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Resumo:
Depois de uma breve introdução, mostrando a importância que o gênero Tripsacum desempenha hoje nos problemas da origem do milho, fizemos um estudo detalhado da meiose na nova espécie Tripsacum australe, descrita recentemente por CUTLER e ANDERSON (3) e espécie esta encontrada em estado selvagem na América do Sul. Todas as fases da meiose mostraram-se normais e o número cte cromosômios, facilmente determinado nas fases diacinese, metáfase I, metáfase II, é de 18 para a fase haplóide. Esta espécie não difere, quanto ao número de cromosômios, da forma diplóide Tripsacum dactyloide e da espécie Tripsacum floridanum, estudadas por LONGLEY (5). Segundo MANGELSDORF e REEVES (10) as formas de Tripsacum encontradas na América Central têm 72 cromosômios e são consideradas como autotetraplóides. Entretanto, no que se refere à presença de "knobs" nos cromosômios, esta espécie parece diferir da espécie estudada por LONGLEY (5). Tripsacum australe não apresenta "knobs" nas extremidades dos cromosômios e provavelmente também nas outras regiões pois as figuras que puderam ser examinadas não mostraram essa estrutura. Segundo MANGELSDORF e REEVES (10) os "knobs" presentes no milho teriam vindo de Tripsacum, por meio de cruzamento entre estes dois gêneros. Assim sendo, os tipos de milho cultivados próximos ao centro de distribuição das espécies de Tripsacum até então conhecidas, e que é a região da América Central, principalmente o México, deveriam se apresentar bastante contaminados por este gênero e apresentariam mais "knobs" do que aqueles tipos de milho cultivados ionge da referida região. Observações de vários autores (6, 7, 9, 20, 11 e 12) confirmam esta hipótese, inclusive aquelas realizadas por um dos autores deste trabalho (Graner, não publicado) em material sul-americano. Tendo sido encontrada agora esta nova espécie de Tripsacum na América do Sul, aparentemente sem "knobs", torna-se interessante verificar se ela não poderia ter contribuido para o estabelecimento das formas de milho sem "knobs" encontradas na América do Sul. Cruzamentos entre milho e Tripsacum australe foram realizados por um dos autores (Addison), não lendo porém produzido sementes. Outras pesuisas tornam-se então necessárias afim de que se possa tirar conclusões a respeito de tão importante assunto.
Resumo:
O A., pretende facilitar aos práticos a composição de suas próprias fórmulas de ração com os alimentos disponíveis no momento; baseando-se nos conhecimentos e métodos já existentes sobre o assunto, simplifica-os, reduzindo-os ao exame de uma tabela que apresenta, conjuntamente com regras simples e práticas. Os cálculos sáo baseados na composição bruta dos alimentos e se limitam a adição e subtração do teor em proteina de cada ingradiente duma ração cujo total seja 100. Outras sugestões práticas são apresentadas.
Resumo:
Examinando 201 pintos de um dia da raça Rhode Island Red, de rebanho selecionado pela postura e considerando diversos caracteres, principalmente os relacionados com a côr da penugem, conseguimos acertar em 197, numa proporção de 98,01%, não relatada da bibliografia que conhecemos. Julgamos como mais importantes, os seguintes caracteres : mancha clara na asa notada em 100% dos machos e 6,30% das fêmeas; o anel claro na perna ocorreu em 91,80% dos machos e 3,70% das fêmeas. Estas duas particularidades, sòmente, permitem separação de sexo superior a 96%. O sinal junto ao ângulo posterior do olho foi observado em 95,10% das fêmeas e 36,70% dos machos; ponta da asa escura não ocorreu em um macho sequer, mas em 53.20% das fêmeas; ponta da asa clara foi notada em todos os machos e em 46,80% das fêmeas. Os demais caracteres mencionados no quadro, constituem elementos auxiliares de menor valor mas devem ser examinados para se esclarecerem dúvidas. Os erros decorreram de se dar mais importância à pinta escura na cabeça que ao anel claro na perna e à mancha no bordo da asa. O presente trabalho contribui para o esclarecimento do assunto principalmente por considerar o anel claro da perna e o sinal escuro próximo ao ângulo posterior do olho, caracteres valiosos e ainda não apontados anteriormente. Ainda mais, a observação metódica e conjunta de um grande número de atributos relacionados com o dimorfismo sexual constitui um subsídio ao esclarecimento de tão interessante questão.
Resumo:
O Autor relata suas observações sôbre o comportamento de doze Gramíneas forrageiras consideradas agressivas na região de Piracicaba, Estado de S. Paulo, Brasil, admitindo que as mesmas podem ser confirmadas em condições tropicais ou subtropicais semelhantes. Estuda a agressividade como uma propriedade inerente à planta, mas dependente de condições edáfico-climático-bióticas para manifestar-se de uma ou outra maneira. Admite que a agressividade, que se verifica em consequência de uma competição pela luz, pelo alimento e pela reprodução, seja uma resultante da intensidade de duas principais condições endogenas: multiplicação e crescimento, debaixo de condições de adatação exógenas favoráveis. Condições favoráveis para certas espécies são desfavoráveis para outras dando margem à dominância ora de uma ora de outra espécie, o que deve ser levado em conta quer no manejo da pastagem quer no controle às pragas. Forrageiras importantes podem vir a constituir pragas tão sérias que venham a anular tôdas as vantagens de sua introdução pelas despezas que seu contrôle possa acarretar. Entretanto, como a agressividade é uma qualidade desejável numa forrageira, o estudo de seu comportamento em cada ambiente edáfico-climático-biótico típico e de seu controle deve preceder a sua recomendação aos fazendeiros. São discutidos os prejuízos decorrentes das plantas invasoras, assinalando-se muitas Gramíneas como tais. Sendo o assunto pouco estudado no Brasil, aventa a necessidade de se criarem organizações para tal fim, considerando a importância do problema. As seguintes espécies foram objeto da crítica do A: 1. Capim Colonião (Panicum maximum, var.). Altamente invasor por sementes e disseminável pela aração. Erradicação muito custosa em terras argilosas. Pode vir a constituir uma praga muito séria num futuro próximo. Dada a expansão de sua área cultivada, recomenda: a. limitar sua plantação, recomendando-se outras espécies produtivas e menos perigosas; b. pesquizar meios eficientes e baratos de seu contrôle, achando injustificável sua presença nas fazendas velhas colonizadas. 2. Capim Sempre-vêrde (Panicum maximum, var. gongyloides). Embora igualmente agressivo é de mais fácil contrôle por possuir touceiras mais fracas, podendo ser arrancadas com arado. E' menos perigoso que o Colonião. 3. Capim Gordura (Melinis minutiflora). Conquanto muito disseminado e tipicamente invasor é de contrôle relativamente fácil. 4. Capim Jaraguá (Hyparrhenia rufa). E' pouco menos invasor que o Gordura e facilmente erradicável, sobretudo porque dificilmente se propaga vegetativamente. 5. Capim do Pará (Panicum purpurascens). De uma agressividade extremamente alta, pode ser eliminado com mediana dificuldade. Mais difícil que ns. 3 e 4 e menos de que 1 e 2. 6. Capim da Bermuda (Cynodon dactylon). Compara-se em agressividade e facilidade de controle com a Gramínea anterior. 7. Capim de Kikuiu (Pennisetum clandestinum). De comportamento variável. Em boas condições supera o C. de Bermuda na agressividade e dificuldade de erradicação. E' praga mais séria que as Gramíneas de 2 a 6. 8. Capim da Bahia (Paspalum notatum). Extremamente agressivo, embora de formação lenta. Pode vir a tornar-se uma praga séria se não fôr controlado, pois tem tendência de dominar quase todas as espécies associadas. Seu contrôle merece ser estudado, parecendo não ser muito difícil de erradicar por métodos racionais. 9. Capim de Castela (Panicum repens). E' a Gramínea estudada que maior agressividade revelou. Seu emprego deve ser limitado a quem dela possa tirar partido. E' possível que possam desenvolver-se métodos de controle práticos e eficazes, devido ao seu pequeno porte. 10. Capim de Natal (Tricholaena rosea). Dissemina-se muito por sementes, praguejando fàcilmente as terras. Tem pequeno valor forrageiro. Deve ser desaconselhado e combatido como praga. 11. Capim de Rhodes (Chloris gayana). Muito disseminado à beira dos caminhos, não é praga da lavoura e é nesta lista é mais fácil de ser erradicado. 12. Capim de Johnson (Sorghum halepense). Conhecida praga, já introduzida no Brasil. Comporta-se mal, não tendo valor como forrageira, devendo todos seus focos serem eliminados. Em Piracicaba propaga-se mais comumente por rizomas durante a aração. Foram observados casos de intoxicação de animais.
Resumo:
No presente trabalho focalizamos o discutido problema da origem ou formação das domácias, escolhendo, inicialmente, as principais variedades de Coffea arabica L.. Na revisão da literatura, procuramos nos cingir unicamente à bibliografia que trata do assunto em aprêço. Apreciando convenientemente o problema da origem, duas hipóteses foram aventadas pelos autores para explicar a formação das domácias: l.ª) causada por insetos ou por ácaros (LUNDSTRÖEM e outros). 2.ª) caráter hereditário (CHEVALIER). Ambas as hipóteses foram consideradas com o objetivo de aclararmos o problema e concluimos, com CHEVALIER, que se trata de um caráter hereditário. O material constou de sementes, e de ramos com fôlhas de várias idades de cafeeiros que vieram das coleções vivas do Instituto Agronômico de Campinas. As observações morfológicas preliminares foram feitas com o auxílio do microscópio estereoscópico. As estruturas anatômicas foram apreciadas em córtes transversais longitudinais, coloridos com violeta-cristal e eritrosina, com espessura de 18 micra.
Resumo:
1. A presente contribuição trata do estudo morfológico e anatômico das domácias que ocorrem em 21 variedades e 4 formas da espécie Coffea arabica L. 2. Além da revisão da literatura, que se cingiu unicamente aos trabalhos que focalizam o assunto em aprêço, constam, na introdução, algumas obras que se referem às domácias existentes em outras famílias. 3. A fim de apreciar convenientemente os conceitos que os diferentes autores expediram a respeito das domácias, desde que se tornaram conhecidas, foram registradas, no capítulo correspondente, as funções e as diversas denominações que lhes foram atribuidas. 4. As principais classificações das domácias propostas são de CHEVALIER, LEBRUM e DE WILDEMAN. As domácias das variedades e formas de Coffea arabica L., se enquadram no tipo b, isto é, domácias em fenda, segundo a classificação de CHEVALIER. 5. O material utilizado no presente estudo, constante de ramos com fôlhas de várias idades, proveio do Instituto Agronômico de Campinas e da Secção de Agricultura Especial da E.S.A. "Luiz de Queiroz". As observações morfológicas das domácias foram feitas com o auxílio do microscópio estereoscópico e constam do Quadro I e II. A estrutura anatômica foi apreciada em cortes transversais medianos da domácia, coloridos pelo violeta cristal e eritrosina, com espessura de 18 micra, cujos dados acham-se anotados nos Quadros de n.os III a XI. 6. No capítulo referente à morfologia e à anatomia das domácias, para melhor apreciação do assunto foi introduzida a estrutura anatômica da fôlha adulta da variedade typica. 7. Morfològicamente as domácias foram examinadas nas suas duas faces, isto é, superior e inferior, anotando-se-lhes os aspectos apresentados, bem como a sua localização no limbo, isto é, na axila formada pelas nervuras principal e secundárias. No geral a sua distribuição vai desde a base do limbo até aos 2/3, aproximadamente, do seu comprimento. Na face ventral da fôlha, as domácias exibem uma elevação abaulada e na dorsal situam-se na área da axila, e em um plano um pouco mais elevado que o limbo, mostrando no centro um orifício de forma variável. Em cortes medianos, a domácia revela-se constituida de uma câmara embutida no mesofilo, a qual se comunica com o exterior por um canal; êste por sua vez, termina numa bôca que se abre na epiderme inferior do limbo. Histològicamente a domácia consta de uma epiderme, procedente do limbo e da nervura, e de um tecido parênquimatoso envolvente, composto de algumas camadas de células, o qual confina com os tecidos do mesofilo. Topogràficamente a domácia situa-se entre os seguintes tecidos da estrutura foliar: sistema vascular principal, nervura secundária, parênquima lacunoso lateral e parênquima lacunoso superior. Sua posição com relação às regiões mencionadas fica perfeitamente definida, determinando-se as distâncias que vão do centro da câmara até elas.
Resumo:
Nêste trabalho, o segundo de uma série sôbre o assunto, apresenta os estudos feitos em 111 novas variedades híbridas IAC, pertencentes à família Vitaceae. Deste total, 53 revelam domácias as, quais se enquadram nos tipos: em "tufo de pêlos" e variações, e em "bolsas", segundo a classificação de CHEVALIER & CHESNAIS (1941). O material estudado constou de fôlhas não herborizadas, provenientes do Instituto Agronômico de Campinas - Secção de Viticultura. As fôlhas, ainda frescas, foram examinadas em ambas as faces, superior e inferior, anotando-se as particularidades relativas às domácias tais como: aspecto, localização, tamanho, forma, existência de pêlos, etc. Observou-se pequena variação nas domácias do tipo em "tufo de pêlos", os quais ora aparecem como "pêlos exparsos", ora como "aglomerado de pêlos" e ainda como "tufo de pêlos" propriamente dito. As domácias encontradas nos 53 híbridos, estão assim distribuídas: a) Domácias em "tufo de pêlos" e suas variações: 43 b) Domácias "em bolsas": 10 Os pêlos domaciais, podem ser claros ou escuros, lisos ou crespos. As domácias aparecem na face inferior do limbo, na axila das nervuras de primeira e segunda ordem e na confluência das nervuras com o pecíolo. Ocorrem, também, domácias na confluência das nervuras de diversas ordens.
Resumo:
Neste trabalho, o terceiro de uma série sobre o assunto, divulgamos os estudos feitos em 57 novas variedades híbridas IAC, pertencentes à família Vitaceae. Deste total, 24 apresentaram domácias as quais se enquadram nos tipos: "em tufo de pêlos" e variações, e em "bolsas", segundo a classificação de CHEVALIER & CHESNAIS (1941). O material estudado constou de folhas não herborizadas, vindas do Instituto Agronômico de Campinas - Secção de Viticultura. As fôlhas, ainda frescas, foram examinadas em ambas as faces, superior e inferior, na junção do pecíolo, anotando-se a presença das domácias e suas particularidades tais como: aspecto, localização, tamanho, forma, etc. Pudemos observar uma pequena variação nas domácias do tipo em "tufo de pêlos", que ora aparecem como "pêlos esparsos", ora como aglomerado de pêlos e ainda como "tufo de pêlos" propriamente dito. As domácias encontradas nos 24 híbridos, estão assim distribuidas: a) domácias em "tufo de pêlos" e suas variações: 18 b) domácias "em bolsas": 6 Quanto à côr, os pêlos podem ser claros ou escuros, lisos ou crespos.
Resumo:
Neste trabalho, o quarto de uma série sobre o assunto, apresentamos os estudos feitos em 60 novas variedades híbridas IAC, pertencentes à família Vitaceae. Deste total, 34 revelaram domácias as quais se enquadram nos tipos: "em tufo de pêlos" e variações, e em "bolsa", segundo a classificação de CHEVALIER & CHESNAIS (1941). O material estudado constou de folhas não herborizadas, vindas do Instituto Agronômico de Campinas - Secção de Viticultura. As folhas ainda frescas e em várias fases do seu desenvolvimento, foram examinadas em ambas as faces, superior e inferior, na junção do pecíolo, anotando-se as particularidades relativas às domácias tais como: aspecto, localização, tamanho, forma, coloração e tamanho dos pêlos, etc. Observou-se pequena variação nas domácias do tipo "em tufo de pêlos", que ora aparecem como "pêlos esparsos", ora como "aglomerado de pêlos" e ainda como "tufo de pêlos" propriamente dito. As domácias encontradas nos 34 híbridos, estão assim distribuidas. a - domácias em "tufo de pêlos" e suas variações: 32. b - domácias "em bolsas": 2. Os pêlos domaciais podem ser claros ou escuros, curtos ou longos, lisos ou crespos. As domácias aparecem na face inferior do limbo, na axila das nervuras de primeira e segunda ordem e na junção das nervuras com o pecíolo. Ocorrem, também, domácias na confluência das nervuras de diversas ordens.
Resumo:
Os A.A. observaram um caso de infecção renal gonocócica, que relatam com as necessarias minucias, tanto sob o ponto de vista clinico-cirurgico como bacteriologico. 2 - Revendo a bibliografia sobre o assunto, verificaram que as infecções renais gonocócias são raras, e rarissimas as que apresentam provas de identificação bacteriologica completa do gonocóco, como se fez no presente caso que deve figurar em 15º lugar, desde a descoberta do germen por Neisser, ha 59 anos. 3 - As provas bacteriologicas consistiram no exame bacterioscopico do sedimento urinario e pús renal, caracteres das colonias e culturas, seguidas de exames de esfregaços, provas de fermentação de glicose e maltose; sôro aglutinação e gono fixação. Todas as provas foram positivas para o gonocóco. 4- O rim não deve ser favoravel á proliferação do gonocóco, ou pela natureza do seu epitelio ou pela secreção de substancias que impeçam o seu desenvolvimento ou outra causa qualquer. Dada a frequencia das infecções gonocócicas no parelho urinario inferior, seria de esperar que, em grande numero de casos, fosse atingido o superior.5 - Como causas predisponentes a esse ataque secundario que se processa por vias sanguinea, linfatica ou contiguidade, cita Uhle as seguintes: 1º - perturbações congenitas, lesões obstrutoras, principalmente do ureter. 2º - calculos, tumores, etc. 3º - traumatismos seguidos de rutura e hemorragia e 4º - antecedentes patologícos não demonstrados. O nosso caso cabe no 2º paragrafo. O rim apresentava um tumor maligno e tinha inumeros calculos. 6 - Depois que o rim foi retirado pela intervenção cirurgica, que correu sem acidentes, o doente entrou logo a melhorar, tendo alta curado, do Hospital. Nada tem havido, até a presente data, que faça suspeitar, no desenvolvimento de qualquer metastase do tumor. Aliás, a operação foi indicada em virtude do estado infeccioso, sendo posterior á mesma a descoberta do carcinoma. 7 - Interessante referir tambem que, muito embora o rim estivesse atacado pelo gonocóco, o aparelho urinario inferior nada acusou nesse sentido, nem antes da operação, nem depois do doente ter tido alta. 8 - Casos como o presente, se bem que raros, pois que assim se têm mostrado nos centros onde a pesquiza é sistematica, devem aparecer outras vezes, sendo, portanto, sempre aconselhavel o exame bacteriologico dos casos de infecções renais supuradas.
Resumo:
Os autores referem os resultados dos estudos sobre esquistosomose realisados, em Pernambuco, de Novembro de 1938 a Dezembro de 1939. Não se extendem em discussão, nem comentarios, tampouco, relacionam suas verificações com o que já foi relatado sobre o assunto em trabalhos nacionais e estrangeiros, pelo fato de que, não se trata de um resultado definitivo e sim de atividades que irão proseguir. Os estudos sistematicos em torno da endemia esquistosomica foram executados em duas localidades diversas pela população e pela situação geografica e ecologica. Pontezinha é uma povoação de 1200 habitantes localizada proximo a um conjunto de charcos e lagõas de agua dôce onde pululam caramujos do tipo olivaceus de Spix, e apresenta uma taxa de infestação de 21,4% para individuos do sexo masculino, e de 14,7% para os do sexo feminino. A distribuição por grupos de idade mostra que a incidencia cresce até o grupo de 16 a 20 anos de idade, quando atinge a percentagem de 37,8%, para decrescer em seguida. Em Vitoria a incidencia foi maior nos indivíduos do sexo feminino, atingindo a taxa de 41,4%, dando o sexo masculino a taxa de 36,9%. Por idade a percentagem maxima é atingida pelo grupo de 11 a 15 anos. Vitoria é uma cidade de 1500 habitantes, construida á margem do rio Tapacurá, onde se encontram numerosos caramujos do tipo centimetralis Lutz. A divergencia de incidencia corre por conta dos habitos da população e pela utilização que ela faz do rio, sendo maior em Vitoria porque a proximidade do rio facilita o uso de suas aguas para banho e serviços domesticos, condicionando este ultimo fato, a maior infestação das mulheres. O estudo da frequencia da infestação dos caramujos por cercarias de diversos trematodios, permite suspeitar uma relação inversa entre a taxa de infestação e o diametro maximo atingido pelos caramujos, parecendo este fato confirmar os trabalhos de Vianna Martins sobre a identidade dos hospedeiros intermediarios do Sch. mansoni no BRasil com o Australorbis glabratus (Say, 1818). Os ovos de Sch. mansoni depositados nos tecidos, provocam lesões inflamatorias nodulares que podem pela sua evolução obedecer ás seguintes fases: a) reação inicial sub-aguda ou mais raramente, aguda; b) reação cronica com predominancia de elementos infiltrativos; c) reação cronica com predominancia de histiocitos, formação de célula gigante e proliferação fibro-colagena encistante; d) reação caracterizada pelo englobamento do ovo pelo gigantocito e predominancia de tecido fibro-colageno; e) nodulo caracterizado pelo aspéto encistante do tecido fibro-colageno com célula gigante ou vestigios de casca quitinosa na parte central (ninho encistante); f) cicatriz fibro-colagena. Em todos os orgãos examinados, esses aspétos eram presentes, sendo que variações aparecem: 1º No pulmão o processo inicial surge sob a forma de alveolite aguda mais ou menos difusa. Posteriormente essa lesão toma um aspéto bronco-pneumonico. 2º Na mucosa intestinal a lesão inicial é aguda e difusa. no estadio de cronicidade, ha ulceração, proliferação do tecido de granulação, podendo formar polipos, ou hiperplasia glandular, constituindo algumas vêses, polipo-adenoma. 3º Nos ganglios linfaticos o aspéto reacional é caracterizado por uma disposição epitelioide, muito evidente dos histiocitos que são abundantes. 4º No pancreas, as lesões são as mais pobres em aspétos reacionais. Os AA. mostraram um conjunto de 9 observações de infestação antiga de esquistosomose onde se encontrava um disturbio da formula sanguinea expressivo da frenação medular. Nestes 9 casos, 7 deles apresentavam esplenomegalias de intensidades varias. Oito deles eram portadores de outras infestações verminoticas. Em quatro, realisou-se a ablação esplenica. Em outros quatro, aplicou-se o tratamento anti-esquistosomoso pelos sais de Antimonio. Os sinais sanguineos de hipomielia, manifestaram-se irredutiveis apesar da desinfestação dos outros parasitas intestinais, do tratamento corretivo das sindromes anemicas e da terapeutica anti-esquistosomotica. Somente a esplenectomia conseguiu apagar aquela disfunção hemo-reguladora. Os AA. acreditam que alguns dos casos apresentados sejam de esplenopatias cronicas de origem esquistosomotica. Como tal procuram realçar uma das variedades do acometimento esquistosomoso esplenico moldado na sindrome de hiperesplenia cronica hipomielica. Os requisitos exigidos para esta catalogação estiveram presentes, tal como em verdadeiras esplenopatias cronicas palustres, leishmanioticas ou de outra etiologia semelhante em atuação.
Resumo:
Como resultado de inspeções feitas à ilha de Marajó o autor assinala: 1º) O mal de cadeiras continua existindo na ilha de Marajó sob a forma enzoótica, ao contrário do que pensavam os criadores, julgando-o extinto. As doenças designadas por estes como "barriga inchada" e "mormo seco", responsaveis pela grande mortalidade dos equinos, foram identificadas pelo autor como tal de cadeiras. 2º) O autor considera indispensável para a pesquisa do trypanosoma o processo de inoculação em animais de laboratório, tendo utilizado para esse fim camondongos e ratos brancos. 3º) Os surtos epizoóticos anuais coincidem com a época das chuvas, ocasião em que surgem os insetos hematófagos, o que faz pensar no papel desses últimos como transmissores. 4º) Os cavalos podem atravessar o ano com trypanosomas no sangue e em estado de saude aparente, constituindo assim depositários do mal de cadeiras. 5º) O extermínio da capivara, em consequência do seu aproveitamento econômico não modificou o carater endêmico da doença na ilha de Marajó. 6º) O autor observou que os trypanosomas no tubo digestivo de Stomoxys e Tabanideos, ao cabo de 8 horas, apresentavam com movimentos diminuidos e em formas arrendondadas, não conseguindo inoculações positivas com esse material. 7º) A saliva de um morcego do gênero Desmodus, que se infectou no laboratório, alimentando-se em animal doente, colhida de modo a evitar lesões da mucosa e consequente contaminação pelos trypanosomas do sangue circulante, mostrou-se incapaz de infectar, por inoculação, animais sensiveis. Este mesmo morcego não transmitiu a doença a um cão, o qual sugou durante 80 dias. Recentemente (1941) empregando um exemplar do gênero Desmodus, também infectado experimentalmente por alimentação em animal de laboratório, conseguimos transmitir o Trypanosoma equinum a uma cobaia normal. Este assunto será ventilado posteriormente.
Resumo:
Novos dados são apresentados sôbre a distribuição geográfica dos transmissores e a incidência da doença de Chagas no Estado do Paraná, após uma revisão bibliográfica do assunto. Em cinco muncipios é assinalada a presença de Triatoma infestans naturalmente infectado por Schizotrypanum cruzi.
Resumo:
Os A. A., visando aplicar a bartonelose do rato albino esplenectomizado como teste para o estudo das funções do baço, uma vez que há evidência de um mecanismo de proteção de natureza hormonal, estudam a evolução da anemia nesse animal após a esplenectomia. Discutem aspectos e trabalhos sôbre o assunto. Comparam a anemia da bartonelose à da fenilhidrazina e discutem a influência dos traumatismos inespecíficos sôbre o desencadeiamento dessa infecção. Aproveitam o material para a verificação do efeito terapêutico da penicilina bárica, fabricada no Instituto Oswaldo Cruz, na bartonelose experimental do rato albino. Descrevem os métodos e concluem sôbre a extrema sensibilidade dos animais utilizados e da ineficácia da penicilina, pelo menos na dose empregada.