'53"S e 47º47'10"W), no município de Paragominas, Estado do Pará, Brasil, e teve como objetivo a estratificação vertical da floresta ombrófila densa de terra firme não explorada, empregando-se análises de agrupamento e discriminante. A floresta foi estratificada em três áreas homogêneas, denominadas classes I, II e III de estoques volumétricos. Em cada classe de estoque volumétrico foram instaladas, aleatoriamente, cinco parcelas de 100 x 100 m (1,0 ha) cada uma, cujas alturas totais de árvores individuais com dap > 15 cm foram utilizadas na estratificação vertical da floresta. As árvores individuais foram organizadas em ordem crescente de altura total e classificadas em classes de 1 m de amplitude, desde a altura total mínima até a altura total máxima. Elaborou-se uma matriz X de altura total, em que cada variável x ij representou a altura total da i-ésima árvore classificada na j-ésima classe de altura total. A matriz X foi utilizada como input nas análises de agrupamento e discriminante. A aplicação da análise de agrupamento, utilizando o método de Ward, resultou em agrupamentos hierárquicos e seqüenciais das classes de altura em estratos de altura total (inferior, médio e superior). A análise discriminante, utilizando o método de Fisher, evidenciou que a classificação foi 100% correta. A subdivisão da estrutura vertical da floresta em estratos de altura total com o emprego da análise multivariada mostrou-se um método eficiente e exeqüível de estratificação vertical de florestas ineqüiâneas.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo teve como objetivos analisar a estrutura diamétrica pós-colheita seletiva da Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme, aplicar o método BDq nas atividades de tratamento silvicultural e manejar a floresta, visando a uma estrutura balanceada dos diâmetros. A pesquisa foi realizada na Unidade de Manejo Florestal (UMF) da Fazenda Tracajás (02º35'53"S e 47º47'10"W), empresa Nova Era Agroflorestal, município de Paragominas, Estado do Pará, Brasil. A floresta foi estratificada em áreas homogêneas, denominadas classes I, II e III de estoques volumétricos, empregando-se as técnicas de análises de agrupamento e discriminante. Em cada classe de estoque foram instaladas, aleatoriamente, cinco parcelas de 100 x 100 m (1,0 ha), para medição dos indivíduos com dap > 15 cm. No centro de cada parcela de 100 x 100 m, foi instalada uma subparcela de 10 x 100 m (0,1 ha), para medição dos indivíduos com 5 cm < dap < 15 cm. Utilizou-se o método BDq de seleção, isto é, área basal remanescente (B), diâmetro máximo (D) e constante de De Liocourt (q). Na classe I de estoque, o método de manejo proposto permitiu a remoção de 56,4 árvores/ha, 3,33 m²/ha e 67,64 m³/ha, com redução em área basal de 13,1%. Na classe II de estoque, 53,7 árvores/ha, 3,88 m²/ha e 65,96 m³/ha, com diminuição em área basal de 16,2%. Na classe III de estoque, 63,3 árvores/ha, 3,13 m²/ha e 46,76 m³/ha, com redução em área basal de 14,0%. Observou-se déficit ou poucas árvores nas maiores classes diamétricas em razão da colheita seletiva. A remoção periódica de árvores deve ocorrer nas menores classes de tamanhos, visando ao balanceamento da distribuição dos diâmetros e, sobretudo, à condução da floresta a uma estrutura balanceada ao longo do ciclo de corte, com o aproveitamento contínuo dos produtos florestais madeireiros.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo deste estudo foi propor um método de estratificação em classes homogêneas de estoque volumétrico da floresta ombrófila densa de terra firme não explorada, empregando-se as técnicas de análises de agrupamento e discriminante. A pesquisa foi conduzida na Unidade de Manejo Florestal (UMF) da Fazenda Tracajás (02º35'53"S e 47º47'10"W), pertencente à empresa Nova Era Agroflorestal, de propriedade do Grupo Rosa Madeireira, Município de Paragominas, Estado do Pará. Foi realizado um censo (100%), no qual se estimaram os volumes do fuste comercial das árvores com dap > 45 cm de 55 espécies comerciais em 49 talhões de exploração com 10 ha cada um. Reuniram-se os volumes estimados do fuste comercial das árvores individuais por talhão em ordem crescente. Elaborou-se uma matriz X de dados desses volumes, em que cada variável x ij representou o i-ésimo volume classificado no j-ésimo talhão. A matriz X foi utilizada como input nas análises de agrupamento e discriminante. A aplicação da análise de agrupamento, método de Ward, resultou em agrupamentos hierárquicos dos talhões em classes de estoques. A análise do dendrograma permitiu estratificar o povoamento em três grupos homogêneos e distintos, denominados classes I, II e III de estoques volumétricos. A análise discriminante, método de Fisher, indicou que 100% dos talhões foram corretamente classificados. A classificação multivariada da floresta em classes de estoques volumétricos mostrou-se um método eficiente na estratificação de áreas homogêneas de florestas ineqüiâneas, as quais podem se constituir em estratos, compartimentos, classes de sítio e unidades de produção anual.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

O estudo teve como objetivo analisar a composição florística e as estruturas horizontal, interna e diamétrica da floresta. A pesquisa foi conduzida na Unidade de Manejo Florestal (UMF) da Fazenda Tracajás (02º35'53"S e 47º47'10"W), Município de Paragominas, Estado do Pará, Brasil. A floresta foi estratificada em três áreas homogêneas, denominadas classes I, II e III de estoques volumétricos, empregando-se análise multivariada: análises de agrupamento e discriminante. Em cada classe de estoque foram instaladas, aleatoriamente, cinco parcelas de 100 x 100 m (1,0 ha) cada uma, para medição dos indivíduos com dap > 15 cm. No centro de cada parcela de 100 x 100 m foi instalada uma subparcela de 10 x 100 m (0,1 ha), para medição dos indivíduos com 5 cm < dap < 15 cm. Nas classes I, II e III de estoques volumétricos das árvores com dap > 15 cm (nível I de inclusão), respectivamente, estimou-se uma densidade total de 322,4; 309,0; e 313,8 indivíduos por hectare, bem como dominância total de 27,36; 27,45; e 25,88 m²/ha e volume de fuste total de 358,69; 328,33; e 308,69 m³/ha. Nas classes I, II e III de estoques volumétricos das árvores com 5 cm < dap < 15 cm (nível II de inclusão), respectivamente, estimaram-se densidade total de 846; 854; e 886 indivíduos por hectare, dominância total de 4,80; 4,93; e 5,46 m²/ha e volume de fuste total de 93,98; 91,23; e 97,61 m³/ha. As espécies de maior valor de importância relativa, Lecythis idatimon (potencial), Rinorea guianensis (não comercial) e Pouteria guianensis (potencial), ocorreram em todos os níveis de inclusão e classes de estoque. As distribuições de diâmetros de todas as espécies e das espécies comerciais com dap > 5 cm, estimadas pela equação de Meyer, confirmaram a tendência exponencial negativa ("J-invertido"). A análise da estrutura da floresta em classes de estoque permitiu melhor conhecimento da composição de espécies e da estrutura fitossociológica, sendo útil na tomada de decisões em planos de manejo de rendimento sustentável.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

No Brasil, a floresta tropical estacional se localiza entre as florestas úmidas do leste e as savanas do oeste e foi historicamente fragmentada, restando atualmente poucos remanescentes. Este estudo foi realizado no Parque Municipal de São Roque, também conhecido como "Mata da Câmara" em São Roque, SP, Brasil, e teve como objetivo o levantamento fitossociológico do estrato arbóreo em três situações altitudinais distintas e a caracterização sucessional através da identificação do grupo ecológico das espécies amostradas. Foi utilizado o método de parcelas, num total de 42, dispostas em três blocos de 14 parcelas cada, totalizando 0,945 ha de área amostrada. Foram amostrados todos os indivíduos com CAP (circunferência à altura do peito) superior ou igual a 15 cm. Amostraram-se 1.413 indivíduos pertencentes a 117 espécies e 47 famílias. O índice de diversidade de Shannon foi 4.011. As três áreas apresentaram, respectivamente, 22, 32 e 13% de indivíduos de espécies pioneiras, 43, 28 e 46% de indivíduos de espécies secundárias iniciais e 32, 38 e 39% de indivíduos de espécies secundárias tardias. Pode-se concluir que a área se encontra em estádio sucessional inicial em sua porção periférica e em estádio intermediário, tendendo para o avançado em seu interior; porém, tendo-se como referência os fragmentos de floresta estacional do Estado de São Paulo, pode-se afirmar que a Mata da Câmara representa um trecho de floresta bem conservado.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho avaliou a seletividade de herbicidas sobre espécies nativas de florestas estacionais semideciduais de São Paulo, amplamente utilizadas em projetos de restauração de ecossistemas naturais degradados: Acacia polyphylla e Enterolobium contortisiliquum (Fabaceae), e Ceiba speciosa e Luehea divaricata (Malvaceae). Os tratamentos consistiram de uma testemunha sem herbicida e da aplicação de herbicidas imazapyr (125, 250, 500, 1.000, 2.000 e 3.000 g ha-1), sulfentrazone (100, 200, 400, 800, 1.400 e 2.400 g ha-1), glyphosate (90, 180, 360, 720, 1.440 e 2.160 g ha-1) e metribuzin (360, 720, 1.920, 2.880, 5.760 e 8.400 g ha-1 ). Foram avaliados os sintomas de fitotoxicidade aos 30 dias após aplicação (DAA) e a biomassa seca da parte aérea. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições por tratamento. Cada parcela experimental foi constituída de uma muda com 30 cm de altura. Os resultados permitem concluir que, entre os herbicidas testados, o glyphosate foi o menos seletivo às espécies arbóreas, razão pela qual são sugeridas aplicações dirigidas desse produto. As espécies estudadas diferiram em relação à seletividade dos herbicidas avaliados. Para C. speciosa, o imazapyr foi o herbicida mais seletivo, seguido do sulfentrazone. O herbicida metribuzin foi seletivo para A. polyphylla. Quanto a E. contortisiliquum, o metribuzin foi menos tóxico, seguido pelo sulfentrazone. Para L. divaricata, somente o herbicida sulfentrazone foi seletivo.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

A comparação da fenologia de diferentes espécies de uma família, ocorrendo no mesmo hábitat, pode auxiliar na compreensão dos fatores reguladores das fenofases. Os padrões fenológicos vegetativos e reprodutivos de dez espécies de Rubiaceae foram estudados durante 14 meses no sub-bosque de floresta Atlântica, Núcleo Picinguaba, Ubatuba, SP. A produção e queda de folhas ocorreram simultaneamente nas espécies estudadas e ao longo de todo o período de estudo, proporcionando ao sub-bosque uma aparência sempre verde. A floração foi pouco sazonal, com aumento no número de espécies durante o período de maior precipitação e temperatura, porém não apresentando correlações significativas com os fatores climáticos. Este resultado contrasta com o padrão de floração sazonal, correlacionado ao fotoperíodo e temperatura, observado nas espécies de Rubiaceae de dossel na mesma área. A produção de frutos ocorreu ao longo de todo período de estudo, com aumento no número de espécies com frutos maduros no final da estação chuvosa, resultando em disponibilidade constante desses frutos para frugívoros. Os padrões fenológicos reprodutivos diferiram entre as espécies, sugerindo que fatores distintos devem estar regulando a ocorrência das fenofases nestas espécies de Rubiaceae.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Investigou-se a composição florística e a estrutura fitossociológica em 0,75 ha de floresta altimontana, a 1.900 m s.n.m., localizada na divisa dos municípios de Camanducaia e Gonçalves, na Serra da Mantiqueira. Essa área situa-se no maior remanescente de mata da região, que abriga diversas nascentes de rios cujas águas abastecem várias cidades do sul de Minas Gerais e de São Paulo. O levantamento fitossociológico foi realizado em 15 parcelas de 5 × 100 m, onde todos os indivíduos com circunferência do tronco à altura do peito (ca. 1,30 m) > 15 cm foram registrados, tendo seus diâmetros medidos e alturas estimadas. O levantamento florístico registrou a presença de 66 espécies arbóreas pertencentes a 29 famílias, muitas delas típicas de formações florestais de altitude do sul e sudeste do Brasil, bem como uma espécie ameaçada de extinção, Dicksonia sellowiana (Dicksoniaceae). As famílias com maior riqueza em espécies foram Myrtaceae e Solanaceae. No levantamento fitossociológico foram amostrados 1.501 indivíduos distribuídos em 58 espécies e 29 famílias. A densidade total calculada foi de 2.001 indivíduos por hectare. As famílias mais importantes foram Myrtaceae, Lauraceae e Meliaceae. As espécies com maior IVI foram Ocotea lancifolia (42,88), Cabralea canjerana (29,53) e Psychotria velloziana (22,95). O índice de diversidade (H') foi de 2,9 (nats.ind.-1). A proteção deste remanescente é de fundamental importância para a conservação da biodiversidade da floresta atlântica de altitude e dos recursos hídricos da região sul de Minas Gerais.