997 resultados para Mulheres Condições sociais


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Este estudo tem como objetivo compreender a autopercepo das condições de sade bucal do grupo etrio de 65-74 anos da Regio da Serra/RS. Utilizou dados do SBBrasil, coletados pela SES/RS. A populao final da amostra foi constituda de 618 idosos, sendo 57% de mulheres. Esta coleta foi realizada atravs de um questionrio com questes fechadas sobre dados scio-demogrficos e questes de autopercepo em sade bucal, bem como de um exame bucal. A anlise dos dados foi feita atravs da regresso logstica multinomial. O exame clnico revelou que quase a metade dos idosos est desdentada e classificou sua sade bucal como boa ou tima. Em relao a presena de dor, 28,8% dos indivduos relataram que sentiram dor nos seis meses que antecederam a entrevista. A dor permaneceu estatisticamente associada classificao da sade bucal (OR= 2,3; IC95%: 1,24-4,44) e da mastigao (OR=1,9; IC%95: 1,07-3,24). A necessidade de prtese total permaneceu associada, aps o ajuste, com a classificao da aparncia dos dentes e gengiva (OR=0,3; IC95%: 0,11-0,78), da mastigao (OR=0,2; IC95%: 0,09- 0,46) e da autopercepo da influncia da sade bucal nos relacionamentos (OR=3,4; IC95%: 1,47-7,75). A renda pessoal manteve associao, aps o ajuste, com a classificao da fala (OR=4,5; IC95%: 1,34- 15,12). A escolaridade, aps o ajuste, manteve associao com a autopercepo da influncia da sade bucal nos relacionamentos (OR=1,9; IC95%: 1,06-3,43). Conclui-se que a dor e a necessidade de prtese total tm forte relao com as questes de autopercepo em sade bucal.

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Introduo: A infertilidade uma condio que est associada a prejuzo em diversas reas da vida. O constructo Qualidade de Vida tem sido crescentemente reconhecido em pesquisas em sade. Ao aproximar-se da metodologia cientfica de investigao, passou a permitir seu uso em diferentes populaes. Especialmente nas pesquisas de fenmenos complexos, tal constructo mostra-se uma ferramenta til quando o objetivo ampliar o entendimento para alm de aspectos clnicos e levantar hipteses no classicamente avaliadas por desfechos tradicionais. Objetivo: Avaliar os preditores de qualidade de vida e qualidade de vida relacionada sade em uma amostra de mulheres infrteis Mtodo: Estudo transversal utilizando como instrumentos ficha de dados scio-demogrficos, SF-36 e WHOQOL-BREF. Resultados: Foram entrevistadas 179 mulheres atendidas em um servio de infertilidade. A amostra foi composta predominantemente de mulheres com idade entre 30-40 anos (63%), que se sabiam infrteis h menos de 5 anos (57%) e sem tentativa de reproduo assistida prvia (79%). A regresso logstica indicou as seguintes variveis como preditoras: idade (domnios Estado Geral de Sade e Capacidade Funcional), realizao de fertilizao in vitro prvia (domnios Vitalidade e Psicolgico), cirurgia prvia no aparelho reprodutor (domnios Estado Geral de Sade e Meio Ambiente), escolaridade (domnios Vitalidade, Sade Mental, Relaes Sociais e Meio Ambiente) e percepo de piora na vida sexual (domnio Global). Consideraes finais: Os achados descritos permitem identificar variveis como preditores dos escores de Qualidade de Vida e Qualidade de Vida Relacionada Sade em seus diferentes domnios. A realizao de estudos utilizando instrumentos capazes de detectar e quantificar tal impacto de fundamental importncia para que se possa obter dados que permitam a aferio cientfica destas repercusses. Esta estratgia possibilita planejar intervenes cientificamente embasadas que abordem as diversas reas da vida afetadas e no usualmente tratadas em protocolos convencionais, cujo foco tem sido eminentemente os aspectos reprodutivos. Essa linha de pesquisa pode evidenciar uma potencial lacuna entre as necessidades destas pacientes e a assistncia oferecida.

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Este estudo situa-se no campo da sociologia rural, a partir da noo do continuum rural/urbano, articulada ao conceito de territrio como uma construo social que suplanta a dicotomia pela interao entre os atores e base geogrfica, formando um complexo contexto sociocultural e econmico. Trata-se da anlise das condições socioeconmicas e culturais em que opera a dinmica do municpio de Encruzilhada do Sul, localizado no Rio Grande do Sul (Brasil), na busca de oportunidades para seus integrantes. Esse territrio, nos ltimos anos, passa por transformaes significativas que impactam a posse e o uso da terra. So mudanas na matriz produtiva, substituindo parte da pecuria extensiva e da agricultura tradicional por grandes reas de reflorestamento e, em menor escala, introduzindo a fruticultura e inovaes na produo em pequenas propriedades. A construo de uma tipologia de insero dos trabalhadores na transformao territorial, baseada no vnculo de trabalho nas novas atividades, desvelou as condições em que se articularam os atores sociais para produzirem modelos distintos territorialmente pelas caractersticas da posse e uso da terra, bem como os resultados decorrentes dessas condições. As concluses deste estudo indicam que a explorao de atividades econmicas tradicionais e a introduo de novas atividades aparentemente sob uma lgica racional esto reproduzindo o patrimonialismo nas relaes sociais e de poder. Por outro lado, as transformaes protagonizadas pelos trabalhadores locais na posse e uso da terra, que, pelas suas caractersticas, se contrapem ao modo de explorao e uso tradicionais, reconfiguram as representaes sociais, apontando para a construo de um territrio mais sustentvel econmica, social e ambientalmente. Ao correlacionar processos econmicos e processos simblicos em contextos de transformaes territoriais, este estudo apresenta-se como mais uma contribuio no debate que ora se estabelece no sul do Brasil a respeito da mudana da matriz produtiva e do desenvolvimento territorial.

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O estudo tem como questo central o debate sobre as caractersticas do processo de globalizao e das implicaes sociais que dele decorrem para a esfera local. O argumento desenvolvido na anlise de que o processo de globalizao seria modelado no apenas por diferentes contextos institucionais, mas tambm por recursos e por estratgias dos atores sociais implicados. Se, por um lado, o processo de globalizao significaria a imposio de novas formas tecnolgicas e organizacionais e de novas regras econmicas, por outro lado, interagiria com conjunturas polticas e de mercado, com os diferentes recursos dos atores sociais e com valores e ideologias locais, configurando realidades diversas e processos contraditrios de mudana social. Neste sentido, as mudanas decorrentes da presena de agentes globais conteriam, potencialmente, riscos e oportunidades cuja realizao dependeria da capacidade dos atores locais de interagir com aquelas foras e agentes. As relaes de poder entre atores globais e locais seriam assimtricas, submetendo estes a intensas e inesperadas mudanas que podem ser traumticas. Contudo, os atores locais tenderiam a reagir, nas possibilidades de seus recursos e nos horizontes de seus valores, s novas regras e condições, tentando criar alternativas e, com isso, beneficiar-se das novas relaes que se estabelecem. Ao sublinhar a complexidade, a contingncia e a diversidade das relaes global-local, o enfoque terico-interpretativo adotado no estudo questiona argumentos de que a globalizao decorre puramente da lgica ou dos interesses do capital ou de que as foras da globalizao estimulariam integrao econmica e social, com efeitos homogneos. A questo das relaes global-local discutida mediante a anlise da instalao, no ano de 2000, do novo plo automobilstico de Gravata (RS) liderado por uma unidade montadora da General Motors do Brasil (GMB) - e de seus reflexos na reestruturao do processo produtivo e nas relaes de trabalho e de emprego em empresas fornecedoras locais. A despeito de, no caso em estudo, a GMB no desenvolver programas de apoio capacitao de fornecedores e de as instituies locais mostrarem-se tmidas e seletivas relativamente a essa tarefa, a montadora requer novos padres de escala de compras, de qualidade dos componentes, de custos e preos e de valor agregado ao produto, que tendem a estimular a expanso das atividades, a reestruturao do processo produtivo e a flexibilizao das relaes de trabalho e de emprego, em empresas locais. Ademais, as mudanas verificadas nas empresas locais tendem a assumir diferentes trajetrias que variam de acordo com os seus recursos e estratgias (capital, tipo de produto e tecnologia, experincia no mercado global). Tais constataes autorizam concluir que o processo de globalizao uma imposio, porm, ele no se desenvolve de maneira unilateral, nem produz efeitos homogneos sobre os atores locais, requerendo destes o aprendizado sobre como mover-se nessa nova realidade e dela obter benefcios coletivos.

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O ncleo medial da amgdala (AMe), cujo um de seus componentes tem localizao pstero-dorsal (AMePD), uma estrutura enceflica que apresenta plasticidade morfofuncional em seus neurnios e modula vrios comportamentos sociais e reprodutivos em ratos. Os objetivos do presente estudo foram determinar a densidade de espinhos dendrticos de neurnios da AMePD de ratos nas seguintes condições experimentais: 1) machos adultos e no manipulados experimentalmente, para estudar separadamente os neurnios multipolares de tipo bipenachados e estrelados; 2) machos adultos submetidos ao estresse de conteno por 1 h, por 6 h ou por 28 dias; 3) machos adultos criados em ambiente enriquecido por 3 semanas; e, 4) em machos com idade avanada (24 meses), estud-los na velhice. Todos os animais (N = 6 em cada grupo) foram manipulados em condições ticas e submetidos ao mtodo de Golgi do tipo single-section. Nos animais dos grupos controle e submetidos ao estresse de conteno, adicionalmente as adrenais foram retiradas e pesadas. Para o estudo dos neurnios da AMePD, os encfalos foram seccionados em vibrtomo e os cortes coronais foram colocados, aps fixao, em soluo de dicromato de potssio e em nitrato de prata. Neurnios bem impregnados e indubitavelmente presentes na AMePD foram selecionados para estudo.Os espinhos presentes nos primeiros 40 m dendrticos foram desenhados com auxlio de uma cmara clara, acoplada a microscpio ptico, em aumento de 1000X. Cada animal teve 8 ramos dendrticos selecionados, um por neurnio diferente, perfazendo 48 ramos ao total em cada grupo experimental. Para o primeiro objetivo, as mdias da densidade de espinhos dendrticos dos neurnios multipolares bipenachados e estrelados foram comparados pelo teste t de Student. Para os demais, as mdias das densidades de espinhos dendrticos dos ratos nos grupos estudados nas diferentes condições experimentais foram comparados entre todos os grupos experimentais pela ANOVA de uma via, tendo-se o grupo controle (obtido do primeiro experimento) como o mesmo para todos os outros grupos manipulados experimentalmente. A seguir, os dados foram analisados pelo teste post-hoc de Tukey tendo-se selecionado as comparaes mais pertinentes aos grupos experimentais estudados. Em todos os casos o nvel de significncia foi estabelecido em p < 0,05. A densidade de espinhos dendrticos (mdia + e.p.m do nmero de espinhos por m dendrtico) foi de 3,07 + 0,1 e 3,12 + 0,05 para os neurnios bipenachados e estrelados, respectivamente. Os dois tipos de neurnios multipolares no apresentaram diferena estatisticamente significativa na densidade de espinhos dendrticos entre si (p = 0,6). Desta forma, aleatoriamente selecionou-se parte dos resultados de ambos os tipos celulares que foram somados para gerar o grupo controle. Nos grupos experimentais estudados a seguir, os dois tipos morfolgicos contriburam indistintamente para os valores obtidos. Os resultados da ANOVA de uma via indicaram que em tais grupos houve diferena estatisticamente significativa quando os dados foram comparados entre si [F(5,35) = 10,736; p < 0,01]. O teste post hoc de Tukey demonstrou que o grupo submetido ao estresse de conteno por 1 h possui uma menor densidade de espinhos dendrticos em comparao ao grupo controle (1,94 + 0,08 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p < 0,01). Tal reduo foi de mais de 34% em relao ao grupo controle. J os grupos submetidos ao estresse por 6 h e ao estresse por 28 dias (mdia + e.p.m = 2,52 + 0,11 e 3,07 + 0,03; respectivamente), no apresentaram diferena estatisticamente significativa em relao ao grupo controle (p > 0,05). O peso relativo das adrenais apresentou diferena estatisticamente significativa entre os grupos controle e submetidos ao estresse de conteno [F (3,29) = 48,576; p < 0,01]. O grupo estressado cronicamente apresentou o peso relativo das adrenais maior do que qualquer outro dos grupos estudados (p < 0,01). O teste post hoc de Tukey demonstrou que o grupo submetido ao enriquecimento ambiental apresentou uma diminuio significativa na densidade de espinhos dendrticos em relao ao grupo controle (2,39 + 0,12 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p < 0,05) e que tal reduo foi de 19% (p < 0,05). Por fim, o teste post hoc de Tukey tambm indicou que os ratos velhos no apresentaram diferena estatisticamente significativa no valor da densidade de espinhos dendrticos em relao ao grupo controle (2,55 + 0,16 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p > 0,05). Os resultados demonstram a plasticidade neural que ocorre na AMePD, especfica para a condio experimental estudada. As modificaes no nmero dos espinhos dendrticos na AMePD podem ser uma conseqncia do funcionamento da microcircuitaria local e da hodologia desta estrutura no contexto da organizao geral do SNC do rato, como decorrncia de aes hormonais nessa estrutura nervosa.

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Esta Tese se props descrever o Cotidiano de um galpo de separao de resduos slidos urbanos, apresentando as aes e as relaes entre os sujeitos, compreendidas como atitudes de Cuidado. A investigao foi desenvolvida em uma perspectiva qualitativa, descrevendo como o grupo investigado estabelece em seu interior relaes sociais, relaes de trabalho e relaes de gnero. A descrio do Cotidiano do Galpo Rubem Berta mostrou como este grupo se organiza, mostrou como se manifestam as atitudes de Cuidado entre as mulheres e de que modo esta dimenso pode ser percebida na atividade que realizam. Como resultado, foi possvel afirmar que a Educao Popular uma interface do universo do Galpo, um espao mediador de aprendizagens e de construo de saberes, sistematizados a partir da convivncia e visibilizados nas relaes e nas aes das mulheres recicladoras. Para fundamentar teoricamente esta Tese, recorri s contribuies de Michel Maffesoli, Georg Simmel, Martin Heidegger, Carlos Rodrigues Brando, dentre outros autores, que favoreceram a compreenso desse grupo desde uma perspectiva que valoriza a efervescncia e a vitalidade nas relaes sociais. Trata-se, portanto, de uma abordagem terica que se aproxima e se reconcilia com a vida, tendo-a como uma obra de arte em criao permanente.

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Introduo: O estudo da estatura muito importante, pois a altura definitiva alcanada por uma populao um poderoso indicador das condições de vida na infncia. Se o meio em que a criana vive no estiver em condições ideais seu crescimento pode estar prejudicado. O crescimento total atingido por uma populao no determinado apenas por fatores biolgicos. A combinao dos fatores scio-econmicos com a dieta e as condições de sade podem ser os maiores contribuidores. Do ponto de vista gentico nascemos com um potencial de crescimento que poder ou no ser atingido dependendo das condições de vida a que estamos expostos na infncia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar a evoluo da estatura de conscritos, na idade de 18 anos, no Rio Grande do Sul (RS) e fatores associados. Mtodos: Estudo transversal com 5 painis sucessivos de estatura. Analisaram-se os dados de 97976 indivduos do sexo masculino nascidos e alistados nos municpios do RS. O perodo de alistamento variou de 2000 a 2004. Os anos de nascimento variaram de 1982 a 1986. Os dados foram analisados no software SPSS 10.0 e Statisca 4.3. Para o georeferenciamento utilizou-se o software TabWin do Ministrio da Sade. Resultados: A mdia de estatura encontrada foi de 173,70 cm com desvio padro de 6,94 cm. Verificou-se uma tendncia positiva na evoluo da estatura para o Estado com um todo. O aumento real foi de 0,29 cm em 5 anos. A mdia de anos de estudo foi de 7,98 anos com desvio padro de 2,48 anos. O aumento real foi de 0,7 anos de estudo. O ndice de Desenvolvimento Humano Municipal Total (IDHMT) entre os anos de 1980-1986 teve uma mdia de 0,765 com desvio padro de 0,044. A anlise de regresso linear entre estatura e ano de nascimento mostrou um aumento significativo da estatura no Estado (p<0,001). Essa tendncia positiva de crescimento foi vista nas mesorregies Noroeste, Ocidental e Oriental. A mesorregio Sudeste apresentou um decrscimo real significativo (p<0,001) na estatura de 1,50 cm para conscritos nascidos entre 1982-1986. A anlise de regresso linear mostrou associao significativa (p<0,001) entre as variveis explicativas ano de nascimento, ndices de Desenvolvimento Humano Municipais e anos de estudo quando analisadas individualmente. O modelo final, que testou as 3 variveis em conjunto, teve melhor significncia com as variveis anos de estudo e IDHMT. Concluso: As mdias de estatura e anos de estudo aumentaram em conscritos no RS. Este aumento foi significativo no Estado. A mesorregio Sudeste foi a nica a apresentar um decrscimo significativo na altura. A estatura mostrou-se associada as variveis anos de estudo, ano de nascimento e IDHMT.

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Este trabalho trata dos desafios de implementao em nvel local do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego Brasil Sem Misria (Pronatec-BSM) a partir de uma perspectiva de gnero. A dissertao buscou problematizar o acesso de mulheres de baixa renda em cursos de qualificao profissional. A qualificao profissional tem sido alvo de polticas pblicas desde a criao das primeiras escolas tcnicas pelo presidente Getlio Vargas, na dcada de 1940, at os dias de hoje. O Pronatec vigente desde 2011 configura-se atualmente como a poltica mais recente nesse campo de atuao. De abrangncia nacional e coordenado pelo Ministrio da Educao, o Programa, que prev parcerias com outros ministrios e com outros nveis da federao para que seja executado, oferece diversas modalidades de oferta de cursos, dentre essas modalidades, a Bolsa Formao Trabalhador, a qual prioriza o ingresso do pblico beneficirio dos programas sociais do governo federal. Compreendendo a relevncia do Pronatec no percurso das polticas de qualificao profissional no Brasil, esta dissertao o toma como objeto de anlise buscando problematizar os desafios enfrentados em sua implementao e a relao desses desafios com a perspectiva de gnero. Como estudos de caso foram analisadas as experincias de implementao em dois municpios da regio metropolitana de So Paulo: Suzano e Osasco. As fontes analticas para o estudo constituiram-se: a) falas de gestores e gestoras nacionais, b) contedo dos materiais produzidos pelo governo federal para regular e orientar a execuo do Programa nos municpios; e, finalmente, c) discursos das pessoas envolvidas na implementao local de servidores(as) municipais, de funcionrio(as)s das escolas e das prprias beneficirias. A pesquisa identificou (1) a necessidade da construo de convergncias entre as instituies para que o Programa1 se efetive e, (2) a relevncia das imagens de gnero que permeiam as aes de implementadores(as) de todos os nveis e que influenciam, por sua vez, o acesso de mulheres de baixa renda aos cursos de qualificao profissional em que sua presena minoritria.

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Muitos estudos tm indicado a importncia das microfinanas para a reduo da pobreza e desigualdades sociais, incluindo o empoderamento feminino. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo geral analisar o empoderamento das clientes de uma instituio de microfinanas o Banco do Povo Crdito Solidrio (BPCS), em Santo Andr (SP). Foi classificada como uma pesquisa qualitativa, descritiva e do tipo grounded theory e estudo de caso. Foram realizadas 10 visitas de campo a microempresrias e dois grupos focais com grupos solidrios da instituio. Tambm foram entrevistados gestores e agentes de crdito. Foi realizada anlise de contedo com auxlio do quadro terico utilizado sobre de empoderamento econmico, social e individual. Os principais resultados mostram a crescente capacitao econmica no mbito da aprendizagem do empreendedorismo, conhecimento em microfinanas e do seu prprio negcio. Por estes motivos, percebemos o aumento da interao social com a comunidade. Tambm percebemos a emancipao das trabalhadoras, muitas delas tem emancipao econmica dos seus maridos e algumas delas so capazes de contribuir financeiramente para o agregado familiar, melhorando assim a relao com o companheiro. Finalmente, este trabalho confirma a importncia das microfinanas, o efeito positivo no empoderamento para a reduo da pobreza e para a promoo da equidade de gnero. A principal concluso observada foi a melhoria do nvel de educao, empoderamento, autonomia e da compreenso de sua auto-capacidade e que elas so capazes de gerir seu prprio negcio e vidas; dessa forma, como contribuio terica, foi elaborado o mapa conceitual de empoderamento auto-sustentvel.

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O presente estudo teve como objectivos caracterizar do ponto de vista da sade mental a populao idosa da Regio Autnoma da Madeira (RAM); determinar as prevalncias das situaes de sade mental positiva e negativa e avaliar a influncia positiva (protectora) ou negativa (de risco) de certos factores pessoais e do meio na sade mental. Foi um estudo de natureza psicossocial,transversal, probabilstico, com uma componente descritiva e outra inferencial. A amostra (N=342) representativa das pessoas com 65 e mais anos, residentes na comunidade, foi estratificada por concelhos, por gneros e por classes etrias. A seleco foi feita da base de dados do Carto de Utente do Servio Regional de Sade Empresa Pblica Empresarial. As pessoas idosas foram entrevistadas pelas enfermeiras dos Centros de Sade, que utilizaram para tal um questionrio estruturado. Na avaliao das variveis utilizaram-se diversos instrumentos alguns dos quais amplamente usados em outros estudos com populao idosa. A sade mental foi avaliada utilizando-se o Mental Health Inventory - MHI (Ware & Veit, 1983; Ribeiro, 2000), que contempla uma dimenso mais positiva o bem-estar psicolgico e outra mais negativa o distress psicolgico. Nas variveis independentes (pessoais e do meio ambiente) utilizaram-se: para a classe social a Classificao Social de Graffar (Graffar, 1956); para a rede social a Lubben Social Network Scale - LSNS (Lubben, 1988); para a autonomia nas actividades instrumentais da vida diria a IADL (Lawton & Brody, 1969; Botelho, 2000); para a capacidade funcional (ABVD) o ndice de Katz (Katz et al., 1963; Cantera, 2000). As restantes variveis, nomeadamente as de caracterizao demogrfica bem como as auto-percepes relativas ao rendimento, habitao, de controlo, a ocupao do tempo, os acontecimentos de vida significativos, a autonomia fsica, a percepo relacionada com a sade, as queixas de sade ou doenas, os apoios de sade e sociais, foram avaliadas atravs de questes formuladas para o efeito. No tratamento de dados, procedeu-se anlise descritiva das diferentes variveis obtendo-se uma primeira caracterizao da sade mental das pessoas inquiridas. A fim de determinar as prevalncias das situaes de sade mental mais positiva e mais negativa, recorreu-se anlise com trs clusters. Para determinar a associao entre as variveis pessoais e do meio e a sade mental, usaram-se dois modelos de regresso logstica (MRL). Num 1 MRL o enfoque colocou-se na relao das capacidades fsicas e na percepo de sade detidas pelas pessoas idosas, na disponibilidade de apoios especficos e a sade mental. O 2 MRL focalizou-se na interaco entre a percepo de controlo detida pelas pessoas idosas, as condições scio-econmicas e a sade mental. Resumem-se os resultados: na amostra identificou-se uma percentagem superior de mulheres (66,4%) face aos homens. A classe etria dos 6574 anos incluiu maior nmero de idosos (64,9%). A maioria de (55,6%) residiam fora do Funchal. Os reformados eram prevalentes (78,1%) bem como os que detinham 1 a 11 anos de escolaridade (58,2%). As mulheres (65,2%) eram mais analfabetas do que os homens (48,7%). Dos idosos 44,4% pertenciam classe social V (muito baixa) sendo a maioria mulheres (53,3%). A idade mnima da amostra foi 65 anos e a mxima 89 anos. A idade X =72,6 anos com umS =5,77. Foram encontrados nveis mais positivos nas diferentes dimenses da sade mental. Prevalncias: sade mental positiva 67,0%, bem-estar psicolgico elevado 24,3%. Apenas 3,2% apresentaram distress psicolgico mais elevado. Com depresso maior identificaram-se 0,3% dos idosos. Num 1 MRL com as possveis variveis explicativas ajustadas, verificou-se que a probabilidade da sade mental ser mais positiva era cerca de 0,3 vezes inferior nas mulheres, nos idosos com redes sociais muito limitadas e nos que percepcionavam a sade prpria como razovel ou pior. Era menor 0,5 vezes quando no sabiam ou percepcionavam a sade como pior comparativamente aos pares, e 0,3 vezes quando referiram o mesmo, comparando-a com h um ano atrs. Era ainda 0,1 vez inferior quando possuam limitaes fsicas para satisfazer as necessidades prprias. A probabilidade de ser mais positiva era 2,5 vezes superior quando as pessoas possuam 1 a 11 anos de escolaridade. A varincia no nvel de sade mental, explicada com base no 1 modelo foi 44,2%, valor estimado atravs do Nagelkerke R Square. Os resultados do 2 MRL com variveis ajustadas, permitem afirmar que a probabilidade da sade mental ser mais positiva era 0,3 vezes menor nas mulheres, 0,1 vez inferior nos idosos que percepcionavam o rendimento auferido como razovel ou fraco e 0,4 vezes menor quando tinham uma rede social muito limitada. Ter limitaes fsicas deslocando-se na rua apenas com apoio diminua 0,3 vezes a probabilidade de sade mental mais positiva, verificando-se o mesmo nos que auferiam apoio dos servios sociais. Uma probabilidade 2,4 vezes superior da sade mental ser mais positiva foi encontrada nos idosos com 1 a 11 anos de escolaridade quando comparada com os analfabetos. O Nagelkerke R Square = 37,3%, foi menor do que o obtido no modelo prvio, pelo que a variao ao nvel da sade mental explicada por este modelo inferior. A evidncia de que as pessoas idosas possuam maioritariamente um nvel superior de sade mental, comprovou que a velhice no sinnimo de doena. Foi tambm superior a percentagem daqueles que possuam redes sociais menos limitadas. O nvel mais elevado de distress psicolgico surgiu com uma prevalncia de 3,2% e apenas 0,3% das pessoas idosas estavam mais deprimidas o que evidenciou a necessidade de serem providenciadas respostas na comunidade para o seu tratamento. Dos inquiridos 8,8% apresentavam um nvel mdio de depresso, sugerindo a pertinncia de serem efectuados s pessoas nessa situao, diagnsticos clnicos mais precisos. As limitaes na capacidade fsica para a satisfao de necessidades dirias e a percepo de sade mais negativa emergiram como factores significativos para a pior sade mental confirmando resultados de pesquisas prvias. No 2 MRL a percepo pelos idosos de que o rendimento mensal auferido era fraco aumentou tambm a probabilidade da sade mental ser pior. Nos dois modelos verificaram-se influncias positivas quando os idosos possuam 1 a 11 anos de escolaridade comparativamente aos analfabetos, o que pode ser considerado um factor protector para a sade mental. Sublinhamos como principais concluses deste estudo: O protocolo e os instrumentos de avaliao foram adequados para atingir os objectivos. Da avaliao sade mental concluiu-se que as pessoas idosas possuam situaes mais positivas e favorveis. Dos trs factores utilizadas na estratificao da amostra apenas o gnero feminino estava associado significativamente pior sade mental. Sugere-se a replicao deste estudo para acompanhar a evoluo da sade mental da populao idosa da RAM. Os resultados devero ser divulgados comunidade cientfica e tcnica bem como aos decisores polticos e aos gestores dos servios de sade, sociais, educativos e com aco directa sobre a vida dos idosos a fim de serem extradas ilaes, favorveis adopo de polticas e programas promotores da sade mental que passem pelo aumento da escolaridade e por medidas/aces que reduzam a maior susceptibilidade de sade mental negativa associada ao gnero feminino, promovam o reforo das redes sociais das pessoas idosas, a autonomia fsica necessria satisfao das necessidades prprias bem como as auto - percepes positivas relacionadas com a sade e com os rendimentos auferidos. Devero serlhes facultadas tambm oportunidades de participao activa na comunidade a que pertencem.

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O presente estudo acerca dos maus-tratos e qualidade de vida no idoso tem como objectivos avaliar a influncia do risco do abuso ou negligncia na qualidade de vida dos idosos; avaliar o risco de abuso e/ou negligncia e avaliar a qualidade de vida dos idosos no contexto comunitrio. Optou-se pela investigao quantitativa do tipo descritiva-exploratria, de natureza transversal, a 48 indivduos de ambos os gneros com 65 e mais anos, inscritos nos trs Centros Sociais Municipais de Santana. O critrio de excluso de maior relevo foi a incapacidade cognitiva para responder oralmente s questes, para essa avaliao aplicou-se o Mini Mental State Examination (MMSE). A amostra foi do tipo no-probabilstico por convenincia qual foram aplicados os seguintes instrumentos: o questionrio scio-demogrfico; a verso portuguesa do WHOQOL-Bref (avalia a qualidade de vida); o H-S/EAST (identifica o risco de violncia contra o idoso) e as perguntas de eliciao de abuso ou negligncia a adultos idosos (determina as condições de vida dos adultos idosos). A maioria dos inquiridos so do gnero feminino (79,2%) e a idade mdia de 73,86 anos com um desvio padro de 5,9. A maioria so casados (homens: 70%; mulheres: 31,6%) ou vivos (homens: 20%; mulheres: 52,6%). Relativamente qualidade de vida, obteve-se a mdia mais elevada nas subescalas das relaes sociais, psicolgico, meio ambiente, geral e fsico. Os valores dos resultados da avaliao do risco de abuso (H-S/EAST) indicaram alta prevalncia de situaes de risco potencial, risco de abuso directo e vulnerabilidade ao abuso. Quanto eliciao do abuso ou negligncia a adultos idosos obtiveram-se resultados que determinam que a maioria da amostra possui um ou mais indicadores de abuso (entre 0 a 6) sendo as formas mais frequentes o abuso emocional e a negligncia, seguindo-se o abuso financeiro e o abuso fsico. Concluiu-se que quanto maior o risco de maus-tratos menor a qualidade de vida do idoso.

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O objectivo deste estudo transversal foi descrever e comparar os perfis funcionais de duas amostras: 401 idosas portuguesas e 967 brasileiras (Krause et al., 2009), dos 60-79 anos. A aptido funcional (ApF) foi avaliada usando a bateria Senior Fitness Test (Rikli & Jones 2001). Em ambas as amostras, as idosas dos 60-64 anos apresentaram melhores desempenhos na maioria dos testes de ApF, comparativamente s dos 75-79 anos. As idosas brasileiras foram mais proficientes na aptido cardio-respiratria e flexibilidade, e as portuguesas, na fora do membro superior. Os valores do ndice de massa corporal foram superiores nas idosas portuguesas (60-79 anos). Estes resultados podero ser teis na identificao precoce de perdas funcionais, e fundamentar a interveno ao nvel da ApF em mulheres idosas.

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GOMES, Z. B. ; LOURENO, Andr Lus Cabral de . Atuao do Estado como empregador de ltima Instncia: uma proposta para eliminar o desemprego estrutural do Brasil. In: Encontro Nacional de Economia Poltica, 13. 2008, Joo Pessoa/PB. Anais... Joo Pessoa: ENEP, 2008.

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The Solidary Economy is an area that has shown unusual traits to what is preached in the traditional economic organizations, even organizations that have very similar principles, as some cooperatives. This trait is approaching the concept of isonomy proposed by Ramos (1989). Given this context, and the notion that the isonomy is like a ideal type, the objective this work was to evidence particulars of isonomic environment the in economic and solidarity experiences, taking as an empirical research area the Grupo de Mulheres Decididas a Vencer, considered a solidary economic enterprise. For this, we used the descriptive-exploratory research of qualitative nature, where the object of such research is the know enterprise, therefore, also characterized as a case study, which were taken as research subjects six associates, they being the most active in the enterprise. From the five categories that characterize isonomy - minimum standards prescribing, self-gratifying activity, activities undertaken as a vocation, wide system of making decision and primaries interpersonal relations - and from the traits of a solidary economic enterprise the data analysis was built, through content analysis, specifically the categorial analysis. Given this context and reality in which it is Grupo de Mulheres Decididas a Vencer, with minimal rules and procedures for conducting activities, comparing them to a therapy, women choosing to insert in that environment, faced with a democratic space and unfettered bureaucracy in professional interpersonal relationships, in others words, an organizational space where they were shown signs of substantive rationality was possible to conclude that the Group will share experiences and characteristics of isonomy. This disclosure meets the multidimensional social that presupposes Paraecomomic Paradigm, enabling man to enter in different social environments of the economy in order to search for self-actualization