870 resultados para ANTHROPOLOGY OF RELIGION
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Criticism of religiously motivated contributions to public policy debate is largely misconceived. It assumes that the mischief which constitutional separation of church and state is supposed to cure is a domination of the state by the church. This presents only one side of the story. Subservience by the church to the slate should also be avoided. The law of a liberal state is legitimate to the extent that it does not conflict with the basic moral values of its citizens. Therefore, an ongoing conversation about basic values is necessary. Allowing churches and individual believers the freedom to make distinctive 'religious' contributions to this conversation is consistent with the separation of church and state. It is an aspect of the liberal democratic state's obligation to listen to all perspectives on difficult moral issues. A close relationship between church and state, on the other hand, has the capacity to impede the conversation.
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This article provides a comprehensive and critical overview of existing research that investigates (directly and indirectly) the religio-spiritual dimensions of electronic dance music culture (EDMC) (from disco, through house, to post-rave forms). Studies of the culture and religion of EDMC are explored under four broad groupings: the cultural religion of EDMC expressed through 'ritual' and 'festal'; subjectivity, corporeality and the phenomenological dance experience (especially 'ecstasy' and 'trance'); the dance community and a sense of belonging (the 'vibe' and 'tribes'); and EDMC as a new 'spirituality of life'. Moving beyond the cultural Marxist approaches of the 1970s, which held youth (sub)cultural expressions as 'ineffectual' and 'tragic', and the postmodernist approaches of the early 1990s, which held rave to be an 'implosion of meaning', recent anthropological and sociological approaches recognise that the various manifestations of this youth cultural phenomenon possess meaning, purpose and significance for participants. Contemporary scholarship thus conveys the presence of religiosity and spirituality within contemporary popular cultural formations. In conclusion, I suggest that this and continuing scholarship can offer useful counterpoint to at least one recent account (of clubbing) that overlooks the significance of EDMC through a restricted and prejudiced apprehension of 'religion'.
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Ethological studies of animals in groups and sociobiology indicate that hierarchies of dominance amongst some species ensure the survival of the group. When transferred to human groups, dominance hierarchies suggest a crucial role played by recasting the scope of such hierarchies of dominant and subordinate members to included hyper-dominant beings. A recognition of such beings as even more dominant than the socially dominant members of a hierarchy facilitates the empowerment of the socially subordinate members. Religious belief and practice works to establish such hyper-dominant beings (gods, goddesses, and so forth) as superior members of human groups. Doing so is a means of ensuring the survival of the species and, thus, enhancing healing and human health. The doctor-patient relationship is examined from such a point of view, with an emphasis on whether the hierarchy created by the relationship allows consideration of alternative and complementary forms of medical treatment.
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Thomas Merton pursued a life-long quest to grasp the nature of the “true self.” This is the self that lives in and through Christ. Opposed to this is the false self that is expressive of infidelity. It is argued that the interaction between the true and false selves constitutes a dialogical process. The thesis of the essay is that this interaction expresses the dynamics associated with what some psychologists refer to as the “dialogical self.” The dialogical self is a model of the inner life that draws attention to the interpretive process required to deal with the many voices that get internalized in an engagement with the world.
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Abstract In the nursing literature, a number of qualities are associated with loving care. Reference is made to, among other things, humility, attentiveness, responsibility and duty, compassion, and tenderness. The author attempts to show that charm, in the Marcelian sense, also plays a central role. It is argued that the moral foundation of charm is a unity of agape and eros. An impartial giving of the self for others is clearly of fundamental importance in an ethic of care. Including charm in the discussion points to the fact that eros also plays a crucial role. Eros produces a passion for people and for life. It is a physical and spiritual energy that animates a person in all facets of her life, including her caring work.
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Emmanuel Levinas’ thought seems to be strictly neither rational, phenomenological nor ontological, and it thus intentionally exposes itself to the asking of the question ‘why call it philosophy at all’? While we may have trouble containing Levinas’ thought within our traditional philosophical boundaries, I argue that this gives us no reason to exclude him from philosophy proper as a mere poser, but rather provides the occasion for reflection on just what it means, in an ethical manner, to call something ‘philosophical’. Instead of asking whether or not philosophy can ‘contain’ Levinas’ thought, I contend that it would be more ethical to instead re-phrase the question in terms of ‘sociality’. When we do this, I argue, we can indeed justifiably call Levinas’ thought philosophy.
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O tema Discursos sobre o uso religioso do psicoativo Ayahuasca , foi pesquisado de acordo com o método da análise do discurso, tendo como metodologia a coleta de dados na pesquisa bibliográfica e documental. O objetivo da presente dissertação é apresentar os diferentes discursos que são expressões das linguagens diversas que tem sido praticadas nos setores sociais que tratam do tema Ayahuasca. Todas as questões da vida tem em seu entorno discursos dos mais variados tipos, perfis e vertentes; discursos são como cursos de rios que correm e muitas vezes se interligam. Quando observamos os diferentes discursos e diálogos, que envolvem a ayahuasca, podemos perceber a imensa variação de ideias e grupos sociais envolvidos na discussão dos problemas pertinentes ao tema. Ao analisar o discurso taxonômico, percebemos a complexidade dos elementos que compõem os dois vegetais que são utilizados na confecção do chá. Observamos na linguagem histórico-antropológica um imenso caldeirão de culturas e conceitos, que se entrelaçam formando um mosaico de relações que se conectam. Atentando para o interdiscurso acadêmico científico listamos os diferentes grupos que estão estudando a ayahuasca e seus temas. No discurso e linguagem midiática encontramos as manchetes, que marcam os anos de existência dos diferentes grupos e seus respectivos conflitos, que contêm a linguagem policial, e que versam sobre os temas que envolvem a ayahuasca historicamente e contemporaneamente. Nos deparamos também com o discurso jurídico e regulador do Estado, que possui a documentação e os dispositivos de legalização sobre o uso da ayahuasca. Finalmente a linguagem e discurso das ciências da religião, que procura obter respostas sociais ao nascimento de religiosidade nas culturas, temas esses que estão cheios de símbolos, rituais e imaginários, que só podem ser explorados e entendidos dentro de seus próprios contextos quando utilizando das ferramentas da antropologia, da sociologia e da psicologia da religião.
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A Folia de Reis, uma procissão da cultura popular, recria as liturgias oficiais a partir da transgressão dos valores instituídos. A performance dos foliões é objeto de estudo para se refletir sobre os papéis sociais e sobre a experiência do sagrado, com vistas às transformações subjetivas de grande impacto entre os membros da comunidade que buscam a cura, assim como sanar o sofrimento da vida cotidiana. Este aspecto soteriológico é abordado a partir de dois campos teóricos que vêm em diálogo. De um lado a filosofia, a partir da fenomenologia da religião e a hermenêutica, aqui representadas por Paul Ricoeur e Mircea Eliade. Por outro, a antropologia e as teorias teatrais, aqui presentes em nomes como Richard Schechner, Victor Turner, Eugenio Barba, entre outros. Estas duas vertentes teóricas dialogam a partir de uma metodologia inspirada em Paul Ricoeur, pois partimos do conceito de tríplice mimese como estrutura discursiva. Partindo do mundo prévio ou pré-figuração, passando pelo mundo da ficção ou configuração e, por fim, chegando ao mundo da vida ou refiguração (mundo do leitor). Neste quadro teórico encontramos aproximações e distâncias que possibilitaram rearranjar novas abordagens teóricas, que contribuem muito para analisar a Folia de Reis, a partir deste mundo teórico, abrindo novas perspectivas para sua compreensão.
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A busca pela identidade religiosa dos brasileiros a partir do olhar de Darcy Ribeiro constitui o desafio que empreendemos neste trabalho. Trata-se de perceber o sentido de ser humano no mundo tempo e espaço do ponto de vista do religioso e do obscuro, mediante as narrativas de Darcy. Embora uma investigação como essa pudesse ocorrer pelos múltiplos caminhos das ciências e seus fundamentos, decidimos pela via das Ciências da Religião. A partir dos escritos de Darcy, vamos oferecer informações novas quanto à perspectiva religiosa no Brasil conforme se deu e ainda ocorre. Paradoxalmente, este antropólogo que sempre se afirmou ateu nos oferece algumas novas intuições que ampliam nossas conceituações no domínio das Ciências da Religião. Por não encontrarmos uma sistematização sobre a linguagem religiosa no pensamento de Darcy, buscamos estabelecer uma aproximação com a filosofia hermenêutica de Paul Ric ur. A noção de identidade narrativa, segundo Ricoeur, foi o elemento metodológico fundamental na articulação hermenêutica das intuições sobre o religioso em Darcy. Esta identidade narrativa encontra no trabalho da memória e na polissemia do símbolo outras formas de diálogo e enriquecimento da discussão. A articulação heurística, fruto de nossa intuição, nos permitirá revelar a identidade religiosa dos brasileiros pelo viés hermenêutico. A presente tarefa é efetuada com o olhar nas confissões de Darcy, no panorama histórico-religioso eivado de entrecruzamentos espirituais das diversas matrizes e do ambiente atual, particularmente complexo, existente no Brasil. Para nós, a obra de Darcy Ribeiro contribui de maneira coerente à expansão dos estudos em Ciências da Religião e sugere, de igual modo, a identidade religiosa dos brasileiros em fazimento. Darcy Ribeiro parte da antropologia, mas não se restringe à perspectiva do puro estruturalismo, desenvolvendo uma espécie de antropologia dialética em discussão com a filosofia. Esta pesquisa procura situar também a identidade religiosa dos brasileiros, apesar da cegueira que afeta o tecido religioso, marcado pelo radicalismo, pelo fundamentalismo e o conservadorismo. Para evidenciar melhor essa identidade, utilizamos duas metáforas: sexta lança e bricolagem, ambas alinhadas com o olhar de Darcy. A inusitada interpretação e busca da identidade religiosa dos brasileiros segundo Darcy Ribeiro somente foi possível pelas lentes hermenêuticas oferecidas por Paul Ric ur. Na perspectiva da noção de identidade narrativa, segundo Paul Ric ur, nos deparamos com as bases que nos ajudam a considerar esta identidade religiosa, seus limites e possibilidades, seus encontros e desencontros, seu fazimento e inacabamento.
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A literatura de Machado de Assis foi revisitada nesta tese porque tínhamos a convicção de que o tema da religião e suas implicações para o ser humano machadiano se constituíam como uma tarefa de investigação que esperava por ser feita. Para localizar o objetivo central da presente tese no campo das discussões travadas entre religião e literatura construímos, na primeira parte, um caminho que nos levou a constatação da efetiva aproximação entre elas. Amparados pela inabarcável discussão que trata das imagens religiosas e teológicas presentes nos textos literários, bem como pelas inúmeras construções metodológicas que visam a propiciar uma aproximação mais profícua entre religião e literatura, buscamos uma interpretação da literatura machadiana que apontasse para a expressão religiosa do ponto de vista de sua antropologia. O nosso eixo interpretativo foi construído a partir da teoria hermenêutica de Paul Ricoeur, mais especificamente a partir do conceito de metáfora. A reflexão que construímos em torno da expressão religiosa da antropologia machadiana foi inicialmente devedora do conceito de vitalidade de Jürgen Moltmann. A expressão religiosa da antropologia machadiana emergida do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) apresenta-se sob a perspectiva de uma incondicionalidade a partir da qual a vida de Brás Cubas é tomada. Esta característica da antropologia machadiana fez com que estabelecêssemos um recurso conceitual para dar conta de sua particularidade. Propomos, portanto, que o ser humano do espaço literário machadiano seja chamado de homo vitalis.(AU)
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This roundtable session focus on religious and social change as well as democracy and political culture, startingfrom the role of youth in these processes. The role of religion in young people’s participation is a key theme inthe cross-disciplinary network “youth and religion” connected to the Impact program. Participation here includesboth citizens’ “vertical” capacities to make their voices heard and influence decision-makers in the political system(e.g. via elections or civic organizations and social movements) and their “horizontal” capacities to communicateand cooperate with other people (within society at large or certain associations/communities). The participants ofthe session will present influential theories and methodologies used to study participation among youth within theresearch disciplines they represent (i.e. sociology of religion; theology; ethnology; political science). This will befollowed by a joint discussion of how these theories and methodologies have approached religious involvement witha particular focus on youth’s participation in politics, civil society as well as social media and the internet. The aim ofthe session is to look for common themes and new issues that can guide contemporary studies of participation in thefield of youth and religion. The session is open to conference participants interested in the issues discussed.