927 resultados para Enfermagem Ensino auxiliado por computador
Resumo:
O ensino de Geografia defrontase com inmeros desafios no que compete formao de cidados com efetiva atuao social. Neste estudo, apontase, como um destes desafios, o raciocnio espacial, tendo como ponto de partida a compreenso multiescalar e multifacetada da questo ambiental por meio do reconhecimento dos diversos discursos e significados que permeiam essa questo. A mdia constituise, nos ltimos tempos, em expressiva instncia para a produo de sentidos e de representaes acerca do que vem a constituir esse debate, tendo o docente um papel indispensvel na mediao da prtica educativa e na problematizao dos processos que se pretendem hegemnicos. Considerando essas questes, este estudo discute o movimento a ser estabelecido da crtica relao sociedadenatureza no ensino de Geografia crtica da questo ambiental apresentada pela mdia. Para tal, desenvolveuse uma metodologia de pesquisa que, envolvendo professores e alunos, buscou confrontar as concepes e prticas enunciadas como as responsveis pelo debate ambiental em sala de aula com a questo ambiental difundida pela mdia, sendo observados como principais aspectos: a persistente dicotomia sociedade versus natureza como a principal responsvel pela dificuldade de professores e alunos na anlise da questo ambiental; o no reconhecimento, por parte dos professores, de que essa dicotomia ainda se faz latente no pensar e no fazer geogrfico na escola; a carncia de uma mediao pedaggica entre o material da mdia e o conhecimento geogrfico incorrendo na no problematizao de importantes elementos concernentes questo ambiental; as informaes ambientais da mdia tmse sobreposto ao conhecimento geogrfico do ambiente a ser pautado na relao sociedadenatureza; o reprodutivismo dos discursos e representaes mediticos sobre a natureza, o ambiente e o espao pelos alunos. Portanto, a partir dessas constataes, concluise que as percepes da questo ambiental, deslocadas da compreenso analtica e crtica da relao sociedadenatureza na contemporaneidade, podem conduzir a interpretaes fragmentrias e simplificadoras do espao. Como contrapontos a essa perspectiva, so apresentados aspectos das teorias da complexidade (Edgar Morin) e da totalidade (na concepo geogrfica de Milton Santos) como importantes alternativas analticas para o combate da viso dicotmica homem (sociedade) versus meio (natureza) e, por conseguinte, para o fortalecimento da compreenso do espao enquanto uma totalidade dialtica.
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O tema desta pesquisa o Plano de Metas e seus possveis efeitos no trabalho docente, com domnio de interesse no estado do Rio de Janeiro, Brasil. O estudo tambm procura apresentar um breve e recente histrico das polticas de educao do Estado, no que tange ao perodo de transio do Programa Nova Escola para a implantao do Plano de Metas, procurando contextualizar o momento da implantao do Plano. Como desdobramento deste tema, buscase de um lado, analisar as caractersticas, estratgias e desdobramentos do Plano. De outro lado, como o profissional docente se relaciona com estas mudanas e quais alteraes elas promovem no seu trabalho. A pesquisa tem como marco principal as reformas que adequam o estado burocrtico ao modelo gerencial e as reformas educacionais brasileiras iniciadas na dcada de 1990 e seus impactos nas polticas estaduais fluminenses, apontando como ambas interferiram nas condies de trabalho dos professores no perodo de 1990 a 2013, sendo que o foco do estudo o perodo de 2011 a 2013, momento da implementao do Plano de Metas. As anlises tiveram por base a realizao de pesquisa qualitativa, constituda por anlise documental e procedimentos complementares, tendose por referencial terico central o autor italiano Antnio Gramsci. Seus estudos foram de grande valia para analisarmos o Plano de Metas como um programa de ao que a todo tempo combina coero e persuaso, com vistas ao controle do trabalho docente e ao fortalecimento da hegemonia do projeto poltico governamental. Por meio de entrevistas semiestruturadas, como recurso complementar, foram obtidas informaes relevantes a respeito da avaliao dos professores em relao ao Plano, s experincias vinculadas a sua implementao, bem como a respeito dos impactos do Plano no seu trabalho.
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O objetivo desse trabalho de pesquisa foi realizar uma anlise sobre o impacto institucional na poltica de acesso UERJ, a partir da implementao da Lei n. 3542/2000, que destina 50% das vagas para alunos oriundos da rede pblica de ensino e da Lei n. 3708/2001, que prev 40% das vagas para pretos e pardos, com nfase maior para afro-descendentes. Por meio dela, tive a inteno de contribuir com o debate sobre a agenda de aes afirmativas para a incluso da populao negra na universidade pblica brasileira. De certa maneira, as polticas de ao afirmativa (AA) vieram problematizar o conceito de igualdade de direito, edificado a partir de experincias revolucionrias como nos EUA, Frana, Inglaterra, ndia, entre outros pases. Essas polticas foram concebidas com a inteno de no privilegiar determinados grupos, mas assegurar para todos o mesmo tratamento perante a lei. O espao da universidade escolhido para desenvolver a pesquisa foi o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extenso (Csepe) e o Conselho Universitrio (Consun), duas instncias fundamentais para a gesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, medida que definem e deliberam sobre as polticas a serem implementadas pela Universidade. Nesses Conselhos, pude ler e analisar Atas das sesses do Csepe e do Consun realizadas no perodo de 2000 a 2003, assim como pautas das reunies de ambos os Conselhos no perodo de 1990 a 2003. Por meio dessa leitura e anlise, pude identificar singularidades do processo de gesto universitria, refletindo sobre o quanto os caminhos trilhados podem contribuir para a construo de alternativas de democratizao do ensino superior pblico no pas e como instrumento de combate ao racismo
Resumo:
O objetivo central deste trabalho analisar se os modelos de educao a distncia mediados por Tecnologias da Informao e Comunicao - TICs, gerados pelas polticas pblicas desenvolvidas no Brasil, focam a formao de profissionais cidados ou so um mero instrumento de educao de massa. A pesquisa teve como objetivo o estudo de caso sobre as duas universidades mineiras, para identificar se os modelos de Ead se apresentam como um instrumento eficaz para formao humana e no apenas um mero instrumento de educao de massa, com o intuito nico de distribuio de diplomas. Este estudo se torna relevante no sentido de contribuir como um referencial terico para o modelo de Ead vigente no Brasil, em especial do Ensino a Distncia do Estado de Minas Gerais, considerando sua especificidade e complexidade, que se reforam por seu tamanho geogrfico e pela carncia de formao profissional dos municpios de Ouro Preto e Juiz de Fora, incluindo a populao de seu entorno. O trabalho dos tutores, em conjunto com os professores, considerado como eixo norteador de qualquer atividade realizada no ambiente virtual de aprendizagem, mesmo considerando que os alunos possuem um manancial de ferramentas disponveis para a realizao de atividades. A presena e atuao desta equipe representa importante papel no processo educativo, na medida em que sua atuao pedaggica tem como objetivo estimular o domnio dos contedos disciplinares, bem como das respectivas metodologias, recursos e meios, visando o preparo de ambientes de aprendizagem e a conduo de situaes educativas. Num aspecto mais amplo, este trabalho pretende ser um referencial para a confirmao de que a Ead pode oferecer de fato uma formao educacional qualificada, trazendo a oportunidade de uma formao crtica e autnoma, contribuindo para a formao humana
Resumo:
As condies de sade do trabalhador resultam de um conjunto de determinantes de natureza individual, como a herana gentica e a biologia humana, e de condicionantes econmicos, socioculturais, polticos, tecnolgicos e organizacionais. Estes se expressam no modo de viver dos indivduos e dos grupos sociais. Assim, a determinao social da sade se verifica pelo carter histrico-social e pelo aspecto biopsicolgico dos indivduos. Diante disso despertaram algumas inquietaes: a formao em enfermagem do trabalho continua pautada no modelo hegemnico, biologicista? Ser que aborda contedos sobre o processo de produo social da sade-doena? Delineou-se como objetivo geral do estudo: Analisar a formao do enfermeiro do trabalho, tomando como referncia a discusso da determinao social da sade. E como objetivos especficos: a) Caracterizar o perfil acadmico e o Projeto Poltico-Pedaggico (PPP) dos cursos presenciais lato sensu em enfermagem do trabalho do Rio de Janeiro; b) Analisar a formao do enfermeiro do trabalho luz da discusso sobre a determinao social da sade; e c) Discutir a formao do enfermeiro do trabalho e as influncias do contexto social na conformao dos currculos e na prtica social deste. Constitui-se um estudo de cunho qualitativo, no experimental, transversal e descritivo. Foi realizada entrevistas semi-estruturadas com coordenadores (N = 03) e discentes (N = 15) de trs cursos de especializao em enfermagem do trabalho, sendo dois de instituio pblica e um de instituio privada de ensino. Aplicou-se a anlise de contedo de Bardin. Tambm foi realizada a anlise dos PPP dos cursos, uma vez que delineiam os objetivos e/ou misso do curso, o ementrio e a grade curricular. A maioria dos alunos entrevistados e um coordenador no tinham ouvido falar sobre a determinao social da sade. Todos os cursos abordam direta ou indiretamente contedos relacionados a este tema. Dentro da perspectiva da Sade Coletiva, em que se insere a Sade do Trabalhador, a formao do enfermeiro do trabalho deve considerar a histria de vida e a forma de insero do trabalhador na sociedade, bem como suas relaes de reproduo social. Contudo, verifica-se que o ensino em enfermagem do trabalho continua pautado no enfoque positivista do processo sade-doena, estabelecendo relaes entre indicadores de sade, desconsiderando o carter histrico-social deste processo. Dentro de uma perspectiva social ordenada pelas relaes capitalistas em que vivemos, sem dvida difcil pensar numa outra forma de abordar o ensino das diversas profisses da sade. Todavia, necessrio repensar a formao e atuao dos profissionais de sade, dentro de uma tica inter, multi e transdisciplinar apontada pelo campo Sade Coletiva, a fim de ampliar o olhar sobre o sujeito para alm da viso centrada na doena, considerando os aspectos subjetivos envolvidos na determinao social da sade. Logo, demandam-se mudanas nas formas de pensar os currculos e de conduzir o processo ensino-aprendizagem desses profissionais de sade.
Resumo:
O presente estudo tem como objeto o presentesmo em trabalhadores de enfermagem e as repercusses para a sade do trabalhador e para a organizao do trabalho. Considerando a natureza do objeto e as questes norteadoras, elaboraram-se os seguintes objetivos: Identificar a viso dos trabalhadores de enfermagem de um hospital geral sobre o presentesmo na enfermagem; descrever os fatores que contribuem para o presentesmo em trabalhadores de enfermagem de um hospital geral; e analisar as repercusses do presentesmo para a sade do trabalhador de enfermagem e para o processo de trabalho hospitalar. O estudo foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa e protocolado com o nmero 419.673. Optou-se pelo mtodo qualitativo do tipo exploratrio e descritivo. O campo foi um hospital universitrio situado no municpio do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 39 trabalhadores de enfermagem (vinte e cinco tcnicos de enfermagem e quatorze enfermeiros) lotados nas unidades de internao clnica. Na coleta dos dados, trabalhou-se com a tcnica de entrevista do tipo semiestruturada mediante um roteiro, sendo os dados obtidos no ms de dezembro de 2013. Na caracterizao dos entrevistados, utilizou-se um instrumento autoaplicado. No tratamento dos depoimentos recorreu-se anlise de contedo do tipo temtica, que apontou os seguintes resultados: os participantes do estudo identificaram o presentesmo no ambiente laboral, pelo fato de terem vrios trabalhadores que comparecem ao servio com problemas de sade crnicos e agudos, que afetam a dinmica e a qualidade do servio ofertado. Diante desta realidade laboral, os trabalhadores se posicionam no sentido de manter a coeso grupal e acolher o trabalhador. No entanto, existe insatisfao por parte do grupo por se sentir sobrecarregado diante das demandas dos pacientes e demais atividades, sendo a qualidade do servio afetada. Sobre os fatores que contribuem para o presentesmo, identificou-se a precarizao da fora de trabalho, o comprometimento profissional com a instituio e os aspectos psicossociais; ou seja, fatores externos ao trabalho. Quanto s repercusses do presentesmo para a sade do trabalhador e o processo de trabalho, evidenciou-se que o presentesmo um fator que piora o estado de sade do trabalhador, com necessidade de afastamento temporrio do posto de trabalho e procura por atendimento mdico durante o expediente. Como no h substituio de pessoal, a equipe tem de se reorganizar para atender as demandas de cunho tcnico e assistencial, gerando conflitos no grupo. Conclui-se que, na viso dos trabalhadores o presentesmo alm de contribuir para a piora do estado de sade do trabalhador, afeta negativamente o relacionamento interpessoal e a qualidade do servio ofertado. H necessidade de se diagnosticar e monitorar as condies de sade dos trabalhadores por parte do Servio de Sade Ocupacional, atravs de exames admissionais e peridicos, de modo que sejam garantidos tratamento e acompanhamento adequados ao estado de sade. Ratifica-se a relevncia de condies de trabalho adequadas e que no exponham ainda mais os trabalhadores aos riscos presentes no ambiente laboral. Recomenda-se a continuidade de estudos sobre o presentesmo tendo em vista o atual modelo neoliberal e o processo de precarizao da fora de trabalho no setor sade.
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Esta pesquisa teve como objeto de estudo os saberes e prticas das mes sobre o uso de broncodilatador em crianas com displasia broncopulmonar, e como objetivos: desvelar os saberes e prticas das mes sobre o uso de broncodilatador em seus filhos com displasia broncopulmonar no domiclio; conhecer os cuidados realizados pelas mes no uso do broncodilatador em seu filho com displasia broncopulmonar no domiclio e descrever as reaes percebidas pelas mes em seus filhos aps o uso da medicao. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. O cenrio foi um ambulatrio de pneumologia localizado no Municpio do Rio de Janeiro e os sujeitos, 14 mes de crianas portadoras de displasia broncopulmonar, com idades entre 0 e 2 anos. A coleta dos dados foi realizada atravs da entrevista semiestruturada, no ms de julho de 2014. Utilizada a anlise de contedo de Bardin. Como resultados, emergiram duas categorias: os saberes e medos das mes sobre o uso do broncodilatador eas prticas de cuidado da me na administrao do broncodilatador na criana. A primeira categoria compreende quatro subcategorias: conhecimento das mes sobre a ao do medicamento; sinais de alerta percebidos pelas mes para o uso do medicamento na criana; os efeitos percebidos pelas mes aps o uso do medicamento na criana e os medos relacionados ao uso do broncodilatador.A segunda categoria abrange trs subcategorias: cuidados com o posicionamento da criana; cuidados com a higiene da criana e cuidados com o espaador. A maioria das mes consegue identificar a partir dos seus saberes e de seu universo vocabular as principais aes dos broncodilatadores, no entanto podem-se evidenciar alguns relatos com informaes inconsistentes, o que nos faz supor a ausncia de orientaes por parte dos profissionais junto a essa clientela. O esforo respiratrio configura-se como sinal de alerta para que as mes utilizem a medicao para tentar evitar a crise respiratria. Sobre as alteraes da criana aps o uso do broncodilatador, a respirao melhorada surge como prevalente seguida da agitao. Sobre os medos que envolvem o uso do medicamento, as mes destacam aqueles relacionados ao efeito colateral, chegando a realizar subdose da droga a fim de evit-lo. Com relao s prticas de cuidado das crianas, as mes no possuem consenso acerca da melhor posio para administrar a medicao, baseando suas escolhas em um melhor posicionamento para a criana, para ela mesma e para a eficcia da dose. Elas mencionaram realizar a higiene oral da criana aps o uso do medicamento, porm no sabem o motivo correto da ao, denotando novamente que o processo educativo foi baseado em uma metodologia depositria, onde o indivduo apenas memoriza o que foi aprendido. Conclui-se que o enfermeiro enquanto profissional educador em sade precisa lanar mo de estratgias baseadas na problematizao, dando voz a essas mes, conhecendo sua realidade e viso de mundo para que dessa maneira ela possa atrelar os seus saberes adquiridos com os saberes cientficos, possibilitando uma adequada abordagem teraputica junto aos seus filhos.
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O consumo de cocana e crack gera importantes repercusses para sade. Em relao aos usurios destas drogas, h predomnio dos homens sobre as mulheres. Em virtude das mulheres serem o grupo minoritrio, o cuidado de sade mental nem sempre observa as especificidades do gnero feminino e suas vulnerabilidades no processo sade-doena. Para investigar esta problemtica, foi proposto o objeto de estudo "As singularidades do gnero feminino no cuidado psicossocial s usurias de cocana e crack". Delimitaram-se os seguintes objetivos: Analisar o cuidado psicossocial s mulheres usurias de Crack e Cocana e Discutir a abordagem das singularidades do gnero feminino neste cuidado. Adotou-se como referencial terico da pesquisa a categoria Gnero. Para alcanar estes objetivos, optou-se por pesquisa qualitativa, que foi desenvolvida no nico CAPS ad do municpio de Duque de Caxias, localizado na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes da pesquisa foram profissionais de sade que exercem o cuidado das mulheres usurias de cocana e crack. Para coleta de dados, utilizou-se a triangulao de tcnicas: a) observao sistemtica nos espaos de cuidado coletivo; b) entrevistas semiestruturadas com os profissionais de sade e c) anlise documental dos pronturios das mulheres. A anlise dos dados empricos foi orientada pela Hermenutica-Dialtica. Foram analisados 113 pronturios das mulheres assistidas no CAPS ad. A maioria das mulheres estava na faixa etria de 20 a 34 anos, solteiras, mes com prole menor de idade, que viviam com os familiares, no tinham fonte de renda prpria e envolvimento com a justia. Quase a totalidade utilizava tambm outras drogas, como tabaco, maconha e lcool. Foram entrevistados 17 profissionais de sade. As categorias da pesquisa foram: Concepes dos profissionais sobre o cuidado psicossocial: centrado na pessoa e centrado na doena; as questes do gnero feminino e as usurias de crack e cocana; a condio feminina e suas influncias no cuidado psicossocial. As singularidades de gnero no cuidado psicossocial foram reveladas no comportamento e enfrentamento das mulheres frente ao uso de cocana e crack, mas tambm nas estratgias de cuidado adotadas pelos profissionais. O cuidado psicossocial por vezes refora os esteretipos de gnero e, por outra, estimula o exerccio da autonomia feminina. Os profissionais apresentaram percepes determinadas pelas questes de gnero, atribuindo s mulheres caractersticas distintivas, como a "fragilidade" e a dependncia emocional, que interferem nas vivncias femininas acerca do uso de cocana e crack. A prostituio surgiu como uma consequncia da vulnerabilidade do gnero feminino no contexto de consumo de drogas. Recomenda-se a implementao de aes programticas direcionadas para as singularidades da clientela feminina e a discusso das iniquidades de gnero no mbito da formao profissional, da assistncia e da pesquisa para superar a prxis reducionista e a naturalizao das diferenas e da subalternidade feminina nestes espaos de produo de sade. Como integrante da equipe de sade, enfermeiros e auxiliares de enfermagem necessitam estar sensibilizados para as questes de gnero e terem uma maior participao no cuidado individual e coletivo desta clientela.
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Estudo cujo objeto foi o emprego de tecnologias no-invasivas de cuidado de enfermagem obsttrica (TNICEO) por enfermeiras obsttricas durante o acompanhamento do trabalho de parto e parto, e suas repercusses sobre a vitalidade do recm-nascido. A tese : a disponibilizao de TNICEO pelas enfermeiras obsttricas na ateno ao trabalho de parto, parto e nascimento est associada a recm-natos com ndice de Apgar (IA) >8, quando comparado com o ndice de Apgar de recm-nascidos cujas mes no puderam optar pelo uso destas tecnologias. Objetivou: a) descrever as caractersticas obsttricas das mulheres e de seu trabalho de parto e parto acompanhados por enfermeiras obsttricas; b) descrever as TNICEO disponibilizadas pelas enfermeiras obsttricas no cuidado parturiente; c) medir e comparar a associao entre o IA de primeiro e quinto minutos de vida dos recm-nascidos cujas mes fizeram uso das TNICEO com: o IA do primeiro e quinto minutos de vida dos recm-nascidos cujas mes foram submetidas ao tratamento tradicional (intervenes); o IA do primeiro e quinto minutos de vida dos recm-nascidos cujas mes utilizaram tanto TNICEO e assistncia tradicional (AT); o IA do primeiro e quinto minutos de vida dos recm-nascidos cujas mes e no foram submetidas a nenhum tipo de assistncia (TNICEO ou AT) durante o trabalho de parto. Tratou-se de estudo observacional descritivo, transversal, retrospectivo. Realizado em Hospital Maternidade Municipal localizado na zona norte do Municpio do Rio de Janeiro. A amostra foi 6.790 parturientes, que tiveram parto vaginal acompanhado por enfermeiras obsttricas, entre setembro/2004 e dezembro/2011. A fonte de informaes foi o Livro de Registros de Partos (LRP) da maternidade. Os resultados evidenciaram que: 91,9% utilizaram um ou mais recurso relacionado s TNICEO e 60,2% foram submetidas a uma ou mais interveno da AT. Quanto ao IA no 1 e no 5 minuto de vida, com relao s variveis relacionadas aos tipos de assistncia que utilizaram, constatou-se que os neonatos cujas mes durante o trabalho de parto e parto utilizaram algum tipo de TNICEO apresentaram percentuais mais elevados de IA > 8, tanto no 1 minuto (93,4%) como no 5 minuto de vida (99,0%). Em contrapartida os neonatos cujas mes foram submetidas a algum procedimento relacionado AT apresentaram os menores percentuais de IA (82,8%) no 1 minuto e (94,7%) no 5 minuto de vida. Confirmando a tese proposta, conclui-se que a razo de chance do IA ser > 8 no primeiro minuto de vida aumentada (OR 4,564; IC95%: 1,887 11,038; p valor 0,0008) a favor do grupo de mulheres que utilizaram apenas as TNICEO durante TP e/ou P, comparado ao grupo de mulheres submetidas s intervenes da AT. Referente ao quinto minuto de vida, a razo de chance de um recm-nascido cuja me que teve seu TP e/ou P acompanhados pelas enfermeiras obsttricas e utilizaram as somente as TNICEO na assistncia foi maior (OR = 4,927; IC95% 2,349 10,334 ; p valor 0,00020), quando comparado com o grupo de parturientes da AT.
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva que teve como objeto de estudo as estratgias de enfrentamento dos pais com o nascimento de uma criana com anomalia craniofacial. Objetivou identificar o impacto causado nos pais frente ao nascimento de um filho portador de anomalia craniofacial; descrever as estratgias de enfrentamento que os pais utilizam para estabelecer vinculao com o filho que apresenta malformao. Utilizou o mtodo Narrativa de Vida, atravs da entrevista gravada com 15 mes e sete pais de crianas com malformao craniofacial. O estudo foi aprovado pelo Comit de tica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada entre junho e agosto de 2014. As narrativas apontaram para a emergncia de trs categorias: Ter um filho com anomalia craniofacial: situao impactante; Estratgias de enfrentamento utilizadas por pais de crianas com malformao craniofacial; Pais e profissionais da equipe de sade: uma relao conturbada. As categorias puderam explicitar que a notcia da malformao gera impacto e crise na vida dos pais e no seio familiar. A grande expectativa na gravidez pelo beb perfeito se transforma em frustrao, choque e culpa. Diante dessa adversidade, as famlias comeam a desenvolver estratgias de enfrentamento que auxiliam vinculao com seu filho malformado. Essa capacidade de desenvolver foras e habilidades para se adaptar nova realidade, minimizando os efeitos negativos, chamada de resilincia. As narrativas apontam a experincia religiosa e a rede de apoio como as principais estratgias de enfrentamento utilizadas pelos participantes. A equipe de sade chamada a apoiar os pais ao longo do processo de adaptao com o filho malformado. Os profissionais de sade podem auxiliar no suporte e adaptao destes pais, diante da nova condio, sendo agentes promotores da escuta teraputica. Compreender o que h por detrs de cada histria desvelada, traz subsdios para potencializar a resilincia no acolhimento institucional dos pais e sua famlia.
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A enfermagem uma profisso voltada para o cuidado das pessoas nas diferentes fases da vida, o ato de cuidar a essncia no fazer da enfermeira, e, possui uma inquietao com o conjunto de prioridade de pesquisa em seu meio. Neste sentido, a sade materna considerada um indicador sensvel qualidade de vida de uma populao uma delas. O presente estudo uma reviso integrativa da literatura que teve como objetivo descrever as infeces mais frequentes que a mulher est exposta durante o perodo puerperal, investigadas em publicaes nacional e internacional da rea da sade, alm de identificar o nvel de evidncia cientifica de cada artigo. Para a seleo dos estudos foram utilizadas trs bases de dados, ScienceDirect, Pubmed e Lilacs. O recorte temporal foi de 2009 a 2013 e, a amostra foi composta por 19 artigos, relacionado infeco puerperal. Os dados foram coletados da segunda quinzena de setembro primeira de outubro. A anlise dos estudos permitiu identificar que mais da metade das publicaes foi no Brasil. Dois estudos identificaram enfermeiros como autores. A maioria dos peridicos de veiculao dos estudos era da rea medica. Doze estudos apresentaram delineamento no experimental, trs eram estudo de caso e quatro apresentaram delineamento experimental. As principais infeces puerperais encontradas foram a endometrite, a infeco urinria, a infeco do stio cirrgico, a sepse puerperal, a mastite, a cervicite. Os resultados mostraram que so necessrias mais pesquisas com delineamento experimental, principalmente no que tange a rea da enfermagem. A avaliao rigorosa da purpera no ps-parto, a adequada conduta para preveno da infeco puerperal e/ou manejo das intervenes no cuidado da paciente com morbidade infecciosa, aliceram aes indispensveis da enfermeira na obteno de um atendimento de enfermagem mais seguro, de qualidade, que promova o protagonismo da mulher nesta etapa importante de sua vida e lhe proporcione autonomia em relao aos seus direitos sexuais e reprodutivos contribuindo para a reduo da mortalidade materna.
Resumo:
O presente estudo tem por objeto a promoo da sade sexual de adolescentes em situao de acolhimento institucional. A sade sexual de adolescentes institucionalizadas confere uma temtica intrigante. Em um contexto particular, estas jovens recentemente iniciaram suas atividades sexuais e esto cercadas por disparidades sociais que aumentam os riscos de DST/Aids e gravidezes precoces. Esta situao desperta preocupaes em relao aos seus comportamentos sexuais e s prprias estratgias desenvolvidas referentes a promoo da sade sexual. Este trabalho teve como objetivo geral analisar a promoo da sade sexual de adolescentes em situao de acolhimento institucional considerando a Teoria de Promoo da Sade de Nola Pender e objetivos especficos, identificar e analisar os comportamentos e aspectos biolgicos, psicolgicos e socioculturais relacionados sade sexual de adolescentes acolhidas; identificar e analisar os sentimentos e fatores influenciadores das adolescentes acolhidas associados promoo de sua sade sexual; indicar possibilidades de cuidados auxiliadoras na autopromoo/autocuidado da sade sexual das adolescentes em acolhimento. A pesquisa foi do tipo descritiva e exploratria, com abordagem qualitativa. O referencial terico-metodolgico utilizado foi A Teoria Modelo de Promoo da Sade de Nola Pender, o qual, a partir da identificao dos fatores biopsicossociais e comportamentais, busca incentivar atitudes saudveis como proposta de promoo da sade. As participantes foram oito adolescentes, institucionalizadas, do sexo feminino, e que vivenciaram vida sexualmente ativa. O cenrio do estudo foi uma instituio de acolhimento localizada no municpio do Rio de Janeiro. Para a produo dos dados, utilizou-se a tcnica de entrevista estruturada, utilizando um roteiro pr-elaborado, com base no modelo citado. A anlise dos resultados foi baseada em Bardin (anlise de contedo). A partir da anlise dos dados, criou-se duas categorias: a) Contexto da sade sexual de adolescentes acolhidas: caractersticas e experincias; b) Sentimentos e Conhecimentos das adolescentes acolhidas sobre a promoo da sade sexual. As adolescentes apresentaram comportamentos sexuais lbeis, com uso de mtodos contraceptivos descontnuos e uma dualidade nas prticas sexuais protegidas. Foram percebidas mudanas nos comportamentos sexuais atravs do aumento do uso de preservativos nas relaes sexuais, reduo do nmero de gravidez em comparao ao perodo antes e durante o acolhimento, uma maior percepo das vulnerabilidades sexuais e atitudes de autonomia e empoderamento nas estratgias de promoo da sade sexual. Percebeu-se influncia da famlia, amigos, mdia e instituio de acolhimento na promoo da sade sexual das jovens. Observou-se ainda, comportamentos positivos resilientes e mecanismos pessoais de enfrentamento ao histrico de violncia sexual. Aes educativas dialgicas, que valorizem a promoo da sade sexual de adolescentes institucionalizadas, com base no Modelo de Promoo da Sade de Nola Pender, constitui uma proposta vivel e relevante na busca da cidadania dessas adolescentes, principalmente quanto a conquista dos direitos reprodutivos e sexuais sobre sua sade.
Resumo:
Os avanos tecnolgicos ocorridos nas ltimas trs dcadas na rea da sade tm garantido a sobrevivncia de crianas nascidas extremamente prematuras ou asfxicas, o que acabou gerando as chamadas crianas com necessidades especiais de sade, dentre elas, as portadoras de encefalopatia hipxico-isqumica. A encefalopatia acomete as crianas em graus variados requerendo cuidados especficos, o que implica na incluso de suas famlias nas aes de cuidados a criana quando no domiclio. Objeto de estudo: o cuidado prestado pela famlia criana portadora de encefalopatia hipxico-isqumica no contexto domiciliar. Objetivos: descrever as demandas de cuidados da criana portadora de encefalopatia no domiclio, identificar as prticas de cuidados desenvolvidas pelos familiares cuidadores junto a essas crianas e discutir os desafios determinados por esses cuidados para os familiares cuidadores de criana com encefalopatia no domiclio. Metodologia: pesquisa qualitativa, desenvolvida a partir do mtodo criativo sensvel, utilizando a dinmica corpo-saber no domiclio de cinco grupos de familiares cuidadores, totalizando doze familiares. O perodo de gerao dos dados ocorreu de fevereiro a abril de 2014. Os dados foram analisados a partir da anlise de discurso, em sua corrente francesa, e interpretados luz da concepo freiriana, com destaque para os conceitos de crtica reflexiva, processo de conscientizao e educao dialgica e o cuidado centrado na famlia. Resultados: as prticas de cuidados dos familiares apontaram modificaes nos cuidados habituais de alimentao, higiene, desenvolvimento e medicamentoso. Na prtica da alimentao, os familiares expressaram suas condutas frente alimentao por via oral ou por gastrostomia e suas crenas e atitudes frente a essas prticas alimentares. Quanto higiene, revelaram a necessidade de adaptaes na prtica habitual do banho. No que se refere aos cuidados voltados ao desenvolvimento, apontaram o lazer e as brincadeiras como elementos adjuvantes ao favorecimento do desenvolvimento infantil. O cuidado medicamentoso emergiu como parte do universo das famlias, apontando a necessidade dos profissionais de sade, em especial, os da enfermagem, inclurem esta temtica em suas pautas de orientaes. Quanto aos desafios vividos pelos familiares, esses estiveram relacionados ao medo e a inexperincia no cuidar da criana, ao enfrentamento e a aceitao da necessidade especial de sade, a necessidade de uma rede de solidariedade cooperando nas dificuldades econmicas e ao atendimento em sade por diferentes profissionais e especialidades. Concluso: as mltiplas dimenses de cuidados apresentadas pelas crianas com necessidades especiais de sade apontam para o profissional de enfermagem a necessidade de desenvolver seu papel educador junto aos familiares pautado na dialogicidade e horizontalidade facilitando, assim, a relao com os estes, em benefcio da criana e promovendo a aproximao profissional/famlia, O estudo assinala a necessidade de dos profissionais de sade, em especial, o enfermeiro, perceberem a famlia como um elemento chave no processo de cuidar da criana com necessidades especiais de sade quando no domiclio.
Resumo:
A presente pesquisa consiste em um panorama das prticas educativas desenvolvidas pelas ONGs atuantes como Pontos de Cultura situadas na regio da Baixada Fluminense. Este trabalho tem como objetivo geral analisar as aes desenvolvidas pelas ONGs contempladas como pontos de cultura na regio da Baixada Fluminense de acordo com os seguintes objetivos especficos: identificar aquelas aes que podem ser consideradas de carter educativo no-formal e as relaes entre estas aes ao conceito de cultura poltica. A partir da discusso dos conceitos de Cultura apresentados por Marilena Chau, do histrico das polticas culturais no Brasil, por Antonio Albino Canelas Rubim e das definies que originaram o programa fruto de uma poltica pblica recente no Brasil, estas aes so entendidas dentro da categoria no-formal. Assim sendo, h a discusso do papel da educao no-formal nestes processos atravs do desenvolvimento dos conceitos por autores como Maria da Glria Gohn, Jos Carlos Libneo e Jaume Trilla, uma descrio da regio e a anlise de dados oriunda das respostas obtidas atravs de duas entrevistas e dez formulrios respondidos pelos gestores responsveis pelas organizaes em 2014. Os resultados encontrados indicaram que o Programa Cultura Viva atua como uma espcie de preenchimento das lacunas apresentadas por Gohn no que se refere educao no-formal e de que embora as organizaes possuam campos de atuao bem heterogneos, as prticas educativas realizadas possuem em comum a abordagem da cultura como direito humano e que estas podem ser uma mola propulsora para a construo de uma nova cultura poltica.
Resumo:
Trata-se de um estudo que possui como objeto as cargas de trabalho de enfermagem em hospital psiquitrico e as repercusses para a sade. O trabalho da enfermagem em hospital psiquitrico tem particularidades ao se considerar a dinmica do servio e o cuidado de pacientes com diversos perfis de adoecimento psquico; portanto com necessidades de cuidados e monitoramento extenuantes por parte da enfermagem durante 24 horas. Objetivos: identificar as cargas de trabalho vivenciadas pelos trabalhadores de enfermagem em um hospital psiquitrico; descrever como as cargas de trabalho no hospital psiquitrico afetam a sade dos trabalhadores de enfermagem; analisar os mecanismos de enfretamento adotados pelos trabalhadores de enfermagem diante das cargas de trabalho no hospital psiquitrico. Estudo qualitativo, exploratrio e descritivo, tendo como campo um hospital psiquitrico, situado no municpio do Rio de Janeiro. O projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa e protocolado com o n 619.262. A coleta de dados ocorreu no primeiro semestre de 2014, tendo participado do estudo 30 trabalhadores de enfermagem (enfermeiros, tcnicos e auxiliares de enfermagem) a partir dos critrios de incluso estabelecidos. Na coleta dos dados, realizada no primeiro semestre de 2014, trabalhou-se com a tcnica de entrevista do tipo semiestruturada mediante um roteiro e na caracterizao dos participantes, utilizou-se um instrumento autoaplicado. Aps a transcrio dos depoimentos recorreu-se anlise de contedo do tipo temtica, que apontou os seguintes resultados: as cargas presentes em hospital psiquitrico, na viso dos trabalhadores, devem-se aos cuidados prestados aos pacientes de ordem subjetiva e objetiva, como tambm em relao imprevisibilidade do quadro clnico, principalmente nas emergncias psiquitricas. Para o grupo, as cargas de trabalho, tanto fsicas quanto psquicas so intensificadas em funo da precariedade das condies de trabalho, a ausncia de poder do trabalhador frente a organizao e ao volume de trabalho. As cargas acarretam o sofrimento psquico evidenciado atravs de queixas como cansao, nervosismo, incmodo, ansiedade, irritao e desgaste, dores musculares, insnia e cefaleia. Diante do sofrimento psquico decorrente das cargas de trabalho o grupo elabora mecanismos de enfrentamento centrados na soluo de problemas; momentos em que buscam a chefia e conversam com os pares. Quanto aos mecanismos de enfrentamento centrados na emoo, os trabalhadores, buscam afastar-se temporariamente do trabalho, procuram no pensar, no falar a respeito ou extravasam a tenso atravs de gestos e reclamaes. Conclui-se que o hospital psiquitrico possui cargas de trabalho especficas em funo do tipo de trabalho realizado e clientela assistida que exigem dos trabalhadores de enfermagem observao e cuidados contnuos. Pelo fato de as cargas acarretarem prejuzos sade do trabalhador, h necessidade de uma poltica voltada para a preveno e a promoo da sade do grupo. Sugere-se a criao e manuteno de grupos de suporte aos trabalhadores com vistas a elaborao e discusso dos problemas enfrentados, assim como a continuidade dos estudos.