579 resultados para Remanescentes de quilombos


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As estimativas atuais de biomassa florestal contêm erros não dimensionados pela escassez de dados dos sistemas radiculares. Esta lacuna se deve às custosas estratégias de amostragem de raízes, que demanda grande quantidade de labor manual enquanto a estimativa da biomassa aérea pode ser feita com apenas a medida de diâmetro do tronco (DAP) conforme apontado por Chave et al, Houghton recomenda um valor geral de 20% da parte aérea para quantificar biomassa radicular, apesar de Silver haver demonstrado que o clima, o solo e a qualidade da serapilheira devam ser levados em conta. Dentre os principais determinantes da biomassa radicular destacam-se, no Estado do Rio de Janeiro, as contrastantes condições de clima e solo, além da composição e estrutura dos diferentes fragmentos florestais que ocorrem na paisagem. De acordo com Davis & Naghettini, ocorre expressiva variação climática representada por precipitações anuais desde 750 mm no Vale do Rio Paraíba do Sul a 4000 mm na Serra da Mantiqueira. Há grande variedade de solos no estado. A título de ilustração, em dois municípios costeiros, um deles incluído no presente estudo, Lumbreras et al encontraram a dominância, nas partes elevadas, de Latossolos, Argissolos, Nitossolos, Luvissolos, Planossolos, Cambissolos e Neossolos. Já nas baixadas, relacionadas aos sedimentos recentes, ocorrem as classes: Espodossolos, Planossolos, Gleissolos, Neossolos e Organossolos. Associados a outros atributos da feição paisagística, compuseram 45 unidades de mapeamentos. Nesse ambiente distribuem-se diversos fragmentos florestais, alguns remanescentes, em geral interferidos ou de difícil acesso e vegetação secundária em sua maioria. Os fragmentos florestais fluminenses resultam, primordialmente, da conversão das florestas nativas em cafezais e pastagens nos séculos 19 e 20, do uso crônico do fogo nas pastagens (ou por vandalismo), e da extração seletiva de árvores, cujo impacto pode ser detectado na ciclagem de nutrientes, conforme demonstrado por Villela et al., que deve influenciar significativamente a biomassa radicular. Ante o exposto o presente estudo visou estimar a biomassa radicular fina de diferentes fragmentos florestais da Planície Costeira Fluminense, comparando-as entre si.

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Um dos agentes mais empregados na supressão de áreas florestais no Estado de São Paulo é o fogo, por meio de queimadas que, quando fora de controle, podem converter-se em incêndios responsáveis pela destruição de extensos ecossistemas. Na Bacia do Rio Corumbataí, SP, os incêndios são um dos causadores de fragmentação e degradação da cobertura florestal. Nesse contexto, este trabalho objetivou a realização do mapeamento de risco de incêndios florestais na Bacia do Rio Corumbataí, utilizando-se a avaliação multicriterial (Método da Média Ponderada Ordenada) em um Sistema de Informações Geográficas. Os fatores importantes do estudo foram: declividade do terreno, face de exposição ao sol, pluviosidade, proximidade da malha viária, proximidade dos centros urbanos, proximidade da rede hidrográfica, vizinhança dos fragmentos e face de exposição aos ventos. A combinação dos mapas de fatores resultou no mapa de risco regional da bacia. Para a confecção do mapa de risco em nível de fragmento, determinou-se o risco associado a cada fragmento, a partir da análise de uma faixa de 30 m em seu entorno. O risco foi reclassificado em três classes: baixo, médio e alto. Com base no mapa final, verificou-se que: aproximadamente 20% dos fragmentos de mata nativa pertencem à classe de risco alto, 55% à classe de risco médio e 25% à classe de risco baixo. Nas condições atuais de uso e cobertura do solo, bem como de manejo das áreas agrícolas e pastagens, os remanescentes florestais da Bacia do Rio Corumbataí estão sob séria ameaça de degradação por incêndios florestais.

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A região cacaueira do sul da Bahia abriga hoje uma das mais expressivas diversidades arbórea do planeta. Esta região ficou conhecida por ter sido a maior exportadora de cacau do Brasil e pela prática do Sistema Agroflorestal Cabruca (sistema em que o cacau é plantado sob a sombra das grandes árvores da mata), o que conservou espécies arbóreas nativas importantes ao equilíbrio natural do bioma Mata Atlântica. Este estudo objetivou caracterizar histórica e geograficamente o sistema Cabruca neste contexto, a fim de ratificar a importância deste para a conservação da diversidade arbórea na região. As informações foram obtidas através de pesquisa bibliográfica, questionários estruturados aplicados aos proprietários e funcionários de sete propriedades rurais em sete municípios da região sul da Bahia e por meio da observação em campo. Os resultados são concernentes à estrutura fundiária, tempo de fundação das fazendas, manejo das cabrucas e as principais espécies arbóreas encontradas nas áreas de cabruca das fazendas visitadas. Observando a paisagem foi possível entender a influência que o entorno exerce sobre a constituição arbórea das cabrucas. O Sistema Agroflorestal Cabruca é de grande relevância para os remanescentes de Mata Atlântica do sul Bahia, uma vez que as cabrucas existentes apresentam expressiva biodiversidade local.

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As relações entre populações humanas e Unidades de Conservação no bioma Mata Atlântica são, muitas vezes, marcadas por conflitos que envolvem as diferentes percepções que as mesmas possuem sobre essas áreas. Entender como se manifestam tais relações constitui-se num desafio para a preservação da biodiversidade in situ nos seus ecossistemas remanescentes. No âmbito do Sistema de Unidades de Conservação brasileiro a realização desse trabalho em uma Área de Proteção Ambiental (APA) justifica-se por esta categoria ser menos restritiva quanto ao uso da terra, o que possibilita uma maior ação do uso social sobre fragmentos florestais. A APA escolhida para o estudo de caso deve-se ao seu papel ecológico de conexão espacial no contexto da figura do Mosaico de UCs do Central Fluminense - RJ. Este trabalho objetiva entender como as práticas sociais mediadas pelas percepções ambientais dessas populações, estabelecidas em diferentes paisagens geográficas (rural, urbana e rururbana), matrizes de fragmentos florestais remanescentes, podem interferir no processo de sucessão ecológica dos mesmos. A partir de entrevistas de populações em quatro matrizes diferentes. Apreendem-se padrões de percepções de diferentes atores e suas possíveis resultantes para cenários de conflitos sociais nessa mediação de preservação da sucessão ecológica dos fragmentos florestais. 

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Objetivou avaliar a dinâmica de padrões na vegetação usando NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) associado à oferta hídrica no município de Dom Eliseu, no Pará com base na reflectância em áreas com cultivos anuais de grãos e plantios florestais, nos períodos de maior e menor deficiência de água no solo. Foram analisados dados meteorológicos para calcular balanços hídricos (CAD = 300 mm) e respostas em NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) extraídos do sensor MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer). As imagens-índice (NDVI) referentes aos meses de janeiro a dezembro de 2012 foram processadas no aplicativo Envi 4.7 e reclassificadas no ArcGIS10.1. Os resultados apontaram variações temporais ao longo do ano, tanto relacionados aos sistemas de agrícolas de produção, quanto aos remanescentes florestais os quais indicavam associações à oferta hídrica na região e possíveis respostas fenológicas. Em Dom Eliseu, o mês de maior valor em NDVI foi em abril com mais 60% do município expressando manutenção das folhas e da capacidade fotossintética das plantas, pois os valores em NDVI foram superiores a 0,6. No período de agosto a setembro ocorrem as menores cotas pluviais, ocasionando déficits hídricos que atingem valores superiores a 70 mm. Observou-se que as respostas em NDVI foram mais expressivas no mês de outubro, totalizando 16% da área de estudo com valores entre 0,2 a 0,3, evidenciando reduzida expressão em resposta espectral na biomassa dos remanescentes de vegetação e plantios florestais. Conclui-se que existe sensibilidade do NDVI em resposta à condição hídrica no solo. Ao contabilizar-se as diferenças entre a reflectâncias no infravermelho próximo e no vermelho divididos pela soma dessas reflectância, os baixos valores de NDVI, reforçam que no período de maior deficiência hídrica há queda de folhas, pois a superfície imageada, responde com valores mais elevados no solo do que na vegetação.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da eutrofização do solo em fragmentos remanescentes de vegetação nativa sobre a comunidade florística de arbóreas em paisagens agrícolas. Foram amostrados oito sítios de vegetação arbórea na Mata Atlântica, no Estado do Rio de Janeiro, em pares formados de acordo com o uso do solo em seu entorno ? intensivo (UI) ou extensivo (UE) ? e com diferentes tamanhos: dois fragmentos pequenos, com cerca de 10 ha; dois médios, com 30 ha; dois grandes, com 100 ha; e outros dois sítios localizados dentro de uma área contínua de floresta. Um conjunto de parâmetros bióticos e de solos, além de métricas da paisagem, foi obtido e analisado segundo duas hipóteses: H01, a fertilidade do solo dos remanescentes naturais adjacentes a áreas agrícolas de uso intensivo é alterada; e H02, a eutrofização do solo dos remanescentes naturais adjacentes a áreas agrícolas de uso intensivo altera a composição da sua comunidade de arbóreas. Os teores de cálcio foram cerca de sete vezes maiores nos sítios adjacentes a UI, quando comparados aos fragmentos adjacentes a UE. Os teores de fósforo foram de 1,5 a 2,5 vezes maiores nos fragmentos pequenos e médios adjacentes a áreas de UI. A análise de ordenamento evidenciou que P, K, Ca, luz difusa, abertura de dossel, relação área/perímetro e isolamento dos fragmentos explicam 59% da composição das comunidades arbóreas.

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A busca por aumento de produtividade da pecuária pantaneira tem motivado o desmatamento de áreas florestadas para a implantação de pastagem cultivada, gerando preocupação quanto à sustentabilidade dos recursos naturais. Para estudar alguns aspectos de uso do solo no Pantanal Sul-Mato-Grossense, este trabalho teve por objetivo avaliar as alterações nos atributos químicos e físicos do solo em razão da conversão da vegetação arbórea nativa em pastagem cultivada, bem como da submissão da pastagem nativa ao sistema de pastejo contínuo. Os ambientes de estudo consistiram de três remanescentes de vegetação arbórea nativa, representadas por uma floresta semidecídua (FN) e dois cerradões (CE1 e CE2), três pastagens de Brachiaria decumbens com 27, 26 e 11 anos de formação, implantadas em substituição a FN, CE1 e CE2, respectivamente, e uma pastagem nativa caracterizada pela predominância de Mesosetum chaseae e Axonopus purpusii, submetida a três diferentes sistemas de pastejo (contínuo e sem pastejo por 3 e 19 anos). Amostras de solo, deformadas e indeformadas, foram coletadas em cada ambiente de estudo, nas profundidades de 0?10 e 10?20 cm, com três repetições. A substituição da vegetação arbórea nativa por pastagem cultivada e o sistema de pastejo contínuo da pastagem nativa determinaram redução da qualidade química do solo, evidenciada principalmente por perdas de matéria orgânica do solo, notadamente na profundidade de 0?10 cm. Embora a qualidade física do solo também tenha apresentado tendência à redução nas pastagens cultivada e nativa sob pastejo contínuo, a densidade do solo, porosidade total, macroporosidade, microporosidade, condutividade hidráulica do solo saturado eresistência do solo à penetração não atingiram valores considerados limitantes ao desenvolvimento do sistema radicular.

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Os quilombos, conforme mencionado na Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA), são comunidades consideradas rurais, pois sobrevivem em sua maioria de atividades relacionadas com a terra e também com os mares, rios, lagos e mangues. Essas populações valorizam o conhecimento passado por seus ancestrais expressando esse saber na sua prática diária no seu território.

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Resumo No mundo há um acentuado envelhecimento da população e no Brasil, ocorre uma situação semelhante e o sistema de saúde cria estratégias para melhorar a assistência aos idosos que integra o indivíduo, família e comunidade. Devido à alta incidência nessa faixa etária de doenças crônicas e outras morbidades é necessário manter o controle das mesmas para planejar adequadamente as diferentes ações. Em geral, os cuidados de saúde praticados na Atenção primária à saúde em Unidade do modelo tradicional são focados na visão clínica da medicina. Assim, novos modelos de atenção, centradas na saúde da família deve priorizar ações voltadas para a prevenção e promoção da saúde. Por esta razão julgamos cauteloso realizar uma intervenção em saúde em nossa unidade que poderia contribuir de forma satisfatória na saúde da pessoa idosa, ampliando a cobertura dessa população e colocando em prática um conjunto de ações que, sem dúvida, nos conduziria a uma maior qualidade dos cuidados de saúde que lhes são prestados. A intervenção foi realizada entre os meses de abril e junho de 2015, com ações que foram voltadas para a qualificação da prática clínica, engajamento público, organização e gestão do serviço, monitoramento e avaliação. Foi utilizado o protocolo do Ministério da Saúde. Nosso universo de trabalho consistiu na população total da área de abrangência, compreendendo 5806 habitantes e a população alvo foram os idosos cadastrados e residentes na área com um total de 581 idosos ficando próximo das estimativas nacionais de população. Os dados coletados foram extraídos durante a consulta individual através do preenchimento das fichas-espelho além de algumas informações extraídas dos prontuários, estes posteriormente foram inseridos em uma planilha de coleta de dados. Durante a evolução da intervenção, observou-se ascensão do número de idosos maiores de 60 anos inscritos no programa, sendo que no 1º mês tínhamos 74 perfazendo 12,7% de idosos inscritos, ao 2º mês 141 (24.3%) idosos e ao 3º mês alcançamos a 182 idosos perfazendo uma cobertura de (31,3%) com melhoria substancial na qualidade do atendimento mantendo indicadores de qualidade próximos a 100% para todos os idosos avaliados bem como um controle adequado sobre este grupo etário e seus fatores de risco. A intervenção realizada colaborou para o fortalecimento da união da equipe, além disso, também permitiu a todos os membros da equipe organizar o seu trabalho de acordo com as funções individuais de cada um e teve um impacto positivo sobre o desenvolvimento das ações remanescentes que são realizadas em nossa unidade. A intervenção também contribuiu como uma estratégia de reorganização da atenção à saúde em nosso serviço, melhorou a forma do registro e o agendamento dos usuários idosos. A sua classificação de risco permitiu, atenção individualizada a esse importante grupo de usuários com maior risco oferecendo serviços de prevenção, promoção, cura e reabilitação para maximizar a saúde e o bem-estar. Palavras-chave: atenção primária à saúde; saúde da família; saúde do idoso; assistência domiciliar; saúde bucal.