885 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente


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Embora o direito saúde esteja contemplado na Constituio de 1988, especialmente no artigo 196, carncias de natureza gerencial, administrativa e oramentria entre outras, restringem a capacidade operativa dos rgos e entidades responsveis pela sua efetivao desencadeando um fenmeno denominado judicializao do direito saúde. Este fenmeno observado quando os indivduos adotam a iniciativa de recorrer ao Poder Judicirio para garantirem o direito de acesso aos meios e recursos necessrios a melhoria de suas condies clnicas. Como o atendimento a saúde deve ser integral, contemplando todas as necessidades do indivduo, o fenmeno tambm observado quando o paciente recorre justia para garantir o direito de acesso a medicamentos que deveriam ser fornecidos gratuitamente pelo poder pblico. A presente dissertao procura abordar a questo do acesso aos medicamentos no Brasil intermediado pela atuao da justia, sob a perspectiva da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ). Assim sero esquadrinhadas as principais dificuldades enfrentadas pela respectiva secretaria ante a atribuio de cumprir determinaes emanadas do Poder Judicirio em atendimento ao que foi demandado pela sociedade.

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A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doença cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de saúde. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doença renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.

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Neste trabalho, procuramos analisar fatores que contribuem para o sucesso ou insucesso de determinadas prticas teraputicas em instituies psiquitricas. Como prtica social, que se realiza atravs de instituies, a psiquiatria e as relaes sociais e humanas dela decorrentes, so, um campo privilegiado de aplicao de descobertas das cincias sociais e do comportamento e seu estudo dificilmente se far a partir de uma s perspectiva, que nos possibilita referendar este trabalho sob uma abordagem institucional, considerando o hospital estudado como fazendo parte de um contexto mais amplo da sociedade. A anlise foi realizada atravs da comparao de dados referentes aos pacientes e equipe de atendimento do hospital psiquitrico que ilustra este trabalho. Estes se referem a dois perodos diferentes de atendimento psiquitrico. Consideramos o primeiro perodo como de teraputica clssica e o segundo como o da implantao e expanso da experincia de comunidade teraputica. Colocamos este segundo momento como o mais relevante na histria das prticas teraputicas daquele hospital, posto que marca o incio de um perodo bastante diferente do anterior , tanto no que concerne s ideias e abordagem dos problemas psiquitricos em geral, quanto ateno dispensada aos pacientes especificamente, deixando cada vez menor a margem para um tratamento unilateral da doença mental, no somente em termos tericos, mas tambm, em termos prticos em virtude da tentativa de fortalecimento da vinculao paciente/famlia/comunidade. Entretanto a comparao realizada nos permite concluir que de acordo com os dados apresentados pelo hospital os dois perodos no diferem significativamente no que se referem aos pacientes e a equipe de atendimento. Considerando ainda que a prtica teraputica em hospitais pblicos est organizada em funo de objetivos da poltica de saúde vigente.

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A Qualidade de Vida (QV) em pacientes com cncer de cabea e pescoo afetada por fatores relacionados doença e seu tratamento. Este estudo teve por objetivo avaliar a QV em pacientes com cncer de localizao na cabea e no pescoo, relacionado-a as condies de saúde bucal. Foram examinados 30 pacientes com diagnstico de cncer de cabea e pescoo. Foram pesquisadas variveis socioeconmicas, hbitos e aspectos associados ao tumor, alm de variveis relacionadas saúde bucal CPOD, Uso e Necessidades Protticas, Xerostomia e Consulta ao Dentista nos ltimos seis meses, Mucosite e Mutilao. O questionrio utilizado para avaliao da QV foi o EORTC QLQ-C30, e o mdulo especfico para cncer de cabea e pescoo H&N35. A QV, no primeiro momento do estudo, foi considerada mediana, o nvel funcional moderado e baixa sintomatologia. No houve correlao estatisticamente significativa entre os componentes perdido e cariado do CPOD com a QV. O grupo de pacientes que necessitava de prteses relatou Desempenho Funcional e Funo Social menores do que aqueles que no necessitavam. A Fadiga, a Dor e a Insnia foram maiores para o primeiro grupo. O grupo de pacientes com xerostomia demonstrou menor QV, menor nvel funcional e maior sintomatologia quando comparado com aqueles sem queixa de xerostomia. O grupo dos fumantes apresentou maior sintomatologia e pior nvel funcional do que os no-fumantes. No foram encontradas diferenas significativas de QV entre os indivduos que ingeriam ou no chimarro. A QV dos pacientes no acompanhamento foi semelhante primeira parte do estudo, porm houve aumento dos sintomas e diminuio do nvel funcional. O CPOD aumentou, e o uso de prteses decresceu, enquanto a necessidade das mesmas aumentou No foi possvel verificar a associao entre a QV e a Mucosite, pois poucos pacientes foram afetados por esta condio. A Mutilao foi correlacionada negativamente com o Desempenho Funcional, Nusea e Vmito e Perda de Apetite. Apenas a avaliao clnica das variveis de saúde bucal foi insuficiente para predizer a correlao entre a condio de saúde bucal e a QV, porm essencial a atuao de uma equipe multidisciplinar de cuidado oncolgico, na qual o cirurgio-dentista deve estar inserido de modo a minimizar os danos saúde bucal desses pacientes, auxiliando na construo de uma melhor QV.

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Com o crescente nmero de pedidos de medicamentos por meio de aes judiciais, o Poder Judicirio se viu na difcil funo de decidir questes to relevantes e urgentes para as quais no possua, necessariamente, conhecimento tcnico. O fenmeno intitulado judicializao da saúde tem sido causa de preocupao, pois o alto gasto com a compra de medicamentos solicitados como resultado dessas aes podem interferir, diretamente, em verbas destinadas a outras polticas pblicas e provoca uma discusso sobre o direito constitucional a saúde; que nesse aspecto garantido a quem teve acesso a justia. Na busca de dar auxilio aos magistrados na hora de decidirem sobre essas aes o Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro em cooperao com a Secretaria de Justia do Estado do Rio de Janeiro implementaram o Ncleo de Assessoria Tcnica (NAT) em aes judiciais da saúde. Ncleo esse formado por profissionais ligados a saúde, que analisam detalhadamente os pedidos, confeccionam um parecer. Esse trabalho visa explanar sobre o funcionamento desse Ncleo e demonstrar se o auxilio tcnico serve como instrumento de aperfeioamento das decises judiciais na rea da saúde. A abordagem para alcanar o nosso objetivo que passa pelo conceito, doutrinas e caractersticas da Judicializao da saúde. Num segundo momento trabalharemos informaes sobre o NAT, tratando da criao, objetivo, atribuio, dinmica, com enfoque maior na atuao e expanso do Ncleo. Por fim, nosso objetivo descrever, de forma mais detalhada, a ao do NAT com relao a quantos medicamentos so pedidos por via judicial, que tipo de medicamentos, os gastos com os mesmos e na opinio dos operadores de direito envolvidos nessa seara, como juzes e defensores, sobre o funcionamento do NAT.

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A diabete melito (DM) tipo 2 uma das principais doenças crnicas que afetam o homem, tornando-se um grande problema de Saúde Pblica em nvel mundial. A prevalncia da doença tem aumentado, nas ltimas dcadas, em decorrncia de uma srie de fatores como: aumento da expectativa de vida, aumento da urbanizao, alimentao incorreta, obesidade e falta de atividade fsica. Para que haja o tratamento efetivo so necessrias mudanas no estilo de vida, que exigem tcnicas de orientao e educao em saúde para a prtica do autocuidado. A falta de conhecimento sobre a doença e a educao precria dos pacientes dificulta, muitas vezes, a obteno de nveis glicmicos estveis. Este estudo tem por objetivos caracterizar os pacientes com diabete melito tipo 2 cadastrados em uma Unidade Bsica de Saúde de Porto Alegre, descrevendo-os segundo as variveis demogrficas, socioeconmicas, relacionadas doença e ao tratamento, e investigar as prticas de autocuidado e o conhecimento sobre a doença. Este estudo observacional, de carter descritivo, do tipo srie de casos, em pessoas portadoras de DM tipo 2, selecionadas intencionalmente. Os pacientes responderam a um questionrio constitudo de dados demogrficos, socioeconmicos, situao de saúde, de prticas para o autocuidado e de conhecimento sobre a doença, os quais foram coletados de 125 pessoas na faixa etria entre 30 e 88 anos, no perodo de maio a junho de 2004. Os resultados deste estudo apresentaram, em sua maioria, pessoas do sexo feminino, com maior prevalncia na faixa etria dos 60 aos 69 anos e que recebiam de 1 a 2 salrios mnimos por ms: 63 (50,4%), o que caracteriza uma populao com dficit socioeconmico. Com relao ao conhecimento sobre a doença, o tratamento e as prticas de autocuidado, pode-se observar que a maioria dos pacientes procuravam aprofundar seu conhecimento e 31 pacientes participavam de grupo de Educao em Saúde. Os resultados da investigao levaram concluso da importncia de planejar Programas de Ateno Saúde voltados para pacientes portadores de diabete melito tipo 2, no contexto comunitrio. Recomenda-se a continuidade do Grupo de Educao em Saúde e o incentivo participao de outros pacientes da comunidade com problemas semelhantes, bem como salienta-se a importncia de rastrear precocemente os familiares com risco de se tornarem diabticos, implementado medidas, para o autocuidado, na fase pr-diabete.

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Pesquisa qualitativa, de carter descritivo-exploratrio, realizada em uma clnica de hemodilise, no interior do Paran. A coleta de dados ocorreu com pacientes que se encontravam em tratamento hemodialtico, no perodo entre setembro e novembro de 2003, totalizando quinze sujeitos. O objetivo consistiu em conhecer situaes significativas para o paciente renal crnico vivenciadas no espao de hemodilise. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas e o material foi submetido anlise de contedo. Quatro categorias principais apontam os resultados do estudo: incio do tratamento; possibilidade de vida; estar com o(s) outro(s) e organizao do ambiente fsico. Nos relatos, sobressaram dificuldades associadas ao processo de comunicao, sendo que a falta de informaes e o desconhecimento de aspectos que envolvem o tratamento resultam em um fator de insatisfao, no cotidiano vivenciado na clnica. O tratamento hemodialtico apreendido como uma possibilidade de continuar vivendo, mas esta condio iluminada e sustentada pela esperana de acessar o transplante renal, como nica forma de libertao do prprio tratamento. Ainda ficou patente a atribuio de importncia famlia, relao com os demais usurios e com os membros da equipe de saúde, como forma de contribuir para o processo de recuperao e de adaptao, em meio s adversidades impostas pela doença, mas tambm quelas requeridas pelo tratamento. Aspectos relacionados apresentao e esttica do ambiente, como limpeza, temperatura e conforto das instalaes, emergiram nas falas como fatores que tambm interferem na satisfao dos pacientes, amenizando o sofrimento e colaborando para o enfrentamento de condies adversas a que esto submetidos.

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Fatores genticos e ambientais so apontados como fatores causais para explicar as diferenas no desenvolvimento de problemas de saúde entre grupos tnicos. O conceito de raa/etnia definido, assim como as indicaes de seu uso. Diabetes melito (DM) como um estado de doença com uma marcada variabilidade tnico-racial utilizado como exemplo de anlise. Atravs de estudo transversal avaliou-se a prevalncia das complicaes vasculares em uma amostra de pacientes com DM tipo 2. Um total de 864 pacientes, incluindo 656 brancos, 104 mulatos e 104 pretos, classificados por auto-definio, foram avaliados atravs de protocolo padro para doença arterial coronariana (DAC), doença vascular perifrica (DVP), acidente vascular cerebral (AVC), retinopatia diabtica (RD), nefropatia diabtica (ND) e neuropatia diabtica sensrio-motora distal (NSMD). Pacientes brancos e mulatos eram mais velhos que os pacientes pretos (61,0 9,3 vs. 60,1 10,3 vs. 56,0 10,3 anos; P <0,001), embora o tempo de durao do DM fosse semelhante entre os grupos (14,8 8,2 vs. 14,2 6,7 vs. 13,3 7,0 anos; P = 0,169). Parmetros antropomtricos (ndice de massa corporal e medida da cintura), prevalncia de sndrome metablica, hipertenso arterial sistmica, nveis de hemoglobina glicada, tambm foram similares entre os grupos. Em relao s complicaes crnicas do DM, brancos, mulatos e pretos apresentaram-se com uma prevalncia similar de DVP, AVC e NSMD. Mulatos e pretos, quando comparados com brancos, apresentaram uma maior prevalncia de DAC (45,4% vs. 60,4% vs. 39,2% ; P=0,004). As prevalncias de microalbuminria (22,4%, 21,2 e 22,1%; P= 0,906) e macroalbuminuria (16,2%, 19,2% and 13,5%; P= 0,915) foram similares entre os grupos. Doença renal avanada (dilise) (9% vs. 8,7% vs. 18,3%; P=0,012) e RDP (21,5% vs. 15,4% vs. 34,6%; P=0,005) foram mais freqentes em pretos. Estas diferenas se mantiveram aps ajustes para possveis fatores de confuso. Concluindo, em pacientes com DM tipo 2 com o mesmo tipo de assistncia mdica, controle pressrico e metablico, foi observada uma prevalncia maior de DAC, RDP e doença renal avanada em pacientes pretos. Os mecanismos pelos quais estas diferenas ocorrem no so claros e componentes genticos e/ou ambientais devem ser melhor explorados. Entretanto, at que este melhor entendimento seja disponvel, uma abordagem mais agressiva na avaliao e manejo dos fatores de risco para as complicaes do DM nos indivduos pretos deve ser pensada.

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O presente estudo visou a investigar a percepo de adolescentes em situao de rua, de profissionais de saúde e educadores acerca da condio de saúde dos primeiros. A pesquisa foi realizada em duas instituies destinadas a crianas e adolescentes em situao de rua (servio de atendimento saúde e abrigo diurno) e teve como participantes doze adolescentes, cinco profissionais de saúde e quatro educadoras. Dois estudos foram delineados para analisar as concepes de saúde e doença de cada grupo de participantes, a sua percepo acerca da influncia da rua sobre a saúde dos adolescentes, as principais doenças enfrentadas, as estratgias utilizadas para cuidar da saúde e a rede de apoio. Os resultados sugerem que necessria uma anlise dinmica entre os diversos fatores de risco e proteo relacionados ao contexto, s caractersticas individuais dos adolescentes e rede de apoio existente. Entre os fatores de risco, destacam-se: as condies inadequadas de vida (falta de proteo s variaes ambientais, condies inadequadas de higiene etc.), o uso de drogas e a violncia. J os fatores de proteo citados foram: a busca da rua como uma "estratgia saudvel" diante do ambiente familiar violento, a existncia de uma rede de assistncia a essa populao, assim como da resistncia criada pelos adolescentes ao contgio de algumas doenças. A anlise do binmio risco/proteo permite uma viso mais realstica da influncia da situao de rua sobre a saúde e, ainda, a superao de uma viso de saúde e doença como uma questo esttica, a-histrica e unidimensional. Por fim, ressalta-se a validade da Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano e da sua relao com os enfoques da Resilincia e da Psicologia Positiva para o estudo do desenvolvimento humano em contexto, assim como dos processos desenvolvimentais relacionados formao de comportamentos saudveis, mesmo diante das situaes adversas oferecidas pelo contexto da rua.

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A introduo da Anlise Custo-Efetividade na rea da Saúde decorre desta preocupao de aperfeioamento dos mtodos gerenciais em geral, e de escolha de alternativas de ao que levem ao melhor resultado em relao ao custo. Derivada das tcnicas econmicas de anlise de investimentos em uso no setor empresarial, a ACE pode ser de grande utilidade na montagem de programas e planos de saúde, na escolha entre diversos programas alternativos, e na sua avaliao. Consiste basicamente em confrontar os custos (esperados ou realizados a) de um programa, com seus resultados ou impactos (esperados ou realizados). A aplicao da Anlise Custo-Efetividade ainda recente, e restringe-se aos Estados Unidos e a alguns pases europeus. No Brasil, embora comece a ser divulgada, ainda no foi utilizada em programas reais. Seus princpios e sua metodologia so relativamente simples, mas sua utilizao em casos concretos esbarra em algumas dificuldades. Assim, a aplicao da anlise a um dos programas desenvolvidos na Secretaria da Saúde poder, alm de divulgar a ACE na instituio, estabelecer claramente seu potencial e suas limitaes no contexto da saúde pblica brasileira. Um dos programas mais problemticos da Secretaria o Sub-programa de Controle da Hansenase. Em vigncia h vrios anos, seus resultados esto aqum do esperado, em que pesem as caractersticas de uma doença endmica e complexa e as falhas do prprio sub-programa. O interesse em se avaliar um programa cujos resultados so reconhecidamente insatisfatrios, e nosso conhecimento e experincia pessoal na rea da hansenase, justificam a escolha deste Sub-programa para a aplicao da Anlise Custo-Efetividade.

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Este trabalho aborda as representaes e prticas dos fisioterapeutas inseridos no Sistema nico de Saúde. Com o intuito de desvendar o modo de pensar e agir, alm do nvel de insero que alcanou a fisioterapia dentro do Sistema nico de Saúde, busquei compreender a lgica orientadora de suas aes teraputicas bem como sua adequao s diretrizes desse Sistema. Para tal, utilizei uma abordagem antropolgica de cunho qualitativo com o privilgio da observao participante e entrevistas semi-estruturadas realizadas em dois servios de saúde de Porto Alegre: um hospital e um ambulatrio de nvel secundrio. A reviso histrica da profisso ajudou na contextualizao e, deste modo, entender por que os fisioterapeutas esto centrados na abordagem fsica das pessoas. Esse modo de tratar as pessoas ensinado aos profissionais no processo de formao e reforado na prtica profissional dirigida reabilitao, tendo o manuseio do paciente um valor importante para o fisioterapeuta. Por sua vez, este tipo de trabalho manual associado a um papel feminino do cuidado so fatores de demrito frente as outras profisses da saúde. Isto refora a posio hierrquica inferior que o profissional possui dentro do Sistema nico de Saúde, que em alguns momentos confundido como um especialista da medicina fsica. Desse modo, este trabalho contribuiu para repensarmos as concepes de saúde que so ensinadas na academia, o que vem a ser o fazer fisioteraputico, bem como, a integralidade das aes teraputicas dentro do Sistema nico de Saúde.

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As tecnologias da informao e comunicao (TIC) esto presentes nas mais diversas reas e atividades cotidianas, mas, em que pesem as aes de governos e instituies privadas, a informatizao da saúde ainda um desafio em aberto no Brasil. A situao atual leva a um questionamento sobre as dificuldades associadas informatizao das prticas em saúde, assim como, quais efeitos tais dificuldades tm causado sociedade Brasileira. Com objetivo de discutir as questes acima citadas, esta tese apresenta quatro artigos sobre processo de informao da saúde no Brasil. O primeiro artigo revisa a literatura sobre TIC em saúde e baseado em duas perspectivas tericas estudos Europeus acerca dos Sistemas de Informao em Saúde (SIS) nos Pases em Desenvolvimento e estudos sobre Informao e Informtica em Saúde, no mbito do Movimento da Reforma Sanitria , formula um modelo integrado que combina dimenses de anlise e fatores contextuais para a compreenso dos SIS no Brasil. J o segundo artigo apresenta os conceitos e tericos e metodolgicos da Teoria Ator-Rede (ANT), uma abordagem para o estudo de controvrsias associadas s descobertas cientficas e inovaes tecnolgicas, por meio das redes de atores envolvidos em tais aes. Tal abordagem tem embasado estudos de SI desde 1990 e inspirou as anlises dois artigos empricos desta tese. Os dois ltimos artigos foram redigidos a partir da anlise da implantao de um SIS em um hospital pblico no Brasil ocorrida entre os anos de 2010 e 2012. Para a anlise do caso, seguiram-se os atores envolvidos nas controvrsias que surgiram durante a implantao do SIS. O terceiro artigo se debruou sobre as atividades dos analistas de sistema e usurios envolvidos na implantao do SIS. As mudanas observadas durante a implantao do sistema revelam que o sucesso do SIS no foi alcanado pela estrita e tcnica execuo das atividades incialmente planejadas. Pelo contrrio, o sucesso foi construdo coletivamente, por meio da negociao entre os atores e de dispositivos de interessamento introduzidos durante o projeto. O quarto artigo, baseado no conceito das Infraestruturas de Informao, discutiu como o sistema CATMAT foi incorporado ao E-Hosp. A anlise revelou como a base instalada do CATMAT foi uma condio relevante para a sua escolha durante a implantao do E-Hosp. Alm disso, descrevem-se negociaes e operaes heterogneas que aconteceram durante a incorporao do CATMAT no sistema E-Hosp. Assim, esta tese argumenta que a implantao de um SIS um empreendimento de construo coletiva, envolvendo analistas de sistema, profissionais de saúde, polticos e artefatos tcnicos. Ademais, evidenciou-se como os SIS inscrevem definies e acordos, influenciando as preferncias dos atores na rea de saúde.

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Pesquisa em foco: Artigo em foco: A doença da corrupo: o desvio de fundos e a saúde pblica nos municpios brasileiros - 2013. Pesquisadores: Professores Ciro Biderman e George Avelino