990 resultados para Atividade terapêutica


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A mucosite oral é a complicação oral mais freqüente nos pacientes sob quimioterapia e/ou radioterapia. Vários microrganismos podem estar presentes nesta lesão o que dificulta o seu tratamento. A propriedade antimicrobiana de plantas tem sido estudada com o intuito de confirmar cientificamente sua ação, e o possível potencial no controle de doenças infecciosas, principalmente devido ao aumento de microrganismos resistentes aos antimicrobianos conhecidos. O estudo teve por objetivo observar a ação inibidora de extratos das plantas Arrabidaea chica, Bryophyllum calycinum, Mansoa alliacea, Azadirachta indica, Senna alata, Vatairea guianensis, Vismia guianensis, Ananas erectifolius, Psidium guajava, Euterpe oleracea e Symphonia globulifera sobre cepas de microrganismos frequentemente envolvidos em lesões de mucosite oral, tais como, Streptococcus mitis (ATCC 903), Streptococcus sanguis (ATCC 10557), Streptococcus mutans (ATCC 25175), Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027), Candida albicans (ATCC 40175), Candida krusei (ATCC 40147) e Candida parapsilosis (ATCC 40038). A avaliação da atividade antimicrobiana e a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram realizadas através do método de disco-difusão em meio sólido. Os extratos brutos das plantas foram testados nas concentrações de 500, 250, 125, 62,50, 31,25 e 15,62 mg/ml utilizando como solvente o Dimetil-Sulfóxido (DMSO). Os extratos de anani e de pirarucu foram os que apresentaram maior espectro de ação, inibindo o crescimento de sete microrganismos dentre os oito testados. As menores CIM foram obtidas com os extratos de anani, lacre e mata pasto. O extrato de anani foi o mais ativo tendo demonstrado boa atividade antimicrobiana (CIM abaixo de 100 mg/mL) contra sete microrganismos (S. aureus, C. albicans, C. krusei, C. parapsilosis, S. mitis. S. sanguis e S. mutans, sendo inativo apenas para P. aeruginosa). O extrato de lacre demonstrou boa atividade frente a cinco microrganismos. Mata pasto teve boa atividade contra S. aureus, S. mitis e C. albicans. P. aeruginosa foi o microrganismo mais resistente sendo suscetível apenas para os extratos de pariri e pirarucu. Dentre os extratos avaliados, apenas o curauá não apresentou atividade sobre nenhum dos microrganismos testados. Os resultados obtidos demonstraram a capacidade antimicrobiana dos produtos vegetais testados. Entretanto, estudos futuros são necessários para esclarecer os seus mecanismos de ações e as possíveis interações com as drogas antimicrobianas, visando seu aproveitamento na terapêutica de doenças infecciosas.

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A malária é um sério problema de saúde pública mundial, acarretando perdas socioeconômicas e contribuindo para o subdesenvolvimento dos países afetados. Neste contexto, faz-se necessário estudar a relação entre as propriedades eletrônicas e a capacidade antioxidante de derivados quinolínicos na atividade antimalárica, o que servirá de subsídio para propor protótipos eficazes na terapêutica da doença. Nesta dissertação, foram utilizadas técnicas de modelagem molecular, no estudo da relação estrutura e atividade antioxidante correlacionada com a atividade antimalárica, no processo de seleção de grupamentos e parâmetros eletrônicos e conformacionais que permitam aperfeiçoar a atividade farmacológica e reduzir a toxicidade dos derivados. A análise dos valores de HOMO e PI indicou que o tautômero imino-quinolina é, provavelmente, melhor antioxidante que o tautômero amino-quinolina. Também se observou que o equilíbrio dos tautômeros é mais deslocalizado para a estrutura amino-quinolina na fase gasosa, e em água e clorofórmio no método PCM, apresentando valores de barreiras de energia da faixa de 10,78 Kcal/mol, 21,65 Kcal/mol e 22,04 Kcal/mol, respectivamente. Assim pôdese observar que nos derivados análogos de quinolina, os grupos elétrons-doadores mostraram destaque na redução do potencial de ionização, como os grupos amina na posição 8 substituído por um grupo alquilamina. Nos derivados da associação de 4- e 8-amino-quinolina notou-se que a presença de um segundo nitrogênio no grupo quinolina diminui seu potencial antioxidante, com exceção da posição 5, representando o grupo de maior destaque na redução do potencial de ionização e conseqüente provável elevada atividade antioxidante.

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O acidente vascular encefálico (AVENC) é uma desordem neural iniciada a partir da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo, tornando inadequada a demanda energética para a região, promovendo assim um dano tecidual. O AVENC é classificado em hemorrágico ou isquêmico. O AVENC isquêmico tem maior prevalência e pode ocorrer por trombose ou embolismo. A patologia isquêmica tem múltiplos eventos interrelacionados como excitotoxicidade, despolarização periinfarto, estresse oxidativo e nitrosativo, inflamação e apoptose. Um elemento de fundamental importância na patologia isquêmica é a célula microglial, cuja atividade está intimamente ligada à progressão do ambiente lesivo. Uma alternativa terapêutica no tratamento do AVENC é um pirazolona denominada Edaravona. O presente trabalho avaliou a o efeito neuroprotetor da Edaravona na dose de 3mg/kg no córtex sensóriomotor primário após lesão isquêmica focal. A indução isquêmica foi induzida através da administração de 40pM do peptídeo vasoconstritor endotelina 1 diretamente sobre o córtex sensóriomotor primário. Foram avaliados animais tratados com Edaravona (N=10) e animais tratados com Água Destilada (N=10) nos tempos de sobrevida 1 e 7 dias após o evento isquêmico. O tratamento com edaravona evidenciou através da análise histopatológica com violeta de cresila uma redução de 49% e 66% na área de infarto nos animais nos tempo de sobrevida 1 e 7 dias respectivamente. Os estudos imunohistoquímicos para micróglia/macrófagos ativos (ED1+) demostraram uma redução na presença de células ED1+ em 35% e 41% para os tempos de sobrevida 1 e 7 dias respectivamente. A redução na presença de neutrófilos (MBS-1+) foi significativa apenas nos animais com tempo de sobrevida de 24h onde se observou a redução em 56% na presença dessas células. A análise estatística foi feita por análise de variância com correção a posteriori de Tukey com p <0,05.

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A descoberta e síntese de antimicrobianos compõem um elemento de suma importância para a saúde, entretanto algumas dessas substâncias tornaram-se obsoletas devido ao surgimento de micro-organismos resistentes à terapêutica convencional. Dentro das formas de tratamento, os produtos naturais são uma fonte inesgotável de substâncias, entre elas a própolis, a qual é conhecida mundialmente devido a sua atividade antimicrobiana. O objetivo deste trabalho foi a análise microbiológica de seis amostras de própolis, coletadas de regiões de Prudentópolis- PR, em tempos distintos de depósito em colmeia, uma com até 40 dias de depósito (Própolis Nova) e outra com mais de 180 dias (Própolis Velha). A atividade antimicrobiana foi verificada frente a Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus e Enterococcus faecalis, através do ensaio de microdiluição em placa com teste colorimétrico usando resazurina. Ao fim dos testes obteve-se os valores variando entre 0,38 a 0,68 mg/ml para a CIM da própolis nova e 0,34 a 1,3 mg/ml para a velha, para os micro-organismos S. aureus e M. luteus tendo valores próximos para ambos assim como a CBM destes, entre 0,38 - 1,62 e 0,67 – 2,6 mg/ml, respectivamente. Da mesma forma, para o E. faecalis foram alcançados os valores de CIM entre 0,76 e 2,73 mg/ml para a própolis nova e 1,34 e 2,72 mg/ml para a própolis velha, bem como valores de CBM de 1,5 a 3,07 e 2,68 a 3,11 mg/ml, respectivamente, nas amostras 1V, 2N, 5V e 5N não se verificou CBM para as concentrações estudadas. Os micro-organismos gram-negativos não foram sensíveis ao própolis. Conclui-se que a própolis nova apresentou melhor ação antimicrobiana, principalmente contra S. aureus e M. luteus. No entanto, os dados também mostram que os valores de CIM e CBM foram bem próximos entre as diferentes própolis, fato que não evidencia razões para que a própolis velha seja descartada.

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Inflammation is an immune complex-related tissue damage and / or cell caused by chemical, physical, immunological or microbial. The inflammatory process involves a complex cascade of biochemical and cellular events, including awareness and receptor activation, lysis and tissue repair. In general, tissue damage trigger a local inflammatory response by recruiting leukocytes, which release inflammatory mediators. These substances are able to sensitize nociceptors. After synaptic transmission and signal modulation by nociceptive sensory neurons, these signals are perceived as pain. Pain is an experience that involves multiple factors. The route of the supraspinal pain control originates in many brain regions, such as substance periarquedutal gray (PAG), median raphe nucleus and rostral ventromedial medulla (RVM) and have a critical role in determining the chronic and acute pain. Anti-inflammatory drugs (NSAIDs) are used to control inflammation, which inhibit the inflammatory mediators, but can cause side effects such as stomach ulcers and cardiovascular damage. An alternative for the treatment of pain and inflammation is the use of plant species. The genus Eugenia belongs to the family Myrtaceae, one of the largest botanical families of expression in the Brazilian ecosystems. From the pharmacological point of view, studies of similar species crude extracts showed the presence of anti-inflammatory, analgesic, antifungal, hypotensive, antidiabetic and antioxidant activity of some species. As a class of importance in therapeutic phytochemical, the flavonoids has represented an important group with significant anti-inflammatory and gastroprotective, and are present in a significant way in the chemical composition of genus Eugenia. The project´s overall objective is to evaluate the antinociceptive and anti-inflammatory activities from hydroalcoholic extract of leaves of Eugenia punicifolia (EHEP). In this work we performed acute toxicity ...

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The increase of the antimicrobial resistance and its propagation around the world are the biggest threats to the public health care and to the treatment of diseases caused by microorganisms. Nowadays the antimicrobial resistance has increased abruptly. The essential oils are volatile and aromatic compounds derived from parts of plants as flowers, leafs, fruits, seeds, roots, sprouts, among others. The activity of extracts and essential oils of several plant species have been recognized and studied by empirical methods since a long time, but its antimicrobial activities were confirmed recently. Medicinal plants are used in folk medicine as medicines, antibiotic, analgesic, sedative and anti-inflammatory. The use of medicinal plants like source of medicines is an alternative of therapeutics for diseases treatment. In Brazil, studies with this goal are very important, once medicinal plants have been used as a choice of treatment and prevention of infections and diseases in health areas. Considering the fact that some products from medicinal plants have antimicrobial properties it is expected that using screening programs, new potential medicaments could be developed. Otherwise, scientific researches focused on determining therapeutic potential of plants are limited, there are lack of scientific studies which confirms the potential antibiotics properties of a large number of plants. The aim of the present study is determinate the antimicrobial activity of 10 medicinal species belonging to CPMA - Collection of Medicinal and Aromatic Plants from CPQBA/UNICAMP. The minimal inhibitory (MIC) and minimal bactericidal or fungicidal concentration (MBC) will be determined against the bacteria Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella choleraesuis, Staphylococcus aureus and the yeast Candida albicans. Furthermore, will be conducted chemical identification and fractionation of essential oils and extract with better activity

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), leishmanioses são antropozoonoses e estão entre as seis doenças tropicais de maior importância no Velho Mundo e nas Américas. São endêmicas em 88 países e estima-se que sua prevalência seja de 12 milhões de casos no mundo. Nas duas últimas décadas, o número de casos tem aumentado, assim como sua ocorrência geográfica. No Brasil, é uma realidade em diversos estados, apresentando perfis epidemiológicos diferentes. A terapêutica empregada atualmente conta com poucos fármacos, em uso há mais de 40 anos, e que apresentam potencial nefro, hepato e cardiotóxico. Além disto, são contraindicados a idosos e gestantes, o que caracteriza mais um entrave à terapêutica atual. Tendo em vista a imensa biodiversidade brasileira, uma fonte alternativa para o tratamento destas e outras inúmeras enfermidades é a busca de novas moléculas por meio da pesquisa com extratos vegetais e seu fracionamento, a partir de diferentes espécies de plantas. Este trabalho avaliou a atividade leishmanicida do extrato acetato de etila, frações e subfrações obtidas da planta Baccharis trimera (Less.) DC sobre a espécie Leishmania amazonensis. Os ensaios biológicos foram realizados in vitro pelo método colorimétrico de MTT (Brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil-tetrazólio) utilizando formas promastigotas do parasito e macrófagos da linhagem J774, para estudos de citotoxicidade. Os testes foram realizados em triplicata, utilizando-se microplacas de 96 orifícios. Como resultado, três frações (CI50 = 23,56 μg/mL; 29,89 μg/mL; 42,31 μg/mL) e cinco subfrações (CI50 < 1,56 e CI50 = 5, 07 μg/mL ; 5,21 μg/mL; 24,61 μg/mL) apresentaram interessante potencial leishmanicida, sendo que duas destas subfrações também demonstraram baixa citotoxicidade (IS = 64,1). A partir de análises cromatográficas das frações e subfrações... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo)

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Os peptídeos têm sido amplamente estudados e demonstrados como uma estratégia promissora no combate a micro-organismos patogênicos, devido aos inovadores mecanismos de ação que apresentam e a menor indução de resistência nos microorganismos. Os peptídeos da família das Histatinas, naturalmente presentes na saliva humana, são os principais agentes que auxiliam na cicatrização e oclusão de feridas, re-epitelização e, além disso, dispõem de mecanismos de ação contra microorganismos, em especial, a Candida albicans. O agente etiológico da Candidiose bucal é a Candida albicans, um patógeno de origem fúngica, que acomete indivíduos de todas as idades, indivíduos imunologicamente debilitados e, especialmente, os usuários de próteses dentárias. Um importante fator de virulência da Candida albicans é a habilidade de formar biofilmes, estrutura comunitária microbiana revestida por exopolissacarídeos, capaz de aderir-se a superfícies lisas. Os biofilmes associam-se com a capacidade de causar infecções, com o desenvolvimento de resistência contra o sistema imune do hospedeiro e contra os antifúngicos. O uso indiscriminado e a exposição prolongada aos antifúngicos induz o surgimento de resistência a esses medicamentos, além disso existem cepas de Candida albicans resistentes ao tratamento com antifúngicos azólicos. Devido a isso surge a necessidade de desenvolvimento de novos alvos terapêuticos. O objetivo desse estudo consiste no desenvolvimento de análogos da Histatina-5 com algumas modificações estruturais, a fim de potencializar a ação terapêutica já comprovada dos peptídeos da família das Histatinas. A Histatina-5GH apresenta maior carga positiva que os demais peptídeos devido a troca de duas glicinas na estrutura da Histatina-5 por duas histidinas. Por sua vez, a Histatina-5SC possui o resíduo de serina C-terminal substituído por...

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Os peptídeos têm sido amplamente estudados e demonstrados como uma estratégia promissora no combate a micro-organismos patogênicos, devido aos inovadores mecanismos de ação que apresentam e a menor indução de resistência nos microorganismos. Os peptídeos da família das Histatinas, naturalmente presentes na saliva humana, são os principais agentes que auxiliam na cicatrização e oclusão de feridas, re-epitelização e, além disso, dispõem de mecanismos de ação contra microorganismos, em especial, a Candida albicans. O agente etiológico da Candidiose bucal é a Candida albicans, um patógeno de origem fúngica, que acomete indivíduos de todas as idades, indivíduos imunologicamente debilitados e, especialmente, os usuários de próteses dentárias. Um importante fator de virulência da Candida albicans é a habilidade de formar biofilmes, estrutura comunitária microbiana revestida por exopolissacarídeos, capaz de aderir-se a superfícies lisas. Os biofilmes associam-se com a capacidade de causar infecções, com o desenvolvimento de resistência contra o sistema imune do hospedeiro e contra os antifúngicos. O uso indiscriminado e a exposição prolongada aos antifúngicos induz o surgimento de resistência a esses medicamentos, além disso existem cepas de Candida albicans resistentes ao tratamento com antifúngicos azólicos. Devido a isso surge a necessidade de desenvolvimento de novos alvos terapêuticos. O objetivo desse estudo consiste no desenvolvimento de análogos da Histatina-5 com algumas modificações estruturais, a fim de potencializar a ação terapêutica já comprovada dos peptídeos da família das Histatinas. A Histatina-5GH apresenta maior carga positiva que os demais peptídeos devido a troca de duas glicinas na estrutura da Histatina-5 por duas histidinas. Por sua vez, a Histatina-5SC possui o resíduo de serina C-terminal substituído por...

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Projeto de Graduação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciada em Fisioterapia

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Introdução: A ocupação na sua dimensão terapêutica associada ao tratamento de pessoas com doença mental foi-se implementando, ganhando credibilidade e difundindo desde o início do século XX. O processo de reabilitação e de recuperação psicossocial tem como objetivo intrínseco, ensinar e treinar os indivíduos incapacitados pela doença mental para o desempenho das habilidades físicas, emocionais e intelectuais necessárias à vida autónoma. As atividades de ocupação terapêutica (AOT) dirigem-se ao desempenho funcional do participante utilizando técnicas terapêuticas selecionadas enquadradas na relação interpessoal enfermeiro-cliente. Objetivos: Propor o raciocínio, a estratégia, os determinantes, os domínios, e os benefícios das intervenções estruturadas em AOT. Disseminar o conceito de atividade de ocupação terapêutica enquanto intervenção de enfermagem estruturada em reabilitação psicossocial, estabelecendo uma dinâmica particular entre os seus 3 elementos nucleares: enfermeiro-cliente-atividade. Metodologia: Ensaio teórico descrevendo o conceito de atividade de ocupação terapêutica em enfermagem na dinâmica entre 3 elementos nucleares: enfermeiro-cliente-atividade. Aborda-se o raciocínio clínico de enfermagem envolvendo complexidade, reflexividade, criatividade, intuição e cognição do enfermeiro. O planeamento da AOT é centrado na pessoa, respeita a avaliação das necessidades humanas fundamentais (NHF) e o estilo de vida dos clientes, garantindo potencial terapêutico e utilidade clínica (Melo-Dias, Rosa & Pinto, 2014). Faz-se análise descritiva dos objetivos, determinantes e benefícios das AOT com ênfase na autonomia do enfermeiro no diagnóstico, prescrição, execução e avaliação das intervenções. Resultados: As atividades de ocupação terapêutica (AOT) são a atividade ou conjunto de atividades organizadas e sistemáticas que estruturam e dirigem o desempenho funcional do participante, enquadradas na relação interpessoal enfermeiro-cliente e na avaliação das NHF, utilizando técnicas terapêuticas selecionadas e prescritas consoante o/s objetivo/s pretendido/s, com efeitos psicoterapêuticos, psicoeducacionais, psicomotricionais, psicossociais, socioterapêuticos, e espirituais, no sentido de promover, prevenir, habilitar, manter e/ou recuperar e desenvolver as habilidades da pessoa na obtenção do potencial máximo de desempenho, de autonomia e de satisfação nas suas NHF, nas atividades de vida, na ocupação para a realização, e na recreação (Melo-Dias et al., 2014). O programa de AOT respeita sempre a avaliação das NHF, preferências dos clientes e estilo de vida, mantendo a adequação clínica, num cliente adequadamente informado. Deverão proporcionar o máximo de utilidade mantendo o vínculo com a personalização, especificidade e habilidades disponíveis, garantindo o seu fundamento na evidência científica (Mueser, Deavers, Penn, & Cassisi, 2013). Conclusões: As AOT decorrem no ambiente clínico de enfermagem, com base na caracterização das NHF dando resposta exclusiva a problemas/focos de atenção de enfermagem, sendo por isso prescritas, implementadas e avaliadas pelos enfermeiros, em função do raciocínio clínico e diagnósticos de enfermagem (Melo-Dias et al., 2014). Enfatiza-se a pessoa no centro da decisão e da motivação das dinâmicas que o terapeuta vai desenvolvendo nas diferentes dimensões, de natureza sensoriomotora, cognitiva ou psicossocial. Encorajamos a utilização desta ferramenta terapêutica, porque para o enfermeiro, um resultado significativo é também prevenir a morbilidade e promover os processos de readaptação (Ordem dos Enfermeiros, 2001).