993 resultados para Economia de escala Teses


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A pirlise rpida um processo para converso trmica de uma biomassa slida em altos rendimentos de um produto lquido chamado de bio-leo. Uma das alternativas para gerao de um bio-leo com menor teor de oxignio uso de catalisadores nos reatores de pirlise, ao invs de um inerte, num processo chamado de pirlise cataltica. O objetivo deste trabalho foi testar catalisadores comerciais, um cido e outro bsico, em uma unidade piloto de leito fluidizado circulante. O catalisador cido utilizado foi o Ecat, proveniente de uma unidade industrial de craqueamento cataltico fluido (FCC), e como catalisador bsico foi utilizado uma hidrotalcita. Os resultados foram comparados com testes utilizando um material inerte, no caso uma slica. Uma unidade piloto de FCC do CENPES foi adaptada para realizar os testes de pirlise cataltica. Aps fase de modificao e testes de condicionamento, foi comprovada a viabilidade na utilizao da unidade piloto adaptada. Contudo, devido a limitaes operacionais, maiores tempos de residncia tiveram que ser aplicados no reator, configurando o processo como pirlise intermediria. Foram ento realizados testes com os trs materiais nas temperaturas de 450C e 550C. Os resultados mostraram que o aumento do tempo de residncia dos vapores de pirlise teve um impacto significativo nos rendimentos dos produtos quando comparada com o perfil encontrado na literatura para pirlise rpida, pois devido ao incremento das reaes secundrias, produziu maiores rendimentos de coque e gua, e menores rendimentos de bio-leo. O Ecat e a hidrotalcita se apresentaram mais efetivos em termos de desoxigenao. O primeiro apresentou maiores taxas de desoxigenao via desidratao e a hidrotalcita apresentou maior capacidade para descarboxilao. Contudo, o uso de Ecat e hidrotalcita no se mostrou adequado para uso em reatores de pirlise intermediria, pois acentuou ainda mais as reaes secundrias, gerando um produto com alto teor de gua e baixo teor de compostos orgnicos no bio-leo, alm de produzirem mais coque. temperatura de 450C estes efeitos foram mais pronunciados. Em termos de caracterizao qumica, a condio de pirlise intermediria apontou para a produo de bio-leos com perfil fenlico, sendo a slica o que proporcionou os melhores rendimentos, principalmente a temperatura de 550C, sendo superiores aos encontrados na literatura. Analisando as composies dos bio-leos sob a tica da produo de biocombustveis, nenhum dos materiais testados apresentou rendimentos considerveis em hidrocarbonetos. De maneira geral, a slica foi o que proporcionou os melhores resultados em termos de rendimento e qualidade do bio-leo. Sua menor rea superficial e sua caracterstica de inerte se mostraram mais adequados para o processo de pirlise intermediria, onde a contribuio das reaes secundrias em fase gasosa elevada em funo do tempo de residncia no reator

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O objetivo central desta tese foi analisar em que medida, no contexto das dcadas de 1990 e 2000, o agronegcio, ao mitigar desajustes nas contas externas e contribuir para o esforo de estabilizao dos preos, recebeu incentivos pblicos e tambm benefcios privados, para isso valendo-se da intermediao poltica de seus representantes em atividade no Congresso Nacional. Inspirada em trabalhos dedicados ao estudo da distribuio de recursos necessrios modernizao da produo agrcola, a anlise explora explicaes possveis para dados recentes da distribuio do crdito rural subsidiado com base em variveis de concentrao da propriedade de terras e outras, com destaque para aquelas referentes localizao geogrfica das propriedades rurais, ao nvel educacional dos seus gestores e ao grau de organizao dos mesmos. So ainda analisados debates no Congresso que revelam como a escassez de recursos fiscais pode ter acirrado disputas que trouxeram tona a preocupao diferenciada dos chamados deputados ruralistas com o apoio governamental de que a agricultura empresarial ainda se faz dependente. As mudanas observadas no crdito rural brasileiro desde os anos 1980 revelam uma semitransio no sentido da maior participao de recursos privados e de uma concentrao menor de recursos controlados entre grandes produtores. Porm, o processo no eliminou efeitos da capacidade de captao de recursos financeiros de grandes proprietrios, que nela parecem ter encontrado compensaes em um ambiente hostil criado por polticas de ajuste macroeconmico. Em perspectiva mais ampla, o arcabouo institucional da economia poltica do agronegcio constitui uma das variveis bsicas para uma caracterizao do modus operandi do capitalismo brasileiro. A dependncia do setor em relao a recursos controlados e subsidiados pelo Sistema Nacional de Crdito Rural pe em questo a retrica que outrora associava ao Estado apenas as mazelas do da economia e nenhuma de suas virtudes. sendo paradigmtico o caso do agronegcio no Brasil, tratado muitas vezes como exemplo de sucesso exclusivo da aliana entre o esprito de empresa do setor privado e as vantagens comparativas do Pas em termos de recursos naturais. Ao mesmo tempo, a centralidade da interveno do Estado no desenvolvimento econmico observado no Brasil o elemento que mais fortemente questiona tentativas de detectar correspondncias dominantes com economias liberais tipicamente anglo-saxnicas ou economias tipicamente eurocontinentais.

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Esta pesquisa procura ampliar e aprofundar o entendimento sobre a participao do Estado na construo ferroviria no sculo XIX. Com este objetivo, partimos da anlise do processo histrico de formao do Estado brasileiro, de 1822 aos anos 1850, a fim de identificar configuraes e traos culturais do sistema poltico no qual se inserem, como prioridade de governo, as polticas pblicas e, em especial, o projeto ferrovirio. Consideramos que as linhas bsicas da poltica ferroviria, no Imprio, foram traadas no perodo 1852-1867, durante a construo de seis ferrovias pioneiras. Detectamos, ainda, razovel correlao entre o traado dos caminhos de ferro e os j conhecidos caminhos das minas, que conduziam a zonas onde se localizavam jazigos de pedras e metais preciosos, ferro, carvo, petrleo e outros recursos minerais. Observamos que a participao do Estado na construo ferroviria, no perodo, desenvolveu-se em duas frentes: como empresrio responsvel pela construo e gesto de malhas ferrovirias e como agente de regulao de empresas privadas, nacionais e estrangeiras, privilegiadas com longa lista de subvenes e incentivos, entre os quais se destaca a garantia de juro mnimo para os capitais investidos na construo de estradas de ferro.

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Este trabalho prope uma arquitetura reutilizvel que permite a gerncia de uma infraestrutura de suporte para aplicaes Web, utilizando mquinas virtuais. O objetivo da arquitetura garantir qualidade de servio, atuando nos servidores fsicos (hospedeiros) ou manipulando as mquinas virtuais, e avaliando o cumprimento das restries de operao (tempo de resposta mximo). Alm disso, atravs do uso racional dos recursos utilizados, a proposta visa economia de energia. O trabalho tambm inclui uma avaliao de desempenho realizada sobre um sistema implementado com base na arquitetura. Esta avaliao mostra que a proposta funcional e o quanto ela pode ser vantajosa do ponto de vista do uso de recursos, evitando desperdcio, mantendo-se ainda a qualidade de servio em nveis aceitveis pela aplicao.

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A contaminao de ambientes aquticos decorrente de acidentes com gasolina, lcool combustvel e misturas binrias representa um risco crescente, tendo em vista as projees do setor para os prximos 50 anos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a toxicidade aguda da Gasolina C, Gasolina P e lcool combustvel isoladamente e em misturas binrias, assim como de suas respectivas Fraes Solveis em gua (FSA) e Fraes Dispersas em gua (FDA) sobre Daphnia similis. O estudo ainda incluiu a avaliao da toxicidade aguda remanescente na matriz gua de uma contaminao antiga (intemperismo) com a Gasolina C. Paralelamente, foram conduzidos ensaios de toxicidade aguda com amostras ambientais (gua subterrnea, superficial e elutriato a partir de sedimentos) de uma rea alagada com histrico de contaminao antiga. O cultivo e os ensaios com D. similis foram de acordo com a NBR 12.713 (2009). Tanto a gasolina C quanto a P foram extremamente txicas para os organismos, apresentando valores mdios de CE50% em 48 h de 0,00113% e 0,058% respectivamente. As diferenas entre os resultados obtidos com a Gasolina C e aqueles obtidos com suas fraes FSA e FDA foram significativas (p < 0,05), sendo que no houve diferena significativa entre a toxicidade aguda da FSA e da FDA (p < 0,05). Os resultados obtidos com os ensaios com Gasolina P e FDA no apresentaram diferenas significativas entre si (p < 0,05), mas, foram significativamente diferentes daqueles obtidos com FSA (p < 0,05). Os resultados dos ensaios de toxicidade aguda com misturas binrias sugeriram efeito menos que aditivo (antagonismo). Os resultados da simulao de uma contaminao antiga demonstraram reduo acentuada da toxicidade para D. similis ao longo de apenas 28 dias. Entretanto, com relao aos ensaios com as amostras ambientais da rea com histrico de contaminao, apesar da ausncia ou baixa toxicidade nas amostras de gua superficial (sugerindo intemperismo), toxicidade alta foi observada em amostras de gua subterrnea e no elutriato de sedimentos, sugerindo condies de adsoro aos sedimentos com alto teor de argila e/ou aprisionamento dos compostos em zona saturada.

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A sndrome de fragilidade pode ser definida como um estado de vulnerabilidade a agentes estressores, um resultado de declnios orgnicos observados em mltiplos sistemas, comprometendo a habilidade do indivduo em manter a homeostase. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a prevalncia desta condio atravs da Escala de Fragilidade proposta pelo Cardiovascular Health Study em uma populao de idosos, clientes de uma operadora de sade, que vivem na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, alm de observar o comportamento deste instrumento em uma amostra brasileira. 754 indivduos foram avaliados quanto aos cinco critrios da escala alm de variveis sociodemogrficas, capacidade funcional, quedas, perfil cognitivo e comorbidades relatadas. Foram considerados Frgeis aqueles que apresentaram trs ou mais dos seguintes critrios: a) lentificao da velocidade da marcha; b) reduzida fora de preenso palmar; c) sensao de exausto; d) baixa atividade fsica; e) perda de peso. Os resultados apontam que, dentre os avaliados, 9,2% eram Frgeis. Estes eram mais idosos, com pior status socioeconmico, com pior desempenho cognitivo e maior comprometimento funcional (p< 0,05). Entre os 9,2% de Frgeis, 87% apresentaram alterao da velocidade da marcha, 79,7% da fora de preenso palmar, 66,8% baixa atividade fsica, 52,2% relato de sensao de exausto e 36,2% relato de perda de peso. A distribuio de suas frequncias quando comparado ao estudo original foi bastante semelhante. Vrios estudos partem do postulado que a fragilidade pode ser identificada atravs de medidas clnicas. Atravs de sua identificao precoce, possvel reconhecer uma entidade potencialmente reversvel, reduzindo morbidade e mortalidade na populao idosa, no entanto fundamental um estudo acurado sobre como esta entidade ser mensurada e quais sero os critrios adotados para defini-la. Maiores estudos so necessrios para realizar, no Brasil, uma anlise mais aprofundada desta pertinente questo.

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O crescimento do uso dos aerogeradores de pequeno porte em reas urbanas em todo o mundo aponta para um mercado em expanso e extremamente promissor, principalmente no brasil, onde o potencial elico grande. tratando-se de mquinas pequenas existe interesse dos consumidores residenciais na sua utilizao, seja para economia de energia ou por adeso s fontes alternativas. existe uma grande quantidade de fabricantes no mundo incluindo aerogeradores de alta, mdia e baixa qualidade. com isso surge a necessidade de criar mtodos que avaliem estes produtos quanto ao seu rendimento energtico, como ocorrem com as geladeiras, lmpadas, foges e outros, a fim de resguardar a qualidade deste equipamento ao consumidor. a proposta criar um ciclo de teste (ou ciclo de ventos) baseado nos perfis de comportamentos dirios de ventos urbano obtidos atravs de medies reais feitos pelo projeto sonda. esse perfil ser usado para testar os aerogeradores de at 1 kw em laboratrio, com auxlio de um tnel de vento a fim de determinar o rendimento energtico do conjunto gerador, servindo como mtodo para o aprimoramento desses aparelhos. outra possibilidade o uso desta metodologia no programa brasileiro de etiquetagem, que classifica os produtos em funo de sua eficincia energtica. este trabalho tambm pode ser usado para acreditao de laboratrios de certificao que avaliam produtos em funo de sua eficincia e/ou rendimento, visto que a acreditao uma ferramenta estabelecida em escala internacional para gerar confiana na atuao de organizaes que executam atividades de avaliao da conformidade.

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A presente dissertao sobre a atuao do Estado na economia como acionista minoritrio, focando, em especial, no caso do Brasil. Em um primeiro momento, tratamos das possibilidades do uso das participaes minoritrias, apontando que, embora estejamos falando de propriedade pblica sobre parcelas do capital social de empresas privadas, essas participaes no configuram, somente, forma de explorao direta da atividade econmica, devendo ser compreendidas como uma tcnica jurdica ou uma ferramenta da qual o Estado pode se valer para realizar as diferentes modalidades de atuao na economia. Nesse sentido, mostramos como as participaes minoritrias possibilitam a atuao do Estado como empresrio, regulador, fomentador e investidor. Em seguida, falamos dos mecanismos societrios que a Administrao Pblica pode utilizar para que, mesmo como acionista minoritria, possa influenciar a direo das empresas pblico-privadas, tais como os acordos de acionistas e as golden-shares. Aps cuidarmos da natureza jurdica e das vantagens comparativas da atuao estatal na economia por meio de participaes minoritrias, passamos a analisar os limites dessa atuao. Desse modo, deve-se distinguir entre o uso das participaes pblicas como opo legtima de atuao na economia versus sua aplicao como burla ao regime jurdico aplicvel s empresas estatais mediante o controle societrio disfarado e a simulao de contrataes administrativas. Por fim, tratamos da questo da escolha de parceiros privados pela Administrao Pblica, bem como dos controles pblicos que incidem sobre as empresas participadas.

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Em um contexto de demandas sociais tendencialmente crescentes, uma das alternativas para o aumento da arrecadao de receitas pelo Estado reside no manejo de aplicaes financeiras. Os investimentos financeiros estatais, a rigor, j acontecem, mas nem sempre o objetivo claro e explcito de obteno de resultados financeiramente interessantes e, eventualmente ou mesmo por isso , sob gesto economicamente ineficiente. s vezes, at se enxerga o foco na obteno de rendimentos relevantes na ao estatal, mas sem uma disciplina especfica, o que pode abrir espao a uma gesto de ativos desqualificada ou mesmo fraudulenta, com srios prejuzos aos cofres pblicos e, em situaes extremas, ampliao ainda maior das despesas pblicas. O objetivo desta tese, portanto, reconhecer que nem sempre o Estado atua na economia com propsito interventivo e que, na qualidade de investidor institucional vale dizer, de ente que tem o dever de proceder aos investimentos e s aplicaes financeiras que digam com as melhores prticas de administrao dos ativos pblicos , precisa atuar sob o jugo de normas jurdicas claras, que permitam ao Estado ampliar suas receitas dentro de limites razoveis de exposio a risco financeiro e disponibilizem aos rgos de fiscalizao e controle da Administrao Pblica as ferramentas necessrias para, tambm quanto a esse aspecto, aferir a eficincia da ao estatal. Para tanto, tm-se como pressupostos o anacronismo da resistncia cultural s aplicaes financeiras dos entes da Administrao Pblica e a noo de que quaisquer ferramentas de obteno de receitas pelo Estado esto sujeitas a algum grau de risco. Com base nas bem-sucedidas experincias nacionais e internacionais, ser possvel concluir, ao final, que admissvel, do ponto de vista constitucional e legal, a ao do Estado como investidor nos mercados financeiro e de capitais e que vivel a formulao de parmetros gerais para a disciplina jurdica do Estado investidor.

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O trabalho busca na teoria dos sistemas de Niklas Luhmann, tal como desenvolvida por Gunther Teubner, Marcelo Neves e outros doutrinadores, elementos para explicar as relaes entre os subsistemas jurdico, poltico e econmico na sociedade contempornea. Com base nas ferramentas tericas obtidas, revisa o conceito de constituio econmica como a relao de acoplamento estrutural entre o direito e a economia, e a Constituio do Estado como a relao de acoplamento estrutural entre o direito e a poltica. As crises econmicas so ento explicadas pelas tendncias inflacionrias na produo de smbolos e pelos choques entre racionalidades sistmicas parciais. A crise de 2008 consolida a constatao de que a globalizao restringe a capacidade de influncia da poltica e do direito sobre o sistema econmico desterritorializado. Em vista disso, prope-se a adoo da teoria do constitucionalismo societal de Teubner como proposta para a democracia no sculo XXI; atravs dela, possvel reconhecer a constitucionalizao no interior de cada subsistema social e o desenvolvimento de foros de razo pblica internos, nos quais a poltica pode ser desenvolvida de forma autnoma em relao poltica institucionalizada do Estado. Finalmente, v-se como o combate crise econmica invariavelmente redesenha os papis dos Poderes de Estado, reconhecendo certa liberdade ao Executivo, embora isso no signifique ausncia de quaisquer freios e contrapesos.

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As atividades industriais petroqumicas, incluindo as refinarias de petrleo, so grandes consumidoras de gua e, consequentemente, grandes geradoras de efluentes industriais contendo uma infinidade de contaminantes. No caso das refinarias de petrleo brasileiras, o nitrognio amoniacal tem se tornado um componente crtico a ser tratado, o que tem sido feito atravs de processos de tratamento biolgicos que utilizam a nitrificao como base. Neste trabalho, foi avaliada a operao de um reator de leito mvel (MBBR), em escala de bancada, utilizando suportes de polietileno com rea especfica de 820 m2.m-3, para tratar um efluente proveniente de uma refinaria brasileira com alta concentrao de nitrognio amoniacal. O efluente bruto apresentou demanda qumica de oxignio entre 100 e 300 mg.L-1, teores de nitrognio amoniacal entre 60 e 90 mg.L-1 e condutividade eltrica entre 1 e 2 mS.cm-1. Mesmo com variaes da qualidade da alimentao da planta ao longo do estudo, como o aumento das concentraes de contaminantes, incluindo inibidores da nitrificao tpicos dos efluentes de refinaria, a planta atendeu Resoluo CONAMA 430/2011 (BRASIL, 2011), que limita a concentrao de descarte em 20 mg.L-1 para o contaminante nitrognio amoniacal, em 93% das medies. Para o caso de uma fictcia legislao mais restritiva, que exigisse limite de 5 mg.L-1 desse contaminante, houve sucesso no tratamento em 83% do tempo, com eficincia mdia de nitrificao de 93,1%, evidenciando que h uma possibilidade real de utilizao do processo MBBR em refinarias brasileiras.

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O presente trabalho realiza uma anlise econmica dos possveis impactos gerados na economia brasileira pelo Programa Nacional de Produo e Uso do Biodiesel (PNPB) e pela Lei N 11.097/2005, que define percentuais mnimos obrigatrios de adio de biodiesel ao leo diesel. Para atingir tal objetivo, apresenta-se uma avaliao econmica por meio de um mtodo de investigao conhecido como Matriz de Anlise de Poltica (MAP). Este instrumental permite uma avaliao em termos de competitividade e eficincia do sistema produtivo de biodiesel com base em um estudo comparativo da cadeia produtiva de biodiesel selecionando duas matrias-primas a soja e a mamona. Neste sentido, inicialmente investiga-se a cadeia produtiva do biodiesel no Brasil para diagnosticar as vantagens no que tange a escala de produo, a escolha de matrias-primas, bem como o custo de oportunidade, mtodo de comercializao e distribuio e tambm a questo tributria. Por fim so apresentados os resultados da pesquisa evidenciando que os dois sistemas so rentveis, competitivos e eficientes, no entanto, maiores ganhos, em termos de uso dos recursos disponveis e de custos de produo podem ser obtidos no sistema de produo do biodiesel a partir da soja. O lucro maior apresentado para a produo de biodiesel da soja permite confirmar a preferncia por este sistema de produo dada sua maior rentabilidade.

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A construo do SUS se d no momento da contrarrevoluo monetarista, em curso desde a dcada de 1970 em vrios pases, que alcana o Brasil na dcada de 1990 e rapidamente se torna hegemnica em todo o mundo. A relao histrica entre pblico e privado no setor de sade brasileiro, intercedida pelo papel do Estado e do fundo pblico na sua regulao e financiamento, ir, ento, ganhar novos formatos e novas determinaes. A proposta do trabalho foi investigar, por meio dos dados do oramento pblico brasileiro e de trs municpios, os mecanismos atualmente utilizados pelo capital no setor sade para se apropriar do fundo pblico como mecanismo essencial para sua permanente valorizao. Essa apropriao de fundo pblico d suporte ao processo de subsuno real do conjunto de atividades do setor sade ao capital no Brasil, no qual se incluem os servios, processo que ainda est em curso.

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O presente trabalho investiga as tenses e intenes da poltica de bonificao elaboradas pela Secretaria de Estado e Educao do Rio de Janeiro (2011-2014), tendo como objetivo: identificar que configuraes o trabalho docente tem assumido aps a implementao da poltica de bonificao, a partir da perspectiva de professores; caracterizar os aspectos relativos qualidade entre uma escola que recebe a bonificao e outra que no recebe e identificar indcios da natureza da qualidade que permeia a escola que recebe a bonificao. Todavia, a investigao das relaes estabelecidas no contexto escolar pela poltica de bonificao, tambm perpassa por questes importantes na atualidade como: a contribuio da cultura do exame na confeco de indicadores e de que forma isso interferiu nas aes da Secretaria. Para tanto, os relatos dos docentes, a respeito das experincias tecidas na implantao da bonificao na escola, construram a parte central do trabalho. A escolha da metodologia qualitativa, com uma grande contribuio do paradigma indicirio e nos estudos sobre performatividade, foi justificada pelo seu poder de ver na complexidade das relaes praticadas na escola um grande potencial para o entendimento e significado das tenes existentes no cotidiano escolar. Assim, para um amplo entendimento, tambm foram investigados os movimentos que ocorreram para a implementao da primeira poltica de bonificao do Estado do Rio de Janeiro, nomeada de Nova Escola. Alm disso, foram pesquisadas polticas de bonificao docente em outros estados. Contudo, os indcios apresentados, inicialmente, deixaram dvidas sobre a real eficcia da bonificao. Afinal, qual a qualidade promovida por essa poltica de bonificao?

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Corais ptreos so formadores de recifes. Por secretarem carbonato de clcio pela base de seus plipos, esses corais zooxantelados formam um exoesqueleto, composto geralmente por cristais de aragonita. Os padres de crescimento coralinos variam desde a escala sazonal a centenria e podem ser caracterizados pela medida da taxa de crescimento, a variabilidade dos istopos estveis de oxignio e carbono e pelas razes elementares Sr/Ca, Mg/Ca, U/Ca, Cd/Ca, Ra/Ca (entre outras) em seu esqueleto. Em um contexto global, os recifes cumprem importante papel como sumidouros de carbono atmosfrico. Diante das evidncias de um oceano mais quente na era moderna, a temperatura da superfcie do mar (TSM) tem sido considerada um importante fator de controle da calcificao e crescimento coralino. Geralmente, a calcificao tende a aumentar com a elevao da TSM dentro de uma estreita faixa aceitvel para o funcionamento pleno do metabolismo coralino. Neste trabalho, desenvolveu-se uma re-anlise das taxas de crescimento de testemunhos de corais amostrados na costa brasileira (Salvador-Ba - Baa de Todos os Santos, Parque Nacional Marinho dos Abrolhos-Ba e Armao dos Bzios-RJ) empregando-se uma combinao de bandas de crescimento (alta e baixa densidades) auxiliado pelo mtodo de luminescncia e datao por radioistopos de U e Th. As diferenas nas cronologias para os dois mtodos variou de 1 ano para o caso de Abrolhos at 7,4 anos para Bzios (em sees especficas do testemunho). Foram analisadas variaes de calcificao no esqueleto coralino e interpretadas luz das razes Sr/Ca e U/Ca (ambos prxies da TSM), sries climticas de AMO e PDO, e pH pelgico ocenico. Identificamos uma diminuio na taxa de calcificao do exoesqueleto no tempo estudado na amostra de Salvador de 0,4 g/cm2, e um aumento em Abrolhos de 0,4 g/cm2 e Bzios 0,3 g/cm2, exceto nos anos de 1950 ao final de 1980 e de 1910 ao final de 1930, respectivamente. Uma microtomografia de raio-X foi empregada para determinar micro-estruturas coralinas, sendo os parmetros mais relevantes a microporosidade e a anisotropia. Para Abrolhos e Bzios, foi identificado um aumento na porosidade total do exoesqueleto, principalmente no comeo de 1940 at o fim da dcada de 1980 e entre 1890 a 1930 respectivamente. Notou-se forte associao entre a reduo do padro de calcificao com o aumento da porosidade. Os testemunhos da espcie Siderastrea stellata coletados em Abrolhos e Bzios mostraram alta associao das razoes Sr/Ca e U/Ca com a taxa de calcificao, caracterizando uma resposta similar a de outros autores para a Grande Barreira na Austrlia (DE'ATH et al., 2009) e para a regio central do Mar Vermelho (CANTIN et al., 2010). Em relao as razes Ba/Ca, Salvador e Abrolhos evidenciaram variveis que contriburam para este aumento como a forante de produo de petrleo e aumento populacional (economia), e TSM (oceano). Para Bzios, a TSM (oceano), produo de petrleo, aumento populacional e NDVI (economia). Aps os anos de 1990, o impacto dos fatores econmicos, alm das variveis ocenicas respondem mais significativamente o aumento da razo Ba/Ca em todos os stios quase que concomitantemente na costa brasileira.