Caracterização molecular de cepas do vírus respiratório sincicial isoladas de casos de infecção respiratória aguda na cidade de Belém, Pará, Brasil nos anos de 2000 a 2006

As doenças do trato respiratório são as principais queixas nos serviços de atendimento médico, sendo as infecções respiratórias agudas (IRA) as manifestações mais comuns, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade. Em países em desenvolvimento as IRA constituem um sério problema de saúde pública. Em todo mundo estima-se que ocorram cerca de dois milhões de mortes devido as IRA a cada ano. Dentre os agentes causais das mesmas, destaca-se o Vírus Respiratório Sincicial (VRS), especialmente por causar doença grave em crianças menores de dois anos. Com o objetivo de gerar dados sobre a epidemiologia molecular deste vírus, foram analisadas amostras colhidas de pacientes com IRA no período de 2000 a 2006 na cidade de Belém, Pará. Foram utilizados testes de imunofluorescência indireta (IFI) para caracterização antigênica dos vírus isolados e RT-PCR para os genes codificadores das proteínas G e F, que foram em seguida parcialmente seqüenciados. Dentro do período estudado, 153 amostras positivas para VRS foram detectadas. A faixa etária de 0-4 anos foi a que concentrou maior número de casos (n=138; 90,19%). Em relação ao perfil sazonal, o pico de atividade do VRS ocorreu nos primeiros seis meses do ano, estando associado principalmente ao período de troca da estação chuvosa para um período de menor pluviosidade. Houve co-circulação dos subgrupos A e B nos anos de 2001 e 2003. Em 2000, 2005 e 2006 somente o subgrupo A circulou. Entretanto no ano de 2004 foi registrada a ocorrência somente do subgrupo B. Dentro do período estudado, genótipos distintos da proteína G do subgrupo A (GA2 e GA5) e do subgrupo B (SAB1 e SAB3) foram detectados, indicando o primeiro relato da circulação do genótipo SAB1 na América do Sul. Em 2004, um cluster diferenciado dos demais genótipos circulantes foi encontrado, sendo este denominado BRB1. A análise do gene codificador da proteína F permitiu a identificação de mutações na sequência nucleotídica resultando em trocas na cadeia aminoacídica da mesma. Este estudo representa o primeiro relato sobre dados da epidemiologia molecular do Vírus Respiratório Sincicial na região Norte do Brasil.

Planejamento, implantação e administração de medidas de defesa sanitária animal para o controle da laringotraqueíte infecciosa aviária, de 2002 a 2006, na região de Bastos, Estado de São Paulo, Brasil

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Estudo epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no Estado do Amapá estratificado em regiões de risco no período de 2002 a 2006

A Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Amapá ainda está restrita às áreas rurais. Para estratificar o Amapá em áreas de risco para LTA, e conhecer seu perfil epidemiológico, foram coletados casos registrados no Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação e classificados os municípios quanto ao risco, de acordo com as médias dos coeficientes de prevalência de 2002 a 2006 de cada município. Foram registrados 2.664 casos autóctones de LTA: 2002 (353 casos); 2003 (481); 2004 (968), 2005 (422) e 2006 (440). Desses, 653 (24,5%) com origem da infecção no município de Porto Grande. A média do coeficiente de prevalência do estado nos 5 anos estudados foi de 95,51/100.000hab. Os municípios foram agrupados em áreas quanto ao grau de risco: de baixo risco para LTA (Macapá, Cutias, Santana e Amapá); médio risco (Itaubal, Pracuúba, V. do Jari e Ferreira Gomes); alto risco (L. do Jari, Mazagão, Tartarugalzinho e Oiapoque) e muito alto risco (Calçoene, P. Grande, P. B. do Amapari e S. do Navio). O Amapá apresentou 72% dos casos no 1ºsemestre, com 16,6% dos casos no mês de abril; 38,8% em pacientes com idade entre 20 a 34 anos; 79,7% de ocorrência no sexo masculino, variando na área de médio risco 83% e baixo risco 72%; 29% em pacientes com escolaridade de 4 a 7 anos de estudo. Com 96,2% com confirmação laboratorial na área de muito alto risco; 98,9% casos de leishmaniose cutânea e apenas 42,9% com cura confirmada, na área de alto risco ocorreram 65,3% de cura. A LTA apresenta 100% de autoctonia no estado do Amapá, com um importante surto em 2004 e o município de P. Grande é o que mais contribui para a manutenção desta endemia.

A implementação do direito à educação escolar indígena no município de Santarém no período de 2006 a 2012

Esta dissertação analisa a forma como o direito à educação escolar indígena vem sendo implementada no município de Santarém-Pará no período de 2006 a 2012. O problema investigado foi: De que forma o direito à educação diferenciada, garantida nos marcos legais aos povos indígenas, vem sendo implementado no município de Santarém? A pesquisa é do tipo Documental com base de análise na “Análise de Conteúdo”. As categorias definidas foram “igualdade”, “diferença” e “promoção de direitos” fundamentadas nos teóricos: Santos (2004); Bobbio (2004); e Cury (VEIGA, 2010) para se analisar o processo de implementação da educação escolar indígena realizado pela SEMED. As evidencias documentais trouxeram a convicção de que, mesmo que a partir de 1988 o bem jurídico educação indígena diferenciada tenha sido elevado à categoria de direito, no caso de Santarém, a SEMED não foi capaz de dar eficácia a essa conquista normativa, já que todas suas ações voltadas a promoção do direito foi realizada sob reivindicações do movimento indígena. Espera-se, através desta pesquisa, contribuir para a discussão da educação escolar indígena, tendo como foco as políticas públicas educacionais implementadas pelos entes estatais.

State of the Arctic October 2006

This State of the Arctic Report presents a review of recent data by an international group of scientists who developed a consensus on the information content and reliability. The report highlights data primarily from 2000 to 2005 with a first look at winter 2006, providing an update to some of the records of physical processes discussed in the Arctic Climate Impact Assessment (ACIA, 2004, 2005). Of particular note: • Atmospheric climate patterns are shifting (Fig. 1). The late winter/spring pattern for 2000–2005 had new hot spots in northeast Canada and the East Siberian Sea relative to 1980–1999. Late winter 2006, however, shows a return to earlier climate patterns, with warm temperatures in the extended region near Svalbard. • Ocean salinity and temperature profiles at the North Pole and in the Beaufort Sea, which changed abruptly in the 1990s, show that conditions since 2000 have relaxed toward the pre-1990 climatology, although 2001–2004 has seen an increase in northward ocean heat transport through Bering Strait (Fig. 2), which is thought to impact sea ice loss. • Sea ice extent continues to decrease. The sea ice extent in September 2005 was the minimum observed in summer during the satellite era (beginning in 1979), marking an unprecedented series of extreme ice extent minima beginning in 2002 (Fig. 3). The sea ice extent in March 2006 was also the minimum observed in winter during the satellite era. • Tundra vegetation greenness increased, primarily due to an increase in the abundance of shrubs. Boreal forest vegetation greenness decreased, possibly due to drought conditions (Fig. 4). • There is increasing interest in the stability of the Greenland ice sheet. The velocity of outlet glaciers increased in 2005 relative to 2000 and 1995, but uncertainty remains with regard to the total mass balance. • Permafrost temperatures continue to increase. However, data on changes in the active layer thickness (the relatively thin layer of ground between the surface and permafrost that undergoes seasonal freezing and thawing) are less conclusive. While some of the sites show a barely noticeable increasing trend in the thickness of the active layer, most of them do not. • Globally, 2005 was the warmest year in the instrumental record (beginning in 1880), with the Arctic providing a large contribution toward this increase. Many of the trends documented in the ACIA are continuing, but some are not. Taken collectively, the observations presented in this report indicate that during 2000–2005 the Arctic system showed signs of continued warming. However, there are a few indications that certain elements may be recovering and returning to recent climatological norms (for example, the central Arctic Ocean and some wind patterns). These mixed tendencies further illustrate the sensitivity and complexity of the Arctic physical system. They underline the importance of maintaining and expanding efforts to observe and better understand this important component of the climate system to provide accurate predictions of its future state.

The anatomy of the upper cretaceous snake Najash rionegrina Apesteguia & Zaher, 2006, and the evolution of limblessness in snakes

Najash rionegrina Apesteguia & Zaher, 2006, a terrestrial fossil snake from the Upper Cretaceous of Argentina, represents the first known snake with a sacrum associated with robust, well-developed hind limbs. Najash rionegrina documents an important gap in the evolutionary development towards limblessness, because its phylogenetic affinities suggest that it is the sister group of all modern snakes, including the limbed Tethyan snakes Pachyrhachis, Haasiophis, and Eupodophis. The latter three limbed marine fossil snakes are shown to be more derived morphologically, because they lack a sacrum, but have articulated lymphapophyses, and their appendicular skeleton is enclosed by the rib cage, as in modern snakes.

Distribution and invasiveness of Streptococcus pneumoniae serotypes in Switzerland, a country with low antibiotic selection pressure, from 2001 to 2004

To describe the serotype-specific epidemiology of colonizing and invasive Streptococcus pneumoniae isolates, which is important for vaccination strategies, we analyzed a total of 2,388 invasive and 1,540 colonizing S. pneumoniae isolates collected between January 2001 and December 2004 within two nationwide surveillance programs. We found that the relative rank orders of the most frequent serotypes (serotypes 1, 3, 4, 6B, 7F, 14, 19F, and 23F) differed among invasive and colonizing isolates. Serotypes 1, 4, 5, 7F, 8, 9V, and 14 had increased invasive potential, and serotypes/serogroups 3, 6A, 7, 10, 11, 19F, and 23F were associated with colonization. The proportion of pediatric serotypes was higher among children < 5 years old (48.5%) and persons > 64 years old (34.1%) than among other age groups (29.1%); it was also higher in West Switzerland (40.2%) than in other geographic regions (34.7%). Likewise, serotype-specific proportions of penicillin-resistant isolates for types 6B, 9V, 14, and 19F were significantly higher in West Switzerland. The relative frequency of pediatric serotypes corresponded with antibiotic consumption patterns. We conclude that the epidemiology of invasive and colonizing S. pneumoniae isolates is influenced by the serotype-specific potential for invasiveness, and therefore, surveillance programs should include colonizing and invasive S. pneumoniae isolates. Antibiotic selection pressure determines the serotype distribution in different age groups and geographic regions and therefore the expected direct and indirect effects of the 7-valent conjugate vaccine.