997 resultados para Anticorpos maternos heterofílicos
Resumo:
Foram selecionados 25 pacientes chagásicos crônicos que apresentavam sorologia positiva e elevada parasitemia. A 15 deles, durante 120 dias, foi ministrado o Nitrofurfurilidene na dose diária de 8 a 10 mg por quilo de peso. Aos 10 restantes deu-se placebo. No trans e pós-tratamento não se verificaram alterações nas funções hepática, hematopoiética ou renal de caráter iatrogênico. Xenodiagnóstico e provas sorológicas foram realizadas mensalmente. O xenodiagnóstico, nos 15 doentes tratados, aos 60º dias da fase trans-terapêutica, mostrou-se negativo e assim se manteve durante 4 anos, período de tempo que durou a nossa observação. Quanto às reações sorodiagnósticas o mesmo não ocorreu, embora a partir dos 12 meses do término do tratamento o grupo que recebeu a droga tenha passado a apresentar níveis mais baixos de anticorpos. Os A.A. comentam o desacordo entre os achados do xenodiagnóstico e os das provas sorológicas e sugerem uma hipótese para justificá-lo. Concluem que, embora com menos evidência do que nas formas agudas, o Nitrofurfurilidene revela certa eficácia na fase crônica da infecção chagásica.
Resumo:
Os autores apresentam dados obtidos no estudo de soros com a finalidade de determinar os níveis de anticorpos para rubéola, no período de 1970 a 1975, na cidade do Rio de Janeiro. Estes soros induiram principalmente gestantes em contato com casos clínicos ou suspeitos de rubéola. Dentre as gestantes, de 2.155 casos em que as informações eram mais completas, analisaram-se os resultados da sorologia com a finalidade de estabelecer o grau de imunidade prévio ao contato e o nível de risco para o concepto. Verificou-se que 84,4% destas gestantes possuiam anticorpos, sendo que destas 8,1% alcançaram níveis iguais ou superiores a 1/320, sugerint infecção recente. Obteve-se conversão sorológica em 1,2%, comprovando-se a infecção atual por rubéola. A análise dos dados referentes a casos notificados de rubéola na cidade do Rio de Janeiro no período de 1965 a 1974 demonstrou uma incidência maior no segundo semestre, tendo ocorrido dois surtos da doença, um em 1968 e outro em 1974.
Resumo:
Foi encontrada uma incidência de Capillaria hepática de 57% entre ratos capturados na cidade do Salvador. Destes animais infectados foram isoíados ovos do parasito e se obteve a infecção experimental em camundongos. Foi demostrada a presença de anticorpos circulantes contra Capillaria hepatica no soro destes camundongos, tendo sido feito o estudo através de técnicas de eletroforese e imunofluorescência. Estes anticorpos se fixam em todas as estruturas parasitárias, (seja larva, verme ou ovo) e estão presentes no soro dos camundongos já a partir da primeira semana de infecção.
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Um estudo duplamente cego sobre a capacidade de indução de anticorpos séricos anti-meningocócicos por polissacarfdeos capsulares A e C, detectados pela técnica de hemaglutinação passiva, foi realizado no período de outubro a dezembro de 1974. Analisaram-se as respostas imunogênicas de polissacarídeos isolados e combinados de três procedências, entre as quais a de um laboratório que se propunha a produzi-los em larga escala e que já os havia testado em um grupo de voluntários sem reações colaterais importantes. Duzentos e trinta e oito voluntários, funcionários e internos de uma penitenciária, foram divididos em 6 grupos aos quais foram administrados toxóide tetânico e cinco diferentes tipos de vacina. Colheitas de sangue imediatamente antes e quatro semanas após a inoculação foram realizadas e a conversão soro lógica analisada. As vacinas polissacarídeas C mostraram boa resposta imunogênica, enquanto a vacina A mostrou resposta mais pobre. As vacinas em experimentação que continham polissacarídeo A não demonstraram poder antigênico, apresentando, inclusive, resposta paradoxal, com a formação de anticorpos anti-meningocócicos C. Reações colaterais nos grupos submetidos a estas vacinas, embora de pequena intensidade, mostraram-se mais freqüentes do. que nos outros grupos, sugerindo, como depois se evidenciariam, problemas de purificação. A inoculação de vacinas mono vai entes determinou uma queda de níveis de anticorpos não específicos (queda de anti-polissacarfdeo A quando a vacina era polissacarfdea C e vice-versa), sugerindo, juntamente com achados de outros estudos, um possível mecanismo de depressão imunitária que merece ser melhor investigado.
Resumo:
Um caso de Leishmaniose Cutis Difusa é estudado quanto aos seus aspectos imunológicos. A imunidade celular foi investigada com testes intradérmicos, sensibilização artificia! do DNCB e dosagem de fator de inibição do macrófago (MIF). Embora alguns antígenos injetados tivessem dado reação positiva, a leishmanina foi não reatora evidenciando uma anergia específica. As imunoglobulinas G e M estavam elevadas. 0 encontro de anticorpos circulantes por alguns autores associando ao fato de que o complemento C3 era baixo em nosso paciente, levou-nos a considerar o consumo deste que fixado a complexos Ag-Ac circulantes poderiam explicar os surtos de febre e artralgias. Por fim são considerados os pontos de vista de autores diferentes em relação ao fato de que a LCD seria causada por espécie diferente de leishmânia, ou por defeito imunológico do paciente, destacando-se o trabalho de Convit³ em favor desta útlima hipótese.
Resumo:
Vinte crianças prematuras receberam, no primeiro ano de vida. vacinas que habitualmente fazem parte do esquema básico de imunizações ativas. Em amostra de soro obtida quando elas atingiram a idade de 12 meses, foram dosados os teores de antitoxina diftérica, de antitoxina tetânica e de aglutininas anti Bordetella pertussis. Valores plenamente satisfatórios de anticorpos relativos à difteria e ao tétano puderam ser encontrados e, quanto à coqueluche, nunca notaram os Autores ausência de aglutininas, mas conclusão mais decisiva não ocorreu, em virtude da falta de melhor conhecimento da cifra indicativa de proteção. O estudd em questão representa subsídio no sentido de arrefecer o temor e o cepticismo, bastante divulgados, acerca da vacinação de prematuros.
Resumo:
Coelhos inoculados com tripomastigotas da cepa Ernestina do Trypanosoma cruzi tiveram parasitemias, demonstradas pelo xenodiagnóstico, até cinco meses e meio após a infecção. O tratamento de alguns desses coelhos com benzonidazol, na dose de 8mg/kg durante sessenta dias, após dois meses de infecção, resultou na negativação dos xenos após 30 dias de uso da medicação. Os coelhos chagásicos crônicos, após seis meses de infecção, já tinham a parasitemia subpatente quando foram submetidos a tratamento idêntico àqueles da fase aguda. Em ambos os casos, os coelhos tratados com benzonidazol tiveram títulos de anticorpos humorais semelhantes àqueles verificados nos coelhos chagásicos não- tratados, inclusive durante a quimioterapia. A não alteração da imunidade humoral em coelhos tratados foi comprovada quando animais chagásicos e não chagásicos submetidos ao tratamento produziram títulos de anticorpos hemolíticos idênticos àqueles verificados nos animais não-tratados. Em acentuado contraste, a função imune timo-dependente foi severamente alterada pelo uso do benzonidazol. As reações de hipersensibilidade tardia contra um antígeno sub- celular do T. cruzi foram suprimidas durante a vigência do tratamento dos coelhos chagásicos. Paralelamente, estas reações eram intensas nos coelhos chagásicos não-tratados e negativas em coelhos controles normais. Todavia, as reações cutâneas tornaram-se novamente positivas 10 dias após o tratamento. Foi interessante notar que as reações de hipersensibilidade tardia in vivo, em coelhos imunizados com BCG e testados com PPD ou em coelhos sensibilizados com DNCB também foram suprimidas durante o tratamento com o benzonidazol. Contudo, as reações de imunidade celular contra estes antígenos também reverteram aos valores normais 7 a 10 dias após a suspensão do benzonidazol. Resultados semelhantes foram relatados em relação ao nifurtimox, outra droga utilizada no tratamento da doença de Chagas. 0 benzonidazol e o nifurtimox são compostos nitro-aromáticos cuja nitrorredução resulta na formação de metabólitos intermediários potencialmente citotóxicos para o protozoário e para as células do hospedeiro.
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RESUMO: A sífilis é uma infecção causada por T. pallidum que pode ser transmitida por via vertical, por contacto sexual ou por sangue, e cujo diagnóstico se baseia na associação entre manifestações clinicas e testes serológicos. Neste estudo utilizaram-se os testes serológicos RPR, TPHA, FTA-Abs, um teste rápido não comercializado (Signal-Spirolipin) que pesquisa anticorpos treponémicos (CDC-T) e não treponémicos (CDC-2) em simultâneo no mesmo dispositivo e uma técnica de PCR-multiplex para a pesquisa de ADN de T. pallidum. Da comparação das técnicas serológicas constatou-se que a sensibilidade dos testes RPR e TPHA foi de 84,5% e 98% respectivamente. A especificidade foi de 77,3% para o teste RPR e de 87,5% para o teste TPHA. Na avaliação do teste rápido a comparação do teste CDC-2 com o teste RPR resultou numa taxa de concordância de 93,1% enquanto que, a do teste CDC-T com o teste TPHA foi de 94,8%. A sensibilidade e especificidade obtidas pelos testes CDC-2 e CDC-T foram de 88,7% e 65% e de 94,9% e 91,3% respectivamente. Considerando o diagnóstico de sífilis activa com base na reactividade simultânea dos testes RPR e TPHA, avaliou-se a sensibilidade do teste rápido utilizando esse mesmo critério. A sensibilidade obtida foi de 98,4% para o teste rápido e de 97,2% para a associação dos testes RPR/TPHA. A técnica de PCR-multiplex apresentou fraca sensibilidade já que em apenas 33% dos casos de sífilis foi identificado ADN de T. pallidum. O teste rápido avaliado apresentou um comportamento idêntico aos testes geralmente utilizados na rotina laboratorial tais como os utilizados neste estudo. Apresenta a vantagem de pesquisar anticorpos treponémicos e não treponémicos, ao contrário dos testes rápidos comercializados que pesquisam apenas anticorpos treponémicos. Não sendo necessário para a sua execução equipamento laboratorial especializado poderá ser de grande utilidade para o clinico a exercer em locais sem laboratório.------------- ABSTRACT: Syphilis is an infection caused by T. pallidum. Transmission may be vertical, through sexual contact or blood. The diagnosis is based in both serology and clinical manifestations. In this study, we used the serological tests RPR, TPHA, FTA-Abs and a non -commercialized rapid test (Signal-Spirolipin) to detect both treponemal (CDC-T) and non – treponemal antibodies (CDC-2) in the same device. T. pallidum DNA was identified with a multiplex PCR technique. In this study, the RPR and TPHA tests sensitivity was 84,5% and 98%, respectively, and the specificity 77,3% for the RPR test and 87,5% for TPHA test, respectively. The concordance rate was 93,1% in the comparison between the RPR and the CDC2 tests and 94,8% between the CDC-T with the TPHA tests. Sensitivity and specificity of the CDC-2 and CDC-T tests were 88,7% and 65% and 94,9% e 91,3%, respectively. Taking into account that the diagnosis of active syphilis is made when both the RPR and TPHA tests are reactive, we evaluated the sensitivity of the rapid test (CDC2 and CDCT) in the diagnosis of active syphilis, using the above described criteria. The sensitivity was 98,4 % for the rapid test and 97,2 % for the association of reactivity in both RPA and TPHA tests. The multiplex PCR technique presented a low sensitivity, with T. pallidum DNA being identified in only 33% of the syphilis cases. The rapid test evaluated in this study presented identical results to the tests generally used in the routine laboratory diagnosis, such as those used here. However, it does have the advantage of detecting both treponemal and non – treponemal antibodies what is not the case of the commercialized rapid test. Furthermore, there is no need of specialized laboratory equipment, which makes it of great utility in regions where such conditions do not exist, as in developing countries.
Resumo:
RESUMO: A doença de Alzheimer (AD) é a forma mais comum de demência em todo o mundo e sua prevalência deverá duplicar até 2050. Os mecanismos precisos responsáveis pela AD são desconhecidas mas as características histopatológicas estão bem caracterizadas. A hipótese mais importante para a perda neuronal e declínio cognitivo na AD é a cascata amilóide que indica que AD é o resultado da sobreprodução de beta amilóide (Aβ) e / ou remoção ineficaz; a acumulação do BA no cérebro seria o passo crítico na patogénese da AD. Actualmente, a identificação de proteínas que se ligam ao Aβ e modulam a sua agregação e neurotoxicidade pode proporcionar a base para novas abordagens terapêuticas. A apolipoproteína AI (ApoA-I), o principal componente das HDL humanas, interage com o domínio extracelular da proteína precursora de amilóide (APP), bem como com o Aβ. Estudos epidemiológicos têm mostrado uma diminuição acentuada da ApoA-I plasmática em doentes com AD, com uma correlação inversa entre o nível de ApoA-I e o risco de AD. Este trabalho pretende apresentar um projecto que tem como objectivo investigar se os anticorpos anti-apo AI podem impedir a formação de complexos Aβ / ApoA-I, bloqueando o efeito protector da ApoA-I. A hipótese baseia-se na possibilidade dos doentes com AD terem anticorpos anti-ApoA-I plasmáticos e de estes poderem interferir com a formação do complexo no LCR.------- ABSTRACT:Alzheimer’s disease (AD) is the most common form of dementia world-wide and its prevalence is expected to double by the year 2050. The precise mechanisms responsible for AD are unknown but the histopathologic features are well-characterised. The most compelling hypothesis for neuronal loss and cognitive decline in AD is the amyloid cascade hypothesis which states that AD is the result of amyloid beta (Aβ) overproduction and/or ineffective clearance and its accumulation in the brain would be the critical step in AD pathogenesis. Currently, identification of proteins that bind Aβ and modulate its aggregation and neurotoxicity could provide the basis for novel treatment approaches. Apolipoprotein A-I (ApoA-I), the main constituent of human HDL, ApoA-I interacts with the extracellular domain of amyloid precursor protein (APP), as well as with Aβ itself. Epidemiological studies have shown a marked decrease of plasma ApoA-I levels in AD patients, with an inverse correlation between the ApoA-I level and the risk of AD. This work intends to present a project that aims to investigate if anti-ApoA-I antibodies may prevent the formation of the Aβ /ApoA-I complex and by doing so blocking the protective effect of ApoA-I in AD. We base the hypothesis on the possibility that patients with AD might have anti-ApoA-I antibodies in plasma and that these can interfere with the complex formation in the cerebrospinal fluid (CSF).
Resumo:
Um inquérito em cães realizado na região de Três Braços, Bahia, mostrou que 3,0% de 98 animais tinham amastigotas em lesões de pele. Parasitos não foram encontrados em pele normal da orelha. De uma amostra selecionada de 13 cães, portadores de lesão cutânea ativa, nove (69,2%) deles estavam comprovadamente infectados. Sete amostras de lesão produziram infecção em hamsters. O estudo biológico (crescimento em meio de cultura, evolução da lesão em hamster e desenvolvimento no tubo digestivo de Lutzomyia longipalpis) identificou o parasito como pertencente ao complexo L. braziliensis. A caracterização bioquímica (mobilidade eletroforética de enzimas em placas de acetato de celulose) e o estudo imunotaxonômico (anticorpos monoclonais) definiram as amostras como L. braziliensis braziliensis. O papel do cão como um possível reservatório de L. b. braziliensis na região de Três Braços é discutido.
Resumo:
Numa análise de 57 pacientes o acometimento da mucosa foi mais comumente observado em homens (77%) na terceira década de vida, embora fosse grande a variação das idades e ocorrendo mesmo o acometimento de duas crianças. Com a exceção de nove pacientes (16%) todos os outros tinham sinais de leishmaniose cutânea sendo que em somente oito (14%) de lesão era ativa. O acometimento do nariz foi observado em 100% de 19 pacientes que apresentavam lesões múltiplas e em 92% de 38 pacientes apresentando uma única lesão. A faringe, palato, laringe e lábio superior foram afetados nesta experiência. 42% dos pacientes com lesões múltiplas apresentavam acometimento da laringe sendo que em dois pacientes a única lesão existente apresentava-se neste ponto. Não foi observada qualquer diferença relacionada com a idade no que se referia à existencia de lesões únicas ou múltiplas. A duração do acometimento da mucosa variou de menos de 4 até 264 meses. Somente 7% desenvolveram o acometimento da mucosa após mais de dez anos o desenvolvimento da lesão cutânea. Os pacientes usualmente responderam ao tra-tamento adequado por antimonial embora em algumas exceções fosse usada amphotericina B. Morreram três pacientes que se recusaram a colaborar no tratamento. Dois anos após o tratamento observou-se positividade de anticorpos fluorescentes em somente 18% dos pacientes entre aqueles acompanhados.
Resumo:
Em sete pacientes submetidos a transplante de rim e imonodeprimidos reconheceram os Autores a ocorrência de doença de Chagas, em fase aguda. Tais eventos permitiram verificações sem dúvida expressivas e, entre elas, afigurou-se conveniente salientar as seguintes: presença de febre como manifestação proeminente; valor elucidativo da pesquisa do Trypanosoma cruzi no "creme" leucocitário em etapa de realização de diagnóstico diferencial, quando escassos os elementos orientadores; utilidade da evidenciação, por imunofluorescência, de anticorpos IgM antitripanossomo no soro; falta de participação de enfartamento de linfonodos superficiais ao exame clínico e de linfocitose, com linfócitos atípicos, ao hemograma; decurso não grave, sendo que, para tanto, pode ter contribuído a administração de benzonidazol; possibilidade de manutenção do uso de medicamentos imonossupressores; ausência de prejuízo quanto ao transplante. Julgaram os Autores oportuno relatar esses fatos, em virtude de implicações que eles ensejam quando em desenvolvimento trabalhos de natureza assistencial.
Resumo:
Foi realizada avaliação imunológica em 48 indivíduos com históriapregressa de leishmaniose visceral (L. V)eem seis pacientes durante a fase aguda da doença e após o tratamento. Títulos significativos de anticorpos determinados pela técnica de imunofluorescência e/ou ELISA foram observados em 32 (67%) dos 48 casos. A avaliação da resposta imune humoral e celular nos seis pacientes durante a fase ativa da doença demonstrou títulos elevados de anticorpos (média 9536 ± 7169) e resposta línfoproliferativa ausente (323 ± 24). Após o tratamento (3 e 6 meses) os títulos de anticorpos só caíram em três dos seis pacientes, ao passo que linfócitos passaram a responder "in vítro" a antígenos de leíshmânía (11909 ± 5637). Estes dados demonstram que os indivíduos que adquirem leishmaniose visceral não são geneticamente incapacitados de responder a antígeno de leíshmânía equea persistência de títulos elevados de anticorpos anos após o tratamento, sugere que o parasita permaneça no hospedeiro após a cura clínica da doença.
Resumo:
Foi padronizado um teste de hemaglutinação para a sorologia da malária humana, com reagente constituído de suspensão de hemácias de camundongos infectadas pelo Plasmodium berghei e preservadas por fixação aldeídica. Em pacientes com parasitemia por P. falciparum ou P. vivax obteve-se uma sensibilidade de 98,9% nos 88 casos estudados, o teste apresentando títulos entre 40 e 640. Para o grupo de 476 soros de indivíduos não-maláricos, obteve-se uma especificidade de 96,0%. O teste apresentou elevada reprodutibilidade, mesmo para diferentes lotes de antígenos. Nos 200 soros, obtidos ao acaso, de indivíduos de área endêmica, o teste apresentou positividade de 48,5%, contra 88,0% do teste de imunofluorescência-IgG. A baixa positividade pode ser devida a que o teste de hemaglutinação detecta anticorpos IgM. Após tratamento com 2-mercaptoetanol, todos os soros de pacientes com parasitemia tornaram-se não reagentes. Em relação ao teste de imunofluorescência-IgG, o teste de hemaglutinação apresentou índice de co-positívidade de 0,989 para os soros de maláricos com parasitemia. Para os soros de não-maláricos o teste de hemaglutinação apresentou índice de co-negatividade de 0,969. Por outro lado, no grupo de soros de área endêmica, o índice de co-positividade foi de 0,528 e o de co-negatividade, de 0,833.
Resumo:
A fim de se observar uma possível proteção conferida pela infecção espúria contra uma infecção verdadeira por Capillaria hepatica, camundongos foram inoculados com ovos não embrionados (infecção espúria) e, posteriormente, com ovos embrionados (infecção verdadeira). Anticorpos específicos da classe IgG, detectados por teste imunoenzimático (ELISA), mostraram-se elevados a partir da segunda semana do experimento. O teste de hipersensibilidade cutânea tardia resultou negativo. O exame das lesões do fígado, assim como a contagem de ovos, utilizados como parâmetros para comparação entre os grupos de animais estudados, não apresentaram variação significativa indicando que a imunidade humoral induzida pela infecção espúria não tem potencial protetor.