998 resultados para Espaço biográfico.
Resumo:
No presente estudo pretendemos analisar o romance O Vice-cnsul, de Marguerite Duras, a partir dos temas memria e espaço, em que a relao entre esses temas perece ser desvendada medida que percorremos a trajetria das principais personagens mendiga, Anne-Marie Stretter e vice-cnsul. Nossa pesquisa faz tambm referncia a diversas obras da autora como O Amante, O deslumbramento de Lol V. Stein, Les lieux de Marguerite Duras, Boas falas: conversas sem compromisso que servem de suporte a nossa anlise, principalmente por que tais obras trazem tona o universo literrio durassiano que, em nosso entendimento, est vinculado s memrias da infncia e da adolescncia, fase que corresponde ao perodo passado na Indochina. Lugares e personagens, portanto, so constantemente reencontrados tendo suas histrias sempre utilizadas como matria-prima para uma nova criao, negando inclusive qualquer fronteira entre as artes.
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Este trabalho faz uma abordagem do tema educao e relaes raciais, tendo como objeto de investigao as relaes sociais que os alunos negros estabelecem dentro do espaço escolar, a partir de suas representaes. Para tal intento, adotamos, alm das formulaes de Pierre Bourdieu (1980, 1982, 1983,1998, 1999,2002) sobre as relaes sociais, um dilogo com a teorizao de Roger Chartier (1991, 1994) na discusso das representaes como classificaes responsveis pela organizao e apreenso do mundo social (CHARTIER, 1991). Tais aportes sero lidos em correlao com os estudos contemporneos sobre as relaes raciais e a educao (CAVALLEIRO, 2000, 2001, 2005; COELHO, 2003, 2006, 2007, 2009; GOMES, 2001, 2003, 2005, 2006). A partir das relaes que permeiam o universo das representaes e da proposio de Telles (2003) - ao considerar as escolas como os locais mais importantes para examinar a discriminao racial - pretendemos desenvolver uma anlise objetivando investigar que representaes os alunos negros possuem acerca das relaes sociais que estabelecem em sua escola. A efetivao desse estudo ocorreu junto a alunos de 7a e 8a sries, em duas escolas de Ensino Fundamental, situadas no municpio de Ananindeua, integrante da regio metropolitana de Belm. Para o tratamento dos dados obtidos por meio da observao, aplicao de questionrios e reunies de Grupos de Discusso no lcus de investigao, adotamos algumas tcnicas da Anlise de Contedo (BARDIN, 1977) dada a possibilidade da obteno de uma leitura que realce outros sentidos que esto subjacentes s mensagens, atendendo assim ao objetivo deste trabalho.
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Esturios so ambientes de transio entre e o continente e o oceano, onde rios encontram o mar, resultando na diluio mensurvel da gua salgada. Este estudo foi realizado a fim de determinar a composio e distribuio de ovos e estgios larvais de peixes (ictioplncton) dos esturios dos rios Curu e Muri, localizadas no nordeste paraense. Para isso foram realizadas coletas bimensais em mars vazantes diurna e de quadratura a partir de setembro de 2003 at julho de 2004. Foram pr-estabelecidas quatro estaes ao longo do esturio dos dois rios. Foram realizados medidas de condutividade, pH, temperatura e oxignio dissolvido e realizados arrastos a um metro de profundidade que foram feitos com uma rede com malha de 500m e 50 cm de abertura de boca, na qual foi acoplado um fluxmetro. Amostras foram conservadas com formol a 4%. Foram registradas 1.326 larvas, sendo que destas, 451 foram amostradas no rio Muri e 875 larvas no rio Curu. As larvas de peixes identificadas pertencem a 12 famlias ( Engraulidae, Clupeidae, Myctophidae, Gobiidae, Scianidae, Carangidae, Pleuronectidae, Tetraodontidae, Beloniidae, Soleidae, Achiriidae e Scorpaenidae ). As maiores densidades foram registradas nos meses de julho, janeiro e maro. No houve um padro espacial de distribuio das larvas com as variveis ambientais. O esturio do Municpio de Curu esteve representado principalmente por clupeiformes (famlia Engraulidae e Clupeidae ), que desempenham papel importante na teia trfica deste ecossistema assim como papel relevante na alimentao local.
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Este trabalho utilizou os dados de precipitao do perodo de janeiro de 2000 a setembro de 2007 da torre micrometeorolgica localizada na Estao Cientfica Ferreira Pena (ECFP) em Caxiuan e foram comparados com o algoritmo 3B42 que combina dados de satlites no canal de microoondas para ajustar aqueles do canal infravermelho. Adicionalmente foi feita uma anlise da distribuio temporal e espacial da precipitao na Amaznia Oriental utilizando os dados de cinco algoritmos estimadores de precipitao: O Geostationary Environmental SalellitePrecipitation lndex (GPI); o 3B42; 3A12 e 3A25 que so os algoritmos provenientes dos sensores de microondas e do radar meteorolgico bordo do satlite Tropical Rainfall MeasuringMission (TRMM); e o Global Precipitation Climatology Center (GPCC) de janeiro de 1998 a dezembro de 2007. A comparao entre o algoritmo 3B42 com os dados do pluvigrafo da torre mostrou que o estimador 3B42 superestima a precipitao em relao aos dados da torre para todo o perodo de estudo. Os perodos mais chuvosos foram os trimestres de maro-abril-maio (MAM) e dezembro-janeiro-feveireiro (DJF) e os perodos menos chuvosos foram setembro-outubro-novembro (SON) e junho-julho-agosto (JJA). Esta sazonalidade da precipitao se apresenta principalmente devido influncia da Zona de Convergncia Intertropical (ZCIT), que contribui de maneira aprecivel para a modulao da estao chuvosa na regio. A comparao trimestral entre o algoritmo 3B42 e pluvigrafo da torre, mostra que o algoritmo 3B42 superestimou (subestimou) a precipitao em relao ao pluvigrafo em MAM e JJA (DJF e SON); e DJF o trimestre que apresenta as estimativas de precipitao com valores mais aproximados a precipitao medida na torre micrometeorolgica de Caxiuan. Na mdia mensal o 3B42 subestima a precipitao de outubro a janeiro e superestima em relao as dados medidos na torre, de maro a agosto. O algoritmo3B42 superestimou (subestimou) a precipitao noturna (matutina e vespertina) do ciclo diurno em relao ao pluvigrafo da torre, nas vizinhanas de Caxiuan. No entanto ambos estimadores mostraram que em mdia o horrio de maior precipitao por volta das 1800hora local (HL). Alm disso, as anlises do ciclo diurno mdio sazonal indicam que em DJF nos horrios de 0900 HL, 1500 HL e 1800HL tm os valores de precipitao estimada pelo algoritmo3B42 mais aproximados aos valores da precipitao medida pontualmente em Caxiuan. Os meses de novembro a fevereiro tm um mximo principal de precipitao no perodo vespertino, tanto na torre como no algoritmo 3B42. No perodo de maio julho o horrio os mximos diurnos de precipitao passam do perodo da tarde para os da noite e madrugada,modificando o ciclo diurno em comparao aos demais meses. A comparao entre os cinco algoritmos na Amaznia Oriental mostrou diferentes comportamentos entre os estimadores. O algoritmo GPI subestimou s precipitao em relao aos demais algoritmos na regio costeira do Amap e Guiana Francesa e superestimou na regio central da Amaznia. Tanto o algoritmo 3A12 quanto o 3A25 apresentaram menor precipitao que os demais algoritmos. O algoritmo 3842, por ser uma combinao de vrias estimativas baseadas no canal de microondas e infravermelho, apresenta padres semelhantes a Figueroa e Nobre (1990). No entanto, o GPCC mostra menos detalhes na distribuio espacial de precipitao nos lugares onde no h pluvimetros como, por exemplo, no Noroeste do Par. As diferenas entre os algoritmos aqui considerados podem estar relacionados com as caractersticas de cada algoritmo e/ou a metodologia empregada. As comparaes pontuais de precipitao de um pluvimetro com a mdia numa rea com dados provenientes de satlites podem ser a explicao para as diferenas entre os estimadores nos trimestres ou ciclo diurno. No entanto no se descartam que essas diferenas sejam devidas diferente natureza da precipitao entre as subregies, assim como a existncia de diferentes sistemas que modulam o ciclo diurno da precipitao na Amaznia Oriental.
Resumo:
Weber, como perceberemos mais tarde, assumiu como desafio a tentativa de apontar um resgate para a possvel corroso da poltica na modernidade, pois em uma poca histrica marcada pela percepo de empreendimento, constitui-se uma dificuldade fazer com que a poltica assuma a caracterstica de vocao. Buber assumir a importncia para a compreenso de um vis para o agir oriundo de uma outra vertente interpretativa da poltica, distinta dos traos clssicos da modernidade ocidental, contribuindo decisivamente para a elaborao da deciso tica firmada em uma transcendncia alicerada na mstica judaica e no humanismo hebraico. Quais seriam ento as condies para a poltica assumir uma relao digna com a tica, em uma era marcada pela desvalorizao de todos os valores? Ou em uma concepo Iluminista, como doar poltica a possibilidade de retomar o princpio da emancipao dentro da prpria eficcia, incorporando a necessidade do responder tico em relao face do outro? Questes como as apontadas acima so os alicerces que motivaram esta pesquisa.
Resumo:
Ps-graduao em Estudos Literrios - FCLAR
Processos enunciativos e gramtica operatria: o espaço semntico-enunciativo dos marcadores er e estar
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Um dos objetivos do estudo da ecologia de comunidades de peixes identificar e prever padres de estruturao dessas assembleias em funo das interaes biticas e abiticas que ocorrem dentro de um ecossistema. Especificamente na Zona Costeira Amaznica, h um crescente nmero de estudos sendo realizados sobre a influncia de fatores abiticos e da localizao espaço-sazonal na estruturao de assembleias de peixes estuarinos, no entanto estas influncias tm sido avaliadas separadamente tornando restrito o entendimento da dinmica das assembleias de peixes desses ambientes. Com isso, o objetivo deste estudo identificar o padro de estruturao espaço-sazonal da ictiofauna na Baa de Salinas relacionando descritores de assembleias de peixes com parmetros ambientais e espaciais. As coletas foram sazonais (chuva e estiagem de 2011) dentro da Baa de Salinpolis utilizando mtodos tradicionais (malhadeiras) de coleta de peixes. Foi coletado um total de 1.293 exemplares, distribudos em 67 espcies e 27 famlias. As espcies Cathorops spixii (n = 121) e Cathorops agassizii (n = 201) foram as mais abundantes durante a chuva e durante a estiagem, as espcies Cathorops agassizii (n = 118) e Genyatremus luteus (n = 72) foram as mais abundantes. Os resultados mostraram as assembleias de peixes entre o perodo de chuva e estiagem se mostraram semelhantes em termos de abundncia e composio de espcies. O ambiente e a localizao geogrfica no influenciam a estruturao das assembleias de peixes estuarinos neotropicais, sugerindo que a estruturao da assembleia se d de forma aleatria, seguindo o padro de modelos nulos de distribuio.
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Os melipondeos so um txon chave para a manuteno da biodiversidade por realizarem a polinizao de diversas espcies. O padro de coleta de recursos naturais amplamente estudado e esta relacionado com a polinizao, pois influencia tanto a coleta de recursos pelas abelhas quanto na fecundao cruzada das plantas. Nctar e plen so recursos altamente disputados, tanto por outras espcies de melipondeos quanto por outros animais. Dessa maneira, aprender a localizao de um recurso, e a hora do dia que tal recurso oferecido, uma vantagem adaptativa importante. Nesse trabalho foi estudado se duas espcies de abelhas sem ferro, Melipona fasciculata e Scaptotrigona postica, apresentam atividade alimentar antecipatria (AAA) como mecanismo importante para maximizao da explorao de um recurso renovvel. Em ambas ocorreu o fenmeno da antecipao, que deve ter evoludo para minimizar a competio com outras colnias, embora a preciso dessa antecipao varie entre as duas espcies.
Resumo:
Os igaraps amaznicos podem apresentar caractersticas ambientais rigorosas para diversas espcies de peixes devido sua condio oligotrfica. Apesar disso, estes cursos dgua detm uma ictiofauna rica e diversificada, que ocupa uma grande variedade de microhbitats nos igaraps. Em sistemas de lagos de ria, os rios e igaraps sofrem um represamento natural e passam a ter baixos valores de correnteza, o que pode tornar esses ambientes mais homogneos, j que a correnteza afeta diversas caractersticas dos igaraps. Nesse caso, a distncia entre os igaraps poderia ser um dos principais fatores estruturadores das assembleias de peixes. Este trabalho teve como objetivo analisar a influncia do espaço e do ambiente sobre a estrutura das assembleias de peixes de igaraps afogados em Caxiuan, na Amaznia Oriental. As coletas de peixes foram realizadas durante o perodo da seca de 2010, abrangendo 34 trechos de igaraps. Foram mensurados oito fatores abiticos para testar os efeitos das caractersticas ambientais locais. Para analisar os efeitos do espaço, foram calculados filtros espaciais a partir das coordenadas geogrficas, bem como a distncia fluvial entre os trechos. As anlises mostraram que o ambiente foi o nico fator a influenciar a diversidade beta, refutando a hiptese do espaço enquanto fator estruturador e reforando o papel do nicho ecolgico na distribuio das espcies. Apesar disso, os fatores abiticos explicaram uma porcentagem baixa da variao na composio das espcies de peixe, o que mostra que outras variveis podem afetar essas assembleias.
Resumo:
Em estudos com comunidades biolgicas, a busca por padres de ocorrncia e distribuio das espcies vm ganhando espaço em pesquisas realizadas nas ltimas dcadas. O conhecimento da estrutura das comunidades e suas relaes, associados s interaes desses organismos com o meio ambiente, fornecem subsdios necessrios para a manuteno dessas comunidades, bem como informaes relevantes em planos de conservao e manejo. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do ambiente e do espaço na estruturao da assembleia de peixes de poas rochosas de mar, descrevendo o padro de ocupao das espcies nesse ambiente, testando a hiptese de que o espaço possui maior efeito na estruturao da ictiofauna. Foram amostradas 80 poas rochosas ao longo da Zona Costeira Amaznica, sendo 40 no perodo de maior precipitao e 40 no perodo de estiagem de 2011. Estas poas esto localizadas em cinco praias do litoral paraense e foram mensuradas quanto ao volume, a distncia da margem e as variveis fsico-qumicas da gua, como pH, temperatura e salinidade. Foram coligidos 1.311 peixes, sendo 633 indivduos na chuva e 648 na estiagem. Os indivduos esto distribudos em nove ordens, 14 famlias e 21 espcies, sendo a Ordem Perciformes a ordem mais abundante, com B. soporator e L. jocu sendo as espcies mais representativas. Os resultados obtidos na rotina BioEnv evidenciaram que as variveis abiticas pH, temperatura e volume so responsveis pela estruturao da comunidade. O clculo da diversidade evidenciou uma ampla variao de dados, abrangendo desde a substituio total das espcies at comunidades idnticas entre si, quanto ocorrncia e abundncia. A DCA evidenciou que o perodo pluviomtrico no determinante na distribuio das espcies, uma vez que no h diferena na composio entre os dois perodos. O efeito do espaço e do ambiente sobre a comunidade foi pequeno, uma vez que a maior parte da variao no foi explicada utilizando-se todas as variveis ambientais, como em uma segunda anlise, em que s foram utilizadas as variveis definidas pela rotina BioEnv. Seguindo o mesmo padro, a pRDA apenas para as variveis mais correlacionadas evidenciou que: 6% respondem ao ambiente, 4% ao espaço, 2% ao ambiente e espaço e 88% so outros fatores. Os resultados obtidos nessas anlises comprovam que os fatores abiticos mensurados, bem como a distncia entre as amostras, no so determinantes na composio e distribuio da ictiofauna em poas rochosas, refutando assim a hiptese de que o espaço possui efeito na estruturao da ictiofauna, uma vez que as condies ambientais sofrem constantes perturbaes ocasionadas pelo movimento de mars. Sendo assim, as espcies que ocupam esse ambiente se mostram adaptadas, e por isso, no teriam sua distribuio afetada pela variao dos parmetros ambientais nessa escala de estudo, respondendo somente ao efeito do espaço.
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No esturio de Marapanim-PA, pouco conhecimento existe sobre larvas de camaro, organismos de elevada importncia ecolgica e alguns de grande valor econmico. Com o objetivo de estudar a composio especfica, a densidade e a distribuio espaço-temporal destas larvas no esturio em relao aos perodos do ano (seco, transio e chuvoso), zonas do esturio (1, 2 e 3), locais de coleta (A1, A2, A3, B1, B2 e B3) e perfis (A e B), foram realizadas coletas mensais de agosto/06 a julho/07. As amostras biolgicas foram obtidas atravs de arrastos horizontais em cada local de coleta aproximadamente 0,5 m da superfcie da coluna dgua, com auxlio de uma rede de plncton cnica (abertura de 0,5 m e malha de 200 m). Tambm foram colhidos dados abiticos como, temperatura, salinidade e pH da gua. No esturio de Marapanim-PA foram encontradas 4.644 larvas de camaro, compreendendo as infra-ordens Penaeidea e Caridea. Dentre as espcies e/ou famlias encontradas, as mais abundantes foram Alpheus estuariensis (302,59 larvas/m3), Palaemonidae (97,05 larvas/m3) e Sergestidae no estdio de elaphocaris (90,47 larvas/m3) , sendo A. estuariensis a mais frequente (76,39%). O perodo seco apresentou maior densidade, diversidade e riqueza de larvas de camaro. Na anlise de agrupamento da densidade mensal das larvas houve a formao de trs grupos, ao nvel de similaridade de 65%, nos quais A. estuariensis foi dominante, alm de ser a espcie que mais contribuiu para a similaridade dentro destes. A diferena entre agrupamentos se deu principalmente devido densidade das larvas de Sergestidae, Palaemonidae e Xiphopenaeus kroyeri. Entre os fatores abiticos estudados, a salinidade foi o fator que mais influenciou a distribuio espaço-temporal das larvas de camaro no esturio de Marapanim-PA, regio importante para o recrutamento dos estdios iniciais do ciclo de vida de algumas espcies.
Resumo:
No intuito de suprir a carncia de informaes sobre a comunidade ictioplanctnica da regio amaznica, o presente trabalho procurou investigar as variaes espaciais e temporais de densidade, diversidade e dos estgios ontognicos das larvas de peixe, alm disso, visou relacionar essas informaes qualidade ambiental da gua e s caractersticas hidrodinmicas dos cursos amostrados. As amostragens foram realizadas em outubro/2008, janeiro, abril e julho/2009 de acordo com os perodos climticos que caracterizam a regio. As capturas foram realizadas nos cursos hdricos que margeiam as ilhas do Combu e Murucutu, ou seja, nas guas do rio Guam, do canal do Benedito e do furo da Pacincia, o qual separa as duas ilhas. As larvas foram capturadas atravs de arrastos superficiais na coluna de gua, com uma rede de plncton cnico-cilndrica de malha 330 m, com 0,5 m de dimetro e 2,5 m de comprimento. Em paralelo a captura das larvas, foram realizadas amostragens superficiais da gua para anlise de sua qualidade, assim como, foram coletados dados referentes hidrodinmica. A anlise dos dados consistiu na aplicao das tcnicas univariadas (ANOVA) e multivariadas (ACP; RDA). A comunidade de larvas de peixe representada por 4.983 indivduos que se distriburam entre as famlias Clupeidae, Engraulidae, Sciaenidae, Carangidae, Tetraodontidae e Hemiramphidae. As famlias Engraulidae e Clupeidae foram dominantes, seguidos pela famlia Sciaenidae. O pico larval, assim como, a maior densidade do estgio de pr-flexo, ocorreram em outubro/2008, ms incluso na estao seca, o que indica um perodo de desova na rea. No furo da Pacincia as larvas foram mais abundantes na extremidade Norte, devido ao maior fluxo de gua oriunda do rio Guam. Alm disso, o furo da Pacincia que diferiu em termos de densidade larval, representou um local de maior proteo s larvas de peixe, por concentrar a maior quantidade de indivduos, sobretudo no ms de outubro/2008. Na rea Leste do rio Guam as larvas tambm foram abundantes, provavelmente por representar uma rea menos agitada que a rea Oeste. Entre todos os parmetros analisados, os hidrodinmicos foram os que apresentaram melhores associaes com a comunidade ictioplanctnica. No houve variao espacial dos estgios ontognicos durante os quatro meses amostrados, porm ocorreu uma ocupao diferenciada ao nvel taxonmico no ms de outubro/2008. Quanto diversidade e a densidade larval, estas foram consideradas baixas, o que pode estar relacionado grande influncia das guas fluviais na rea de estudo. A qualidade de gua no entorno das ilhas Combu e Murucutu no representou um fator limitante para as larvas de peixe, portanto o impacto antrpico na rea pode ser considerado um fator que ainda no est afetando a desova dos peixes. A dinmica do fluxo de gua no furo da Pacincia permitiu definir que existe uma restrio quanto ao transporte de larvas de peixe entre o rio Guam e o canal do Benedito.
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O conhecimento da distribuio espacial dos recursos pesqueiros e um fator essencial no ordenamento pesqueiro. O camaro-rosa Farfantepenaeus subtilis (Perez-Farfante, 1967) e uma espcie de importncia econmica, capturado pela pesca industrial na Plataforma Continental do Amazonas. Este estudo teve como objetivo avaliar padres espaços-temporais da abundancia relativa desse recurso a partir de uma serie de capturas realizadas por barcos da frota industrial, especializadas com o uso de ferramentas de sistema de informaes geogrficas. A abundancia relativa de camaro-rosa (CPUE) foi relacionada a batimetria, as caractersticas do substrato, a vazo do rio Amazonas e as variveis oceanogrficas obtidas por sensoriamento: temperatura da superfcie do mar e concentrao de clorofila-a. Entre as categorias de tipo de substrato, observou-se maior intensidade de arrastos na regio de lama mosqueada. Nessa regio, caractersticas como tipo de substrato (lama), relevo submarino, taxa de sedimentao (<1 cm.ano-1), e salinidade (>30) constituem o habitat ideal para o camaro-rosa. Maiores valores de CPUE estiveram associados a menores temperaturas e a maiores valores de concentrao de clorofila-a, caractersticas que ocorrem no perodo de maior vazo do rio Amazonas, no primeiro semestre. Foi observada a ocorrncia de trs perodos com diferentes nveis de produo: fevereiro a abril (maior vazo), com maior abundancia relativa de camaro-rosa; maio a julho; e agosto a setembro (menor vazo), com menor abundancia. Os resultados mostraram que a abundancia relativa de F. subtilis no se distribui de modo uniforme no espaço nem na variao sazonal.
Resumo:
Ps-graduao em Letras - FCLAS