1000 resultados para Frutas nativas do Cerrado


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A riqueza de espécies e os fatores determinantes da ocorrência da vegetação de cerrado há muito têm despertado o interesse de pesquisadores. Muitos cerrados protegidos em unidades de conservação ainda não foram investigados florística e estruturalmente. Neste trabalho foi realizado um levantamento florístico e fitossociológico no Parque Nacional da Serra do Cipó (19º22'01''S e 43º37'10''W). Foram instaladas 12 parcelas de 150 m² e foram amostrados todos os indíviduos lenhosos com circunferência do caule à altura do solo maior ou igual a 10 cm. Foram relacionadas 44 espécies de 37 gêneros e 30 famílias. Entre estas, Leguminosae Caesalpinioideae, Leguminosae Mimosoideae e Guttiferae, com três espécies cada, foram as mais ricas. As espécies mais importantes (VI) foram Hymenaea stigonocarpa, Allagoptera campestris, Diospyros hispida, Rapanea guianensis e Piptocarpha rotundifolia.

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Os objetivos deste estudo foram avaliar a viabilidade econômica de manejar a vegetação nativa do cerrado submetida a seis diferentes níveis de intervenção, levando-se em conta alterações nos parâmetros valor da terra, nível de produtividade, custo de produção e preço da madeira, e comparar, em termos econômicos, duas opções para uso de terras originalmente ocupadas com vegetação de cerrado: produção de madeira (lenha) para energia, manejando a vegetação do cerrado, e retirada da vegetação para plantio de eucalipto. Os dados foram obtidos em Coração de Jesus-MG, em experimento instalado em uma área de 30 ha, submetida a seis tratamentos (retirada de 50, 70, 80, 90 e 100% da área basal e testemunha), com cinco repetições cada. Para avaliação econômica usou-se o valor presente líquido, considerando um horizonte de planejamento infinito. Concluiu-se que o ciclo de corte ótimo econômico é de 10 anos. Todos os regimes de manejo foram viáveis economicamente, exceto a retirada de 50% da área basal. O custo da terra é significativo na formação do custo de produção da vegetação do cerrado, o que evidencia que planos de manejo podem ser mais lucrativos se forem implantados em regiões onde o preço da terra é baixo. Variações na produtividade, nos custos de produção e no preço da madeira também afetaram de maneira significativa a viabilidade econômica dos regimes de manejo. Do ponto de vista econômico, investir no plantio de eucalipto em regiões de cerrado, visando produzir madeira para energia, só é mais interessante que manejar a vegetação do cerrado se a produtividade do eucalipto for maior do que 45 st/ha.ano.

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Doses crescentes de fertilizante de liberação controlada (FLC) foram comparadas com fertilização convencional e tratamento sem fertilização. Estes tratamentos foram testados em mudas das pioneiras Guazuma ulmifolia (mutambo), Eucalyptus grandis e Pinus caribaea var. caribaea, da secundária inicial Peltophorum dubium (canafístula) e da clímax Calycophyllum spruceanum (mulateiro), as quais cresceram em casa de vegetação. As mudas foram cultivadas em tubetes de 50 cm³ de capacidade, tendo como substrato uma mistura contendo 50% de húmus de minhoca, 30% de casca de eucalipto decomposta e 20% de casca de arroz carbonizada, em base volumétrica. Aos 125 dias após a semeadura, as mudas de G. ulmifolia, E. grandis e P. dubium submetidas à fertilização convencional apresentaram maior crescimento em altura e biomassa seca da parte aérea comparados aos dos tratamentos que receberam FLC. Contudo, para estas espécies, a biomassa seca da raiz das mudas submetidas ao tratamento convencional foram semelhantes à das mudas produzidas com as duas maiores doses de FLC (4,28 e 6, 42 kg/m³ de substrato), e a razão entre raiz e parte aérea foi maior para a dose de 6,42 kg/m³ (FLC), comparada à do tratamento convencional para as duas primeiras espécies. O Calycophyllum spruceanum e o Pinus caribaea var. caribaea tiveram pequeno desenvolvimento em todos os tratamentos, aos 125 dias.

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O cerrado tem sido objeto de discussão de grupos temáticos que estudam a conservação de biodiversidade no Estado de Minas Gerais. São inúmeras as áreas de conservação com vegetação de cerrado das quais não se têm informações a respeito de sua composição florística e estrutura. O objetivo deste trabalho foi avaliar florística e fitossociologicamente uma área de cerrado sensu stricto, no município de Abaeté-MG. A área de estudo é um fragmento com 2 ha de cerrado sensu stricto, preservado como área de reserva da CAF-Santa Bárbara, situada nas coordenadas 19º05'S e 44º58'W, a uma altitude de 480 m, em leve depressão próxima de uma vereda. O clima pertence ao tipo Cwa pelo sistema de Köppen, com precipitação média anual de 1.400 mm. O solo é do tipo Latossolo Vermelho distrófico. Foram instaladas 15 parcelas de 200 m² (10 x 20 m), distribuídas sistematicamente ao longo de trilhas, distanciadas 10 m entre si. Foram amostrados todos os indivíduos lenhosos vivos com circunferência do caule ao nível do solo (CAS) igual ou maior que 10 cm. O índice de Shannon foi de 3,590 e a equabilidade foi de 0,804, considerados comuns para cerrados bem conservados. Foram amostrados 1.339 indivíduos, sendo a composição florística constituída por 85 espécies, distribuídas em 44 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Leguminosae Caesalpinioideae com sete espécies, Annonaceae com cinco, Myrtaceae, Malpighiaceae, Erythroxylaceae, Anacardiaceae, Rubiaceae e Bignoniaceae com quatro, seguidas de Vochysiaceae e Leguminosae Papilionoideae com três. As espécies que apresentaram o maior valor de importância (VI) foram Xylopia aromatica (Lam.) Mart. (22,21), Myrcia lingua Berg (18,18) Caryocar brasiliense Cambess. (17,91), Eugenia dysenterica DC. (17,58), Byrsonima intermedia A. Juss. (13,69) e Brosimum gaudichaudii Trécul (11,86).

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O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de cinco espécies arbóreas nativas submetidas a extremos climáticos de geada em um sistema agroflorestal, na região de Florianópolis, Santa Catarina (latitude de 27º35' S , longitude 48º34' W e altitude de 1,84 m). O solo é do tipo Neossolo quartzarênico hidromórfico distrófico, textura arenosa, com elevada flutuação do lençol freático. Foram tomadas sete parcelas de dez árvores, seguindo o delineamento estatístico inteiramente casualizado. Os parâmetros analisados foram altura total, número de folhas, incremento médio em altura total e número de folhas de cada árvore (quantificados a cada quatro meses), porcentagem de árvores com folhas danificadas pela geada e sobrevivência de cada planta após a geada. Os parâmetros estatísticos analisados foram a média e o desvio-padrão. Para analisar os resultados utilizou-se o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os ingás (Inga uruguensis e Inga sessilis) apresentaram tolerância à geada e um alto potencial para implantação em SAFs nas condições edafoclimáticas em estudo. A espécie tucaneira (Citharexylium myrianthum) apresentou pouca tolerância à geada, porém mostrou alta taxa de rebrota. As espécies corticeira (Erythrina falcata), olandi (Calophyllum brasilienses) e licurana (Hieronyma alchorneoides) apresentaram alta mortalidade em razão da geada, não se mostrando indicadas para compor um SAF na região em estudo.

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O objetivo deste estudo foi testar diversas doses e fontes de adubo para verificar o crescimento de mudas de cinco espécies arbóreas nativas. As espécies utilizadas foram as pioneiras Guazuma ulmifolia (mutambo) e Croton floribundus (capixingui), as secundárias iniciais Peltophorum dubium (canafístula) e Gallesia integrifolia (pau-d'alho) e a clímax Myroxylon peruiferum (cabreúva). Os tratamentos consistiram principalmente na utilização de adubo de liberação controlada (ALC, 19-06-10, N-P2O5-K2O) de maneira pura ou em mistura com adubo em pó (AP, 14-16-18), ou AP mais adubação de cobertura periódica (ACP, 19-06-20), comparados com adubação convencional (adubação de base mais adubação de cobertura com sulfato de amônio e cloreto de potássio) e testemunha (sem adubação). O substrato utilizado foi composto por 60% de húmus de minhoca, 30% de casca de arroz carbonizada e 10% de terra de subsolo, em base volumétrica. O recipiente que comportou o substrato foi o tubete de polipropileno de 50 cm³ de capacidade. Entre os tratamentos que produziram mudas de boa qualidade ao final do experimento, para cada espécie, aqueles com doses de 3,2 e 4,8 kg de adubo de liberação controlada por metro cúbico de substrato foram comuns a todas as espécies e, adicionalmente, resultaram em dimensões apropriadas para plantio no campo em menor tempo do que os outros tratamentos.

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O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do fogo na estrutura e composição florística de uma área de 10 ha de cerrado sensu stricto, localizada na fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília. Foram realizados dois inventários, sendo o primeiro em 1999, logo após a área ter sido totalmente queimada, devido a um incêndio criminoso, e o segundo em novembro de 2002. Quatro parcelas de 0,1 ha (20 x 50 m) foram tomadas, aleatoriamente, na área queimada. Todos os indivíduos lenhosos arbóreos vivos, com Db (diâmetro tomado a 0,30 m do solo) igual ou superior a 3 cm, foram identificados botanicamente, e seus diâmetros e alturas foram registrados. Valores de densidade, dominância, freqüência e índice de valor de cobertura foram obtidos para os dois levantamentos. A avaliação da similaridade florística entre os dois inventários foi realizada para dados qualitativos (presença e ausência de espécies), a partir do índice de Sfrensen. Os resultados mostraram que houve pouca mudança na composição florística da comunidade durante o período estudado. Entre os dois inventários houve um aumento de aproximadamente 125% na densidade por hectare. A similaridade entre os dois levantamentos foi alta (índice de Sfrensen igual a 0,68). A densidade florística, obtida a partir do índice de Shannon, foi baixa (cerca de 2,5) nas duas épocas monitoradas, quando comparada com pesquisas a longo prazo no cerrado sensu stricto da FAL (cerca de 3,5). Contudo, este valor é comum em áreas de cerrado que sofreram distúrbios. No segundo inventário, realizado três anos após o fogo, surgiram 13 espécies novas na área, o que comprova a sua recuperação e recolonização.

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A presente pesquisa foi realizada em uma área de implantação de um povoamento florestal de eucalipto da Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília, com o objetivo de avaliar os custos de produção e os tempos gastos nas etapas de produção de mudas, preparo do solo, plantio e tratos culturais. Todos os custos de produção das diversas etapas foram analisados, sendo os tempos cronometrados com o uso do método de tempos individuais. De acordo com os resultados, o custo médio para a implantação de 1 ha de eucalipto foi de R$ 703,02. Os maiores custos foram os da aquisição das bandejas e tubetes (28,3%), combate a formigas (16,7%), preparo do solo (14,1%) e mão-de-obra (11,1%). Os maiores tempos consumidos foram durante a capina do povoamento (27,0%), o plantio (22,0%), os tratos culturais no viveiro (19,0%) e a adubação (13,0%).

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Foi conduzido um estudo fitossociológico no Cerrado sentido restrito da Floresta Nacional de Paraopeba, comparando-se os resultados (qualitativos) com os de outras amostras. Foram estabelecidas 10 parcelas de 0,1 ha (20 x 50 m), sendo incluídas no estudo todas as árvores (C30 > 15,7 cm). Foram registrados 1.990 indivíduos/ha (densidade total) e 18,13 m²/ha (área basal total). Os valores de riqueza (73 espécies/38 famílias), de diversidade Shannon (3,57) e de uniformidade (0,83) indicaram grande heterogeneidade e baixa dominânica ecológica. Leguminosae e Vochysiaceae foram as famílias mais ricas em espécies. O grupo das árvores mortas alcançou o maior valor de importância, seguido por Qualea parviflora, Pera glabrata, Erythroxylum suberosum e Qualea grandiflora. A análise comparativa de composições florísticas de 11 cerrados indicou uma forte influência da flora de Floresta Atlântica em Cerrado marginal do interior de São Paulo. Houve influência da localização geográfica na similaridade do Cerrado de Palmas, TO, com as outras áreas.

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O crescimento em diâmetro à altura do peito (DAP), altura e volume foi avaliado em plantas de clone de Eucalyptus grandis, submetidas a diferentes intensidades de desrama artificial (altura de 1,0; 1,5; e 2,0 m a partir do solo) e idades de aplicação da primeira intervenção de desrama (20 e 28 meses de idade), em Abaeté, MG. A segunda intervenção de desrama em todos os tratamentos foi realizada aos 33 meses de idade, até atingir 3 m de altura do fuste da planta. Aos 40 meses de idade, observou-se que a desrama artificial não afetou, significativamente (p>0,05), o crescimento em DAP, altura e volume das plantas submetidas à primeira intervenção de desrama aos 20 meses, porém afetou o DAP e o volume quando a primeira intervenção foi realizada aos 28 meses de idade. Observou-se rápida recuperação da copa das plantas desse clone, independentemente do tratamento de desrama. Considerando não ter havido diferença entre tratamentos para o crescimento das plantas que tiveram a primeira intervenção aos 20 meses de idade e que os galhos vivos ainda apresentavam diâmetro reduzido e praticamente não existiam galhos mortos por ocasião da primeira intervenção nessa idade, recomenda-se a aplicação da desrama nesse clone, na região de cerrado, aproximadamente, aos 20 meses de idade, visando obter madeira de melhor qualidade para serraria.

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The Cerrado has been the main source of firewood and charcoal in Brazil, but despite being one of the hot spots for conservation of the world's biodiversity, neither plantations of native species nor sustainable management has been adopted in the region. The aim of this work was to investigate the biomass distribution and the potential for energy production of the cerrado species. The study was conducted in a cerrado sensu stricto site at the Água Limpa Farm (15º 56'14'' S and 47º 46'08'' W) in the Cerrado Biosphere Reserve. An area of 63.54ha was divided in 20 x 50m plots and, a random sample consisting of ten of these plots, representing 1.56% of the study-site, was assessed. All woody individuals from 5 cm diameter at 30 cm above ground level were identified and measured. Each individual was felled, the twigs thinner than 3cm were discarded while the larger branches and the trunks, both with bark, were weighted separately. After that, 2.5cm transverse sections of the trunk with bark were taken at 0, 25, 50, 75 and 100% of the length. A similar sample was also taken at the base of each branch. A total of 47 species in 35 genera and 24 families were found, with an average density of 673 individuals per ha. The diameter distribution showed a reversed-J shape with 67% of the individuals up to 13cm, while the maximum diameter was 32.30cm. Seven species represented 72% of the total biomass. In general, the species with higher production per tree were among those with higher production per ha. This content was distributed by diameter classes, reaching a maximum of 2.5ton/ha between 9 to 13cm and then, decreasing to 0.96 ton/ha between 29 to 33cm diameter. Carbon sequestering was 6.2ton/ha (until the actual stage of cerrado) based on an average 50% carbon content in the dry matter. The heat combustion of the wood varied from 18,903kj/kg to 20,888kj/kg with an average of 19,942kj/kg. The smaller diameter classes fix more carbon due to the large number of small plants per ha. But, for a species that reached larger dimensions and contained individuals in all diameter classes, Vochysia thyrsoidea, one can verify an increase in carbon fixation from 1.41 kg/ha in the first class (5 to 9cm) to 138,3kg/ha in the last (25 to 33cm). That indicates that it is possible to select species that reach larger size with a higher capacity of carbon accumulation per plant. The species that reached larger dimensions, with a production per tree above average and had high calorific power values were Dalbergia miscolobium, Pterodon pubescens and Sclerolobium paniculatum. These species have potential for use in fuelwood plantations and sustainable management.

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A área do Projeto Ecomuseu do Cerrado cobre uma superfície de 8.066 km², localizados no Estado de Goiás, próximo à cidade de Brasília. Sete municípios integram a área do ecomuseu. Através da interpretação de duas imagens do satélite Landsat5, foi classificado o uso atual do solo da área do ecomuseu em matas (19%), cerrado (23%) e porção antropizada (58%). Sobrepondo diversos mapas existentes da região, foi possível identificar as regiões prioritárias por município, para a correspondente conservação da diversidade biológica. O total dessas áreas prioritárias cobre uma superfície de 4.444 km², correspondendo a 55% da superfície do ecomuseu.

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O presente trabalho foi realizado na FLONA de Paraopeba, MG, e teve como objetivo o levantamento florístico das fanerófitas, ao longo de um gradiente de cerradão e cerrado sensu stricto, em uma área de 2.600 m². Foram encontradas 91 espécies, pertencentes a 71 gêneros de 41 famílias. As famílias mais representativas foram Leguminosae, Myrtaceae, Malpighiaceae, Vochysiaceae, Rubiaceae e Melastomataceae. Os gêneros Miconia, Myrcia, Erythroxylum e Qualea foram os mais ricos. Magonia pubescens destacou-se em número de indivíduos. A similaridade florística mostrou a separação das parcelas em dois grupos, em que o primeiro apresentou um nível de similaridade de cerca de 45%, e o segundo foi dividido em dois grandes subgrupos, sendo que o primeiro mostrou nível de similaridade de cerca de 38%, enquanto as demais parcelas não formaram grupos definidos. A ordenação das espécies pela análise de correspondência canônica sugeriu que Magonia pubescens, Bauhina holophylla e Terminalia brasiliensis tenderam a ser mais abundantes nas áreas com valores mais altos de pH, Ca, Mg e H+Al. A variação não explicada das demais espécies pode estar associada a outras variáveis não analisadas, além de um complexo conjunto de fatores que estão envolvidos na determinação da composição da vegetação.

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Com o objetivo de conhecer o potencial alelopático de plantas nativas, foram avaliadas as espécies Erythroxylum argentinum, Luehea divaricata, Myrsine guianensis e Ocotea puberula. Realizaram-se bioensaios de germinação e crescimento em placas de Petri, usando alface como planta-alvo. Os aquênios e as plântulas foram tratados com extratos aquosos das folhas secas das espécies-teste, obtidos por maceração estática com água fria e quente. A germinação da alface foi levemente alterada por extratos de E. argentinum e L. divaricata. O crescimento da planta-alvo foi inibido pelos extratos das espécies testadas, ocorrendo reduções significativas das raízes. Esses resultados apontaram que as quatro espécies avaliadas apresentam potencial alelopático.

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Este estudo foi realizado na Reserva Biológica Municipal "Mário Viana", Nova Xavantina, MT, objetivando inventariar e avaliar a abundância e diversidade de mamíferos terrestres de médio e grande porte. Para tanto, foram realizadas duas visitas mensais a um transecto com 2.820 m de extensão, durante todo o ano de 2001, para o levantamento de pegadas (rastreamentos) e outras evidências de mamíferos. Um total de 29 espécies foram registradas na área de estudo, sendo que 22 ocorreram no transecto e tiveram suas seqüências individuais de pegadas quantificadas para realização do cálculo dos índices de abundância e de diversidade de Shannon-Wiener (H'). De acordo com seus índices de abundância, as espécies foram classificadas em raras, comuns e abundantes. Dentre outras, onça-parda (Puma concolor - Linnaeus, 1771) e tatu-canastra (Priodontes maximus - Keer, 1792) mostraram-se raras; jaguatirica (Leopardus pardalis - Linnaeus, 1758), e tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla - Linnaeus, 1758), comuns; e cutia (Dasyprocta azarae - Lichtenstein, 1823) e tapeti (Sylvilagus brasiliensis - Linnaeus, 1758), abundantes. O H' encontrado foi 2,40, sendo considerado significativo. O presente trabalho apontou que, apesar de pequena (470 ha), a área de estudo desempenha importante papel para a conservação da mastofauna da região de Nova Xavantina, MT.