616 resultados para mediascape myths
Resumo:
Esta pesquisa estuda o processo de mudança corrente na capoeira gerada pela capoeira gospel no ABC paulista e suas regiões periféricas. Discute o viés pelo qual os evangélicos a utilizam como ferramenta de evangelização e como assimilam as suas técnicas corporais, enquanto ramificação da cultura afro-brasileira. A pesquisa de campo foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com pastores evangélicos, mestres de capoeira pastores e adeptos da capoeira em igrejas pentecostais, neopentecostais e em academias seculares da região. O movimento da capoeira gospel é um fenômeno recente e em crescimento. Com princípios baseados na Bíblia, desestruturam os alicerces da capoeira secular que tem sua base nas tradições culturais de origem africana, que funde mitos, ritos e esporte.(AU)
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A exploração e a manipulação do desejo são algumas das principais marcas da cultura de consumo. Nas sociedades em que predomina essa cultura, o consumo aparece como critério de humanização, e o sentido da vida o núcleo ético-mítico em torno do qual a sociedade se organiza é a busca de acumulação de riqueza para se consumir cada vez mais. Alguns estudos têm demonstrado os aspectos sagrados dessa cultura, que se tornou uma verdadeira religião da vida cotidiana, com suas devoções, espiritualidades, mitos e ritos. Da mesma forma, alguns estudos vêm demonstrando como essa cultura determina os projetos pedagógicos. Esses estudos não são acidentais, pois religião e educação são elementos fundamentais na origem e na manutenção de qualquer cultura e sociedade humanas. Todavia, podem ser também elementos de transformação. Paulo Freire acena com o interesse pela criação de uma Pedagogia do Desejo, compreendendo que este tema é de fundamental importância na luta pela superação da exclusão social, o que infelizmente não teve tempo de formulá-la. A obra de René Girard reforça a tese de que a religião é um processo fundamental para as sociedades humanas, considerando sua real função na origem da cultura. Segundo Girard, a religião é a educadora da humanidade no processo de humanização e socialização. E sua característica mais notável é justamente a de educar o desejo, pois, devido a sua natureza mimética, constantemente é gerador de violência. Nas pesquisas sobre as relações entre Religião/Teologia e Educação, recentemente tem sido realizado o estudo dos pressupostos teológicos e espirituais das propostas educacionais. Há muitos pontos de convergência entre Paulo Freire e René Girard, alguns até complementares. O diálogo entre esses dois autores se mostra muito profícuo na discussão do tema do desejo em relação com a espiritualidade e a educação. Este trabalho é uma tentativa de buscar elementos que favoreçam a elaboração de uma Pedagogia do Desejo a partir das contribuições das Ciências da Religião.(AU)
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Neste texto trato de um conceito da espiritualidade do povo Guarani que é o Mborayu , a força-espírito: que integra e desintegra os elementos que compõem o Ñande Reko (a maneira de ser Guarani); que aglutina ou dispersa os elementos e os corpos (rete kwere) que compõem o indivíduo; que catalisa ou dilui Ñamandu (a natureza de todos os mundos). O Mborayu também abarca o Aywu (a palavra) que nomina e organiza uma compreensão do Ñeem (termo-idéia), do espírito das coisas, que não é a realidade (ete), porque a última realidade (opa wa erã) pertence a Ñemi Guaxu (o grande mistério). Nesse tom, percorro neste estudo, todo um universo da mítica e da espiritualidade Guarani, porque o Mborayu reúne todos os elementos que compõem Ñamandu, em uma totalidade inacabada e, por sua força de atração a vida (ikowe) é gerada, encontrando, no entanto, sua última expressão, na morte (mano), na desintegração, seu derradeiro sentido.(AU)
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A sexualidade de Lea e Raquel, o útero, as mandrágoras e o corpo de Jacó são fatores que definem o alicerce do nosso texto como espaços de diálogo, mediação e estrutura do cenário. O destaque principal está sob o capítulo 30.14-16 que retrata a memória das mandrágoras. Como plantas místicas elas dominam o campo religioso e como plantas medicinais elas são utilizadas para solucionar problemas biológicos. As instituições e sociedades detentoras de uma ideologia e de leis que regulamentam uma existência apresentam na narrativa, duas irmãs, mas também esposas de um mesmo homem que, manipuladas por essa instituição que minimiza e oprime a mulher, principalmente a estéril, confina-as como simples objeto de sexualidade e mantenedoras da descendência por meio da maternidade.A memória das mandrágoras é sinal de que a prática existente circundava uma religião não monoteísta. Ela existia sociologicamente por meio de sincretismos, força e poderes sócio-culturais e religiosos. Era constituída das memórias de mulheres que manipulavam e dominavam o poder sagrado para controle de suas necessidades. O discurso dessas mulheres, em nossa unidade, prova que o discurso dessa narrativa não se encontra somente no plano individual, mas também se estende a nível comunitário, espaço que as define e lhes concede importância por meio do casamento e dádivas da maternidade como continuidade da descendência. São mulheres que dominaram um espaço na história com suas lutas e vitórias, com atos de amor e de sofrimento, de crenças e poderes numa experiência religiosa dominada pelo masculino que vai além do nosso conhecimento atual. As lutas firmadas na fé e na ideologia dessas mulheres definiram e acentuaram seu papel de protagonistas nas narrativas 9 bíblicas que estudamos no Gênesis. A conservação dessas narrativas, e do espaço teológico da época, definiu espaços, vidas, gerações e tribos que determinaram as gerações prometidas e fecharam um ciclo: o da promessa de Iahweh quanto à descendência desde Abraão. Os mitos e as crenças foram extintos para dar espaço a uma fé monoteísta, mas a experiência religiosa dessas mulheres definiu um espaço: do poder sagrado e místico que corroborava com suas necessidades e definiam sua teologia.(AU)
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Esse trabalho busca analisar o sistema educacional na tribo Ticuna, localizada na região do Alto Solimões, estado do Amazonas, onde estou há 21 anos em contato permanente com os índios Ticuna. Com o passar dos anos tenho observado que a cada dia, e de forma mais intensa, a manutenção de sua cultura vem sofrendo com o processo de influência da cultura não índia. Nesse trabalho realiza-se um levantamento histórico referente à possível existência de duas correntes educacionais entre os professores Ticuna. Uma considera importante um ensino bilíngue, o estudo dos mitos e costumes para preservação da cultura; a outra acredita que é inócuo estudar os mitos e outros aspectos culturais, que podem ser apreendidos no dia a dia, defendem que os índios precisam de uma educação igual a dos não indígenas, para competir no mercado em condições de igualdade. Inicialmente propõe-se uma busca histórica sobre o processo educacional relacionado à cultura Ticuna fora da escola, procurando verificar as relações entre o que é transmitido pela escola e o que se evidencia no cotidiano Ticuna. Em seguida, realiza-se uma análise de como se processa a educação implantada no meio Ticuna sob o título Educação Indígena . Destacam-se os fatores que influenciaram a fundação da escola, sua localização e aspectos relacionados ao meio físico, econômico, social e cultural, bem como, o ambiente humano e de aprendizagem, dados esses que subsidiam o objetivo proposto para este trabalho. Procura-se verificar se a educação desenvolvida na escola indígena cumpre o papel de estar constantemente buscando alternativas para uma educação que seja apropriada à sobrevivência da cultura Ticuna, uma educação adequada à realidade cultural. A pesquisa baseia-se em levantamento de dados através de documentos, como também em entrevistas com lideranças, professores e idosos da Tribo Ticuna; também na observação direta, com anotações feitas em caderno de campo. O processo de assimilação e influência da cultura não índia predomina na região do Alto Solimões e tem esmagado a cultura Ticuna, fazendo com que muitos já não queiram mais pescar, caçar ou viver como produtores ou coletores. É necessário buscar alternativas educacionais para a escola indígena Ticuna, em uma educação que seja apropriada para a sobrevivência de sua cultura e ao mesmo tempo minimize o preconceito enfrentado por esse povo. As lideranças e professores Ticuna esperam que a escola ajude na preservação e valorização de sua cultura. O prejuízo causado à educação cultural dos índios Ticuna é grande, a maioria dos jovens e crianças não são conhecedores dos significados dos rituais religiosos, mitos, lendas e crenças. Muitas vezes sabem até realizar o ritual, mas parece mais uma imitação de gestos, que se desvincula do seu real sentido. Espera-se que ao final dessa pesquisa sejamos capazes de utilizar o material desenvolvido para reflexão e que ela talvez possa servir como ponto de partida para os professores Ticuna na elaboração de diretrizes e desenvolvimento de um novo paradigma educacional que valorize mais a cultura.
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In the social sciences, debate on the relationship between religion and politics is mainly the subject of analysis in the sociology of religion and the theory of international relations. While each of these fields promotes different approaches to study their interdependency. The individual's perception of religion and politics is neglected by current research. The faithful, who participates in religious ceremonies, listening and behaving according to specific religious teachings, actively engaging in the liturgical life of the institutional form of his religion, has a specific way of understanding the relationship between religion and politics. I argue that this aspect is under-researched and misrepresented in the literature of sociology and international relations. However, a more complex analysis is offered by the study of nationalism, and especially by its ethnosymbolic approach, which includes at the micro and macro societal level the presence of myths and symbols as part of the individual's and the nation's life. An integrative theory analysing the connection between religion and politics takes into account the role of myths and symbols from the perspectives of both individuals and ethnic communities.
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Police records of 38 rape allegations, evenly split into maintained-as-true and withdrawn-as-false categories were compared with 19 generated-false statements from recruited participants. The Illinois Rape Myth Acceptance Scale (IRMAS) was used to assess the attitudes of the participants and a content analysis derived from IRMAS was used to compare the three categories of allegation. Rape myths were present in all three allegation types. The two categories of false allegation both contained more rape myths than the true allegations but no differences were found between the generated and withdrawn false allegations. High scorers in IRMAS also produced more violent false accounts. In addition to these findings, this study provides support for the further examination of rape myths in both false and true statements and use of generated allegations as proxies for real false statements.
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Previous research has identified healthcare professionals' belief in myths about children's experience of pain as a cause of inadequate pain treatment. In this study, 47 doctors and 36 nurses involved in paediatric care completed a detailed questionnaire on 'pain myths'. The findings indicate a more informed awareness among healthcare professionals regarding childhood pain than previously suggested and that unconditional belief in 'pain myths' is not widespread.
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Pregnancy provides a very public, visual confirmation of femininity. It is a time of rapid physical and psychological adjustment for women and is surrounded by stereotyping, taboos and social expectations. This book seeks to examine these popular attitudes towards pregnancy and to consider how they influence women’s experiences of being pregnant. Sanctioning Pregnancy offers a unique critique of sociocultural constructions of pregnancy and the ways in which it is represented in contemporary culture, and examines the common myths which exist about diet, exercise and work in pregnancy, alongside notions of risk and media portrayals of pregnant women. Topics covered include: •Do pregnant women change their diet and why? •Is memory really impaired in pregnancy? •How risky behaviour is defined from exercise to employment •The biomedical domination of pregnancy research. Different theoretical standpoints are critically examined, including a medico-scientific model, feminist perspectives and bio-psychosocial and psychodynamic approaches. Table of Contents: Introduction. Cognition and Cognitive Dysfunction. Working and Employment. Dietary Change and Eating. Exercise and Activity. Pregnancy and Risk. Pregnancy Under Surveillance. Concluding Remarks. References/Bibliography. Index.
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Military collaboration is one of the least acknowledged aspects of France under the Occupation. Yet from summer 1941 France raised a number of fighting units for Hitler’s armies, each with its distinctive mission and each drawing the Vichy regime deeper into collaboration with Nazi Germany. This article discusses that process and its diverse implications. It shows how the Paris collaborationists used military engagement to pressure the Vichy government into more activist collaboration and explores the divergent perspectives in which this was viewed from Berlin, Paris and Vichy; it considers the mobilising myths, motivations and misapprehensions behind military collaboration; and it identifies some of the anomalies of that collaboration, with its reconceptualising of France and Other, friend and foe, belonging and alienation. Those French ‘patriots’ who fought in German uniform would become effective exiles from a homeland they departed to ‘defend’ only to see it ‘liberated’ by their ‘enemies’. Exposing the divisions and the delusions underlying military collaboration, the article sheds light on conflicting political calculations and shifting allegiances in occupied France.
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In the years following the fall of Slobodan Milo evic, Serbian social, cultural and political responses to the wars of the 1990s have fallen under intense international scrutiny. But is this scrutiny justfied, and how can these responses be better understood? Jelena Obradovic engages with ideas about post-conflict societies, memory, cultural trauma, and national myths of victimhood and justified war to shed light upon Serbian denial and justification of war crimes - for example, Serbia's reluctant cooperation with the International Criminal Tribunal for the former Yugoslavia (ICTY). Rather than treating denial as a failure to come to terms with the past or as resurgent nationalism, Obradovic argues that the justification of atrocities are often the result of a societal need to understand and incorporate violent events within culturally acceptable boundaries.
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This book is aimed primarily at microbiologists who are undertaking research and who require a basic knowledge of statistics to analyse their experimental data. Computer software employing a wide range of data analysis methods is widely available to experimental scientists. The availability of this software, however, makes it essential that investigators understand the basic principles of statistics. Statistical analysis of data can be complex with many different methods of approach, each of which applies in a particular experimental circumstance. Hence, it is possible to apply an incorrect statistical method to data and to draw the wrong conclusions from an experiment. The purpose of this book, which has its origin in a series of articles published in the Society for Applied Microbiology journal ‘The Microbiologist’, is an attempt to present the basic logic of statistics as clearly as possible and therefore, to dispel some of the myths that often surround the subject. The 28 ‘Statnotes’ deal with various topics that are likely to be encountered, including the nature of variables, the comparison of means of two or more groups, non-parametric statistics, analysis of variance, correlating variables, and more complex methods such as multiple linear regression and principal components analysis. In each case, the relevant statistical method is illustrated with examples drawn from experiments in microbiological research. The text incorporates a glossary of the most commonly used statistical terms and there are two appendices designed to aid the investigator in the selection of the most appropriate test.
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This thesis is organised into four parts. In Part 1 relevant literature is reviewed and presented in three chapters. Chapter 1 examines legal and cultural factors in identifying the. boundaries of rape. Chapter 2 discusses idiographic features· and causal characteristics of rape suspects and victims. Chapter 3 reviews the evidence relating to attitudes toward rape,. attribution of responsibility to victims and the routine management of rape cases by the police. Part II comprises an experimental investigation of observer perception of the victims of violent crime. The experiment, examined the processes by which impressions were attributed to victims of personal crime. The results suggested that discrepancies from observers' stereotypes were an important factor in their polarisation of victim ratings. The relevance of. examining . both the structure and process of' impression, formation was highlighted. Part III describes an extensive field study in which the West. Midlands police files on rape for an eight year period (1071-1978) were analysed. The study revealed a large number of interesting findings related to a wide range of relevant features of the crime. Further, the impact .of common misconceptions and "myths" of rape were investigated across the legal and judicial processing of rape cases. The evidence suggests that these "myths" lead·to differential biasing effects at different stages in the process. In the final part of this thesis,. salient issues raised by the experiment and field study .are discussed·within the framework outlined in Part 1. Potential implications for future developments and research: are presented.
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OBJECTIVE: To explore patients' and physicians' experiences of atrial fibrillation consultations and oral anticoagulation decision-making. DESIGN: Multi-perspective interpretative phenomenological analyses. METHODS: Participants included small homogeneous subgroups: AF patients who accepted (n=4), refused (n=4), or discontinued (n=3) warfarin, and four physician subgroups (n=4 each group): consultant cardiologists, consultant general physicians, general practitioners and cardiology registrars. Semi-structured interviews were conducted. Transcripts were analysed using multi-perspective IPA analyses to attend to individuals within subgroups and making comparisons within and between groups. RESULTS: Three themes represented patients' experiences: Positioning within the physician-patient dyad, Health-life balance, and Drug myths and fear of stroke. Physicians' accounts generated three themes: Mechanised metaphors and probabilities, Navigating toward the 'right' decision, and Negotiating systemic factors. CONCLUSIONS: This multi-perspective IPA design facilitated an understanding of the diagnostic consultation and treatment decision-making which foregrounded patients' and physicians' experiences. We drew on Habermas' theory of communicative action to recommend broadening the content within consultations and shifting the focus to patients' life contexts. Interventions including specialist multidisciplinary teams, flexible management in primary care, and multifaceted interventions for information provision may enable the creation of an environment that supports genuine patient involvement and participatory decision-making.
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This paper seeks to understand North Korea’s Kim Il Sung to Kim Jong Il and Kim Jong Il to Kim Jong Un’s hereditary transition by proposing a comparative analysis of several dictatorship families. The paper utilizes totalitarian successions in Nicaragua with García and Debayle, in Haiti with the Duvalier family, in Syria with the al-Assads, in Azerbaijan with the Aliyevs, in Congo with the Kabilas in order to draw parallels and difference with the North Korea. Eventually, North Korea’s control over information and its management of myths are highlighted as factors that have enabled the country’s hereditary transition, though new patterns of domestic governance might lead to a different political environment over the Korean peninsula.