916 resultados para Erva mate
Resumo:
A erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. Hil.) é uma espécie nativa brasileira de grande interesse econômico. Programas de melhoramento genético dessa espécie têm visado ao aumento da produtividade de biomassa e qualidade. A polinização controlada permite a combinação de características desejáveis da espécie. Para isso, técnicas adequadas de polinização controlada devem ser disponibilizadas. Este trabalho teve por objetivo definir uma metodologia para a polinização controlada de erva-mate. Para isso, utilizou-se um teste clonal de 15 anos de idade na Embrapa Florestas-Colombo-PR com nove tratamentos em flores de três árvores (repetições). As flores foram polinizadas em novembro de 2010 e os frutos, coletados em março de 2011. Os frutos e sementes produzidos foram quantificados e a viabilidade dos embriões, avaliada pelo teste de tetrazólio. Os dados foram analisados com base no procedimento GLM do programa R. Maior quantidade de frutos e sementes foi observada na polinização controlada comparativamente à polinização livre. Conclui-se que a polinização controlada após a antese dessa espécie deve ser realizada em dois dias consecutivos, para assegurar boa produção de sementes em erva-mate.
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Os teores de miricetina, quercetina e kaempferol foram determinados em uma marca de ban-chá, duas de chá verde e quatro de chá preto. Analisaram-se três lotes para cada marca em duplicata por cromatografia líquida de alta eficiência. Quercetina (2,5-3,4 mg/g folha seca) predominou em todas as amostras, seguida por kaempferol (1,0-2,0 mg/g folha seca), com exceção de uma amostra na qual kaempferol e miricetina tiveram teores iguais. Houve variação entre os tipos de chás e mesmo entre marcas do mesmo tipo. Miricetina (traços - 1,9 mg/g folha seca) foi o flavonol, que mais variou e que esteve em menor nível nos chás pretos. Outros chás muito consumidos no Brasil também foram investigados. A miricetina não foi encontrada em chás de frutas (maçã e morango) e de ervas (erva doce, camomila, erva cidreira, hortelã, boldo, mate e erva mate), enquanto que quercetina foi encontrada em quatro chás (camomila, boldo, morango e erva mate) e kaempferol, em dois chás (boldo e erva-mate), em concentrações de 0,4 a 2,5 e 0,4 a 2,6 mg/g de folha seca, respectivamente. Concluiu-se que estes chás são fontes de flavonóis na dieta brasileira, embora com teores menores que em chás verde e preto.
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No presente estudo, foram determinados os teores de catequinas e teaflavinas em três marcas de chá verde e quatro de chá preto comercializadas no Brasil. A metodologia analítica consistiu de extração aquosa bastante simples e cromatografia líquida de alta eficiência. Foi utilizada uma coluna de fase reversa Novapak C18 (3,9 mmx150 mm, 4 µm) com um gradiente de água e metanol ambos em ácido fórmico como fase móvel. Em chás verdes, os conteúdos de catequinas (em mg/g de folha seca) variaram substancialmente: catequina, 0,8 a 2,8; epigalocatequina, 8 a 44; epigalocatequina galato, 11 a 50; epicatequina, 2,3 a 8,5 e epicatequina galato, 3,1 a 7,3. No caso dos chás pretos, as concentrações (mg/g de folha seca) de catequinas estiveram nas faixas de: 10 a 50 de epigalocatequina, 14 a 37 de epigalocatequina galato, 5 a 9 de epicatequina e 10 a 21 de epicatequina galato. As teaflavinas apresentaram variação menor: entre 5 (para teaflavina 3'-galato) e 13 mg/g (para teaflavina 3,3'-digalato) de folha seca. Amostras de chás muito consumidas no Brasil (erva doce, camomila, erva cidreira, hortelã, boldo, mate, erva mate, maçã e morango) também foram investigadas, não sendo encontrada nenhuma catequina ou teaflavina.
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o câncer de esôfago prossegue uma doença de distribuição mundial que, em áreas de maior risco, está relacionada a hábitos regionais, em particular alimentares. No sul do Brasíl, da Argentina e do Uruguai, há zonas de maior incidência, relacionada ao uso de tabaco, de álcool, de churrasco (comida típica) e de uma infusão de erva-mate, chamada chimarrão, bebida a temperaturas elevadas. Ao uso destas infusões foiatribuido no passado um grande poder carcinogênico, que parece estar mais relacionado a irritação térmica do esôfago do que às suas propriedades químicas. Gradativamente, no entanto, algumas destas ervas e chás, têm demonstrado uma apreciável capacidade inibidora da carcinogênese, que poderia ser empregada na quimioprofilaxia do câncer em diversas regiões, devido à grande aceitação de seu consumo. No presente trabalho, visando avaliar o efeitos do chá preto sobre a carcinogênese esofágica experimental, foi utilizado o método de RUBlO (1987), que emprega a indução tumoral do esôfago pela administração oral de dietilnitrosamina (DEN), aplicado a uma população de 120 camundongos fêmeas durante 160 dias. Os animais foram distribuidos em 2 grupos controles (6 animais cada) e 3 grupos de tratamento (36 animais cada), nestes últimos foi efetuada a indução tumoral com dietilnitrosamina (DEN) em concentração de 0,04ml/L e, a dois deles, foi administrado chá preto a 1%, de duas diferentes formas. Após 160 dias foi efetuado a eutanásia dos animais e seus esôfagos foram analisados macroscopicamente e à histopatologia. A comparação entre os resultados obtidos quanto a presença de tumores (macroscopia) e a intensidade das lesões encontradas (histopatologia) revelou uma incidência significativamente menor de tumores (p < 0,0001) e uma maior proporção de lesões de menor gravidade nos grupos que receberam chá preto (p < 0,001), em relação ao grupo que não o recebeu, revelando um acentuado efeito quimioprofilático da substância.
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Atualmente a crescente preocupação com a melhoria da qualidade de produtos e da segurança dos alimentos tem levado as instituições públicas e privadas ao desenvolvimento e a utilização de diversos sistemas e programas de qualidade. O sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), além de regulamentado pelos órgãos oficiais de controle, tem se revelado como ferramenta básica do sistema moderno de gestão, precursora da garantia da qualidade. A exemplo de outros alimentos, se observa para o caso de erva-mate, uma grande preocupação com a segurança da mesma em relação à saúde dos consumidores. O presente trabalho, tem como objetivo propor um protocolo para a implementação do sistema APPCC, na cadeia agroindustrial da erva-mate. Para isto foi desenvolvida uma pesquisa descritiva em duas agroindústrias da região do Alto Uruguai Rio-grandense, onde se associou os conceitos de cadeia agroindustrial ao sistema APPCC. Os resultados apontam que a implantação do sistema APPCC na cadeia da erva-mate é possível, como já obtido com outras cadeias agroindustriais. Com o sistema APPCC pode-se obter: alto nível de segurança alimentar para o produto erva-mate; contribuição para redução de custos; consolidação da imagem e credibilidade tanto da empresa como do produto junto aos clientes; aumento da auto confiança e da satisfação das pessoas envolvidas no processo de produção. Espera-se que os conhecimentos gerados neste trabalho possam contribuir para a aplicação na elaboração de políticas para toda a cadeia agroindustrial da erva-mate, na formulação de estratégias empresariais e usa-lo como ferramenta gerencial para que possa melhorar a eficiência e eficácia desta cadeia.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Pós-graduação em Geografia - FCT
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Ao longo da última década, entidades de pesquisa vêm desenvolvendo tecnologias que promovam o aumento da produção animal nos sistemas silvipastoris tradicionais característicos do Planalto Norte Catarinense, localmente denominados de caívas. As caívas são áreas de remanescentes de Floresta Ombrófila Mista (FOM) com tamanhos variados, historicamente manejados para extração de erva-mate e manutenção de rebanhos animais. Desempenham importante papel na preservação dessa formação florestal, bem como na conectividade de áreas florestais. Dessa forma, as caívas apresentam potencial para atender às premissas do Programa de Corredores Ecológicos em SC, cujo objetivo é contribuir na conservação da biodiversidade, restaurando a conectividade da paisagem por meio do desenvolvimento de práticas de baixo impacto nestas áreas. No entanto, ainda há poucas tecnologias viáveis para uso econômico em remanescentes de FOM. A existência das caívas como sistemas tradicionais de uso das florestas precisa ser melhor compreendida e valorizada, bem como necessita que sejam geradas tecnologias adaptadas a esse sistema. O manejo tradicional das caívas tem sido constantemente ameaçado, em função da baixa geração de renda. A melhoria das caívas para produção animal tem se caracterizado como uma alternativa promissora, embora a legislação apresente restrições ao uso de animais em remanescentes florestais. Por outro lado, há de se considerar que as caívas só existem em função de seu histórico de uso múltiplo, associando produção de erva-mate, pinhão, frutas nativas e a criação animal. Este trabalho busca contextualizar os principais avanços tecnológicos gerados para manejo animal nas caívas e como sua adoção pode contribuir para a sustentabilidade das mesmas, bem como para o sucesso na implantação de Corredores Ecológicos.
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A produção de biomassa comercial é uns dos principais indicadores para seleção de progênies e clones de erva-mate. Técnicas tradicionais para se obter tais informações dependem da colheita das árvores e apresentam, dentre outras limitações, elevado custo e reduzida praticidade. Assim, objetivou-se avaliar a eficiência de métodos indiretos, por meio de estimativa de biomassa comercial e escore de produtividade em função de diferentes procedências, sexo e morfotipos. Em um teste de progênies e procedências instalado em 1997, foram avaliadas em agosto de 2015 (dois anos após a última colheita) duas metodologias de análise visual. Para tanto, participaram cinco avaliadores treinados que determinaram, para cada planta, uma estimativa de biomassa comercial (kg), e uma nota, com base em um escore de produtividade (0-10). Para avaliação da produtividade pelas técnicas tradicionais, todas as plantas foram podadas e tiveram sua biomassa comercial (folhas e ramos finos menores de 7 mm de diâmetro) colhida e avaliada por meio de pesagem (Kg.planta-1). As avaliações foram realizadas em experimento instalado em blocos ao acaso, com cinco repetições, sete procedências e 126 progênies, totalizando 5292 plantas avaliadas. Os métodos avaliados foram eficientes na estimativa da biomassa comercial. Os avaliadores apresentaram boa acuidade nas estimativas, expressando de forma eficiente a maior produtividade determinada por comparação de médias entre as procedências, sexo das matrizes e morfotipos. As maiores correlações foram verificadas na análise geral das médias e a estimativa de biomassa comercial é a melhor metodologia para estimar a biomassa comercial aferida em plantas adultas de erva-mate.
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Yerba mate (Ilex paraguariensis) is rich in several bioactive compounds that can act as free radical scavengers. Since oxidative DNA damage is involved in various pathological states such as cancer, the aim of this study was to evaluate the antioxidant activity of mate tea as well as the ability to influence DNA repair in male Swiss mice. Forty animals were randomly assigned to four groups. The animals received three different doses of mate tea aqueous extract, 0.5, 1.0 or 2.0 g/kg, for 60 days. After intervention, the liver, kidney and bladder cells were isolated and the DNA damage induced by H2O2 was investigated by the comet assay. The DNA repair process was also investigated for its potential to protect the cells from damage by the same methodology. The data presented here show that mate tea is not genotoxic in liver, kidney and bladder cells. The regular ingestion of mate tea increased the resistance of DNA to H2O2-induced DNA strand breaks and improved the DNA repair after H2O2 challenge in liver cells, irrespective of the dose ingested. These results suggest that mate tea could protect against DNA damage and enhance the DNA repair activity. Protection may be afforded by the antioxidant activity of the mate tea's bioactive compounds
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Aqueous extract of mate (dried leaves of Ilex paraguariensis) added to drinking water for broilers for the last 14 days prior to slaughter did not affect performance at 25 days of age, but improved oxidative stability of the chicken meat. Oxidative stability of precooked breast meat made from control meat (CON) and from meat of broilers raised on water with mate added was investigated during chill storage for up to 7 days. The use of mate showed no influence on the content of lipids in chicken breast meat; however, lipid oxidation measured as thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS) was significantly lower for meat from broilers raised on water with mate extracts in different concentrations (MA0.1, MA0.5, and MA1.0 corresponding to 0.1, 0.5, and 1.0% of mate dried leaves). The relative effect was largest at 1 day of storage with more than 50% reduction on TBARS; the result was still significant after 3 days, but almost vanished after 7 days, when oxidative rancidity was very high in all samples. In meat from broilers raised on water with mate extract, vitamin E was protected during cooking, although in the very rancid meat balls at 7 days of storage, the protection almost disappeared. Nevertheless, mate can be an interesting natural alternative to be used in chicken diets to improve lipid stability of the meat.
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Dried mate leaves or aqueous extract of dried mate leaves added to chicken meat balls prior to cooking for antioxidant protection was found not to affect taste or smell of the product significantly for addition corresponding to 0.050% of dried mate leaves, while 0.10% changed the smell but not the taste and more significantly for dried leaves. Addition of aqueous mate extract corresponding to 0.050% of mate is recommended as an alternative to more strongly flavoured herbs for oxidative protection of meat products.
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Aqueous extract of mate, made from dried leaves of Ilex paraguariensis, St. Hilaire, was shown to be effective during chilled storage for up to 10 days in protecting lipids and vitamin E against oxidation in pre-cooked meat balls made from chicken breast added 0.5% salt and packed in atmospheric air. Extracts made with water, methanol, ethanol or 70% aqueous acetone were evaluated by comparing (1) total phenolic content, (2) radical scavenging capacity, (3) effect on lipid oxidation in a food emulsion model, and in liposomes. Based on the three-step evaluation, aqueous mate extract was preferred for food use. Dried leaves were further compared to dried rosemary leaves in chicken meat balls, and mate (0.05 and 0.10%) found to yield equal or better protection than rosemary at the same concentration against formation of secondary lipid oxidation products.
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Drinking hot mate has been associated with risk for esophageal cancer in South America. Thus. the aims of this study were to evaluate the modifying effects of mate intake on DNA damage and esophageal carcinogenesis induced by diethylnitrosamine (DEN) and thermal injury (TI) in male Wistar rats. At the initiation phase of carcinogenesis, rats were treated with DEN (8 x 80 mg/kg) and submitted to TI (water at 65 degrees C, 1 ml/rat, instilled into the esophagus). Concomitantly, the animals received mate (2.0% w/v) for 8 weeks. Samples of peripheral blood were collected 4 h after the last DEN application for DNA damage analysis. At weeks 8 and 20, samples from esophagus and liver were also collected for histological and immunohistochemical analysis. Mate significantly decreased DNA damage in leukocytes, cell proliferation rates in both esophagus and liver and the number of preneoplastic liver lesions from DEN/TI-treated animals at week 8. A significant lower incidence of esophageal papillomas and liver adenomas and tumor multiplicity was observed in the animals previously treated with mate at week 20. Thus, mate presented protective effects against DNA damage and esophageal and liver carcinogenesis induced by DEN. (C) 2009 Elsevier Ltd. All rights reserved.