177 resultados para Bolivian
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This paper aims to further our understanding of pre-Columbian agricultural systems in the Llanos de Moxos, Bolivia. Three different types of raised fields co-existing in the same site near the community of Exaltación, in north-western Beni, were studied. The morphology, texture and geochemistry of the soils of these fields and the surrounding area were analysed. Differences in field design have often been associated with the diversity of cultural practices. Our results suggest that in the study area differences in field shape, height and layout are primarily the result of an adaptation to the local edaphology. By using the technology of raised fields, pre-Columbian people were able to drain and cultivate soils with very different characteristics, making the land suitable for agriculture and possibly different crops. This study also shows that some fields in the Llanos de Moxos were built to prolong the presence of water, allowing an additional cultivation period in the dry season and/or in times of drought. Nevertheless, the nature of the highly weathered soils suggests that raised fields were not able to support large populations and their management required long fallow periods.
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This project, funded by the Programa Iberoaméricano de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED), analyses the energy service requirements in sustainable tourism and will spread knowledge about renewable energies among the ecotourism stakeholders of Latin America. The target groups are local communities in protected areas, because they are the less up to date groups and, frequently, they are living in the most fragile ecosystems, but also the most fertile in biodiversity; their living standard is very low and the ecotourism can be a successful economic resource. The regions considered are ecosystems in Latin America, which have some protection degree, and are managed by local communities. The selected countries to implement renewable energy infrastructures in ecolodges are: Bolivia, Ecuador and Peru. Also low cost telecommunications infrastructures will be installed to improve the diffusion among potential clients of the ecolodges, in order to permit direct reservation of the services.
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Focusing on an overlapping protected area and indigenous territory in the Bolivian Amazon, this article discusses how indigenous people continue to negotiate access to natural resources. Using the theoretical framework of New Institutionalism, ethnographic data from participatory observations, and interviews with Takana indigenous resource users and park management staff, we identified four phases of institutional change. We argue that under the current institutionally pluralistic setting in the overlapping area, indigenous users apply “institutional shopping” to choose, according to their power and knowledge, the most advantageous institutional framework in a situation. Indigenous users strategically employed arguments of conservation, indigeneity, or long-term occupation to legitimize their claims based on the chosen institution. Our results highlight the importance of ideologies and bargaining power in shaping the interaction of individuals and institutions. As a potential application of our research to practice, we suggest that rather than seeing institutional pluralism solely as a threat to successful resource management, the strengths of different frameworks may be combined to build robust institutions from the bottom up that are adapted to the local context. This requires taking into account local informal institutions, such as cultural values and beliefs, and integrating them with conservation priorities through cross-cultural participatory planning.
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Bibliography: p. 398-[400]
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In this thesis I assessed the state responses to social movements and in turn the impact of these movements on state policy within the context of the democratization occurring in Bolivia. The democratization process is affected by the conflict between political and economic goals. Politically the governments are faced with the demands from social groups. At the same time, the Bolivian government faces an economic crisis which requires stabilization, impairing the same individuals needed for legitimacy and political support. Two cases which depicted the key issues of this thesis are: the indigenous groups in the Bolivian Beni region and the coca growers, mainly of the Chapare area in the Cochabamba department of Bolivia. To achieve support and legitimacy, the new civilian administrations had no choice but to listen to the requests of the social mobilizations. Because of the economic crisis, conflicting domestic pressures and international influence, however, the government could not accede to all their demands.
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General note: Title and date provided by Bettye Lane.
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This article analyses the motivations for return migration among the Ecuadorians and Bolivians who, after living in Spain, returned to their countries of origin during the economic crisis that started in 2008. From the analysis of 22 interviews in-depth which took place in Ecuador and 38 in Bolivia to women, men and young people from migrant families, this decision-making process is shown to be embedded into a gendered dynamics of relationships. Particular detail is given to affective and economic elements that had an influence on the decision to return, as well as to the strategies deployed to project their readjustment back in origin. Males and females occupy differential positions within the family, work and social circle, their expectations being built in a gendered manner. Despite the fact migration has brought women greater economic power within the family group, their reintegration upon return redefines their role as main managers in the household and the dynamics that allow their social reproduction. Men, for their part, aspire to refresh their role as providers in spite of their frail labour position upon return. Social mobility for females is passed on through generations by a strong investment on education for their daughters and sons, while for males this mobility revolves around setting up family businesses and around their demonstrative abilities.
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O objetivo da presente dissertação é fazer um levantamento geral dos movimentos autonomistas e da importância do Brasil (não só a partir da Petrobras, mas principalmente) para a economia boliviana. Como principal parceiro comercial do país andino, é natural que o Brasil exerça influência sobre a economia daquele país. E, como se pode notar, os movimentos autonomistas bolivianos surgiram justamente com base numa questão econômica relacionada aos royalties do petróleo. É curioso que a luta desses movimentos reacenda em concomitante com os aumentos dos investimentos da Petrobras na Bolívia, o que prenuncia que o aumento do interesse da elite cruzenha em ter maior controle sobre os seus recursos econômicos e naturais. A geografia da Bolívia é apresentada associada à presença de recursos naturais. O intuito foi de se demonstrar a relação determinado/determinante, elucidando de que forma o território boliviano contribuiu para os fenômenos retratados (como na questão da localização dos recursos naturais), e de que forma os fenômenos retratados contribuíram para a reconfiguração do território boliviano (por exemplo, na questão do esgotamento desses mesmos recursos naturais). Em paralelo, busca-se explicitar como se desenvolveu o departamento de Santa Cruz e a identidade cruzenha, e como se desenvolveu o sentimento indígena. Feito isto, A partir do momento em que a exploração de hidrocarbonetos se intensificou na Bolívia, a questão dos royalties se fez presente. A questão da participação da Petrobras Bolívia sugere influências no desenvolvimento econômico (e consequentemente político) boliviano.
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O presente trabalho deseja construir uma perspectiva acerca das tendências dos movimentos e mobilizações sociais organizados na América Latina contemporânea, e as considerações da teoria social aos novos sujeitos sociais emergentes. Para tanto, abordaremos as trajetórias boliviana e argentina, as quais nos informam sobre algumas das principais formas de ação coletiva engendradas após os avanços do neoliberalismo no subcontinente. Ademais, são enfocadas leituras de tal processo, elaboradas por algumas correntes da teoria social contemporânea, as quais contribuem para a formulação de uma interpretação mais próxima ao contexto latino-americano atual. Pretendemos, desta forma, apontar alguns dos principais desafios colocados às Ciências Sociais do subcontinente, a partir da observação de um dos fatores mais significativos para as transformações dos países da região.
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A questão do Acre, entre 1899 e 1901, mobilizou a política externa brasileira da Primeira República. Pelo Tratado de Ayacucho, assinado em 1867, o território do Acre foi entregue à Bolívia. Apesar disso, desde o último quartel do século XIX, a área foi gradativamente colonizada por Brasileiros. Com o Boom da borracha, os bolivianos desejaram utilizar os seus direitos para explorar a região. O governo brasileiro, firmado no Tratado de 1867, consentiu. Em 1899 a legação boliviana chegou ao Acre para estabelecer a soberania da república vizinha. A população acreana, esmagadoramente brasileira, não aceitou a presença boliviana. Fez diversos levantes entre 1899 e 1902, atrapalhando os planos do governo da Bolívia. Diante disso, o governo boliviano considerou a possibilidade de uma exploração indireta, por meio do arrendamento da região. Durante parte desse período, Rui Barbosa atuou através do jornal A Imprensa (1899-1901), em favor dos direitos do Brasil sobre o Acre. Defendeu que da insistência do governo de Campos Sales em afirmar a ascendência boliviana naquela região, decorria a ameaça à soberania e a integridade territorial brasileira, em função do estabelecimento de forças imperialista na fronteira amazônica. Rui formulou, a partir da ambigüidade da redação do Tratado de Ayacucho, a tese da fronteira angular, de acordo com a qual território do Acre era incorporado ao Brasileiro. Em sua reflexão e ação, Rui Barbosa expressou uma expectativa, existente na sociedade brasileira, a respeito de como deveria se processar a política externa do país: resguardando o interesse nacional, que englobava, prioritariamente, a salvaguarda da soberania e do elemento gerador de maior identidade no nacionalismo brasileiro, o caráter monumental de seu território. À solução dada por Rio Branco á questão do Acre, em 1903, através do Tratado de Petrópolis, portanto, antecedeu um amplo debate público sobre um tema de política externa, a questão do Acre, que o Barão teve que considerar no processo de decisão política.
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O crescimento da demanda mundial, por água de boa qualidade, a uma taxa superior a da renovabilidade do ciclo hidrológico é, consensualmente, prevista nos meios técnicos e científicos internacionais. De fato, o consumo mundial de água continua crescendo rapidamente com a elevação de consumo dos setores agrícola, industrial e residencial. Tal situação tem causado sérias limitações as necessidades humanas e degradações dos ecossistemas aquáticos. A escassez de água no novo século induz o homem a discutir o futuro deste recurso e conseqüentemente de sua própria existência.Governos, empresas e sociedade precisam por tanto repensar os critérios de crescimento levando em consideração os impactos ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido política publicas que envolvam o gerenciamento adequado dos recursos hídricos são fundamentais para o desenvolvimento de qualquer país. É em este contexto que este projeto se desenvolve. Este estudo contempla uma descrição das características da Bolívia e apresenta uma abordagem histórica da gestão da água no país. Para efeitos comparativos apresenta uma descrição da gestão dos recursos hídricos no Brasil. A sugestão para as modificações na lei das águas que se encontra atualmente em fase de aprovação junto ao parlamento boliviano é apresentada dentro de um sistema de gestão de recursos hídricos descentralizado e com participação social tendo como unidade de gestão a bacia hidrográfica.
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A presente tese busca compreender e explicar a formação do Estado Plurinacional da Bolívia a partir do legado de símbolos, procedimentos e modelos de aquisição de legitimidade deixados ao longo de sua história e que podem ser agrupados em três grandes matrizes políticas: o liberalismo-constitucional, o indianismo-comunitário e o nacional-popular. Assim, o objetivo é analisar como o legado destas três matrizes políticas, através principalmente da evolução histórica de seus horizontes políticos e da memória de suas agendas e promessas inconclusas acerca do Estado e da nação na Bolívia, influenciam o atual experimento inaugurado em 2009 com a promulgação de sua atual Constituição Política do Estado (CPE). A hipótese subjacente é a de que o experimento plurinacional, em sua tentativa de resolver a forte crise de legitimidade estatal trazida pela conjuntura crítica dos anos 2000-2005, se nutre fortemente das agendas destas três matrizes seja intencional e deliberadamente como no caso do Indianismo e do Nacional-popular ou de maneira reticente como no caso do Liberalismo - de forma a tentar reconciliar o Estado com sua altamente heterogênea formação social. A fim de verificá-la, foi realizado um estudo de natureza eminentemente bibliográfica complementado por pesquisa de campo de seis meses a fim de traçar a evolução política das três matrizes em seus momentos constitutivos, horizontes e agendas e contrastá-las com as características institucionais assumidas pelo novo Estado Plurinacional, bem como a prática política dos principais atores bolivianos contemporâneos. Dessa maneira, foi possível perceber o quanto de fato persistem no experimento refundacionista atual e na prática política corrente do país uma mescla heterogênea e com distintas ênfases das agendas e práticas das três matrizes, representadas sobretudo no apego à democracia como valor e procedimento; no reconhecimento étnico-cultural trazido ao interior do Estado com a incorporação potencial pelo mesmo de formatos institucionais comunitários e a preservação de espaços autônomos de deliberação; e na busca por participação política mais direta por parte do povo e na ênfase relativa à soberania popular sobre os recursos naturais do país e um maior intervencionismo estatal na economia.
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A migração laboral de bolivianos para São Paulo é um processo intrinsecamente relacionado aos planos de ajuste estrutural ocorridos na Bolívia e no Brasil na segunda metade dos anos 1980 e no início da década de 1990, respectivamente. Para a Bolívia, o Decreto 21.060 implicou a privatização de mineradoras e conseqüentes demissões em massa, além de uma abertura econômica que favoreceu migrações internas para as regiões cocaleiras e para as periferias das grandes cidades. Posteriormente, esses migrantes e seus familiares se destinaram a países limítrofes como Argentina e Brasil. Destaca-se nesse contexto a localidade de El Alto, origem de grande parte dos imigrantes que se destinaram a São Paulo. Do lado brasileiro, houve também uma abertura econômica que foi prejudicial a amplos setores da indústria, como a cadeia têxtil-vestuário. Para reduzir os custos de produção e aumentar sua competitividade em relação às mercadorias asiáticas, a indústria de vestuário se reestruturou defensivamente e subcontratou grande parte de sua produção material às oficinas informais que empregam imigrantes bolivianos geralmente jovens, indocumentados e com baixa qualificação profissional. Nessa pesquisa, relacionamos esse fluxo populacional às transformações estruturais ocorridas nos dois países, destacando as mudanças nas relações de trabalho decorrentes do processo de reestruturação produtiva. Também abordamos as redes de solidariedade desses imigrantes e os meios pelos quais estes vêm revertendo uma inserção na sociedade de destino em que predominam condições precárias de trabalho e habitação, além de uma instabilidade permanente decorrente da irregularidade documental que atinge grande parte desses trabalhadores.