999 resultados para Qualidade dos cuidados de saúde
Resumo:
Trata-se de um estudo desenvolvido com indivíduos sob tratamento num Centro de Atenção Psicossocial para álcool e drogas (CAPS ad) da região sul do Brasil. O estudo teve 300 horas de observação participante e grupos focais, nos quais se utilizou o ecomapa como instrumento para a discriminação das fontes de suporte social. O estudo objetivou a identificação da rede social de indivíduos sob tratamento devido ao uso abusivo de drogas, promovendo uma reflexão sobre a qualidade e situação dos vínculos estabelecidos com as pessoas significativamente importantes para eles. Os resultados evidenciaram uma trajetória de separações e perdas. O uso do ecomapa permitiu a identificação de pontos vulneráveis nas vinculações destes sujeitos, configurando-se, portanto, numa estratégia ética que possibilita a identificação conjunta (entre profissional e usuário) de necessidades do âmbito social, familiar e individual a serem contempladas no planejamento de cuidados de saúde, sobretudo em saúde mental.
Resumo:
Face aos desafios que se colocam aos enfermeiros, no desenvolvimento de cuidados centrados na família como contexto e unidade de intervenção, realizamos uma pesquisa direcionada para a intervenção familiar, no contexto dos Cuidados de Saúde Primários. De natureza qualitativa, adotamos a metodologia de investigação-ação, numa trajetória de cinco etapas, integradas num ciclo de estudos. Dos resultados do diagnóstico, através da análise comparativa dos modelos conceituais com as práticas de cuidados à família, emergiu a necessidade da mudança iniciada com um processo formativo. Tendo como referenciais o Modelo Sistêmico, o Modelo Calgary de Avaliação da Família e o Modelo Calgary de Intervenção na Família, reconstruiu-se o modelo de cuidados de enfermagem à família, operacionalizando-o através da definição das áreas de atenção e intervenção. A co-construção do modelo a partir das necessidades identificadas pelos enfermeiros, legitimado pelas tomadas de decisão dos mesmos, constitui-se como base de discussão no contexto da enfermagem de família.
Resumo:
O estudo objetivou validar dois instrumentos, para identificar como os serviços de saúde e as equipes de saúde da família reconhecem as necessidades de saúde da população. Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico, para o qual foram elaborados instrumentos baseados em um guia de captação da realidade objetiva, adaptado para caracterizar a realidade de serviços de saúde e equipes de saúde da família. Para validação dos instrumentos, estabeleceu-se o grau de concordância mínimo de 85%, participando como juízes docentes pesquisadores do tema Necessidade em Saúde e enfermeiros que atuam em unidades de saúde da família, totalizando 11 juízes. A validação ocorreu em duas etapas pois, na primeira, alguns itens não atingiram a meta de concordância proposta. Após a segunda validação, obteve-se concordância acima de 85% nos itens avaliados. Os Instrumentos de captação propostos visam contribuir para a prática dos serviços de saúde na identificação de necessidades em saúde da população.
Resumo:
Este estudo teve como objetivos avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e o bem-estar espiritual (BEE) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e analisar as relações entre QVRS e BEE. As versões em português do Seattle Obstructive Lung Disease Questionnaire (SOLDQ) e do Spiritual Well-Being Scale (SWBS) foram aplicadas por entrevista a 70 pacientes com DPOC em tratamento ambulatorial. Os domínios do SOLDQ com menor e maior escores foram: Função Física (37,29±17,19) e Satisfação com o Tratamento (68,75±28,05). O escore médio de 94,87±13,56 indica um nível moderado de BEE. O escore total do SWBS e o da subescala Bem-Estar Religioso correlacionaram-se positivamente com o domínio Satisfação com o Tratamento (p=0,007 e p=0,002, respectivamente). Correlação negativa foi encontrada entre Bem-Estar Religioso e Função Física (p=0,05). Pacientes com maior bem-estar religioso estavam mais satisfeitos com o tratamento e tinham pior funcionamento físico.
Resumo:
Este estudo avaliou a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de cuidadores de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Trezentos e sessenta cuidadores de crianças e adolescentes com idade entre 9 e 12 anos, com diagnóstico de sobrepeso (n=96; idade média=11,1 anos), obesidade (n=62; idade média de 10,9 anos) e eutrofia (n=202; idade média de 10,7 anos), matriculadas em escolas públicas e particulares da cidade de Uberlândia (MG), foram convidados a responder o questionário The 36 item Short Form Questionnaire (SF-36). Os escores obtidos pelo questionário foram comparados segundo o índice de massa corpórea (IMC) das crianças e adolescentes e não foram encontradas diferenças significativas entre os cuidadores de crianças e adolescentes com sobrepeso, obesidade e eutrofia.Logo, os cuidadores de crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade não apresentam prejuízo na sua QVRS.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo conhecer a relação e a troca de suporte entre o doente com AIDS e pessoas à sua volta. O estudo está baseado no modelo de comboio das relações sociais que tem como uma de suas características a representação da rede em três círculos concêntricos. Os participantes eram pessoas que estavam internadas e que falaram sobre o suporte relacionado ao cuidado em saúde proporcionado por pessoas próximas, ou seja, que pertenciam ao círculo interno do comboio. A maioria dos participantes descreveu o círculo como sendo composto por no máximo cinco integrantes, sendo que pessoas da família foram as mais citadas. Os profissionais de saúde precisam conhecer o paciente e seu comboio, reconhecendo-os no contexto psicossocial e cultural de forma a favorecer a aceitação da soropositividade, mudanças no estilo de vida, ajuda nos cuidados de saúde e adesão ao tratamento.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi realizar a revisão bibliográfica acerca dos fatores que podem influenciar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QV) dos adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, por meio da estratégia de PICO. As bases de dados utilizadas foram PubMed/MEDLINE, ISI Web of Knowledge e EMBASE. O maior levantamento dos artigos foi possível com a combinação de descritores padronizados e não padronizados. Apesar da QV ser um construto específico de avaliação dos aspectos relacionados às repercussões da saúde, doença e tratamento, os fatores sócio-demográficos, psicossociais e relacionados à família parecem influenciar de forma significativa na QV.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida de cuidadores familiares de pessoas dependentes atendidas por equipes de Saúde da Família e a relação com o apoio social. Foram entrevistados 66 cuidadores, utilizando o WHOQOL-bref para avaliação da qualidade de vida, e Zarit Burden Interview para a sobrecarga. O domínio Relações Sociais do WHOQOL-bref obteve o segundo melhor escore. Na análise de regressão linear múltipla, cuidadores do sexo feminino com menores escores de sobrecarga e aqueles que recebiam ajuda de alguém para realizar o cuidado alcançaram os maiores escores. Da mesma forma, cuidadoras com companheiros apresentaram maior escore médio na avaliação global da qualidade de vida e saúde do que as sem companheiros. Os resultados fornecem indícios da influência da rede de apoio social na qualidade de vida e sobrecarga dos cuidadores familiares.
Resumo:
Estudo descritivo, transversal desenvolvido com objetivo de associar aspectos socio demográficos e clínicos aos domínios de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), para avaliar pacientes onco-hematológicos submetidos à quimioterapia. Na coleta de dados utilizou-se um instrumento sociodemográfico e clínico e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire (EORTC) QLQ-C-30. A amostra foi constituída de 32 pacientes, sendo oito (25%) com diagnóstico de linfoma de Hodgkin, nove (28,12%) linfoma não Hodgkin e 15 (46,87%) leucemia. Os dados foram analisados pelo software Statistical Package for Social Science (SPSS). O QLQ-C-30 mostrou média das funções física, cognitiva, emocional, social e desempenho de papel de 54,81 a 41,18, demonstrando um nível pouco satisfatório. Nas escalas de sintomas, houve predomínio de fadiga média 64,57 seguida de insônia (56,90) e perda de apetite (50,71). Esses sintomas interferiram nas funções físicas, emocionais e cognitivas demonstrando que efeitos colaterais do tratamento influenciam negativamente na QVRS dos pacientes.
Resumo:
Inquérito domiciliário, transversal e analítico que objetivou descrever as características sociodemográficas, de saúde e a qualidade de vida de homens idosos e verificar os fatores socioeconômicos e de saúde associados à qualidade de vida. Participaram 804 homens idosos. Os dados foram coletados pelos instrumentos: Older Americans Resources and Services(OARS), World Health Organization Quality of Life - Bref (WHOQOL-BREF) e Health Organization Quality of Life Assessment for Older Adults(WHOQOL-OLD). Foram realizados análise descritiva, teste t-Student, correlação de Pearson e regressão linear múltipla (p <0,05). Predominaram idosos com 60├ 70 anos, casados, 4├ 8 anos de estudo e renda de um salário mínimo. Os menores escores de qualidade de vida foram no domínio físico e na faceta autonomia e estiveram associados a ausência de companheira e de escolaridade, baixa renda, maior número de morbidades e incapacidade funcional. A incapacidade funcional foi o que mais influenciou a qualidade de vida, excetuando-se o domínio físico e a faceta intimidade.
Resumo:
A garantia do bem-estar físico, mental e social das populações tem constituído uma preocupação dos sucessivos governos de Cabo Verde, consubstanciada em importantes instrumentos de orientação política, com impacto a nível da saúde. As principais orientações estratégicas assentam-se sobretudo na melhoria do acesso geográfico e na equidade no acesso à prestação de cuidados de saúde, tendo o país conseguido nas últimas décadas importantes ganhos a esse nível, com a melhoria dos principais indicadores de saúde.
Resumo:
A Mundo a Sorrir é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que realiza Projectos de assistência, prevenção e sensibilização de doenças orais na População Portuguesa, e em alguns Países pertencentes à comunidade de expressão de língua Portuguesa, mais especificamente em (Cabo-Verde e na República da Guiné-Bissau). Pretende fazer chegar a mensagem a toda a população desfavorecida, que um dos factores sanitários básicos que mais têm contribuido para o aumento da esperança e qualidade de vida, são os cuidados de saúde oral, concretamente na reposição de dentes perdidos e redução de focos infecciosos. A Associação Mundo a Sorrir é a primeira Associação Portuguesa de Solidariedade dedicada à temática da Saúde Oral. O seu principal objectivo é a promoção da valorização do princípio da equidade do direito à Saúde Oral, assim como a sensibilização, divulgação e promoção de cuidados de Saúde Oral em Portugal e no Mundo. Desde 2006 que lhe foi atribuido o estatuto de ONGD.
Resumo:
A mortalidade infantil, apesar de diminuição progressiva (130/1000 em 1970 e 23,1/1000 em 2000), necessita de atenção constante. • A mortalidade perinatal, que também tem diminuído de forma significativa, (38,4/1000 em 1995 e 29,2/1000 em 2000) necessita ainda de mais investimentos, dado que as afecções perinatais foram a primeira causa de morte dos menores de um ano em 1999 e em 2000. • A taxa de menores de um ano completamente vacinados verificados nos inquéritos nacionais de cobertura vacinal de 1999 e de 2002 realçam uma tendência para aumento (59,1% e 74,9%) respectivamente, sendo as taxas menores nos concelhos rurais está ainda aquém da meta preconizada de 90% de cobertura, no mínimo. • A taxa de mortalidade materna tem oscilado nos últimos anos (55,4 /100.000 em 1995, 27,5/100.000 em 1997 e 76/100.000 em 2000), mostrando igualmente a necessidade de priorizar acções tendentes ao reforço dos cuidados de saúde materna. • Verifica-se uma tendência para diminuição da procura da consulta pré-natal (83% de cobertura pela primeira consulta de grávidas em 2000 e 78,7% em 2001), sendo também mais evidente a discrepância entre o meio urbano e o rural. • Os partos domiciliários foram 45 % do total de partos em 1998, segundo o IDSR, sendo 63,1% dos mesmos nos concelhos rurais, sobretudo de Santiago, Santo Antão e Fogo e só 16,7% nos concelhos urbanos.
Resumo:
O presente trabalho está enquadrado no âmbito da monografia do curso de conclusão de licenciatura em enfermagem com o propósito de estudar, o brinquedo terapêutico como forma cuidar, tentando minimizar o sofrimento e ansiedade que poderá nortear a criança e família durante a hospitalização. Brinquedo terapêutico é um brinquedo especial utilizado no ambiente hospitalar pelo enfermeiro, “como uma forma de acolher e cuidar em enfermagem, durante a hospitalização da criança, de modo a contribuir para o bem-estar físico, social e mental da criança enquanto hospitalizada” (TAVARES, 2011:71) Devido ao avanço técnico-científica, esclarecimento da população quanto aos sues direitos, dos direitos Universais da Criança, a autonomia da enfermagem, na actualização do novo paradigma ou numa visão holística da prestação de cuidados de saúde de qualidade, fez um despertar na classe um novo olhar para a brincadeira no quadro do internamento infantil.A necessidade de implementar o uso do brinquedo terapêutico no ambiente hospitalar como um acto de cuidados de enfermagem, cuidando do paciente como um todo e não somente os sintomas físicos da doença, concede à criança a oportunidade de reorganizar a sua vida e seus sentimentos, permitindo-lhe assimilar a nova situação e compreender a sua hospitalização. Segundo Ribeiro (1998:74), o brinquedo terapêutico não é tão somente importante como essencial na assistência da enfermagem à criança hospitalizada. O acto de brincar através do brinquedo terapêutico atende a uma parte importante das necessidades de uma criança hospitalizada, permitindo e promovendo à criança a sua interacção no ambiente hospitalar, com o enfermeiro e a família, como um acto recreativo mas principalmente como uma forma de diminuir o stress, o medo e a ansiedade da criança e consequentemente da sua família, enquanto hospitalizada.
Resumo:
A comunicação e uma competência diária dos enfermeiros, sendo um factor determinante na relação de ajuda nos cuidados de saúde. Para haver uma boa interacção os enfermeiros precisam conhecer e implementar no seu quotidiano as estratégias de comunicação terapêutica como forma de entender as necessidades dos utentes e com isso efectivar este processo como uma actividade relevante e essencial. Contudo podemos constatar que esta pratica ainda não e satisfatória no nosso meio e temos verificado diferentes comportamentos face a relação enfermeiro /utente nas unidades de internamento. Tomando em consideração o acima referido, o presente estudo procura conhecer as percepções dos enfermeiros face a comunicação terapêutica; Interacção enfermeiro/utente nos cuidados de enfermagem ao doente internado e identificar as barreiras que impedem a efectivação da comunicação terapêutica nos cuidados de enfermagem. A recolha de dados para este estudo exploratório de natureza qualitativa, processou-se através de uma entrevista semiestruturada e incidiu sobre seis enfermeiros que prestam serviços nas unidades de medicina e cirurgia geral do Hospital Baptista de Sousa. A maioria dos entrevistados reconhece a grande importância da comunicação nos cuidados de enfermagem, mas que não corresponde á prática do dia-a-dia, e apontam entre outros o factor tempo como uma das principais barreiras. Os resultados apontam para uma fraca preparação dos enfermeiros na abordagem do doente não interactivo e em situação de sofrimento profundo.