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Resumo:
OBJETIVO: avaliar a influência do período de abstinência sexual sobre os parâmetros espermáticos em homens inférteis, assim como determinar a melhora na qualidade seminal após mistura dos ejaculados. MÉTODOS: estudo retrospectivo no qual se avaliou um grupo de 88 homens com oligozoospermia (n=25), astenozoospermia (n=43) ou oligoastenozoospermia (n=20), cujas parceiras foram submetidas à inseminação intra-uterina entre setembro de 2002 e dezembro de 2004. Foram excluídos da análise casais nos quais os homens apresentavam análise seminal normal ou mulheres com alterações sugestivas de infertilidade. Cada homem produziu duas amostras seminais em período curto de tempo (30 minutos a 1 hora). Foram avaliados o volume seminal, a concentração total de espermatozóides móveis e o percentual de motilidade espermática. Para todos os parâmetros avaliados foram comparadas a primeira e a segunda amostra seminal coletadas. Além disso, a concentração total de espermatozóides móveis foi comparada entre a primeira amostra coletada e a união das amostras. A avaliação estatística foi realizada usando o teste t e o teste chi2. RESULTADOS: em homens oligozoospérmicos não houve diferença nas características seminais entre a primeira e a segunda amostra seminal (p>0,05). A concentração total de espermatozóides móveis aumentou significativamente na segunda amostra em comparação à primeira amostra em homens astenozoospérmicos (42,4±6,8 vs 51,5±7,2x10(6) espermatozóides/mL) e oligoastenozoospérmicos (11,1±7,4 vs 14,35±7,2x10(6) espermatozóides/mL (p<0,05). A união dos dois ejaculados aumentou a concentração total de espermatozóides móveis em comparação à primeira amostra (p<0,05) nos homens oligozoospérmicos, astenozoospérmicos e oligoastenozoospérmicos em 110,5, 110,3 e 136,03%, respectivamente. CONCLUSÕES: menor período de abstinência está associado a melhora da motilidade em homens inférteis. A união das amostras seminais constitue alternativa para aumentar a concentração total de espermatozóides móveis neste grupo de pacientes que desejam participar de inseminação intra-uterina ao invés da fertilização in vitro.
Resumo:
Uma adequada contracepção no puerpério é recomendada para prevenir morbidades maternas e infantis. Os benefícios materno-fetais da lactação são indiscutíveis e a amamentação exclusiva em pacientes amenorréicas é um método contraceptivo eficaz. No entanto, o reinício da fertilidade é variável entre as mulheres e deve-se considerar que o acesso ao serviço de saúde em muitas regiões não é garantido, comprometendo a prescrição de um método eficaz, quando ocorre o retorno dos ciclos ovulatórios. Foram pesquisados no Medline (PubMed) os artigos relacionados ao tema publicados entre 1971 e abril de 2008 e selecionados os artigos relevantes na literatura sobre contracepção no puerpério. Curtos intervalos intergestacionais aumentam complicações maternas e fetais, portanto uma contracepção eficaz no puerpério é imperiosa. O ideal é que o método prescrito seja eficaz e seguro (não interfira na lactação e nem altere o sistema hemostático). Apesar do método contraceptivo da lactação-amenorréia representar um método eficaz de prevenção de gestação, o retorno à fertilidade é impreciso. Em populações de risco para intervalo intergestacional curto e/ou acesso difícil ao serviço de saúde, outros métodos deverão ser associados após seis semanas, como os não hormonais ou os de progestagênios isolados, podendo ser utilizados antes em situações especiais.
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OBJETIVO: Avaliar o comprimento cervical, por ultrassonografia transvaginal, em pacientes entre 28 e 34 semanas de idade gestacional, correlacionando com o período de latência e o risco de infecção materna e neonatal. MÉTODOS: Foram avaliadas 39 pacientes divididas em relação ao comprimento cervical nos pontos de corte de 15, 20 e 25 mm. Em relação ao período de latência, foram avaliados os parâmetros de 72 horas. Foram incluídas gestantes com feto vivo e idade gestacional entre 28 e 34 semanas, com diagnóstico confirmado na admissão de rotura prematura de membranas. Pacientes com corioamnionite, gestação múltipla, malformações fetais, malformações uterinas (útero bicorno, septado e didelfo), antecedentes de cirurgia prévia no colo uterino (conização e cerclagem) e dilatação do colo maior de 2 cm nas nulíparas e 3 cm nas multíparas foram excluídas no estudo. RESULTADOS: O comprimento do colo <15 mm mostrou-se fortemente associado ao período de latência até 72 horas (p=0,008). O comprimento do colo <20 mm também esteve associado ao período de latência menor que 72 horas (p=0,04). O comprimento de colo <25 mm não apresentou correlação e o período de latência de 72 horas (p=0,12). Não houve correlação entre o comprimento de colo e o período de latência com a infecção materna e neonatal. CONCLUSÃO: A presença de colo curto (<15 mm) mostrou-se relacionada com o período de latência menor 72 horas, porém sem correlação com infecção materna ou neonatal.
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Foram analisadas 664 amostras de leite de 83 vacas primíparas da raça Holandesa. As amostras foram colhidas no primeiro e no sétimo dia após o parto. Das 664 amostras analisadas, 488 (73,50%) foram bacteriologicamente negativas e 176 (26,50%), positivas para microrganismos aeróbios. Foi observado um alto índice de mastite clínica (20,48%). Os agentes isolados com maior freqüência foram os Staphylococcus spp coagulase negativo (64,20%), Staphylococcus spp coagulase positivo (8,52%), Streptococcus spp (7,96%), Actinomyces pyogenes (4,55%), Mycoplasma bovigenitalium (3,40%) e Escherichia coli (2,84%). Foi observado um maior índice de isolamento de patógenos no primeiro dia (17,62%) em relação ao sétimo (8,88%).
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a aplicação de membrana biossintética de celulose, de fabricação nacional, após a realização da trocleoplastia experimental, com intuito de verificar se o uso desta poderia favorecer a migração de células com potencial condrogênico. Foram utilizados 12 cães adultos, de ambos os sexos, sadios e sem alterações no aparelho locomotor. Os animais foram submetidos ao procedimento de trocleoplastia em ambos os membros pélvicos, após tranquilização e anestesia epidural. Na trocleoplastia do membro esquerdo foi aplicada membrana biossintética à base de celulose (grupo tratado, GT), fixada à cartilagem por meio de pontos simples separados com Poliglactina 910 6-0; no membro direito, foi realizada apenas a trocleoplastia, constituindo o grupo controle (GC). Os animais foram subdivididos em quatro subgrupos de acordo com o período final de avaliação aos 15, 30, 60 e 90 dias do pós-operatório. Após artrotomia exploratória nos momentos pré-estabelecidos, foi realizada biópsia da região da trocleoplastia para avaliação histológica e morfométrica do tecido de reparação. Aos 30 e 60 dias do pós-operatório, notou-se a presença de maior número de células semelhantes a condrócitos nas lesões tratadas com celulose em relação ao membro contra-lateral, apesar do aspecto imaturo. Aos 90 dias, o tecido de reparação era do tipo fibrocartilaginoso maduro, não havendo diferenças entre os dois grupos. No GC houve aumento progressivo do número de células até o período final de avaliação. Por outro lado no grupo tratado verificou-se que, em relação ao período inicial (15 dias), houve aumento do número de células até os 60 dias, com subseqüente retorno aos valores iniciais aos 90 dias. Dos 15 aos 60 dias o número de células foi maior no GT em relação ao GC. Inicialmente, o tecido de reparação neoformado foi mais espesso no grupo tratado. Dessa forma, conclui-se que a membrana de celulose acelerou o processo de reparação tecidual inicial da região da trocleoplastia, apresentando boa integração do tecido neoformado com a cartilagem adjacente.
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As hastes bloqueadas além de permitirem estabilização rígida de fraturas, possuem vantagens biomecânicas quando comparadas a outras técnicas de imobilização, por atuar ao longo do eixo mecânico central do osso, além de preservar os conceitos de padrões biológicos de osteossíntese . O uso limitado de hastes bloqueadas em gatos se atribui ao fato da cavidade intramedular ser pequena, limitando o tamanho e diâmetro dos pinos. Relatam-se casos de 10 felinos que apresentavam fraturas fechadas simples ou múltiplas da diáfise femoral. Os animais pesavam entre 3,5 e 5 kg, o que permitiu a utilização de hastes de 4,0mm e 4,7mm de diâmetro. Para inserção da haste, adotou-se a via retrógrada ou a normógrada e foram realizados bloqueios com quatro parafusos de titânio de 2,0 mm de diâmetro. Complicações intra-operatórias não ocorreram, entretanto um animal sofreu fratura de colo femoral e fratura transversa distal ao implante, três dias após o ato cirúrgico, devido a novo trauma. Os animais foram submetidos a exames radiográficos até quatro meses após a intervenção, evidenciando-se formação de calo ósseo secundário e consolidação óssea em período de 61-89 dias. Clinicamente, ocorreu esporadicamente alteração na marcha por leve claudicação de apoio definida por escala de claudicação, entretanto os animais iniciaram o apoio adequado entre três e oito dias após o ato operatório. Complicações pósoperatórias ocorreram referentes ao animal que sofreu novo trauma, entretanto notou-se consolidação do foco primário tratado pelo implante com 61 dias e consolidação da nova fratura num período total de 150 dias do início do tratamento conservativo por penso esparadrapado e tala. Conclui-se que o uso de haste bloqueada em felinos foi adequado uma vez que houve consolidação óssea em todos os casos, com retorno precoce da função do membro, permitindo a deambulação.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil microbiológico e celular do leite no período lactante e de involução ativa de ovelhas da raça Santa Inês. Foram avaliadas amostras lácteas de 12 ovelhas durante estes distintos períodos. Realizou-se o exame físico da mama, sendo as amostras lácteas submetidas à contagem de células somáticas (CCS), ao California Mastitis Test (CMT), ao exame microbiológico e aos testes de sensibilidade in vitro dos patógenos encontrados. Foram observados maiores escores do exame físico, CCS, CMT durante o período de involução ativa, além de uma alta persistência da infecção durante estes períodos. O período de involução ativa não se mostrou como um momento de alta susceptilidade. Os estafilococos coagulase negativa representaram o único gênero isolado das glândulas infectadas. Uma alta sensibilidade dos agentes etiológicos envolvidos frente aos diferentes antimicrobianos in vitro foi também observada.
Resumo:
O uso de medicamentos antimamíticos específicos para vacas no período seco é indicado para prevenção de infecções na lactação seguinte. Não obstante, a ação das células envolvidas no período de secagem tem fundamental importância para a involução da glândula mamária e seu restabelecimento para a lactação subseqüente. A indisponibilidade de tais medicamentos para uso em cabras tem resultado na extrapolação do uso de produtos recomendados para vacas sem que se considerem as particularidades e diferenças anátomo-fisiológicas entre as espécies bovina e caprina. O presente estudo teve por objetivo avaliar a influência de cinco antimamíticos específicos para vacas secas sobre a função dos fagócitos provenientes de leite caprino. Para tal, fez-se o isolamento de células somáticas de 20 amostras de leite provenientes de 10 cabras lactantes, sem antecedentes de tratamento de mamite nos últimos 30 dias, sob condições higiênico-sanitárias de colheita e com resultados negativos ao cultivo microbiológico do leite. As células aderidas a lamínulas de vidro foram confrontadas com formulações contendo princípios ativos disponíveis no mercado como Gentamicina (M1), Cefalônio Anidro (M2), Ampicilina (M3), Cloxacilina Benzatínica (M4) e Cefapirina Benzatínica (M5). Avaliou-se, por microscopia, a fagocitose de partículas de Zymosan. As médias dos índices de fagocitose das células submetidas ao tratamento com M2 (15,12% ± 16,22), M3 (6,02% ± 7,96), M4 (4,54% ± 5,45) e M5 (2,47% ± 4,64) foram menores (p<0,001) que a média dos índices de fagocitose do grupo controle (40,67% ± 19,68). A média dos índices de fagocitose das células submetidas ao tratamento com M2 foi maior (p<0,05) que as médias dos tratamentos com M3, M4 e M5 enquanto estas foram estatisticamente iguais entre si. As amostras celulares submetidas ao medicamento M1 exibiram adesão insuficiente ou ausente às lamínulas, inviabilizando a avaliação da fagocitose por meio da técnica utilizada. Os resultados obtidos permitem concluir que os medicamentos estudados exerceram influência negativa sobre os fagócitos do leite, porém, esta interferência sobre as funções das células somáticas não pode por si só determinar o insucesso da terapia proposta para o período seco, pois deve ser considerada, outrossim, a eficácia do princípio ativo sobre o patógeno causador do processo infeccioso.
Resumo:
A tromboflebite jugular ocorre frequentemente em equinos, decorrendo geralmente de processos mórbidos associados à iatrogenia, podendo levar a perda de função, edema cefálico, diminuição do desempenho atlético e ainda causar o óbito. Esta enfermidade nos equinos apesar de frequente é pouco conhecida quanto à sua evolução e tratamentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução da tromboflebite jugular experimental em equinos, quanto às alterações clínicas e estruturais envolvidas na enfermidade, observando-se os aspectos clínicos, ultra-sonográficos e venográficos no contexto do trombo e do vaso, quanto à possibilidade de recanalização do trombo produzido e da vascularização compensatória. A tromboflebite da veia jugular foi induzida, unilateralmente, em 05 equinos nos quais previamente à indução da tromboflebite e diariamente após foram observadas manifestações clínicas e realizados exames ultra-sonográficos. Venografias foram feitas nos momentos pré-indução, na indução e a cada seis dias após a indução da tromboflebite, verificando-se a recanalização do trombo oclusivo e a presença de vasos na drenagem sanguínea compensatória. Observou-se a ocorrência de edema moderado das regiões parotídea, massetérica e supra-orbitária e discreto edema submandibular que reduziram até o 6º dia, permanecendo apenas discreto aumento parotídeo. O ingurgitamento da jugular cranial a região da indução permaneceu durante todo o período de avaliação. A porção caudal à tromboflebite mostrou ingurgitamento frente ao garrote na entrada do tórax desde o primeiro dia após a indução. Os exames ultra-sonográficos mostraram formação de trombo oclusivo total durante todo o período de observação em 3 animais e o restabelecimento parcial do fluxo na jugular em 2 animais e a presença de vasos colaterais conduzindo o sangue da porção cranial para a porção caudal à obstrução. As venografias revelaram fluxo sanguíneo "linear" normal no momento pré-operatório, constatando nos momentos pós-operatórios a presença oclusiva do trombo, com o contraste preenchendo os vasos tributários compensatórios direcionados à porção caudal à oclusão da veia ou ainda estagnado cranialmente ao trombo. Conclui-se que a trombose oclusiva na tromboflebite jugular experimental e unilateral sofre recanalização e compensação vascular por vasos tributários de drenagem, com redução gradativa dos sinais decorrentes da estase sanguínea de retorno, especificamente as regiões cefálicas com edema. Estudos envolvendo a tromboflebite jugular nos equinos devem evoluir nos aspectos experimental e clínico.
Resumo:
Após o nascimento, os cabritos são dependentes das imunoglobulinas colostrais devido às características placentárias que não permitem a passagem de macromoléculas da circulação materna. De acordo com a literatura, os cabritos possuem capacidade absortiva por até quatro dias. Muitos aspectos fisiológicos de outras espécies são aceitos e utilizados para caprinos, mas aqueles relacionados à transferência de imunidade passiva precisam de investigação. Os objetivos do presente estudo foram determinar o período de passagem de macromoléculas da mucosa intestinal para a circulação e a duração da proteção humoral transferida passivamente pela ingestão de colostro bovino e caprino. Sessenta cabritos recém-nascidos foram distribuídos em seis tratamentos: T 0 (n=25), ingestão natural de colostro caprino à vontade; T 1 (n=7), colostro bovino entre o nascimento e duas horas pós-parto; T 2 (n=7), ingestão de colostro bovino entre quatro e seis horas pós-nascimento; T 3 (n=7), leite nas primeiras oito horas e colostro bovino entre 10 e 12 horas pós-parto; T 4 (n=7), ingestão de leite até 18 horas e colostro bovino entre 22 e 24 horas pós-nascimento; T 5 (n=7), leite até 30 horas e ingestão de colostro bovino entre 34 e 36 horas pós-parto. Determinaram-se as concentrações séricas de proteína total (PT), gamaglobulina, imunoglobulina G (IgG) e a atividade sérica de gama glutamiltransferase (GGT). Ao nascimento, todos os neonatos tiveram valores mais baixos das variáveis, com aumento significativo da PT e gamaglobulina, após dois dias, nos grupos T 0, T 1 e T 2; a IgG e GGT aumentaram em todos os grupos. Os tratamentos T 3, T 4 e T 5 foram considerados como indutores de falha de transferência de imunidade passiva. A absorção de macromoléculas pelo trato intestinal dos cabritos ocorreu até 36 horas pós-parto, sendo mais efetiva até 12 horas. Os níveis de anticorpos persistiram até 75 dias após a ingestão de colostro bovino, porém, com concentrações inadequadas.
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi à monitoração dos parâmetros laboratoriais como hemograma, enzimas hepáticas alanina aminotransferase (ALT) e gama-glutamiltransferase (GGT), glicemia e proteinograma sérico, e avaliar o efeito da idade em gatos sem raça definida durante a fase neonatal. Vinte gatos machos e fêmeas foram utilizados a partir do terceiro dia de vida até o 38º dia de idade. As amostras de sangue foram colhidas semanalmente e as análises laboratoriais (hemograma, enzimas hepáticas, glicemia e proteinograma sérico) realizadas no 3º, 10º, 17º, 24º, 31º e 38º dia de idade. Os resultados exibiram efeito significativo da idade sobre a contagem total de eritrócitos, concentração de hemoglobina, volume globular, volume corpuscular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média, leucócitos totais, neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Nenhum efeito foi observado em células como linfócitos, monócitos ou na concentração sérica de glicose. A análise das modificações ocorridas nos parâmetros laboratoriais durante a fase neonatal reflete o desenvolvimento fisiológico do filhote e contribui para o conhecimento do processo adaptativo em gatos neonatos durante o primeiro mês de vida, sendo útil para a avaliação clínica, diagnóstico e tratamento das doenças neonatais.
Resumo:
As broncopneumonias são afecções importantes na pecuária mundial, representando uma das principais causas de mortalidade de bezerros nos primeiros meses de vida. As medidas preventivas e terapêuticas adotadas geralmente são baseadas em resultados de estudos internacionais, não se conhecendo as bactérias implicadas nos quadros pneumônicos em animais criados no Brasil. Aliado a isso, no primeiro mês de vida, os bezerros demonstram imaturidade do sistema imune, o que tem sido pouco estudado em quadros pneumônicos. Desta maneira, objetivou-se estudar as broncopneumonias em bezerros neonatos, identificando bactérias do trato respiratório posterior de bezerros sadios e com pneumonias naturalmente adquiridas, bem como analisar citologicamente a resposta pulmonar frente a estes patógenos. Para isso amostras de lavado do trato respiratório foram colhidas por traqueocentese durante o primeiro mês de vida dos animais. Verificou-se que não houve diferença na microbiota traqueobrônquica de bezerros sadios em relação aos doentes, discordando dos relatos da literatura internacional, sendo constituída principalmente por: Staphylococcus sp., Bacillus sp., Streptococcus sp., Pseudomonas aeruginosa e enterobactérias, permitindo inferir que as medidas profiláticas e terapêuticas adotadas internacionalmente possam não ser tão efetivas para as criações brasileiras. Observou-se também que bezerros neonatos têm uma proporção aproximada de 1:1 de macrófagos e neutrófilos na região traqueobrônquica quando saudáveis, atingindo uma relação aproximada de 1:3 durante os quadros de broncopneumonias, sendo estes perfis provavelmente característicos da idade, período conhecido pela imaturidade do sistema imune e agravado por fatores de manejo que favoreçam uma maior inalação de agentes bacterianos.
Resumo:
Os répteis possuem um sistema porta-renal, o qual pode desviar parte do sangue proveniente das porções caudais do corpo aos rins antes que a mesma atinja a circulação sistêmica. Em vista disto, vem sendo aconselhada a administração de medicamentos injetáveis nos membros torácicos, para que se evite a filtração imediata pelo parênquima renal, causando redução do efeito esperado. O objetivo do presente estudo foi comparar aspectos qualitativos e quantitativos da associação de cetamina (30 mg/kg) e xilazina (1 mg/kg), injetada no membro torácico ou pélvico, em jacarés-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) juvenis. Oito animais machos com peso médio (±DP) de 1,3 (±0,3) kg e, aproximadamente, dois anos de idade foram anestesiados em duas ocasiões distintas com intervalo de sete dias. Em cada ocasião, os animais receberam, de forma aleatória, a associação anestésica por via intramuscular em membro torácico (tratamento MT) ou pélvico (tratamento MP). Foram avaliados os intervalos de tempo entre a administração do tratamento e a perda do reflexo de endireitamento (período de indução), entre a perda e o retorno desse reflexo (duração do efeito clínico importante) e entre o retorno do reflexo de endireitamento e os primeiros movimentos de deambulação (duração do efeito residual), as frequências cardíaca e respiratória e as temperaturas ambiental e cloacal. Os escores de sedação/anestesia foram avaliados através de uma escala com variação de 0 (alerta/consciente) a 10 (anestesia profunda/sobredosagem). No tratamento MP, dois animais não apresentaram perda de reflexo de endireitamento. Considerando somente aqueles que apresentaram a perda desse reflexo, o tempo de indução (21±9 e 17±5 minutos) e a duração do efeito clínico importante (35±19 e 43±21 minutos) e residual (28±31 e 12±11 minutos) foram similares entre os tratamentos MT e MP (média±desvio padrão). O escore de sedação foi significativamente maior que o basal de 20 a 50 minutos nos dois tratamentos e, aos 30 minutos (pico de efeito), o escore mediano (interquartil) foi 3,5(2,3-4,0) no tratamento MT e 3,0(2,0-4,0) no tratamento MP. Assim como nos escores de sedação, diferenças entre tratamentos nas variáveis fisiológicas não foram observadas. Em ambos os tratamentos, o reflexo de retirada de membro ao pinçamento digital não foi abolido. A administração da associação de xilazina e cetamina em membro pélvico ou torácico de jacarés-do-papo-amarelo juvenis promove efeitos similares, sugerindo que a influência do sistema porta-renal não é clinicamente relevante. Nas doses empregadas, tal protocolo não promove anestesia cirúrgica e a imobilidade/contenção farmacológica é imprevisível e de curta duração.
Resumo:
Neste estudo foi avaliado o perfil metabólico de vacas leiteiras no período de transição durante o verão e o inverno. Foram utilizados 31 animais pluríparos mestiços girolando em cada estação, totalizando 62 vacas. No verão permaneciam em pasto com suplementação de silagem de milho e concentrado. No inverno, a exigência nutricional era suprida apenas com silagem de milho e concentrado. Foram feitas um total de 11 coletas de sangue de cada animal segundo o seguinte protocolo: quatro coletas pré-parto espaçadas semanalmente, no dia do parto e com 2, 5, 10, 15, 21 e 30 dias pós-parto. Foram avaliadas as concentrações de cálcio, fósforo e magnésio. Todos os analitos variaram em função do estatus fisiológico. As concentrações médias de cálcio e magnésio foram maiores no verão do que no inverno. Em ambas as estações, as menores concentrações médias de cálcio ocorreram próximas ao parto, sendo que 75% dos animais no inverno e 35,48% dos animais no verão estavam hipocalcêmicos. Apenas no décimo dia as concentrações de cálcio voltaram aos níveis do pré-parto, demonstrando que esse tempo é necessário para a adaptação da nova condição de lactante. As concentrações de magnésio foram menores no pós-parto do que no pré-parto nas duas estações, demonstrando a necessidade desse mineral para a produção de leite. As concentrações médias de magnésio permaneceram sempre dentro dos valores de referência, porém 19% dos animais aos dois dias pós-parto no inverno e 7% dos animais aos 10 dias pós-parto no verão tinham concentrações inferiores a esses limites. As concentrações de fósforo sofreram grande variação ao longo do peri-parto, porém sempre em níveis elevados, sendo que 49,8% dos animais no inverno e 37,3% no verão tinham níveis de fósforo acima dos valores de referência