932 resultados para Analgésie placebo
Resumo:
Introdução: A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma das causas mais comuns de dor com origem músculo-esquelética, devendo-se sobretudo à existência de pontos gatilho (PG) miofasciais. O PG no músculo trapézio superior (TS), sob a sua forma latente, tem repercussões no equilíbrio muscular do complexo articular do ombro. A intervenção sobre este PG, através da compressão isquémica poderá ter benefícios no próprio músculo e no controlo motor do complexo articular do ombro. Objetivos: Pretende-se estudar a influência da intervenção no PG latente do músculo TS no controlo motor do ombro, analisando as alterações ao nível do timing de ativação muscular, das sequências em que o músculos ativam e do nível de atividade muscular ao longo do movimento. Métodos: Foi realizado um estudo do tipo experimental, aleatório e controlado com uma amostra dividida em dois grupos, grupo experimental (n=15) e grupo controlo (n=14). No grupo experimental foi realizada a técnica de compressão isquémica no PG do TS e no grupo controlo um procedimento placebo. Antes e após a intervenção foi recolhida a atividade eletromiográfica dos músculos grande dentado (GD), infra-espinhoso (IE), deltóide médio (DM), trapézio superior (TS) e trapézio inferior (TI), assim como os dados cinemáticos, durante o movimento de elevação do ombro no plano da omoplata. Foi analisado o timing de ativação muscular, as sequências de ativação e o nível de ativação muscular ao longo do arco de movimento, através da magnitude normalizada à contração muscular voluntária máxima. Resultados: Foi observada uma maior pré ativação do músculo GD, no grupo experimental após a intervenção (p=0,025) relativamente ao primeiro momento de avaliação. É de notar que após a intervenção, no GE, todos os músculos passaram a ativar no período típico dos ajustes posturais antecipatórios, não tendo o mesmo sido observado no grupo de controlo. Após a técnica, 37% dos indivíduos do grupo experimental passaram a ativar o GD em primeiro lugar, quando apenas um sujeito o fazia antes da intervenção. Destaca-se também um predomínio de 32% nas últimas posições, após a técnica, dos músculos trapézio superior e inferior. No GC não se verifica nenhuma tendência após a intervenção. Foram ainda observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nos arcos de movimento onde foi atingido 20% da contração isométrica voluntária máxima (CMVI) nos músculos DM (p=0,002), na primeira avaliação, e IE (p=0,021), após a intervenção, com um atraso da ativação do IE para valores superiores a 20% da CMVI. Conclusão: A compressão isquémica reflete-se na antecipação da atividade do músculo GD e num atraso do aumento da magnitude da atividade do IE para valores moderados,
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Budesonide (800 mg bid, for 2 months) was administered to 12 asthmatic children (mean age, 11.293.3 years) with lung hyperinflation (TGV]130% predicted and:or RV]140% predicted) in a randomised, placebo controlled, double blind, crossover study. Body plethysmography (panting frequency controlled at 1·s 1) was performed at the beginning, 2 months afterwards (before crossover) and at the end of the study. Budesonide significantly reduced TGV (2.3590.90 l BTPS or 126924% predicted) compared with placebo (2.5491.08 l BTPS, P 0.014 or 140921% predicted, PB0.05). In addition, budesonide significantly increased mean specific conductance (0.0690.02 cm H2O 1 l s 1 to 0.0790.01 cm H2O 1 l s 1, PB0.05). It was concluded that budesonide reduced lung hyperinflation most likely by decreasing airway inflammation.
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Os ensaios clínicos de vacinação foram realizados no Norte do Paraná, em Belém do Pará e regiões do Ceará. A vacina, gentilmente cedida pela Farmitalia, é a mesma usada por Bietti et al. em seus trabalhos na Etiópia. Os resultados foram bastante satisfatórios, evidenciando 100% de imunização e 65% de cura. Para têrmo de comparação usou-se placebo. Para a quimioterapia, foi usada a sulfametoxipirazina, em dose única semanal, conseguindo-se 84% de curas. Os resultados da vacinação e da quimioterapia foram avaliados 7-9 meses após o tratamento, por critério duplamente cego, seguindo as recomendações da OMS. Foram colhidos raspados conjuntivais de olhos infectados e cultivados primeiramente em Milão e no momento no Rio, com crescimento positivo. Os estudos prosseguem, visando a identificação de uma cepa brasileira. Os resultados da vacinação e da quimioterapia indicam serem êstes excelentes métodos de controle do tracoma.
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Using 49 prostatectomized patients as experimental subjects, we studied the effects of Inclometnacin and acetylsalicylic acid — accredited prostaglandin synthetase inhibitors — from a urodynamic and clinical standpoint. Relevant urodynamic data was gathered 1 hr 30 mi after the patients had taken the drugs and placebo. Clinical results were further scrutinized after 8 days of treatment, at which time a new urodynamic workup was again performed on some patients. Results were again studied shortly after the end of treatment. The effect of the drugs on bladder and urethral structures was borne out by clear-ct!t clinical and urodynamic changes. After statistically analyzing such changes, we concluded that prostaglandin synthesis inhibition resulting in the inhibition of prostaglandin action had, at least in part, led to the changes noted. In the present report we shall discuss the role played by the highly complex mechanisms at work.
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OBJECTIVE: Combined hyperlipidaemia is a common and highly atherogenic lipid phenotype with multiple lipoprotein abnormalities that are difficult to normalise with single-drug therapy. The ATOMIX multicentre, controlled clinical trial compared the efficacy and safety of atorvastatin and bezafibrate in patients with diet-resistant combined hyperlipidaemia. PATIENTS AND STUDY DESIGN: Following a 6-week placebo run-in period, 138 patients received atorvastatin 10mg or bezafibrate 400mg once daily in a randomised, double-blind, placebo-controlled trial. To meet predefined low-density lipoprotein-cholesterol (LDL-C) target levels, atorvastatin dosages were increased to 20mg or 40mg once daily after 8 and 16 weeks, respectively. RESULTS: After 52 weeks, atorvastatin achieved greater reductions in LDL-C than bezafibrate (percentage decrease 35 vs 5; p < 0.0001), while bezafibrate achieved greater reductions in triglyceride than atorvastatin (percentage decrease 33 vs 21; p < 0.05) and greater increases in high-density lipoprotein-cholesterol (HDL-C) [percentage increase 28 vs 17; p < 0.01 ]. Target LDL-C levels (according to global risk) were attained in 62% of atorvastatin recipients and 6% of bezafibrate recipients, and triglyceride levels <200 mg/dL were achieved in 52% and 60% of patients, respectively. In patients with normal baseline HDL-C, bezafibrate was superior to atorvastatin for raising HDL-C, while in those with baseline HDL-C <35 mg/dL, the two drugs raised HDL-C to a similar extent after adjustment for baseline values. Both drugs were well tolerated. CONCLUSION: The results show that atorvastatin has an overall better efficacy than bezafibrate in concomitantly reaching LDL-C and triglyceride target levels in combined hyperlipidaemia, thus supporting its use as monotherapy in patients with this lipid phenotype.
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Efetuaram os autores teste tuberculínico, com PPD (RT 23), 10 UT, em 3.6S4 crianças sadias, que receberam, pela via oral, em três oportunidades separadas por intervalos de um mês, vacina BCG líquida ou liofilizada e placebo representado por preparação sem bacilos. Dois grupos foram basicamente estabelecidos, tendo os limites etários correspondido a noventa dias em um deles e a essa idade e quinze anos no outro. Considerando os módulos com tamanhos superiores a cinco milímetros, observaram taxas de positividades de 37,6% e 21% relativamente aos indviduos separados da maneira citada e em avaliações levadas a efeito no máximo nove meses depois, mas as cifras pertinentes ao produto isento de bacilos álcool-ácido-resistentes e ao submetido à liofilização mostraram-se expressivamente menores. Valorizada somente a alergização, as percentagens indicadas e não desprezíveis atestaram a ocorrência de destacada absorção, sobretudo ao ser levado em conta o sucedido quanto às pessoas de menores idades.
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Foram selecionados 25 pacientes chagásicos crônicos que apresentavam sorologia positiva e elevada parasitemia. A 15 deles, durante 120 dias, foi ministrado o Nitrofurfurilidene na dose diária de 8 a 10 mg por quilo de peso. Aos 10 restantes deu-se placebo. No trans e pós-tratamento não se verificaram alterações nas funções hepática, hematopoiética ou renal de caráter iatrogênico. Xenodiagnóstico e provas sorológicas foram realizadas mensalmente. O xenodiagnóstico, nos 15 doentes tratados, aos 60º dias da fase trans-terapêutica, mostrou-se negativo e assim se manteve durante 4 anos, período de tempo que durou a nossa observação. Quanto às reações sorodiagnósticas o mesmo não ocorreu, embora a partir dos 12 meses do término do tratamento o grupo que recebeu a droga tenha passado a apresentar níveis mais baixos de anticorpos. Os A.A. comentam o desacordo entre os achados do xenodiagnóstico e os das provas sorológicas e sugerem uma hipótese para justificá-lo. Concluem que, embora com menos evidência do que nas formas agudas, o Nitrofurfurilidene revela certa eficácia na fase crônica da infecção chagásica.
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Foram tratados 77 pacientes com doença de Chagas pelo nifurtimox, subdivididos em quatro grupos. Grupo I, com 30 pacientes na fase aguda. Somente oito doentes usaram a droga durante 120 dias, na dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal e posteriormente de 10 mg. Vinte e dois pacientes tomaram dose insuficiente. Em quatro doentes (50%) o xenodiagnóstico tornou-se negativo pós-tratamento; destes, três fizeram reação de Machado Guerreiro, a qual estava negativa. Houve um óbito por insuficiência cardíaca no 59 dia de tratamento. Seis pacientes apresentaram polineuropatia periférica. Grupo II, com 15 pacientes na fase crônica, tratados em ambulatório. Oito abandonaram o tratamento, mas cinco em dez que tomaram placebo fizeram o mesmo. Dos seis que tomaram a droga durante 120 dias e fizeram pelo menos um xenodiagnóstico pós-tratamento, havia quatro que estavam com os exames negativos. O tratamento não alterou o eletrocardiograma, a área cardíaca ou a radiografia do esôfago dos doentes e não evitou que um paciente viesse a desenvolver insuficiência cardíaca e um outro arritmia. Grupo III, com 15 pacientes na fase crônica, tratados com 10 mg/kg, durante 120 dias. Fizeram 12 xenodiagnósticos mensalmente, cada um com oito caixas contendo 10 T. infestans após o tratamento e somente 28,5% dos pacientes apresentaram todos os exames negativos. Houve acentuada redução da parasitemia, mesmo nos doentes não curados. O número de xenos positivos passou de 43% antes do tratamento para 24,4% após o mesmo e o número de caixas positivas caiu de 29,6% para 7%. Grupo IV, com 17 pacientes na fase crônica, tratados com 8 mg/kg ao dia, sendo que em oito durante 120 dias, em cinco durante 100 dias e em quatro durante 60 dias. A percentagem de doentes com os 12 xenos negativos pós-tratamento foi de 56,25. Também neste grupo houve redução de parasitemia, caindo a percentagem de xenos positivos de 76,5 antes do tratamento para 10,3 e a de caixas positivas de 28,6 para 3,1. Não há vantagem em se prolongar o uso do nifurtimox por mais de dois meses. As percentagens de cura são bem inferiores as obtidas na Argentina, Chile e Rio Grande do Sul. A droga produz muitas reações, sendo a mais importante a polineuropatia periférica.
Resumo:
Realizou-se estudo do tipo duplo anonimato em 18 pacientes com hepatite aguda benigna. O gruoo experimental foi testado com uma provável droga de ação antiviral: 1-BETA-D-RIBOFURANOSIL, 1,2,4-TRIAZOLE-3- CARBOXAMIDE. O grupo controle ingeriu um placebo de lactose. Teve-se especial cuidado na seleção de pacientes, incluindo apenas pacientes que preenchessem critérios bem estabelecidos. Os pacientes foram seguidos semanalmente, avaliando-os clínica e laboratorialmente. Os resultados não evidenciaram diferenças significativas entre os dois grupos, sugerindo-se estudos com casuística mais numerosa e em regime de internação hospitalar.
Resumo:
Os autores apresentam resultado de tratamento com Hycanthone e com Oxamniquine efetuado em grupos de 36 crianças de 6 - 15 anos de idade, portadoras de S. mansoni, mais um grupo Controle (não portadores), de igual número perfazendp o total de 108 crianças. Os grupos eram homogêneos quanto à idade, peso, altura, condições clínicas (forma intestinal moderada) e fatores sócio-econômico-sanitários. Eram todos residentes no perímetro irrigado da Curú-Recuperação, Pentecoste-Ceará, e filhos de funcionários do DNOCS. Foi efetuado tratamento com Hycanthone (2,3 m/kg a 2,7 mg/kg) mais placebo de Oxamniquine (Grupo A), com Oxamniquine (11,4 mg/kg a 20 mg/kg) mais placebo de Hycanthone (Grupo B) e placebo dos dois medicamentos para o grupo Controle (Grupo C). Foram realizados exames de sangue (hemograma, transaminases e fosfatases alcalinas), sumário de urina e coproscopias (Hoffman, Kato qualitativo e quantitativo). Após tratamento todos os casos ficaram sob observação durante 72 horas e mais seguimento clínico e laboratorial durante 4 meses. Efetuados teste de t e de chi-quadrado todos os resultados são apresentados em tabelas e assim sumariados: 1) Hycanthone mostrou eficácia completa apresentando 100% como índice de cura. 2) Oxamniquine apresentou índice de cura de 80%, sendo que os 7 pacientes não curados tiveram significativa redução do número de ovos viáveis; destes, após o 29 tratamento, persistiram apenas 3 eliminando ovos viáveis. 3) Efeitos colaterais do tratamento com Hycanthone foram os seguintes: dor local, febre, náuseas, vômitos, cefaléia, tontura e sonolência. 4) Oxamniquine quase não afetou as crianças do ponto de vista de efeitos colaterais demonstráveis, tendo apresentado alguns casos com febre moderada e transitória e um caso com queixa de náusea. 5) Testes de função hepática revelaram alterações leves com aumento de TGO tanto no Grupo Hycanthone como no Grupo Oxamniquine (sem diferença estatística significativa, inclusive para o grupo Controle) e aumento discreto de TGPpara ambos os grupos. Não houve aumento significativo das fosfatases para nenhuma das amostras. 6) Dada a dificuldade de empregar, para todas as crianças, a dosagem de 20 mg/kg por se tratar de cápsula não fracionável, sugere-se a forma farmacêutica em xarope na hipótese de que com o acréscimo das doses de Oxamniquine haja significativo aumento do índice de cura. Que essa correção seja efetuada paralelamente a cuidadosos exames complementares a fim de se detectar a toxicidade a esse nível.
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BACKGROUND: Mesenchymal stem/stromal cells have unique properties favorable to their use in clinical practice and have been studied for cardiac repair. However, these cells are larger than coronary microvessels and there is controversy about the risk of embolization and microinfarctions, which could jeopardize the safety and efficacy of intracoronary route for their delivery. The index of microcirculatory resistance (IMR) is an invasive method for quantitatively assessing the coronary microcirculation status. OBJECTIVES: To examine heart microcirculation after intracoronary injection of mesenchymal stem/stromal cells with the index of microcirculatory resistance. METHODS: Healthy swine were randomized to receive by intracoronary route either 30x106 MSC or the same solution with no cells (1% human albumin/PBS) (placebo). Blinded operators took coronary pressure and flow measurements, prior to intracoronary infusion and at 5 and 30 minutes post-delivery. Coronary flow reserve (CFR) and the IMR were compared between groups. RESULTS: CFR and IMR were done with a variance within the 3 transit time measurements of 6% at rest and 11% at maximal hyperemia. After intracoronary infusion there were no significant differences in CFR. The IMR was significantly higher in MSC-injected animals (at 30 minutes, 14.2U vs. 8.8U, p = 0.02) and intragroup analysis showed a significant increase of 112% from baseline to 30 minutes after cell infusion, although no electrocardiographic changes or clinical deterioration were noted. CONCLUSION: Overall, this study provides definitive evidence of microcirculatory disruption upon intracoronary administration of mesenchymal stem/stromal cells, in a large animal model closely resembling human cardiac physiology, function and anatomy.
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Lamivudine has been demonstrated safe and efficacious in the short term in a large cohort of children with chronic hepatitis B (CHB), but optimal duration of treatment has not been elucidated and limited data on the safety of long-term lamivudine administration have been reported. In addition, the durability of favourable therapeutic outcomes after lamivudine therapy in children has not been well characterized. The aim of this study was to examine the safety of lamivudine and the durability of clinical responses in a group of children who received up to 3 years of treatment for CHB. One hundred and fifty-one children from centres in nine countries who had previously received lamivudine in a large prospective trial were enrolled. During the first year, children had been randomized to either lamivudine or placebo treatment. Subsequently, in a separate extension study, those who remained hepatitis B e antigen (HBeAg) positive were given lamivudine for up to 2 years and those who were HBeAg negative were observed for additional 2 years. Results of these studies have been previously reported. In this study, these children were followed for 2 additional years. Data gathered from medical record review included weight, height, signs and symptoms of hepatitis, alanine aminotransferase (ALT) levels, serologic markers, hepatitis B virus (HBV) DNA levels and serious adverse events (SAEs). Other pharmacological treatments for CHB were allowed according to the practices of individual investigators and were documented. Subjects were divided into two groups for analysis, those who had achieved virological response (VR), defined as HBeAg negative and undetectable HBV DNA by the bDNA assay by the end of the extension study at 3 years, and those who had not. In those who had achieved VR by the end of the extension study, long-term durability of HBeAg seroconversion was 82% and >90% in those who had received lamivudine for 52 weeks and at least 2 years respectively. This compares to 75% for those who had achieved seroconversion after placebo. In those who had not achieved VR by the end of the extension study, an additional 11% did so by the end of the study; they had all received lamivudine in the previous trial, and none had received further treatment during the study. Eight children lost hepatitis B surface antigen during the study and all had received lamivudine at some point during the previous trials. Evaluation of safety data revealed no SAEs related to lamivudine. There was no effect of treatment on weight or height z scores. Clinically benign ALT flares (>10 times normal) were seen in 2% of children. Favourable outcomes from lamivudine treatment of CHB in children are maintained for at least several years after completion of treatment. Up to 3 years of lamivudine treatment is safe in children.
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Em estudo randômico dupb-cego, 122 voluntários morando em área endêmica de malária na Região Amazônica (Estado de Rondônia) foram divididos em quatro grupos para estudo da supressão malárica. O grupo 1 recebeu 500mg de mefloquina a cada quatro semanas; o grupo II 250mg de mefloquina a cada duas semanas; o grupo III um comprimido de Fansidar (500mg de sulfadoxina + 25mg de pirimetamina) por semana e o grupo IV, recebeu apenas placebo. Um ataque agudo de malária ocorreu em um indivíduo do grupo 1, em dois indivíduos do grupo II e em seis indivíduos dos grupos III e IV. A proteção verificada nos grupos em uso de mefloquina foi significantemente superior comparada ao grupo placebo. A mefloquina, em ambas as dosagens usadas, mostrou-se efetiva na supressão malárica em uma área onde o Plasmodium falciparum plurirresistente é altamente prevalente.
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RESUMO:Aterosclerose é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade no mundo ocidental. É responsável, direta ou indiretamente, pela maior percentagem de gastos com a saúde na maioria dos países europeus. A “teoria lipídica” da aterosclerose, que se baseia na dislipidemia como causa primária para a doença vascular tem algumas implicações práticas importantes: permite a definição de linhas de orientação e protocolos simples e ainda estabelece alvos terapêuticos que podem ser atingidos na maior parte dos casos com a atual intervenção farmacológica. A associação da aterosclerose com o sistema imunológico (a “teoria imunológica”), forneceu por sua vez novas formas de explorar os mecanismos envolvidos e abriu novas perspetivas para um conhecimento mais completo da doença. No entanto, levanta dificuldades evidentes no que diz respeito às possibilidades terapêuticas. De todos os intervenientes no processo aterosclerótico (bioquímicos, imunológicos e anatómicos), as lipoproteínas de elevada densidade (HDL) são atualmente reconhecidas como um dos fatores mais importantes na aterogénese. Isto é baseado no reconhecimento das múltiplas propriedades anti-aterogénicas das HDL como por exemplo: a anti-oxidante, a anti-inflamatória e a antitrombótica, bem como o seu importante papel na melhoraria da função endotelial. Atualmente, é consensual que as funções anti-aterogénicas das HDL vão além do seu papel no transporte reverso do colesterol (RCT) e a importância das HDL no processo aterosclerótico baseia-se não apenas no seu papel protetor impedindo a formação da placa de ateroma, mas também na estabilização destas, prevenindo a sua ruptura e, consequentemente o evento trombótico. Como fundamentais no processo aterosclerótico estão reconhecidos dois principais conjuntos de eventos: um caracterizado por alterações no metabolismo das lipoproteínas que resultam em lipoproteínas pró-inflamatórias e pró-oxidantes que interagem com os componentes celulares da parede arterial e que conduzem à formação da placa de ateroma; o outro evento é a resposta imunológica desencadeada contra um novo conjunto de antigénios que por sua vez leva à produção de citoquinas pró-inflamatórias. Dada a complexidade da HDL e das suas múltiplas funções estas lipoproteínas tornaram-se um potencial alvo para a resposta auto-imune, e cujas consequências podem explicar algumas das associações identificados em estudos clínicos e epidemiológicos. Contudo esta interação entre o sistema imunológico e HDL nunca foi exaustivamente estudada. Portanto, pomos a hipótese de que em condições oxidativas e pró-inflamatórias, um aumento do antigénio (HDL) conduz a um consequente acréscimo na produção de anticorpos anti-HDL (aHDL) responsáveis pela alteração quantitativa e / ou qualitativa das HDL. O conceito de que estes anticorpos podem contribuir tanto para a evolução a longo prazo do processo aterosclerótico, como para o desencadeamento de eventos clínicos pode também explicar a heterogeneidade encontrada em cada doente e nos grandes estudos clínicos, no que diz respeito aos fatores de risco e outcomes clínicos. Para além disso, a confirmação desta hipótese pode permitir explicar porque é que as intervenções terapêuticas atualmente em desenvolvimento para aumentar os níveis de HDL, não conseguem mostrar a tão esperada redução do risco vascular. O objetivo geral desta tese foi identificar e caracterizar a resposta humoral contra os componentes da HDL, e avaliar possíveis mecanismos que possam contribuir para a modificação das propriedades anti-aterogénicas das HDL. Para alcançar este objetivo investigou-se: 1) A presença de anticorpos aHDL em doentes com lúpus eritematoso sistémico (SLE) e em doentes com manifestações clínicas de aterosclerose, como os doentes com doença arterial coronária (CAD), acidente vascular cerebral isquémico (IS) e diabetes tipo 2; 2) Os principais alvos antigénicos dentro do complexo das HDL e a associação entre os títulos de anticorpos aHDL e diferentes características clínicas destas doenças; 3) As modificações das funções normais associadas às HDL, em particular da função anti-oxidante e anti-inflamatória; 4) A atividade biológica dos anticorpos aHDL isolados do soro de doentes através de um conjunto de experiências in vitro de inibição da atividade da paraoxonase 1 (PON1) e da expressão de moléculas de adesão em culturas de células endoteliais. Para tal foi necessário estabelecer um método de isolamento dos anticorpos. Os anticorpos aHDL isolados do soro de doentes foram utilizados de forma a identificar as potenciais alterações dos sistemas celulares utilizados; 5) O efeito de fármacos usados no tratamento das dislipidemias, em particular o ácido nicotínico e as estatinas, na variação dos títulos de anticorpos aHDL através de ensaios clínicos randomizados, controlados com placebo e em dupla ocultação. Os métodos utilizados neste trabalho incluíram: técnicas imunológicas (como por exemplo, enzyme-linked immunoabsorbent assay - ELISA, ensaio imunoturbidimetrico e cromatografia de imuno-afinidade) técnicas bioquímicas (tais como a quantificação de atividade enzimática por espectrofotometria e por luminescência), experiências com cultura de células e citometria de fluxo. Os nossos resultados mostram que: 1) A presença de anticorpos aHDL, e mais especificamente anticorpos contra alguns do seus principais componentes como a apolipoproteína A-I (ApoA-I, principal apolipoproteína presente nas HDL) e a PON1 (o enzima que mais contribui para a propriedade anti-oxidante das HDL), quer em doentes com doenças auto-imunes, como o SLE, quer em doentes com manifestações clínicas de aterosclerose, como CAD, IS e diabetes tipo 2. Os doentes apresentaram títulos de anticorpos IgG aHDL, aApoA-I e aPON1 significativamente mais elevados do que controlos saudáveis com a mesma idade e sexo. 2) A correlação positiva estatisticamente significativa entre os títulos de aHDL e aApoA-I e aPON1 sugere que estes sejam dois dos principais alvos antigénicos dentro do complexo das HDL. Os anticorpos encontrados nestes doentes estão associados com a diminuição da atividade da PON1 e a uma redução da capacidade anti-oxidante total (TAC) do soro, um aumento dos biomarcadores de disfunção endotelial (como por exemplo dos metabolitos do óxido nítrico - NO2- e NO3-, as moléculas de adesão vascular e intracelular - VCAM-1 e ICAM-1 e os níveis de 3-nitrotirosina). Nos doentes com SLE os títulos destes estão associados a um aumento do dano cardiovascular e à atividade global da doença avaliados pelas escalas SLICC/ACR DI e BILAG score, respetivamente. Enquanto que nos doentes com diabetes tipo 2 estes anticorpos estão associados com um aumento dos níveis de glicemia em jejum (FGP) e hemoglobina glicada (HbA1c). 3) Após se ter estabelecido um método de isolamento dos anticorpos que permite isolar quantidades significativas de anticorpos do soro de doentes sem perder a sua especificidade, foi identificada a capacidade dos anticorpos isolados do soro de doentes inibirem de uma forma dependente da concentração a atividade da PON1 até um máximo de 70% no caso dos doentes com SLE e ente 7-52% no caso dos anticorpos isolados de doentes com CAD e IS. 4) O efeito anti-inflamatório das HDL na inibição da produção de VCAM-1 induzida por citoquinas (como o TNF-) foi revertido em mais de 80% pelos anticorpos aHDL isolados do soro de doentes. 5) A angiogenesis induzida por HDL através do aumento do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) foi anulada em 65% pelos anticorpos aHDL isolados do soro de doentes. 6) Os atuais agentes farmacológicos disponíveis para aumentar as concentrações de HDL-C estão associados a um aumento dos títulos de anticorpos.-------- ABSTRACTAtherosclerosis is the major cause of morbidity and mortality in the western world. It is also responsible, directly or indirectly, for the highest percentage of health costs in most European countries. Despite the use of new technologies for the diagnosis of vascular disease and regardless of the major advances in treatment, the atherosclerosis-related clinical burden is still raising. The “lipid theory” of atherogenesis, which identifies dyslipidemia as the primary cause of this vascular disease has some important practical implications: it allows the definition of simple guidelines and establishes therapeutic targets which can be generally met with current pharmacologic intervention. The association between atherosclerosis an the immune system (the immune concept) has in turn provided new ways of exploring the mechanisms involved in this condition and has opened new perspectives in the understanding of the disease. However, it raises obvious difficulties when it comes to treatment options. Of all the players (biochemical, immunological and anatomical) involved in this matter, high-density lipoproteins (HDL) are currently recognised as one of the most important factors in atherogenesis. This is based on the recognition of HDL's multiple anti-atherogenic properties: anti-oxidant, anti-inflammatory and antithrombotic, as well as its capacity to improve endothelial function. Nowadays, it is widely recognized that the anti-atherogenic functions of HDL go beyond reverse cholesterol transport (RCT), and the importance of HDL is based not just on its ability to reduce atheroma formation but also on its ability to stabilise plaques, therefore preventing their rupture and ultimately thrombosis. Two main set of events have been recognised as fundamental in atherogenesis: one, characterized by lipoprotein metabolism alterations, resulting in pro-inflammatory and pro-oxidative lipoproteins, which interact with the normal cellular elements of the arterial wall leading to atheroma formation; the other, the immune cellular response towards new sets of antigens which lead to the production of pro-inflammatory cytokines. Given to HDL complexity and multiple functions this lipoprotein has became a potential target for an auto-immune response, the consequences of which may explain some of the association identified in epidemiological and clinical studies, though the interaction between the immune system and HDL has never been thoroughly addressed. Therefore, we hypothesized that under oxidative and pro-inflammatory conditions, the increase in the antigen (HDL) would lead to a consequent increase in the production of anti-HDL (aHDL) antibodies be responsible for quantitative and/or qualitative changes of HDL. The concept that these antibodies may contribute either to the long-term evolution of atherosclerosis or to the triggering of clinical events may also explain the heterogeneity found in individual patients and in large cohorts regarding risk factors and clinical outcomes. Moreover this may be a major breakthrough in understanding why therapeutic interventions that increase HDL levels, failed to show the anticipated reduction in vascular risk. The overall aims of this thesis were to identified and characterize the humoral response towards HDL components and to evaluate the possible mechanisms that may contribute to the modifications of the anti-atherogenic properties of HDL. To achieve this objective we investigated: 1) the presence of aHDL antibodies in patients with systemic lupus erythematosus (SLE) and in patients with atherosclerosis-related clinical events, such as coronary artery disease (CAD), ischemic stroke (IS) and type 2 diabetes; 2) the association between the titres of aHDL antibodies and different clinical features of these diseases; 3) the modifications of the anti-atherogenic properties of HDL; 4) the biologic effect of aHDL antibodies isolated from serum of patients on the anti-oxidant and anti-inflammatory properties of HDL; 5) the effect of different pharmacologic treatments for dyslipidemia on the prevalence and activity of aHDL antibodies. The methodologies used in this work included immunologic-related techniques (e.g. enzyme-linked immunoabsorbent assay – ELISA, immunoturbidimetric immunoassay and immunoaffinity chromatography), biochemical techniques (enzymatic assays with quantification by spectrophotometry and luminescence methods), cell culture experiments and flow cytometry. Our results indicate that: 1) The titres of IgG aHDL, anti-apolipoprotein A-I (aApoA-I) and anti-paraoxonase 1 (aPON1) antibodies were higher in patients with SLE, CAD, IS and type 2 diabetes when compared with age and sex matched healthy controls. 2) The antibodies found in these patients were associated with decreased PON1 activity, (the enzyme responsible for most of the anti-oxidant effect of HDL), reduced total anti-oxidant capacity (TAC) of serum and increased biomarkers of endothelial dysfunction (nitric oxide metabolites, adhesion molecules, nitrotyrosine). In patients with SLE the antibody titres were associated with an increase in disease-related cardiovascular damage and activity whereas in patients with type 2 diabetes they were directly related with the fasting glucose plasma (FGP) levels and the glycosylated haemoglobin (HbA1c). 3) The antibodies isolated from serum of our patients, directly inhibited HDL-associated PON1 activity in a dose dependent way ranging from 7 to 52%. 4) The anti-inflammatory effect of HDL, measured by the percentage of inhibition of the cytokine-induced production of vascular adhesion molecules (VCAM-1), was reduced in more than 80% by aHDL antibodies isolated from our patients. 5) The HDL-induced angiogenesis by increasing vascular endothelial growth factor (VEGF) levels was abrogated in 65% by the antibodies isolated from serum of patients. 6) The current available pharmacologic agents for increasing HDL-C concentrations were associated with an increase in the titres of IgG aApoA-I antibodies. This increase was higher in the extended release niacin when compared to statins probably due to their dampening effect on oxidative stress. In conclusion, aHDL antibodies are present in different pathologic conditions. aHDL antibodies represent a family of self-reacting immunoglobulins, of which ApoA-I and PON1 might be the most relevant targets. These antibodies are biologically active, interfering with the HDL anti-oxidant and anti-inflammatory properties and, consequently, with the atherosclerotic process. The pathogenic potential of these antibodies may lead to the identification of a new biomarker for vascular disease, whilst presenting itself as a novel target for a different treatment approach which may redefine the treatment strategies and clinical trials design for HDL interventions in the future.
Resumo:
The frequency and description of side effects secondaiy to the subcutaneous application of SPf66 malaria vaccine and placebo are reported for each dose of application in the participants of the vaccine efficacy trial in Brazil. Side effects evaluated two hours after each application were detected in 8.0%, 30.2% and 8.8%, for the Is', and 3"' dose, respectively, in the SPf66group, and in 7.0%, 8.5% and 2.9% in the placebo group. Local reactions such as mild inflammation, nodule and pain or erythema frequently accompanied by pruritus were the most common reactions detected in both groups (3-8%, 29.1% and 8.5% in the SPf66 group and 4.0%, 7.6% and 2.5% in the placebo group). Among vaccinees, local side effects after the 2nd dose were more frequent in females. Systemic side effects were expressed mainly through general symptoms referred by the participants and were most frequent after the 1st dose in both groups (4.3% in the SPf66 group and 3-0% in the placebo group). Muscle aches and fever were refewred by few participants. No severe adverse reactions were detected for either dose of application or group.