999 resultados para Serviços de saúde
Resumo:
O direito saúde j reconhecido no plano internacional e, em muitos casos, nacional. No entanto, ele ainda est restrito apenas aos cidados na maior parte dos pases do mundo e, mesmo naqueles pases que o reconhecem, ainda existem muitas barreiras para que os imigrantes, especialmente os indocumentados, usufruam dos serviços de saúde. Esta dissertao tem como objetivo entender como acontece o acesso dos imigrantes saúde, focando no processo de implementao das polticas pblicas e nas barreiras que se formam a partir desse. Para isso estudamos dois casos que garantem o acesso saúde, mas por meio de mecanismos diferentes: o dos imigrantes bolivianos que vivem na cidade de So Paulo (SP Brasil) e dos imigrantes brasileiros que vivem na zona metropolitana de Boston (MA EUA). Realizou-se uma pesquisa qualitativa com 46 imigrantes nos dois pases. Alm disso, entrevistamos 16 especialistas e burocratas de nvel de rua, pessoas que atuam diretamente com os imigrantes na ponta dos serviços de saúde, ou que pesquisam e trabalham nestas questes. As entrevistas foram realizadas a partir de um roteiro semi-estruturado, transcritas e analisadas. A anlise mostrou que ambos os sistemas apresentam barreiras distintas, no caso de So Paulo pela fixao da quantidade de serviços oferecidos e no segundo caso pela imposio de custos e pela alocao de serviços por classes de clientes diferenciados (LIPSKY, 1980). Essas barreiras puderam ser contornadas por aes promovidas pelos governos e suas agncias implementadoras. Entre essas destacamos polticas multiculturais e programas que buscam promover a saúde preventiva de forma ativa, como o caso do Saúde da Famlia. Pudemos observar tambm o importante papel desempenhado pelos burocratas de nvel de rua nesse processo, seja facilitando o acesso, por meio da criao de solues criativas, seja o dificultando. Sugerimos que estudos futuros aprofundem a anlise do papel desses atores no processo de implementao do direito saúde.
Resumo:
O papel dos municpios na garantia da proviso de serviços de saúde no mbito do Sistema nico de Saúde crescente, sendo cada vez mais necessrio repensar novas formas de financiamento e apoio para fortalecer uma gesto mais eficiente e racional. Esse trabalho vem no sentido de identificar como os municpios esto garantindo essa proviso, dentro de um cenrio de restrio oramentria imposto pelos limites com despesas de pessoal. A metodologia conta com uma primeira abordagem exploratria dos gastos municipais, que revelaram impactos, sendo o principal o aumento das despesas com terceiros aps a aprovao da Lei de Responsabilidade Fiscal. A partir dessa anlise foi elaborada uma amostra representativa dos municpios do Estado de So Paulo, para detectar como eles conduzem a execuo da poltica de saúde, por meio de entrevistas e de levantamento de informaes sobre as formas de contratao de pessoas e serviços no mbito municipal, ambas recolhidas junto a gestores municipais. Os resultados reforam a necessidade de investimentos que contemplem as desigualdades intermunicipais e o questionamento no estabelecimento de limites iguais em realidades totalmente desiguais.
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A prtica de saúde no pas passa por grandes e difceis desafios. No que tange a financiamento o setor pblico ainda carece de um melhor dimensionamento e proposta estratgica. J o setor privado tem sua crise pela falta de maios anlise dos seus custos e suas variaes. A regulao do setor suplementar ainda muito jovem. Os grandes desafios da saúde e a busca de soluo so uma constante para melhor dimensionar e gerir o processo. Vrios so os fatores pressionam o modelo aumentando seus gastos e ainda em uma situao mais perversa sem nenhuma previso. H a necessidade urgente de se entender o modelo de gastos envolvidos e acima de tudo os fatores que mais interferem na variao desses gastos. O trabalho que segue busca entender melhor o problema de variao de custos destes serviços prestados, atravs da anlise de trs casos mdicos de alta relevncia: apendicectomia; histerectomia; e colecistectomia, observando a variao dos preos praticados em uma srie histrica de 5 anos, comparando com ndices econmicos e inflacionrios como IPCA, variao dos preos dos planos de saúde pela ANS e variao dos custos mdicos hospitalares. Como resultados observamos que para estes eventos clssicos e isolados eventos no h um padro ntido de preos atrelados a qualquer destes ndices, nem uma variao linear que permita uma maior e melhor anlise. Ao mesmo tempo quando se aumenta o volume dos atendimentos, no mix dos trs eventos passamos a observar uma relao bem prxima ao IPCA que por sua vez muito prxima do ndice de reajustes autorizado pela ANS no perodo. Muito h o que ser feito e estudado como forma de melhor entender este modelo de preos e custos, bem como suas variaes.
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Educao Permanente aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizaes e ao trabalho. Este artigo aborda a implementao da Poltica Nacional de Educao Permanente em Saúde, instituda em 2004 pelo Ministrio da Saúde, visando avano na qualidade da assistncia populao, por meio da transformao do processo de formao dos profissionais de saúde. No caso da cidade de So Paulo, esta experincia se d em meio a uma relevante mudana estrutural pela qual passa o sistema de saúde no Municpio: a contratualizao de resultados com Organizaes Sociais da Saúde. Neste contexto, h diferentes implicaes em relao implementao da poltica, que so discutidas a partir do estudo do caso do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus.
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A delegao, pelo Estado, da responsabilidade pela execuo dos serviços no-exclusivos do Estado por organizaes de carter pblico no-estatal, ou Organizaes Sociais, mediante a celebrao de contratos de gesto se espraiou pelo Brasil desde o incio do processo de Reforma Gerencial do Estado, no ano de 1995. O principal setor objeto deste tipo de arranjo institucional foi o da Saúde. A nova realidade parece localizar-se entre o modelo de administrao burocrtica e o da administrao gerencial em uma longa e inacabada transio. Este artigo analisa as experincias de delegao dos serviços de saúde organizaes sociais no Estado e no Municpio de So Paulo. Procura localizar quais os pontos de contato com o modelo original proposto pela Reforma Gerencial e avaliar se a legislao e os contratos de gesto permitem o accountability horizontal e vertical.
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Este ensaio apresenta um estudo sobre a demanda por servio de saúde no mercado de saúde suplementar utilizando, atravs de uma anlise economtrica, modelos de regresso de dados de contagem para verificar os fatores monetrios e no monetrios que podem influenciar a quantidade demandada por este servio, e determinar se h risco moral na determinao desta demanda, no caso de um modelo de visitas mdicas de especialidade.
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Trata do problema da localizao de instituies de saúde de uma tica de marketing. A partir do momento em que as instituies de saúde se apresentam ante o mercado, oferecendo serviços, necessrio que estes serviços cheguem ao mercado-alvo dentro de uma perspectiva de utilidades de tempo e lugar; ou seja, necessria uma escolha conveniente para a prestao dos serviços. Atravs de exploraes feitas utilizamos tcnicas de varejo,o estudo permite vislumbrar um tratamento mercadolgico ao estudo de localizao,abrindo novas perspectivas para esse campo de conhecimento.
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Retrata as condies administrativas em que esto sendo executados os serviços nos centros de saúde estaduais na regio de Santo Amaro. Aborda o mecanismo de agrupamento e distribuio de atividades e tarefas dessas unidades, definindo a autoridade e responsabilidade a presentes. Descreve "os objetivos " definidos nestes centros de saúde e em que medida a estrutura administrativa diagnosticada contribui para seu atingimento.
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A presente monografia dentro de um tema abrangente como a Saúde Pblica no Brasil, prope-se, neste estudo, realizar uma anlise de como a organizao "Secretaria de Estado da Saúde de So Paulo" procurou equacionar os aspectos administrativos para que a programao substantiva de saúde pudesse ser implantada e executada. Retrata a conduta da administrao no complexo: dirigente e subordinados, analisando em que bases racionais esto sendo desenvolvidos, no interior da Unidades de Saúde pesquisadas, as complexas atividades e Funes da Instituio. Aborda o tema "Desenvolvimento Organizacional", interpretando as mudanas ambientais, elaborando opes de inovao para as organizaes evolurem. Analisa as condies necessrias inovao e adaptao organizacional, conduzindo a maior satisfao dos indivduos participantes e maior eficincia das unidades estudadas. Examina, do ponto de vista de execuo das atividades, sob que prisma os conflitos e a consequente relao de poder so percebidos e aceitos pela Equipe de Saúde e pela comunidade usuria.
Resumo:
O mercado privado de planos de saúde tem sido marcado por aumento dos custos da assistncia mdica, ampliao da cobertura de procedimentos, restries nos reajustes dos planos e aumento das garantias de solvncia exigidas pela Agncia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), impactando o desempenho econmico-financeiro das operadoras de planos de saúde. A presente dissertao tem como objetivo analisar o desempenho econmico-financeiro de operadoras das modalidades autogesto, cooperativa mdica, medicina de grupo e seguradora no perodo de 2001 a 2012. Foi utilizada uma base de dados operacionais e contbeis disponvel na pgina eletrnica da ANS, com 5.775 observaes, avaliando-se o desempenho econmico-financeiro por meio de cinco indicadores: Retorno sobre Ativos, Retorno Operacional sobre Ativos, Retorno sobre o Patrimnio Lquido, Liquidez Corrente e Sinistralidade. Dois modelos hierrquicos foram adotados para estimar os efeitos operadora, modalidade e porte no desempenho. Dentre estes, a pesquisa identificou que o efeito operadora responsvel pela maior parte da variabilidade explicada do desempenho. A investigao permitiu identificar as operadoras que apresentaram melhor desempenho no perodo, direcionando a realizao futura de estudos qualitativos visando conhecer os principais fatores que explicam o desempenho superior.
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Este trabalho aborda as representaes e prticas dos fisioterapeutas inseridos no Sistema nico de Saúde. Com o intuito de desvendar o modo de pensar e agir, alm do nvel de insero que alcanou a fisioterapia dentro do Sistema nico de Saúde, busquei compreender a lgica orientadora de suas aes teraputicas bem como sua adequao s diretrizes desse Sistema. Para tal, utilizei uma abordagem antropolgica de cunho qualitativo com o privilgio da observao participante e entrevistas semi-estruturadas realizadas em dois serviços de saúde de Porto Alegre: um hospital e um ambulatrio de nvel secundrio. A reviso histrica da profisso ajudou na contextualizao e, deste modo, entender por que os fisioterapeutas esto centrados na abordagem fsica das pessoas. Esse modo de tratar as pessoas ensinado aos profissionais no processo de formao e reforado na prtica profissional dirigida reabilitao, tendo o manuseio do paciente um valor importante para o fisioterapeuta. Por sua vez, este tipo de trabalho manual associado a um papel feminino do cuidado so fatores de demrito frente as outras profisses da saúde. Isto refora a posio hierrquica inferior que o profissional possui dentro do Sistema nico de Saúde, que em alguns momentos confundido como um especialista da medicina fsica. Desse modo, este trabalho contribuiu para repensarmos as concepes de saúde que so ensinadas na academia, o que vem a ser o fazer fisioteraputico, bem como, a integralidade das aes teraputicas dentro do Sistema nico de Saúde.
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O Direito Saúde consagrado em fontes normativas de Direito, sejam elas internas, sejam internacionais. A partir da promulgao da Constituio da Repblica de 1988 , ademais, tido como Direito Fundamental. Contudo, no bojo de um Estado Democrtico de Direito no qual h, de um lado, um Estado centralizado e ineficiente e, de outro, a iniciativa privada voltada exclusivamente para o lucro, r. direito torna-se letra fria, manifestamente inefetivo no Brasil. Desse modo, o Terceiro Setor, por meio de suas diversas entidades, tais como Associaes, Fundaes e entidades filantrpicas e sem fins econmicos, torna-se uma alternativa efetivao do Direito Saúde. No caso, embasado pelos mecanismos legais previstos, tais como sua preferncia a repasses de recursos e de competncia pelo poder pblico, bem como pelo contexto social, no qual a sociedade civil exerce maior controle social e anseia empoderamento. Ressalta-se, por sim, que o Terceiro Setor integrante da iniciativa privada, embora focado no interesse pblico, razo pela qual pode ser a chave para que o Direito constitucional e fundamental saúde seja finalmente praticado no Brasil.
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Para eleitor, saúde merece mais ateno, diz pesquisa da FGV Luis Felipe da Graa, cientista poltico da Diretoria de Anlise de Polticas Pblicas da FGV, conversa com a apresentadora Camila Tuchlinski.
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Por ano so gastos mais de R$ 15 bilhes de reais entre os benefcios de auxlio-saúde emitidos pelo INSS e os custos para viabilizar o processo. So realizadas, em torno de 7 milhes de pericias, das quais mais de 2 milhes tem resultado contrrio por parte do mdico perito. O objetivo deste trabalho realizar uma leitura do processo de concesso de benefcios de auxlio-saúde pelo INSS sob a tica da Teoria dos Jogos, com a anlise da estrutura das interaes entre segurado e perito com o INSS e os incentivos indesejados resultantes desta estrutura. Sendo que o segurado incentivado a buscar o benefcio mesmo sem ter, de fato, a necessidade. Resultando num aumento na quantidade de percias realizadas por ano, diminuindo sua qualidade e eventualmente concedendo benefcios desnecessrios. O perito, por sua vez, se defronta com uma atividade de alta complexidade e no dispe do tempo necessrio para uma anlise cautelosa. Alm disso, tem o incentivo a, em momentos de incerteza, conceder o benefcio mesmo que o segurado no se enquadre corretamente nos requisitos necessrios. Isto pode ocorrer, dentre outros fatores, devido ao tempo disponibilizado ao perito para analisar o caso com a ateno necessria no ser suficiente. Uma vez traado o paralelo com a Teoria dos Jogos e os problemas de Common Pool Resources (CPR), feita uma pesquisa nessa literatura em busca de maneiras de mitigar problemas similares ao pesquisado. Este paralelo tambm traz a possibilidade de pesquisar a literatura de Market Design acerca do redesenho da estrutura de mercados, com intuito de corrigir e desenvolver estes mercados. Estudos recentes apresentaram resultados positivos, sendo indicado, portanto, para trabalhos futuros, a implementao desta metodologia para o processo de concesso de benefcios de auxlio-saúde.
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A preocupao com a segurana do paciente, fator importante na dimenso da qualidade do cuidado de saúde, , atualmente, um tema de grande relevncia entre pesquisadores do todo o mundo. Os erros ocorrem em qualquer local onde se prestam cuidados de saúde e na maioria das situaes so passveis de medidas preventivas. O objetivo deste estudo de caso para ensino desvelar, atravs de uma reviso bibliogrfica, o debate em torno do tema da segurana do paciente a partir do sculo XXI, enfocando sua relevncia enquanto problema global de saúde pblica. Alm disso, este estudo discorre sobre os desafios relacionados s lacunas e perspectivas neste tema e sua abordagem na realidade brasileira. Os resultados da anlise sugerem que a investigao sobre a segurana do paciente apresenta falhas nas suas abordagens a serem melhor definidas e estabelecidas. Foram identificadas ainda, as barreiras, como grande demanda dos prontos-socorros das grandes cidades, o medo do profissional que cometeu o erro, adeso de todos os profissionais e dos gestores, e desafios para serem enfrentados, como o desenvolvimento de estratgias e aes polticas de saúde especficas, tanto para a pesquisa na rea de saúde quanto para a literatura de saúde pblica em gesto pblica.