965 resultados para COUTO, MIA
Resumo:
O século XIX, mais do que qualquer outra época, experimentou a gestação da maioria de nossos projetos de nação, estruturados a partir da emancipação política da nova pátria. Diversos intelectuais militaram nessa árdua tarefa de desenhar uma nova face de um Brasil com identidade própria, embora calçada sob um viso europeu. Entre esses gestores da nova identidade brasileira, um dos mais importantes foi o General José Vieira Couto de Magalhães (1837-1898), homem de Estado, político do Império e folclorista. Nesta dissertação, busco circunscrever a principal obra de Couto de Magalhães, O Selvagem (1876), nos cânones romântico e evolucionista de sua época, dentro de um projeto de "civilização" dos índios da Amazônia e o conseqüente momento de integração cultural desses povos e seus descendentes à população brasileira. Por mais que a principal justificativa da obra fosse um estudo sobre a incorporação do indígena às atividades rentáveis da economia nacional, o autor acabou por enfatizar a compreensão da língua como estratégia fundamental para atração pacífica das populações tidas então com "selvagens". Transitando entre o inventário racial e a tradução cultural dos grupos indígenas brasileiro, Couto de Magalhães buscava valorizar esse arsenal lingüístico como o mais verdadeiro e autêntico representante da nacionalidade brasileira. A análise é feita no sentido de entender quais os limites da tentativa de tradução que o autor se propôs a fazer das lendas indígenas para o mundo dos brancos, no intuito de legitimar sua escolha do índio como símbolo de nossa identidade.
Resumo:
Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
Resumo:
O trabalho procura analisar o diário íntimo de José Vieira Couto de Magalhães, destacado político e intelectual do Brasil da segunda metade do século XIX, como registro etnográfico que ao mesmo tempo informa sobre questões prementes daquela época e evidencia o esforço de um indivíduo específico no sentido de conferir a si próprio um pouco de consistência, muito embora o diário esteja repleto de sinais de incompletude. A partir da noção do diário íntimo como prática cultural de constituição de si mesmo, faz-se uma discussão a respeito do efeito de verdade presente nesse tipo de escrita e as implicações para uso da fonte nas Ciências Sociais. Discute-se os temas mais evidentes ao longo do registro íntimo do autor: corpo, saúde e doença. Ao escrever sobre si mesmo, Couto de Magalhães evidencia o processo de educação das necessidades e das atividades corporais em muitos homens à época e, como ele dialogava com o ideal de família burguesa e higiênica que marcou o século XIX, registra a leitura de temas como homossexualismo, sonhos, casamento e medicina. O diário mostra ainda a preocupação do autor em encontrar equilíbrio entre corpo e mente, que lhe permitisse alcançar seu ideal de moderação, além do esforço em construir e legar ao futuro uma determinada imagem de si próprio.
Resumo:
O artigo discute as contribuições da obra de Michel Foucault para a compreensão dos registros íntimos que o general brasileiro José Vieira Couto de Magalhães fez em seu próprio diário, escrito em sua maior parte em Londres, na segunda metade do século XIX, época supostamente marcada pelos rigores repressivos da moral vitoriana. Ao registrar detalhadamente sua intimidade, seus sonhos eróticos hetero e homossexuais, bem como condutas e paixões sexuais consideradas àquela época como desviadas da normalidade, o diário íntimo de Couto de Magalhães constitui um reforço da crítica à "hipótese repressiva" desenvolvida por Foucault em seu projeto de uma história da sexualidade. Por outro lado, evidencia-se a legitimidade dos diários íntimos enquanto fonte de pesquisa nas ciências sociais.
Resumo:
A autora toma como base romances de autores de língua portuguesa - O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do português José Saramago, Nove noites (2002), do brasileiro Bernardo Carvalho, e O outro pé da sereia (2006), do moçambicano Mia Couto - para estudar as relações entre literatura e história na produção literária contemporânea. A obra investiga a intertextualidade presente nos romances, ou seja, a relação entre linguagens, uma vez que esses autores construíram as narrativas ficcionais de suas obras recorrendo a elementos de origem histórica, como textos literários, textos históricos, notícias jornalísticas, fotos, cartas e depoimentos atribuídos a figuras históricas. Da intertextualidade resultaria um plano discursivo mais amplo, que extrapola efetivamente o campo dos textos reaproveitados pelos romances. Apoiada em teorias literárias que discutem o modo intertextual, a autora foca sua análise em cada um dos romances. Na obra do escritor português, permeada de releituras de fatos da história de Portugal ocorridos em 1936 e da poesia de Ricardo Reis, heterônomio do poeta Fernando Pessoa, a obra revela os meios pelos quais Saramago coloca em discussão dois mitos lusitanos: Salazar e o próprio Pessoa. Em Nove noites, que remete à passagem do etnólogo norte-americano Buell Quain pelo Brasil e de sua morte na floresta amazônica em 1939, o livro detecta a discussão sobre o mito do bom selvagem que revestiu o índio brasileiro. Já na obra do moçambicano Mia Couto, cuja narrativa é entremeada de fragmentos de escritos históricos de 1560 e de ditados populares, entre outros textos, percebe-se a reflexão sobre a reapresentação da história da exploração do continente africano por colonizadores portugueses e também pelos próprios africanos
Resumo:
O objetivo deste estudo foi discutir a transmissão psíquica geracional em duas obras do escritor Mia Couto: Antes de nascer o mundo (2009) e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), e no conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa (1962). As três obras são narradas pelos filhos e destacam a família como epicentro de uma trama de segredos, interditos e culpabilizações transmitidos de uma geração a outra, possibilitando a compreensão de que o seio familiar permite não apenas a organização das experiências emocionais, mas a também a transmissão de aspectos intersubjetivos aos quais nem sempre as personagens têm acesso. Os segredos ou a não revelação das verdadeiras histórias dos personagens são apenas uma das formas de transmissão, pois, mesmo ocultando o interditado, transfere-se algo, de modo que o não revelar também é uma maneira de destacar o interdito, aquilo que ainda não foi elaborado e que, por conseguinte, não recebeu inscrição psíquica.
Resumo:
La ricerca analizza il tema della relazione tra storia e narrazione nella letteratura degli ultimi quindici anni in tre contesti nazionali: Italia, Spagna e Portogalo. Per indagare un campo così vasto si sono identificate tre direttrici principali connesse tra loro, coincidenti con tre "crisi": la crisi del rapporto tra letteratura e mercato, la crisi del concetto di verità e la crisi dello stato nazione. Attraverso le riflessioni sul postmoderno (Lyotard, Jameson Hutcheon) e l’analisi di Bourdieu si indaga il rapporto tra mercato e autore letterario, facendo particolare riferimento ai percorsi letterari di Rafael Chirbes, Mia Couto e Wu Ming. Il tema della forma letteraria è invece letto atttraverso le analisi di Hutcheon e analizzando i testi di Helder Macedo (Pedro e Paula), Isaac Rosa (¡Otra maldita novela sobre la guerra civil!) e Tommaso De Lorenzis-Guido Favale (L’aspra stagione). La crisi del concetto di verità viene analizzata alla luce del dibattito sulla storiografia nella seconda metà del Novecento. In particolare si evidenzia la tensione tra Hayden White e Carlo Ginzuburg. Per evidenziare come le relazioni di potere influenzino la narrazione della storia si fa inoltre riferimento alle analisi di Michel Foucault, Michel de Certeau, Stephen Greenbaltt e Gayatri Spivak. Si analizzano quindi Anatomía de un instante, di Javier Cercas, Romanzo criminale, di Giancarlo de Cataldo e As três vidas, di João Tordo. Infine ci si riferisce alla crisi dello stato-nazione individuando una tensione tra le analisi di György Lukács e Franco Moretti, e allargando la riflessione agli studi sociologici di Immanuel Wallerstein e Saskia Sassen. Inoltre, attraverso i testi di Benedict Anderson, Homi B. Bhabha, José Saramao e Eduardo Lourenço si articola una riflessione sull’immaginario politico nazionale. I testi analizzati sono Victus, di Albert Sánchez Piñol, Pro Patria, di Ascanio Celestini e A voz da terra di Miguel Real.
Resumo:
Signatur des Originals: S 36/G04629
Resumo:
Signatur des Originals: S 36/F07221
Resumo:
Signatur des Originals: S 36/F12332
Resumo:
Background Gray scale images make the bulk of data in bio-medical image analysis, and hence, the main focus of many image processing tasks lies in the processing of these monochrome images. With ever improving acquisition devices, spatial and temporal image resolution increases, and data sets become very large. Various image processing frameworks exists that make the development of new algorithms easy by using high level programming languages or visual programming. These frameworks are also accessable to researchers that have no background or little in software development because they take care of otherwise complex tasks. Specifically, the management of working memory is taken care of automatically, usually at the price of requiring more it. As a result, processing large data sets with these tools becomes increasingly difficult on work station class computers. One alternative to using these high level processing tools is the development of new algorithms in a languages like C++, that gives the developer full control over how memory is handled, but the resulting workflow for the prototyping of new algorithms is rather time intensive, and also not appropriate for a researcher with little or no knowledge in software development. Another alternative is in using command line tools that run image processing tasks, use the hard disk to store intermediate results, and provide automation by using shell scripts. Although not as convenient as, e.g. visual programming, this approach is still accessable to researchers without a background in computer science. However, only few tools exist that provide this kind of processing interface, they are usually quite task specific, and don’t provide an clear approach when one wants to shape a new command line tool from a prototype shell script. Results The proposed framework, MIA, provides a combination of command line tools, plug-ins, and libraries that make it possible to run image processing tasks interactively in a command shell and to prototype by using the according shell scripting language. Since the hard disk becomes the temporal storage memory management is usually a non-issue in the prototyping phase. By using string-based descriptions for filters, optimizers, and the likes, the transition from shell scripts to full fledged programs implemented in C++ is also made easy. In addition, its design based on atomic plug-ins and single tasks command line tools makes it easy to extend MIA, usually without the requirement to touch or recompile existing code. Conclusion In this article, we describe the general design of MIA, a general purpouse framework for gray scale image processing. We demonstrated the applicability of the software with example applications from three different research scenarios, namely motion compensation in myocardial perfusion imaging, the processing of high resolution image data that arises in virtual anthropology, and retrospective analysis of treatment outcome in orthognathic surgery. With MIA prototyping algorithms by using shell scripts that combine small, single-task command line tools is a viable alternative to the use of high level languages, an approach that is especially useful when large data sets need to be processed.
Resumo:
MIA MAGAZZINO OF ITALIAN ART, GARRISON (NEW YORK), 2011 [Proyecto]
Resumo:
Resumen: Descripción: escena donde la hija abraza a su madre, al fondo una mujer presencia la reconciliación
Resumo:
Hay un ejemplar encuadernado con: Con fecha de diez y ocho del corriente se comunicó al Ilmo. Sr. D. Joseph Antonio Fita como Presidente del tribunal de la Junta de Represalias... (NP946.73/48)