983 resultados para Rio de Janeiro (RJ) Carnaval Séc. XX


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O presente trabalho se insere nos estudos de diversidade sexual e de gnero na sua relao com a implementao do Programa Rio sem Homofobia como parte do processo de cidadanizao de lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no contexto Fluminense. O Programa instituiu a fundao de Centros de Cidadania LGBT (CC) que contam com profissionais para atenderem essas pessoas. O trabalho de campo teve por objetivo principal a observao da interao entre profissionais e usurio (as) nos atendimentos e acompanhamentos realizados nestes locais. Atravs desta observao, buscou-se compreender os processos pelos quais se constroem demandas a serem encaminhadas para outros servios. Inspirada em reflexes ps-estruturalistas e ps-colonialistas, tentou-se refletir sobre o processo de cidadanizao LGBT e processos sociais globais, em que o Estado brasileiro aparece como ator-chave na formulao de polticas identitrias, ou "focalistas", o que para muitos profissionais no campo das polticas sociais torna-se o foco de um intenso debate. Observou-se a interao entre profissionais e usurio (as) a partir de conceituaes de Strauss (1997) sobre identidade como sendo construdas no decorrer da interao. Ao longo do trabalho apresentam-se os casos emblemticos em que h uma perturbao na interao e em seu status, como uma forma de rudo na comunicao entre os envolvidos no atendimento.

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O Estado do Rio de Janeiro possui indicadores de produo muito baixos na realizao de exames de cncer de mama. Na tentativa de melhorar o acesso aos exames, principalmente em regies com baixa densidade populacional onde a aquisio de mamgrafos no custo-efetiva, o uso da mamografia mvel uma alternativa para aumentar a execuo de exames de rastreamento de cncer de mama. O objetivo desta pesquisa a construo de um modelo computacional para definir a alocao de mamgrafos mveis. O Modelo considera as variveis associadas com os custos e prazos, indicando quando, onde e por quanto tempo, as unidades mveis de mamografia devem permanecer em cada cidade. O modelo foi construdo no software de modelagem e simulao Anylogic, usando tcnicas de modelagem baseada em agentes. O principal resultado determinar o percurso de cada veculo disponvel, para oferecer a cobertura desejada em cada cidade. Todas as entradas so parametrizadas, permitindo simular diferentes cenrios e fornecer informaes importantes para o processo de tomada de deciso. O horizonte de tempo, nmero de mamgrafos (fixos e mveis), a cobertura desejada da populao, a capacidade de produo de cada dispositivo, a adeso da populao urbana e rural, entre outras variveis, foram consideradas no modelo. Os dados da Regio Serrana do Rio de Janeiro foram usados nas simulaes, onde menos de metade das cidades possuem mamgrafos fixos. Com o modelo proposto foi possvel determinar a distribuio de cada dispositivo fsico e o nmero timo de unidades mveis de mamografia para oferecer cobertura totalidade da populao no ciclo de dois anos. O nmero de mamgrafos para oferecer cobertura de toda a populao da regio poderia ser reduzido pela metade com o modelo de alocao proposto neste trabalho. A utilizao de mamografia mvel, em conjunto com a rede existente de mamgrafos fixos, procura maximizar a disponibilizao de exames de testes de diagnstico de cncer de mama no estado do Rio de Janeiro. O desenvolvimento de um modelo de roteamento que aperfeioa a cobertura de rastreio do cncer de mama apresentado como um complemento importante na tentativa de melhorar o acesso populao residente em reas urbanas e rurais dos municpios.

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Trata-se de um estudo sobre o processo de trabalho dos citotcnicos que atuam em laboratrios de Anatomopatologia e Citopatologia no Estado do Rio de Janeiro, cujo objetivo geral : analisar a percepo dos citotcnicos sobre as competncias necessrias execuo de sua atividade laboral; e especficos: (1) descrever a atividade laboral do citotcnico; (2) identificar o modo de produo da atividade por meio das inter-relaes de trabalho; (3) conhecer e compreender as implicaes do trabalho do citotcnico nas aes de controle do cncer. A investigao foi de abordagem qualitativa, de natureza descritiva e social, realizada em trs laboratrios de Anatomopatologia e Citopatologia no Estado do Rio de Janeiro, com a participao de 33 citotcnicos. Os dados foram obtidos pela tcnica de entrevista semiestruturada, aplicao de questionrio, e grupo focal, no perodo de janeiro a agosto de 2014, e analisados com base na Anlise de Contedo de Bardin, tendo como unidade de registro o tema. Os resultados revelaram: dos 33 citotcnicos, 73% so do sexo feminino; 34% esto distribudos em igual percentual para as faixas etrias entre 41 a 50 anos e 51 a 60 anos. Com relao varivel do grau de escolaridade, 43% possuem especializao e 24% concluram o curso superior. Em relao ao cargo exercido, 73% atuam como citotcnicos e 70% so funcionrios pblicos. O trabalho do citotcnico tem especificidade nica desse trabalhador de nvel tcnico, que a realizao da primeira anlise do exame citopatolgico, com aes articuladas e complementares de natureza tcnica, de gesto, e educativas vinculadas equipe, com nfase nos princpios de preveno e promoo da sade. Por meio da escala de avaliao do contexto de trabalho, foram avaliadas as condies fsicas, materiais e organizacionais do processo de trabalho. O quesito clareza, na definio das tarefas, foi o maior valorado com 4,7% de mdia, seguido das relaes socioprofissionais com mdia de 4,0%. Os resultados da anlise de contedo revelaram: na trajetria da atividade laboral, emergiram quatro categorias associadas motivao e ao ingresso na ocupao por pessoas de referncia na formao, acesso ao mercado de trabalho, busca pelo aperfeioamento profissional e aprendizagem prtica no trabalho; no conceito de modo de produo, emergiram cinco categorias: responsabilidade de salvar vidas, crtica em relao ao prprio trabalho com qualidade, caractersticas fsicas, atividades distintas do citotcnico e do histotcnico, viso do trabalho com otimismo; nas condies de trabalho, emergiram quatro categorias: trabalho em equipe e responsabilidade individual, ambiguidade em relao autonomia, precarizao do trabalho, esperana no reconhecimento da profisso. O trabalho do citotcnico uma ocupao fracamente regulamentada, que se caracteriza por ausncia de perfil profissional especfico compatvel com o escopo de prtica real observada no trabalho levando a condies de trabalho precrio. O reconhecimento ocorre entre os prprios trabalhadores que se valorizam por serem responsveis pela promoo da sade tornando seu trabalho socialmente til.

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O presente estudo aborda a Formao Acadmica e Profissional em Servio Social tomando como objeto o Corpo Docente das Faculdades Pblicas de Servio Social do Estado do Rio de Janeiro. Tomamos como referncia o projeto tico poltico do Servio Social, especialmente, o projeto de formao da ABEPSS, parte e expresso do primeiro. Observamos que os docentes so sujeitos imprescindveis no processo de formao dos graduandos e, ainda que no determinem o posicionamento e a direo social escolhidos pelos futuros profissionais, colaboram ou no para um processo de formao crtica que pode contribuir para que o futuro assistente social tenha o perfil profissional explicitado nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS: profissional dotado de formao intelectual e cultural, generalista e crtica, competente em sua rea de desempenho, com capacidade de insero criativa e propositiva, no conjunto das relaes sociais e no mercado de trabalho (ABEPSS, 2002). Partimos da hiptese de que a disputa por projetos distintos no interior do Servio Social vem se dando no meio acadmico de maneira velada no sentido de que tudo o que diz respeito ao Servio Social pode se articular ao projeto tico-poltico, como se o mesmo no resultasse de um processo ligado teoria crtica e de uma mudana ideopoltica no interior da categoria dos assistentes sociais. Consequentemente, a presena nos espaos da academia de tendncias conservadoras e neoconservadoras, vem aprofundando o afastamento do debate/problematizao de questes essenciais profisso como, por exemplo, o cotidiano e o exerccio profissional. Concluimos que se por um lado, o perfil docente, no que diz respeito formao dos professores pesquisados, um perfil que pode responder s necessidades do projeto de formao acadmica e profissional da ABEPSS, por outro lado, quando abordamos as linhas e projetos de pesquisa que fundamentam a produo dos referidos docentes, observamos um distanciamento do Servio Social e do projeto tico-poltico.

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O objetivo do estudo foi avaliar o processo de tratamento de lixiviados de aterros sanitrios combinado com lodos de fossa sptica com o uso de geobags. Foram realizadas amostragens no Aterro Sanitrio de Rio das Ostras, onde foram coletadas amostras do lixiviado bruto, da lagoa de mistura de lodo de fossa sptica e lixiviado que constitui o afluente dos geobags, do efluente dos geobags, da entrada do wetland e da sada do wetland. Todas as amostras foram submetidas a anlises fsico-qumicas (pH, condutividade, DQO, COD, nitrognio amoniacal, srie de slidos), e ensaio de toxicidade com organismos-teste pertencentes a trs nveis trficos diferentes (Danio rerio, Daphnia similis e Aliivibrio fischeri). Alm disso, foi realizado teste de coagulao com o mesmo polmero utilizado no aterro e ensaio de equilbrio em lote com o lodo do interior do geobag. Os resultados encontrados apontaram para uma eficincia de reduo de 90% para o parmetro DQO, 97% para slidos suspensos totais e 52% para COD, aps o tratamento pelo geobag. Foi observada uma reduo na toxicidade para Danio rerio e Daphnia similis quando o lixiviado foi misturado com o lodo de fossa sptica. Para Aliivibrio fischeri, ocorreu reduo na toxicidade no efluente do geobag. Esses resultados mostraram que o potencial de utilizao do geobag como parte integrante de sistemas de tratamento de lixiviados, considerando-se a especificidade do estudo (tratamento combinado com lodo de fossa sptica), pode contribuir para a soluo de um dos principais problemas ambientais oriundos dos aterros sanitrios em municpios de mdio e pequeno porte.

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O mercado imobilirio brasileiro est passando pelo maior boom que j ocorreu no mundo que, por sua vez, envolve uma complexa interao entre os agentes de oferta e de demanda. Os principais fatores que tm impactado a demanda por imveis no perodo recente so o aumento da renda mdia e a expanso do mercado de crdito. Pelo lado da oferta, a escassez de terrenos edificveis, dificultada, ainda, pela legislao de proteo ao meio ambiente, justificando o alto dficit habitacional. O resultado dos trs fatores que, juntos, pressionam a demanda para cima e a oferta para baixo, acarreta no aumento dos preos dos imveis residenciais em todo o pas. No caso especfico do Rio de Janeiro, levam-se em conta as externalidades positivas geradas pelo aumento dos investimentos em infraestrutura para a realizao da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olmpicos de 2016, incluindo a reduo da violncia em determinadas reas com a implantao das Unidades de Polcia Pacificadora (UPPs).

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O setor de separao (triagem) de materiais reciclveis de uma cooperativa localizada no estado do Rio de Janeiro foi o objeto deste estudo que teve como objetivo realizar uma avaliao ergonmica do processo de separao de resduos reciclveis, executado por catadoras, utilizando um sistema modular. Os procedimentos metodolgicos consistiram em pesquisa bibliogrfica com levantamento do estado da arte, observaes de campo utilizando a Anlise Ergonmica do Trabalho (AET) e modelos esquemticos da engenharia de mtodos, e a realizao de dois experimentos (posto-rampa e posto-bancada), utilizando a estratgia para montagem de ciclogramas proposta na Anlise por Decomposio em Etapas (ADE). As anlises obtidas atravs dos resultados de duas situaes permitiram constatar que o processo atual de separao na rampa deficitrio, demorado e cansativo, deixa os catadores com dores nas costas e na coluna, alm de existirem muitas perdas de tempo por transporte de materiais no agregando valor aos produtos, por conta da distncia em que ficam os recipientes para o acondicionamento do material separado. O mdulo bancada indicou ser a melhor alternativa para o arranjo fsico da separao, encurtando as distncias percorridas, suprimindo algumas movimentaes do corpo (rotaes e flexes de tronco), reduzindo os riscos de leso na coluna vertebral. Diferente do arranjo fsico atualmente adotado, o posto-bancada possibilita reduzir a durao mdia do ciclo e a frequncia das Atividades Extra Ciclo (AECs). As recomendaes para a melhoria da atividade na organizao estudada visam preservar a sade e elevar a produtividade. Elas foram elaboradas, considerando o arranjo fsico, mtodo de trabalho e qualificao dos trabalhadores.

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O estudo aqui apresentado se enquadra dentro de uma inquietao que tem mobilizado diversos estudos, a saber: a conjugao entre mdia, centros urbanos e a violncia. O estudo parte da hiptese de que a mdia modifica a forma e o contedo de suas matrias a partir do projeto de "pacificao" ocorrido na cidade do Rio de Janeiro. Inspirado nas teorias de agenda-setting, esse trabalho busca entender como a mdia sugere questes relacionadas aos territrios de favela antes, durante e aps a "pacificao". Para tanto, o recorreu-se a matrias do jornal O Globo, sobre seis favelas "pacificadas", no perodo de 2007 a 2013. Alm do escopo terico da Agenda-Setting, o trabalho ir dialogar com as teorias de Representao Social, buscando compreender a imagem que a mdia construiu das favelas nesses trs perodos citados anteriormente. O texto ser dividido em seis captulos. O primeiro far uma breve introduo das questes levantadas no texto. O segundo captulo discutir as representaes sociais da favela carioca no decorrer do tempo, passando por cada perodo desde o incio do século XX. No captulo subsequente discutir as teorias de Representao Social e de Agenda-Setting, pontuando a forma pela qual a anlise se apropriar delas. No captulo quatro sero levantadas questes referentes confeco das notcias bem como as especificidades do caso brasileiro, anunciadas por alguns estudos analisados. Em seguida, o captulo cinco trar as anlises que foram realizadas e seus resultados, discutindo-os em trs sees especficas, divididas em "temas", "agendas" e "atores". Por fim, o captulo seis apresenta as consideraes finais, reapresentando de forma breve as questes levantadas com o objetivo de localizar os limites do estudo e as perspectivas de pesquisas futuras.

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Staphylococcus aureus resistente meticilina (MRSA) um dos principais microrganismos envolvidos nas Infeces relacionadas Assistncia Sade (IrAS). Porm, um clone de MRSA, o CA-MRSA, emergiu na comunidade e atualmente vem sendo agente de IrAS. O objetivo desta dissertao avaliar fenotpica e genotipicamente 111 amostras de Staphylococcus aureus resistentes meticilina e sensveis a antibiticos no -lactmicos de pacientes atendidos em cinco hospitais no municpio do Rio de Janeiro. Utilizando os critrios padronizados pelo CLSI 2012, foram determinadas as susceptibilidades a 11 antimicrobianos pelo mtodo de disco difuso em gar e concentrao inibitria mnima para vancomicina e oxacilina pelo mtodo da microdiluio em caldo. A multirresistncia (resistncia a 3 ou mais antimicrobianos no -lactmicos) foi observada em 31,5% das amostras, sendo que 53,2% apresentaram resistncia ao antimicrobiano clindamicina, uma das opes para o tratamento emprico das infeces de pele/tecidos moles. 86,4% apresentaram concentrao inibitria mnima (CIM) para vancomicina ≥ 1,0 g/mL ou seja, elevado percentual de amostras associadas ao fenmeno MIC creep, o qual est associado ao insucesso na terapia antimicrobiana anti-MRSA. No foi observado at o momento nenhuma amostra com CIM ≥ 4cg/mL para vancomicina, entretanto, j h resistncia linezolida em quatro hospitais do estudo. A tipificao do SCCmec nos permitiu classificar 4,5% das amostras em HA-MRSA e 86,5% em CA-MRSA, nas quais a resistncia heterognea tpica oxacilina foi observada em 57,2%. A toxina de Panton-Valentine (PVL) foi identificada pela metodologia de PCR em 28% das amostras com gentipo CA-MRSA. Os fatores de riscos clssicos, da literatura, relacionados infeco por HA-MRSA foram tambm observados nos pacientes com infeco por CA-MRSA portadoras de SCCmec IV e V. No intuito de verificar a existncia de similaridades genticas ou a presena de clone predominante entre as amostras dos cinco hospitais, foi realizada a tcnica de eletroforese em gel sob campo pulsado (PFGE) e observou-se diversidade gentica assim como a presena de amostras com padres similares aos clones OSPC (18,5%) e USA400. No foram encontradas amostras com padres de eletroforese similares aos clones USA300, USA800 e CEB. essencial a vigilncia da resistncia aos antimicrobianos no -lactmicos no CA-MRSA, em especial vancomicina. A mudana na epidemiologia deste microrganismo vem impactando os padres caractersticos dos gentipos limitando os critrios de diferenciao entre eles. Neste contexto, as tcnicas moleculares atuam como excelentes ferramentas de caracterizao. O conhecimento do patgeno auxilia na elaborao e implementao de medidas preventivas, contribuindo para o controle da doena tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade.

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A presente tese desenvolveu um olhar sobre o indivduo que consome crack abusivamente nas cidades do Rio de Janeiro e Nova Iorque, especialmente os que se encontravam em situao de vulnerabilidade social. Neste sentido, buscou-se conhecer de que forma o processo de vulnerabilidade social corroborou para o uso abusivo da droga, concentrando, principalmente, o foco sobre os que se encontravam em condio marginal, especialmente aqueles que viviam em situao de rua, residindo nas cenas de uso. Rio de Janeiro e Nova Iorque foram escolhidas por apresentarem populao usuria abusiva de crack em nmero considervel. Por isso, pretendeu-se analisar se os perfis socioculturais desses sujeitos se assemelhariam. Foram analisados significados complexos e conotaes socioculturais que exerciam influncias significativas nas motivaes ao consumo abusivo da droga. Sendo assim, nas pginas que seguem, objetiva-se aprofundar a compreenso sobre os fenmenos sociais que interagem com ou sobre o uso abusivo de crack e com seus usurios, tendo como base o respeito aos indivduos investigados. O processo de elaborao da pesquisa desenvolveu-se por meio da tcnica de observao participante, histria de vida e aplicao de entrevistas semi-estruturadas a usurios desta droga em ambas as cidades. Tanto no Rio de Janeiro, quanto em Nova Iorque, o perfil sociocultural dos participantes apresentou-se de forma semelhante: indivduos socialmente marginalizados, excludos, vtimas de racismo, preconceito, misria, pobreza, conflitos familiares e rodeados pelos efeitos de polticas proibicionistas, assim como represso policial e encarceramento. Pode-se afirmar que o processo de vulnerabilidade sofrido por esses indivduos tornou-se evidente na vivncia de problemas sociais anteriores ao consumo de crack. Estes problemas ampliaram-se na medida em que esses sujeitos se tornaram usurios abusivos, principalmente, frente ao estigma e excluso consequentes do fardo de serem drogados, cracudos ou crackheads, o que salientou ainda mais o rompimento dos vnculos sociais, na maioria dos casos, j enfraquecidos. Os resultados demonstraram que, embora sejam de cidades de diferentes pases, com realidades econmicas, culturais e sociais distintas, a populao usuria abusiva de crack se assemelha no que se refere aos aspectos especialmente as falhas - sociais, culturais e econmicas no processo de organizao de vida, fortalecendo os argumentos em torno das dimenses socioculturais do uso.

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Os efeitos das temperaturas elevadas na sade humana representam um problema de grande magnitude na sade pblica. A temperatura atmosfrica e a poluio do ar so fatores de risco para as doenas crnicas no transmissveis, em particular as doenas isqumicas do corao. O estudo teve como objetivo analisar a associao entre a temperatura atmosfrica e internaes hospitalares por doenas cardacas isqumicas no municpio do Rio de Janeiro entre os anos de 2009 e 2013. Utilizaram-se modelos de sries temporais, via modelos aditivos generalizados, em regresso de Poisson, para testar a hiptese de associao. Como variveis de controle de confuso foram utilizadas as concentraes de poluentes atmosfricos (oznio e material particulado) e umidade relativa o ar; utilizou-se mtodo de defasagem simples e distribuda para avaliar o impacto da variao de 1oC nas internaes hospitalares dirias. No modelo de defasagem simples foram encontradas associaes estatisticamente significativas para as internaes por DIC no dia concorrente a exposio ao calor, tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. No modelo de defasagem distribuda polinomial, essa associao foi observada com 1 e 2 dias de defasagem e no efeito acumulado tanto para a temperatura mdia quanto para a mxima. Ao estratificarmos por faixa etria, as associaes para as internaes por DIC e exposio ao calor no foram estatisticamente significativas no modelo de defasagem simples para as temperaturas mdia e mxima. Em contrapartida, no modelo de defasagem distribuda polinomial, a correlao entre internaes por DIC e exposio ao calor foi observada na faixa de 30 a 60 anos no efeito acumulado para a temperatura mdia; e com defasagem de 1 e 2 dias para 60 anos ou mais de idade para a temperatura mdia. Estes resultados sugerem associao positiva entre as internaes hospitalares por doena cardaca isqumica e temperatura na cidade do Rio de Janeiro. Os resultados do presente estudo fornecem informaes para o planejamento de investimentos de reas urbanas climatizadas e para a preparao dos hospitais para receber emergncias relacionadas aos efeitos de calor que uma das consequncias mais importantes das mudanas climticas.

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A resistncia aos antimicrobianos pela produo de β-lactamases em enterobactrias um problema adicional neste cenrio. Staphylococcus spp considerado um patgeno humano freqentemente associado a infeces adquiridas no ambiente hospitalar. O objetivo desse trabalho foi estudar a resistncia aos antimicrobianos em cepas de Enterobactrias e Staphylococcus spp. isoladas de equipamentos utilizados no preparo de dietas destinadas pacientes internados em um hospital universitrio no municpio do Rio de Janeiro, alm de verificar a presena de genes codificadores de enterotoxinas nas cepas de Staphylococcus spp. As enterobactrias e os Staphylococcus spp. foram isolados e identificados por metodologia convencional. Para o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos foram utilizados discos contendo antimicrobianos clinicamente relevantes. Foi determinada a concentrao inibitria mnima (CIM) pela tcnica de microdiluio em caldo para os antimicrobianos clinicamente relevantes. A pesquisa de genes que codificam β-lactamases em enterobactrias foi realizada pela tcnica de reao em cadeia da polimerase (PCR) e sequenciamento para os genes blaTEM, blaSHV, blaCTX-M, blaOXA-1 e blaCMY-2. Para Staphylococcus spp. foram pesquisados, atravs da PCR e sequenciamento, os genes de resistncia a meticilina, gentamicina e eritromicina e os genes codificadores de enterotoxinas (sea-see, seg-sej, sen-ser e seu). Foram isoladas 97 cepas de enterobactrias, 40 de liquidificador e 57 de batedeira e 40 cepas de Staphylococcus spp., 20 de cada equipamento. Dentre as enterobactrias, o gnero Enterobacter foi isolado com maior frequencia (n=37, 38%). Foram ainda isoladas seis cepas de Salmonella spp. Das enterobactrias, 80% (n=79) foram resistentes a pelo menos um antimicrobiano e 38% (n=37) a trs ou mais. A expresso fenotpica presuntiva de b-lactamases do tipo AmpC foi detectada em 32 cepas. O gene blaCMY-2 no foi encontrado. Doze cepas apresentaram halos de inibio com screaning positivo para a pesquisa de ESBL. Foi detectada a presena do gene blaSHV em K. pneumoniae subsp. pneumoniae. O sequenciamento desse gene permitiu identific-lo como sendo blaSHV-36. Dentre os Staphylococcus spp., oito foram identificados como coagulase-positivas (SCP) e 32 como coagulase-negativas (SCN). As oito cepas de SCP foram identificadas como S. aureus subsp. aureus. Dentre os SCN, as espcies identificadas com maior frequncia foram: S. caprae (n=7, 17,5%), S. simulans (n=5, 12,5%) e S. epidermidis (n=4, 10%). Destas, 83% (n=33) foram resistentes a pelo menos um antimicrobiano e 30% (n=12) foram resistentes a mais do que trs. Duas cepas (5%) de S. epidermidis apresentaram perfil de resistncia a at seis antimicrobianos e genes de resistncia a meticilina, a eritromicina e a gentamicina. Todas as sete cepas que foram resistentes no TSA e na CIM a gentamicina, apresentaram o gene aac(2)/aph(6). O gene ermB foi observado ainda em uma S hominis subsp hominis que apresentou resistncia na CIM e no TSA. Foi detectada a presena de pelo menos um gene codificador de enteroxotxina em 83% (n=33) das cepas. O gene seg foi detectado em 11 cepas, o gene sei em 17 cepas e o gene sen em 31 cepas. Os resultados encontrados implicam as dietas preparadas com esses equipamentos como veculo de disseminao de enteropatgenos e Staphylococcus spp. com marcadores de resistncia e genes codificadores de enterotoxinas relevantes no ambiente hospitalar.

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Diversos estudos em epidemiologia tm investigado a influncia do ambiente urbano na sade da populao. Os benefcios dos espaos verdes tm sido um dos aspectos estudados recentemente. Uma das principais vias apontadas atravs da promoo da prtica de atividades fsicas. Outros benefcios incluem a melhoria das condies psicossociais e da qualidade do ar. Esses fatores, por sua vez, tm comprovada associao com a sade cardiovascular. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho investigar a associao entre espaos verdes e mortalidade por doenas isqumicas do corao (DIC) e doenas cerebrovasculares (DCBV) no municpio do Rio de Janeiro, entre os anos de 2010 e 2012. Foi realizado um estudo do tipo ecolgico, tendo os setores censitrios como unidade de anlise. Como varivel desfecho foi calculada a razo de mortalidade padronizada (RMP) por sexo e idade, pelo mtodo indireto. Como medidas de exposio s reas verdes foram utilizadas a mdia e a variabilidade do ndice de Vegetao por Diferena Normalizada ou NDVI (sigla em ingls) mdio referente ao perodo de estudo, em buffers de 100 metros das bordas dos setores censitrios. Os dados foram analisados por um modelo linear condicional autorregressivo, que considera tambm a estrutura de dependncia espacial. Foram includas no modelo as covariveis ndice de Desenvolvimento Social (IDS); densidade de vias de trfego veicular, divididas entre vias coletoras e locais e vias estruturais primrias e secundrias, utilizadas como proxy de poluio em buffers de 100 metros dos setores; e o indicador de setores censitrios litorneos. Aps o ajuste do modelo controlando os possveis fatores de confuso, foi verificada a reduo de 4,5% (CI95%: 7,3%, 1,6%) da mortalidade nas reas com exposio referente ao intervalo interquartlico mais alto da mdia do NDVI; e de 3,4% (IC95%: 6,2%; 0,7%) nas reas referentes ao intervalo interquartlico mais alto da variabilidade, ambos em comparao com o intervalo mais baixo. Esse resultado indica a associao inversa entre a exposio aos espaos verdes e a mortalidade por DIC e DCBV no municpio do Rio de Janeiro. Alm disso, o aumento da mortalidade est associado a piores condies de vida e poluio do ar.

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Nesta tese foram analisadas iniciativas e aes individuais e coletivas de gestores e profissionais de dois Hospitais Pblico-Universitrios de Sade, que mantm servios de referncia no atendimento s infertilidades, no Estado do Rio de Janeiro. visada a implementao de tecnologias de reproduo assistida (RA) pelo SUS, no Estado. O estudo constou de entrevistas com profissionais de sade destes servios e especialistas na rea que ali atuam, leitura de pronturios e pesquisa documental no Departamento de Servio Social de um dos servios, alm de atualizao bibliogrfica no campo estudado. Os resultados obtidos de material primrio e documental evidenciam a no priorizao da reproduo assistida em polticas pblicas de sade no Brasil. No entanto, foi possvel encontrar importantes iniciativas dos prprios profissionais de sade para a ampliao da ateno em infertilidade e do acesso s tecnologias reprodutivas no Rio de Janeiro. Em geral, foram mobilizaes individuais, que dependeram do empenho direto dos mdicos responsveis dos servios. As motivaes para estas aes incluam aspectos acadmicos, assistenciais, de direitos reprodutivos, alm de interesses pblico-privados. A nica mobilizao interinstitucional, organizada inicialmente pelo Servio Social, no conseguiu garantir o acesso assistncia integral em reproduo assistida no Rio de Janeiro. No caso da reproduo assistida, h uma forte desigualdade de base socioeconmica, j que mulheres e casais pobres so excludos, ou quase, do acesso IIU, Fiv e ICSI, pois no tm condies econmicas para tentar um tratamento particular, onde se encontram concentradas mais de 90% da assistncia no pas. Este segmento populacional no encontra recursos, nem tecnolgicos, nem humanos, nos servios pblicos de sade. Este quadro aumenta sua vulnerabilidade e reduz sua autonomia reprodutiva pela falta de acesso.

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Este trabalho tem como objetivo analisar a prtica do assistente social no Sistema Penitencirio do Estado do Rio de Janeiro, a partir dos pressupostos estabelecidos pelo Projeto tico Poltico da Profisso. A relevncia deste estudo consiste em colocar no centro do debate o desafio que representa para a categoria, com um direcionamento profissional tico e poltico comprometido com os interesses da classe trabalhadora e com a efetivao dos direitos da mesma, efetivar estes pressupostos num campo de atuao marcado pelo controle e represso dos indivduos pertencentes a esta classe. A priso uma instituio total, punitiva, vingativa, onde observamos a face mais dura do Estado, onde, muitas vezes, o assistente social se v sozinho na defesa e efetivao dos direitos do preso. Constitui-se como objetivo central deste estudo analisar se dentro desta instituio, o assistente social consegue efetivar os valores defendidos e consagrados pelo projeto profissional. Para realizao do estudo nos debruamos sobre a produo terica e a histria do sistema penitencirio; sobre a legislao especfica da rea (Lei de Execuo Penal e Regulamento Penitencirio do Estado do Rio de Janeiro) e sobre documentos, relatrios, manuais, etc., elaborados pela Coordenao de Servio Social da Secretaria de Estado de Administrao Penitenciria (SEAP). Devido s limitaes impostas pela instituio, os sujeitos de nosso estudo foram os gestores e ex-gestores que aturam na Coordenao de Servio Social e na antiga Diviso de Servio Social da SEAP. Procuramos resgatar a trajetria histrica do Servio Social dentro do Sistema Prisional fluminense, destacando as batalhas e conquistas alcanadas pela categoria, ao longo dos quase sessenta anos de insero nas unidades prisionais do Rio de Janeiro. Observamos ao longo do estudo que a insero do assistente social no Sistema Penitencirio encontra-se devidamente institucionalizada, regulamentada e organizada, o que demonstra a relevncia do trabalho deste profissional, que muitas vezes ainda visto como benfeitor do preso. Hoje, a execuo penal pode ser considerada uma rea consolidada para a atuao profissional dos assistentes sociais, embora apresente uma srie de inconsistncias e discrepncias, tais como pssimas condies de trabalho, violao de direitos, entre outras. Procuramos mostrar neste estudo como o profissional de Servio Social enfrenta essa realidade e contribui para a sua transformao, a partir dos ideais defendidos pelo Projeto tico Poltico da profisso.