1000 resultados para Ruptura esplênica
Resumo:
A urolitíase é uma doença freqüente no semi-árido em ovinos e caprinos alimentados com grãos, principalmente quando a relação Ca:P não é corrigida e são utilizadas grandes quantidades de concentrado. De 28 ovinos com urolitíase atendidos no Hospital Veterinário da UFCG, 19 morreram e 9 receberam alta, dos 15 caprinos 12 morreram e 3 receberam alta. As alterações mais freqüentes foi presença de cálculos na uretra e bexiga, uretrite hemorrágica difusa severa, uretrite purulenta, ruptura de uretra com presença de urina no tecido subcutâneo, cistite hemorrágica necrosante, ruptura de bexiga, hidronefrose, nefrite necrosante difusa, abscesso renal, pielonefrite, hemorragia renal e ruptura renal. A gravidade das lesões observadas justifica a alta letalidade apesar dos tratamentos medicamentosos e cirúrgicos. A medida preventiva mais importante é a correção dos níveis de Ca e P. Recomenda-se, também, a administração de volumosos em boa quantidade e qualidade e, nos casos em que a quantidade de concentrados seja superior a 1,5% do peso vivo, a administração de cloreto de amônia a 1% no concentrado e a administração de cloreto de sódio em concentrações de 0,5 até 4%. Deve ser administrada água de boa qualidade à vontade. É necessário abolir a prática, extremamente utilizada em caprinos e ovinos, de administrar sal mineral em animais alimentados com grãos e subprodutos dos mesmos.
Resumo:
Foram estudados casos espontâneos de intoxicação crônica por samambaia (Pteridium aquilinum) em bovinos nas formas clinicopatológicas de carcinoma de células escamosas (CCE) no trato alimentar superior (TAS) e de hematúria enzoótica bovina (HEB), provenientes da Mesorregião Centro Ocidental Rio-Grandense e encaminhados ao Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria. Para o estudo clínico foram avaliados os sinais clínicos de bovinos com CCEs no TAS e com HEB e realizados hemogramas na fase terminal da doença. Os principais sinais clínicos nos bovinos com CCEs no TAS foram emagrecimento progressivo, atonia ruminal, tosse, disfagia, timpanismo e regurgitação. Nos bovinos com HEB, hematúria foi o principal sinal, observado em todos os casos, seguido de emagrecimento progressivo. No exame hematológico, 33,33% dos bovinos com CCEs no TAS e 66,67% dos bovinos com HEB apresentaram anemia arregenerativa. Alterações no leucograma ocorreram em alguns casos, mas linfopenia foi um achado infreqüente em ambas as formas de intoxicação. Para o estudo morfológico, foram avaliadas as bexigas de 46 bovinos com CCEs no TAS e de 11 bovinos com HEB. Macroscopicamente, 16/46 bexigas dos casos de CCEs no TAS apresentaram alterações macroscópicas, que consistiam nódulos vermelhos ou pálidos, hemorragia e papilomas; urina vermelha foi observada na necropsia de apenas três casos). Nos casos de HEB, os achados macroscópicos vesicais foram nódulos vermelhos, massas neoplásicas focalmente extensas, urina vermelha, papilomas, hemorragias e ruptura de bexiga; pielonefrite e hidronefrose foram observados em poucos casos. Histologicamente, 44/46 (95,65%) bexigas de bovinos com CCEs no TAS apresentaram 22 tipos diferentes de alterações morfológicas, que foram classificadas em alterações neoplásicas (5/22) e alterações não-neoplásicas (17/22); essas últimas foram divididas em alterações epiteliais não-neoplásicas (6/17), alterações gerais na lâmina própria (6/22) e alterações inflamatórias (5/17). Os achados histológicos das bexigas dos casos de HEB foram classificados da mesma forma, resultando em 19 tipos diferentes de alterações morfológicas. Dessas, 5/19 eram alterações neoplásicas e 14/20, alterações não-neoplásicas (9/14 alterações epiteliais não neoplásicas, 3/14 alterações gerais na lâmina própria e 2/14 alterações inflamatórias). Na HEB, os neoplasmas mesenquimais foram mais freqüentemente observados que os epiteliais, e a maior parte era maligna. A técnica de imuno-histoquímica foi utilizada para caracterizar os aspectos morfológicos, principalmente dos neoplasmas. Através do estudo morfológico concluiu-se que é muito freqüente a ocorrência de lesões vesicais em bovinos com a forma crônica de CCEs no TAS e que essas lesões são idênticas às encontradas nos bovinos com HEB.
Resumo:
A ruptura do ligamento cruzado cranial é uma das causas mais comuns de claudicação do membro pélvico de cães. A radiografia e a ultrassonografia são métodos de diagnóstico frequentemente utilizados na rotina clínica de pequenos animais, porém a tomografia computadorizada é uma modalidade de imagem ainda pouco estudada para avaliar a articulação do joelho de cães. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a contribuição do contraste negativo na artrografia tomográfica do joelho normal de cães, para visibilizar as estruturas intra-articulares e padronizar o uso desse contraste na articulação. Foram utilizados 24 membros pélvicos de cães de raças variadas, selecionados pela ausência de histórico de doença articular prévia do joelho e por apresentarem exames radiográficos, ultrassonográficos e macroscópicos normais. O experimento foi delineado em dois grupos, sendo o grupo I constituído de animais com peso até 20 kg e grupo II acima de 20 kg. Foram feitos cortes tomográficos com o membro flexionado e estendido. A quantidade média de ar empregada para a distensão da cápsula articular foi de 49 ml para o Grupo I e de 81 ml para o Grupo II. Utilizou-se um tubo de látex na porção distal à articulação do joelho para reduzir o escape de ar pelo tendão extensor digital profundo, que possui comunicação intra-articular. Foi possível visibilizar pela imagem tomográfica, em todas as articulações, as seguintes estruturas: ligamento cruzado cranial e caudal, meniscos medial e lateral, ligamento patelar, ligamentos colaterais e cápsula articular. Desta forma, o contraste negativo se mostrou uma alternativa eficaz para auxiliar a identificação das estruturas anatômicas do joelho na artrografia tomográfica.
Resumo:
Entre janeiro de 1990 e dezembro de 2010 foram necropsiados 4.872 cães no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (LPV-UFSM). Destes, 76 (1,6%) apresentaram urólitos em algum local do sistema urinário. O perfil epidemiológico dos cães afetados demonstrou o predomínio de machos (64,5%), adultos (52,6%) e com raça definida (56,6%). Sinais clínicos indicativos de urolitíase foram reportados em 30,3% dos casos e consistiram principalmente de hematúria, anúria, disúria e incontinência urinária. Os urólitos tiveram localização única ou múltipla e os locais anatômicos mais frequentemente acometimentos, em ordem decrescente de frequência, foram: bexiga, rim e uretra. Urolitíase ureteral não foi observada. Lesões secundárias à urolitíase foram observadas em aproximadamente 40% dos cães afetados; as mais prevalentes, em ordem decrescente de frequência, foram: cistite, obstrução uretral, hidroureter, hidronefrose, ruptura vesical (com uroperitônio) e pielonefrite. Em 25% dos cães afetados ocorreu morte espontânea ou eutanásia decorrente das lesões secundárias à urolitíase. Lesões extra-renais de uremia foram observadas em 11,8% dos casos.
Resumo:
Com o objetivo de realizar um estudo abrangente das lesões do sistema urinário em cães e determinar a sua prevalência, epidemiologia, importância clínica e possíveis causas associadas, foram revisados os protocolos de necropsias de cães realizadas no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2010 no LPV-UFSM. Nesse período foram necropsiados 3.189 cães e destes, cerca de 30% apresentaram lesões no sistema urinário. Na maioria dos cães (79,1%) foram observadas lesões únicas e em aproximadamente 21% havia lesões múltiplas no sistema urinário, totalizando 1.373 lesões. Destas, 1.014 (73,8%) foram observadas no rim. No trato urinário inferior (TUI) foram diagnosticadas 359 (26,2%) lesões. Um terço das lesões no sistema urinário dos cães necropsiados foram causa de morte espontânea ou razão para eutanásia (ME/EUT). As demais foram consideradas como achados incidentais. As principais lesões renais diagnosticadas, em ordem decrescente de prevalência, foram: nefrite túbulo-intersticial, infarto, nefrite granulomatosa (parasitária), glomerulonefrite, neoplasmas metastáticos/multicêntricos, pielonefrite/ pielite e hidronefrose. As principais lesões do TUI diagnosticadas, em ordem decrescente de prevalência, foram: cistite, presença de inclusões virais (morbilivírus), urolitíase, dilatação da bexiga, ruptura de bexiga (com uroperitônio) e neoplasmas metastáticos/multicêntricos. As características epidemiológicas como sexo, raça e idade dos cães afetados tiveram variações expressivas de acordo com o tipo de lesão diagnosticada. Uremia foi observada em um número significativo de casos de ME/EUT e foi principalmente secundária a lesões renais.
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O objetivo do trabalho foi descrever os parâmetros hematológicos e as alterações histopatológicas em bijupirás infectados por Amyloodinium ocellatum. Um grupo de 27 peixes foi anestesiado para coleta de amostras de sangue e eutanasiados para coleta de muco e fragmentos de tecido cutâneo e branquial. Foram avaliadas a prevalência e a intensidade parasitária da infecção, assim como os valores de parâmetros hematológicos e alterações histopatológicas. A prevalência parasitária nas brânquias foi de 100% e no muco foi de 80,8% e as intensidades parasitárias médias foram de 683,5 nas brânquias, e 67,1 no muco cutâneo. Os valores médios dos parâmetros hematológicos foram: eritrócitos 4,3x10(6)µL; VG 26%; VGM 64,2fL; proteína plasmática 5,8mg/dL; trombócitos 5,2 x10³/µL e leucócitos 3,6 x10³/µL. Além disso, foram verificadas hiperplasia do epitélio respiratório acompanhada de fusão lamelar, descolamento do epitélio, dilatação do seio venoso, formação de aneurisma, ruptura do epitélio lamelar, hemorragia, necrose, reação inflamatória linfocítica. O parasito foi observado nas lamelas branquiais, o VMA variou do grau discreto ao severo e o IAH foi de 76,8. A pesquisa assume importância por se tratar dos primeiros estudos em Rachycentron canadum, um peixe que se destaca com potencial ao cultivo.
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São descritos surtos de intoxicação espontânea por Cestrum intermedium em bovinos leiteiros do Município de Salgado Filho, sudoeste do Estado do Paraná, com morte de dezesseis bovinos de um total de 72 de quatro pequenas propriedades. O histórico obtido nessas propriedades incluía curso clínico agudo, com morte em menos de 24 horas. Em todas foram observadas elevada lotação por área com escassa pastagem disponível e grande quantidade de plantas arbustivas identificadas como C. intermedium e com sinais de terem sido consumidas pelos animais. Dois bovinos foram necropsiados e os achados mais importantes foram congestão de mucosas conjuntivais e vulvovestibular; hemorragias e evidenciação do padrão lobular no fígado; hemorragia, congestão e edema pulmonares; congestão esplênica e encefálica, além de hemorragias multifocais no coração. Amostras de tecidos desses bovinos foram avaliadas, com alterações histológicas importantes no fígado, caracterizadas por necrose acentuada de hepatócitos e hemorragia, indicativas de hepatopatia tóxica aguda e, no encéfalo, foram observadas alterações astrocitárias em substância branca de cérebro e cerebelo e na substância cinzenta do cerebelo, caracterizadas por tumefação celular com citoplasma amplo e eosinofílico, núcleo picnótico, ora excêntrico. Essas alterações astrocitárias foram evidenciadas pela técnica de imuno-histoquímica (IHQ), com imunomarcação fortemente positiva para os anticorpos anti-proteína S100 (anti-S100) e anti-proteína glial fibrilar ácida (anti-GFAP). O trabalho visa enfatizar em lesões encefálicas relacionadas à hepatotoxicidade aguda em bovinos.
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A jaguatirica (Leopardus pardalis) é uma das espécies de felino silvestre que pouco foi investigada quanto a sua morfologia. Assim, o estudo objetivou detalhar a origem e distribuição dos ramos colaterais da aorta abdominal deste animal. Avaliou-se dois exemplares, sendo um macho e uma fêmea, jovens, provenientes de Paragominas-PA, doados ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O sistema arterial foi preenchido com látex pigmentado de vermelho e os cadáveres foram preservados com solução de formaldeído tamponado a 10%. A aorta abdominal do L. pardalis teve origem entre T12 e L1, sendo a artéria celíaca o primeiro ramo visceral no sentido crânio-caudal, resultando nas artérias hepática, gástrica esquerda e esplênica. A artéria mesentérica cranial surgiu como segundo ramo da aorta abdominal, originando as artérias jejunais. Na sequência localizamos artéria pancreáticoduodenal caudal, artérias ileais, artérias ileocólicas, artérias renais direita e esquerda, artérias adrenais direita e esquerda e artérias ováricas ou testiculares direita e esquerda. Parietalmente, a aorta abdominal originou em média seis ramos lombares, bem como a artéria frenicoabdominal, as artérias circunflexas ilíacas profundas e artérias ilíacas externa e interna. A aorta abdominal gerou ainda a artéria mesentérica caudal, a qual dividiu-se em artérias cólica esquerda e retal cranial. A artéria cólica esquerda seguiu cranialmente paralela ao cólon descendente irrigando-o, originando em média 18 ramos, e anastomosando-se com a artéria cólica média. A artéria retal cranial seguiu em direção caudal distribuindo oito ramos à porção final do cólon descendente e ao reto, e uniu-se com a artéria retal média. Por fim, a aorta abdominal emitiu como ramo terminal a artéria sacral mediana. A vascularização arterial abdominal desta espécie é bastante semelhante ao descrito em felinos domésticos e demais mamíferos, com diferenças quanto ao número de artérias jejunais e origem das artérias renais.
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RESUMO: A ultrassonografia é um método de imagem não invasivo e uma ferramenta importante para o diagnóstico de uma variedade de enfermidades de animais. Neste trabalho foi realizada a técnica de ultrassonografia transabdominal em cinco tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), dois machos e três fêmeas, pertencentes ao Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso e acompanhada a necrópsia de um animal morto de causas naturais. Os animais do zoológico foram anestesiados com Tiletamina e Zolazepam (Zoletil®) e mantidos em plano anestésico com Isofluorano. Foram realizadas varreduras com transdutor linear (LA332) multifrequencial de 3,0 a 11 MHz do fígado, vesícula biliar, estômago, baço, rins, bexiga e testículos. Os resultados obtidos mostram que existem semelhanças entre a arquitetura esplênica, a textura e ecogenicidade hepática, a posição e a aparência ultrassonográfica da vesícula biliar quando comparado com a dos caninos. Existem diferenças como localização renal, localização dos testículos, espessura da parede do estômago e presença de liquido livre anecóico entre o estômago, baço e rim esquerdo em todos os animais estudados.
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Nesta espécie ocorrem dois tipos de tricomas secretores: glândula perolada e tricoma saculiforme. Ambos originam-se na protoderme do primórdio foliar e atingem sua maturidade nas folhas jovens presentes no ápice caulinar. A densidade dos dois tipos de tricomas diminui durante a expansão do limbo, sendo raros na folha adulta. As glândulas peroladas são constituídas por uma célula basal e por uma célula apical grande cuja forma varia de semi-globóide a espatulada. A liberação da secreção ocorre após a ruptura da cutícula distendida. Os tricomas saculiformes são constituídos por uma célula basal, 1-2 células colares e uma célula apical cônica, de posição inclinada à superfície foliar. A secreção acumula-se em espaços subcuticulares diminutos, não tendo sido observada ruptura da cutícula.
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Áreas verdes, ruas e praças arborizadas em locais urbanos são características que apenas recentemente adquiriram relevância no mundo ocidental. Parece que os habitantes antigos das cidades não valorizavam uma estreita proximidade com plantas. Neste artigo, sugere-se que isso é uma conseqüência de uma ruptura entre o homem e a natureza, que ocorreu na emergência da tradição judaico-cristã na história da civilização ocidental. A ausência de laços entre natureza e cristianismo é evidente na ausência de árvores, jardins e outros aspectos representativos da natureza em torno de templos cristãos. O cristianismo também representou o fim da mitologia, um processo que conduziu ao desenvolvimento do pensamento racional, favorecendo assim o desenvolvimento da ciência. Por seu turno, as conquistas científicas dos séculos 17 e 18 reforçaram a confiança na superioridade do ser humano e fortaleceram o suposto direito do homem, baseado em fundamentos religiosos, de domínio sobre a natureza. A sobrevalorização dos conhecimentos derivados da ciência e do mundo civilizado e a negação dos valores dos povos selvagens conquistados levaram à extinção das tradições e línguas de muitas nações nativas. Uma ressurgência dos valores ligados à natureza no mundo civilizado ocidental ocorreu apenas com o Movimento Romântico do século 19, ainda restrito à elite. Uma forte valorização dos componentes naturais veio no século 20, especialmente em suas últimas décadas, com o Movimento Ambientalista. Mas a antiga noção de que a natureza existe para servir ao homem ainda prevalece em muitos setores da sociedade. Defende-se aqui o ponto de vista de que é necessário recorrer-se a itens éticos e morais para defender e preservar a natureza. Especial ênfase é dada ao argumento de que uma importante contribuição ao Movimento Ambientalista Mundial seria a união de todas as religiões, assumindo como uma de suas prioridades a proteção da natureza e dos seres silvestres, uma vez que itens ligados à ética e à moral são melhor absorvidos pela mente humana quando administrados por via religiosa.
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O modelo feminino mariano destaca modos de comportamentos tais como submissão, humildade, generosidade etc. Tais comportamentos compõem as . Há possibilidades de se contrapor a este poder através de uma (Bourdieu 2003). Ao lado dessa perspectiva, destacamos que o amor materno não pode ser compreendido com ênfase na dominação; há algo de uma ordem maior que se aproxima do ágape cristão (Mayblin 2010). Este amor materno pode ser interpretado como uma ideia-valor (Dumont 2000) que orienta e ordena a ação dos indivíduos. Os autores discutem em que medida e quais os limites de se pensar o marianismo como uma ruptura com a ordem masculina.
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Neste artigo tenho como objetivo discutir a relevância dos estudos de religião para a compreensão de dinâmicas do crime violento em periferias e favelas nas cidades. A abordagem analítica que desenvolvo aqui é inspirada, em parte, nas contundentes reflexões feitas sobre a adesão ao evangelismo não como ruptura com o universo simbólico e semântico anterior. No entanto, se essas análises consideravam a combinação de elementos de outras religiões no interior do pentecostalismo, chamo atenção para combinações, fluxos e passagens entre o universo cristão e criminal ativado por evangélicos e traficantes de drogas no contexto de favelas. Entre os anos 1980 e 2000 são intensas as mudanças verificadas no contato de traficantes com o universo religioso local, evidenciadas pelos símbolos religiosos, mensagens e orações dispostas nos muros, em altares e em outdoors na favela, assim como em tatuagens nos corpos dos próprios traficantes. Os dados empíricos que sustentam minhas análises estão baseados, principalmente, em pesquisas de campo realizadas nas favelas de Acari (nas décadas de 1990 e 2000) e Santa Marta (entre os anos 2005 e 2009).
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Biopolímeros como polissacarídeos e proteínas, têm despertado interesse recentemente, como matérias primas para embalagens comestíveis e/ou biodegradáveis. Os materiais a serem desenvolvidos devem possuir boas propriedades mecânicas e aparência, para proteger e apresentar o produto embalado. Este trabalho teve como objetivo a caracterização das propriedades mecânicas e óticas de biofilmes à base de proteínas miofibrilares de tilápia-do-nilo, em função do pH (2,0-3,0), da concentração de proteína (Cp= 0,5-2,0g/100g solução) e do teor de glicerol (Cg= 30-70g/100g proteína) da solução filmogênica (SF). Foram determinadas a força e a deformação na ruptura por teste de perfuração e a opacidade aparente através de espectrofotometria, à 22ºC e umidade relativa ambiente. Os biofilmes obtidos nessas condições de ensaio apresentaram-se manuseáveis e transparentes. A força e a deformação na ruptura apresentaram comportamentos opostos em função da Cg (pH= 2,5 e Cp= 1,25 g/100g solução): a variação da Cg de 30 a 70% provocou uma variação na força e na deformação na ruptura entre 6,67N e 2,94N e 2,71% e 7,5%, respectivamente. A Cg e o pH exercem influência significativa sobre a força na ruptura (p< 0,05). Porém nenhum dos fatores estudados demonstrou ter influência significativa sobre a deformação na ruptura ou sobre a opacidade aparente dos biofilmes.
Resumo:
A maceração dinâmica do milho submetido previamente à ruptura do seu pericarpo foi comparada com o processo convencional de maceração da moagem úmida para produção de amido e subprodutos. Os rendimentos das frações do grão (germe, fibra, amido e glúten) foram obtidos após o procedimento de moagem em laboratório utilizando as duas técnicas de maceração, com e sem a presença do ácido láctico, numa solução de dióxido de enxofre (SO2) e maceração em água sem esses componentes. A maceração em água pura resultou no menor rendimento de amido, como era esperado, e alta produção de fibra confirmando a necessidade do uso do SO2 e do ácido lático na solução de maceração. A técnica de maceração dinâmica mostrou-se vantajosa sobre a técnica convencional produzindo maior quantidade de amido com redução do tempo de 24-36 horas para até 5 horas. Estes resultados indicaram a viabilidade do novo processo e confirmam que o longo tempo necessário no processo convencional é devido principalmente às limitações difusionais do SO2 para o interior dos grãos.