995 resultados para IgG avidity
Resumo:
Para determinarmos as freqüências de sífilis materna e congênita, procedemos ao estudo da resposta aos testes treponêmicos e não treponêmicos de 1.000 parturientes e seus respectivos conceptos. As amostras de sangue venoso da mãe e do recém-nascido e do cordão umbilical foram testadas pelo método de VDRL. Os testes TPHA e ELISA (IgG, IgM) foram utilizados para confirmar os resultados positivos; entre as mães VDRL positivas foi feita a pesquisa de anticorpos anti-HIV. Encontramos 24 (2,4%) mães VDRL reativas (da população estudada), todas HIV negativas e, entre seus recém-nascidos, 18 (1,8%) sangue de cordão e 19 (1,9%) sangue venoso positivos. Não houve caso de reatividade nos recém-nascidos sem correspondente positividade materna. O teste de VDRL materno pôde, portanto, ser utilizado, isoladamente, na seleção dos casos de sífilis gestacional e congênita, já que não houve maior sensibilidade diagnóstica através da utilização dos testes treponêmicos, que comparados entre si, mostraram-se semelhantes.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar a soroepidemiologia do T. gondii e relato de problemas oculares em pacientes da zona rural que procuraram a unidade de saúde de Jaguapitã, Paraná. Soros de 82 pacientes foram submetidos a reação de Imunofluorescência Indireta, para detectar a presença de anticorpos anti-T. gondii da classe IgG, sendo a soropositividade considerada para diluições 3 1:16. Problemas oculares foram avaliados através da Tela de Amsler. Dos 82 soros avaliados 68 (82,9%) foram sororeagentes a toxoplasmose e 14 (17,1%) não reagentes. Os títulos mais frequentes foram de 64 (23/33,8%) e 256 (16/23,5%), e os maiores títulos foram de 4096 (8/11,8%). O teste da Tela de Amsler revelou 22 (26,8%) pacientes que relataram algum tipo de alteração, sendo que o sexo masculino foi um fator de proteção em relação ao sexo feminino (OR = 0,21 0,04 < OR < 0,86 c2 = 4,98 p = 0,02). No presente estudo os fatores de risco avaliados pelo inquérito sócio cultural e epidemiológico não revelaram diferenças estatísticas significativas. Através do presente trabalho observou-se que o T. gondii encontra-se amplamente distribuído na população estudada.
Resumo:
As infecções urogenitais originadas por Chlamydia trachomatis têm aumentado nos últimos anos em todo o mundo, afectando essencialmente jovens adultos com vida sexual activa. O seu rastreio recomenda-se nas mulheres entre os 19-25 anos de idade em alguns países Europeus, desde que seja de custo eficácia, para prevenção das suas complicações (doença inflamatória pélvica e infertilidade). Os testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs) são cada vez mais utilizados no seu diagnóstico pela sua elevada sensibilidade e especificidade. Este estudo teve como objectivo conhecer a prevalência de infecção urogenital por C. trachomatis em populações de risco, através das técnicas de Multiplex PCR e de PCR em Tempo Real e identificar os genótipos de C. trachomatis. Pretendeu-se também conhecer a prevalência de anticorpos anti-C. trachomatis e verificar a necessidade de execução do rastreio da infecção urogenital por C. trachomatis. C. trachomatis foi identificada em amostras de indivíduos da consulta de venereologia do Hospital de Santa Maria e da consulta da Unidade de DST do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, com uma prevalência de 25% (10/40) e 6,8% (5/74), respectivamente, tendo sido identificados quatro genótipos diferentes, D, Da, E e F. A técnica de PCR em Tempo Real apresentou melhores resultados na identificação de C. trachomatis do que a de Multiplex PCR. A prevalência de anticorpos anti-C. trachomatis da classe IgG com um título de 1:320 foi de 59,4% (57/96) e com um título de 1:1.000 foi de 39,6% (38/96). A prevalência de anticorpos da classe IgM, geralmente associada a infecção aguda, foi 35,9% (14/39) dos indivíduos. No presente estudo verificou-se que, embora a pesquisa de anticorpos não pareça ser eficiente no diagnóstico de C. trachomatis, pode eventualmente ser útil como marcador epidemiológico de infecção. O elevado número de anticorpos presente nos indivíduos do nosso estudo parece indicar a necessidade do rastreio da infecção urogenital por C. trachomatis neste tipo de populações.
Resumo:
Foram examinadas prospectivamente189 amostras cervicais de mulheres sintomáticas e assintomáticas. Foram colhidas 2 amostras do canal endocervical, das quais uma foi examinada pela reação de imunofluorescência direta (IFD) com anticorpo monoclonal (MicroTrak), para verificação da adequação das amostras. A segunda amostra foi inoculada em cultura de células McCoy. Uma terceira amostra foi coletada para pesquisa de anticorpos das classes IgG e IgA. A Chlamydia trachomatis foi isolada de 14/166 (8,4%) das mulheres com sintomas e de 3/23 (13%) daquelas sem sintomas. Observamos que as 152 mulheres do grupo sintomático, com cultura negativa, possuiam sintomas equivalentes. Em relação ao número de células epiteliais, verificou-se que 13 das 17 (76,5%) amostras endocervicais positivas pela cultura e pela IFD, todas apresentavam mais de 5 células. Tomando-se como critério de positividade títulos ³ 1:8, foram detectados anticorpos das classes IgG e/ou IgA específicos para C. trachomatis em 11/189 (64,7%) das 17 mulheres com cultura positiva. Conclusões: a) não existe sintoma que seja específico de infecção por clamídia (p > 0,05); b) a quantidade de células epiteliais representariam fator de interferência na positividade da cultura, sendo, portanto, variáveis dependentes (p < 0,001); c) a pesquisa de anticorpos na cérvice não poderia ser utilizada como diagnóstico alternativo, pois a sua detecção depende da fase evolutiva da infecção e da resposta imunitária individual.
Resumo:
We describe a case of aplastic crisis caused by parvovirus B19 in an adult sickle-cell patient presenting with paleness, tiredness, fainting and dyspnea. The absence of reticulocytes lead to the diagnosis. Anti-B19 IgM and IgG were detected. Reticulocytopenia in patients with hereditary hemolytic anemia suggests B19 infection.
Resumo:
Com o objetivo de determinar a soroprevalência de tripanossomíase americana, sífilis, toxoplasmose, rubéola, hepatite B, hepatite C e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana em gestantes atendidas no Hospital Universitário Regional Norte do Paraná, da Universidade Estadual de Londrina, Paraná, foi realizado estudo retrospectivo dos resultados dos testes sorológicos efetuados no período de junho de 1996 a junho de 1998. As taxas de positividade encontradas foram: 0,9% para tripanossomíase americana, 1,6% para sífilis, 67% (IgG) e 1,8% (IgM) para toxoplasmose, 89% (IgG) e 1,2% (IgM) para rubéola, 0,8% para hepatite B (AgHBs), 0,8% para hepatite C e 0,6% para infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Observou-se associação entre o aumento da soroprevalência de tripanossomíase americana com a idade das gestantes (p = 0,006). Os resultados reafirmam a importância da realização destes testes sorológicos no atendimento pré-natal, com a finalidade de realizar o diagnóstico e, eventualmente, adotar medidas para prevenir a transmissão congênita ou perinatal dessas doenças.
Resumo:
Parvovirus B19 infects predominantly erythroid cells, leading to transient inhibition of erythropoiesis. Immunocompromised patients may be unable to produce neutralizing antibodies and may develop severe chronic anemia. Epidemiological studies done on Niterói population showed that B19 infection occurs periodically in late spring and summer. We report a study from 55 HIV infected patients attending an infectious diseases outpatient clinic in this city during a 5-month period in which B19 circulation was well documented. All patients were under anti-retroviral therapy. No anti-B19 IgM was found, but a high prevalence of IgG anti-B19 (91%) was observed. In six patients, B19 DNA was found by dot-blot hybridization techniques, but this was not confirmed by PCR. None of these 6 patients manifested anemia and only one had CD4 cell count below 200 x 10(7)/L. We conclude that persistent infection causing anemia is an infrequent finding in our HIV positive patients under drug therapy.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar alguns aspectos da doença de Chagas na população urbana dos 12 municípios do distrito sanitário de Rio Verde, Mato Grosso do Sul, em 1998 realizamos a pesquisa de IgG anti-T. cruzi pela imunofluorescência indireta em amostras de sangue obtidas em papel de filtro de 14.709 moradores, com posterior confirmação pelos testes de hemaglutinação indireta e ELISA em soros. A parasitemia foi avaliada por xenodiagnóstico indireto em 134 chagásicos crônicos e a cardiopatia por anamnese, exame físico e eletrocardiograma (ECG) em 191 pares de chagásicos/não-chagásicos. No total os resultados mostraram: soropositividade de 1,83% (0,93% em autóctones e 5,01% em alóctones), positividade do xenodiagnóstico de 17,2% (12,3% em autóctones e 20,8% em alóctones) e proporção de cardiopatia chagásica crônica de 24,6% (19,1% em autóctones e 27,8% em alóctones). A análise dos dados indicou a população de alóctones como a principal responsável pelas características da infecção e morbidade da doença de Chagas na área estudada.
Resumo:
Foram estudadas 48 crianças de 0 a 13 anos através da realização do ensaio imunoenzimático ligado a enzima (ELISA) para pesquisa de anticorpos da classe IgG antiPPD, visando estabelecer correlação entre a resposta imune humoral medida pela sorologia e a gravidade da tuberculose, segundo formas radiológicas (leve, moderada e grave). A amostra foi composta de 29 crianças com tuberculose e 19 sem tuberculose comunicantes de tuberculose). Os valores médios (medianas) da densidade óptica do teste ELISA foram, respectivamente: 0,098 na forma gânglio-pulmonar (leve), 0,092 na forma pneumônica (moderada) e 0,134 na tuberculose miliar (grave). Nas crianças não tuberculosas com radiografia de tórax normal, o ELISA foi igual a 0,020. Os achados evidenciam valores mais elevados do teste sorológico relacionados à maior gravidade da doença (p= 0,0007).
Resumo:
To investigate whether mice immunization with the recombinant form of a 14.7 KDa Schistosoma mansoni protein (rSm14) confers protection against a S. mansoni lethal challenge infection, rSm14-immunized mice were challenged with different cercarial burdens. A significant protection was detected in immunized mice challenged with 100 or 1,000 S. mansoni cercariae when compared with their controls (p< 0.004 and p< 0.01 respectively). Differently from previous report, none of the mice from the control group (not immunized and infected with 1000 cercariae) died before the 30th day post-infection. A direct correlation between the number of challenge cercariae and the precocity of mice death was found. IgM anti-rSm14 antibodies were significantly produced (p< 0.05) mainly in the groups of immunized mice infected with 500 or 1000 cercariae. IgG and IgA anti-rSm14 antibodies were not significantly detected. In Western immunoblots, all mice sera showed a specific antibody response with a 14.7 KDa antigen being reacted with particular intensity in sera from immunized mice. The results show that immunization with rSm14 reduced mice worm burden independently of the cercariae load of challenge infection. No correlation was found between serum antibodies and worm burden reduction. In relation to cercarial load and the rate and precocity of mice mortality a direct correlation was found.
Resumo:
O vírus da hepatite D (VHD), também chamado de vírus delta, é um pequeno vírus contendo RNA circular. O VHD causa infecção, quando há coinfecção com o vírus da hepatite B (VHB) em indivíduos normais ou superinfecção em portadores crônicos do VHB. Três genótipos já foram clonados e seqüenciados. A infecção apresenta distribuição mundial, sendo a região ocidental da Amazônia brasileira considerada área de alta endemicidade. Estima-se que 18 milhões de pessoas encontram-se infectadas pelo vírus entre os 350 milhões de portadores crônicos do VHB no mundo. As vias de transmissão do VHD e os fatores de risco mostram-se similares aos da infecção pelo VHB. O diagnóstico se faz pela identificação imuno-histológica do HDAg no fígado e pelo encontro das frações IgM e IgG anti-HD no soro por radioimunoensaio ou ELISA. O curso clínico da infecção pelo VHD mostra-se variável. Os pacientes podem apresentar formas fulminantes de hepatite. As formas crônicas associam-se a achados histopatológicos graves no fígado, com curso rápido e progressivo, evoluindo para cirrose, insuficiência hepática e morte. O interferon alfa constitui a única opção terapêutica com algum efeito benéfico no tratamento da hepatite. O transplante hepático encontra indicação nos casos terminais de cirrose. A profilaxia indireta da infecção pelo VHD tornou-se possível com o advento da vacina contra o vírus da hepatite B.
Resumo:
O vírus da hepatite E (VHE) é o segundo vírus de transmissão fecal-oral com hepatotropismo confirmado, após o vírus da hepatite A. As grandes epidemias de hepatite das décadas de 50 e 60 na Índia foram causadas pelo VHE. Observaram-se surtos da infecção na África Central, América Latina, Oriente Médio e Repúblicas independentes da ex-União Soviética. O quadro clínico da doença assemelha-se ao de outras hepatites virais. Não há casos descritos de hepatite E crônicas. Cerca de 20% das mulheres que adquirem a doença durante a gravidez desenvolvem formas graves, com insuficiência hepática fulminante. Confirma-se o diagnóstico quando se encontra no soro anticorpos (método de ELISA) das classes IgM (fase aguda) e/ou IgG (curados). O imunoblot e o PCR-RNA podem ser usados quando necessário. Não há tratamento específico. O uso de imunoglobulina hiperimune tem sido aconselhado por alguns autores. A prevenção se faz pelos cuidados higiênicos e dietéticos habituais. Não há vacina eficaz contra a doença.
Resumo:
We describe a case of Brazilian spotted fever in a previously healthy young woman who died with petechial rash associated to acute renal and respiratory insufficiency 12 days following fever, headache, myalgia, and diarrhea. Serologic test in a serum sample, using an immunofluorescence assay, revealed reactive IgM/IgG.
Resumo:
No presente trabalho, empregamos uma metodologia de alta sensibilidade, o teste de ELISA clássico, com o objetivo de avaliar os níveis de anticorpos anti Paracoccidioides brasiliensis em indivíduos saudáveis, residentes na região Noroeste do Paraná. Foram analisados 680 soros de doadores de sangue aprovados pela triagem sorológica clássica de Bancos de Sangue. Os doadores eram residentes em quatro municípios. O exo-antígeno empregado foi o Ag7dias, soros diluídos 1/400, conjugado anti-IgG humana marcada com peroxidase e revelada com orto-fenilenodiamina. Foi possível detectar 181 (27%) soros com níveis de anticorpos acima do valor de corte. Essa porcentagem variou entre os municípios amostrados: Campo Mourão, Maringá, Cianorte e Umuarama. Nossos resultados, aliados às condições climáticas e geográficas favoráveis, além de relatos anteriores de casos de PCM autóctones da região, permitem sugerir que a região Noroeste do Paraná seja região endêmica para PCM.
Resumo:
As hantaviroses constituem infecções zoonóticas amplamente distribuídas em todo o mundo. A febre hemorrágica com síndrome renal mostra-se endêmica na Ásia e Europa, acometendo milharea de pessoas anualmente. A síndrome cardiopulmonar pelo hantavírus, reconhecida como entidade clínica desde 1993, representa o protótipo das doenças emergentes e encontra-se distribuída em diversos países do continente americano, inclusive o Brasil. Ambas são transmitidas ao homem através da inalação de partículas virais eliminadas nas fezes e urina de roedores domésticos e silvestres. Trata-se de doenças sistêmicas febris que podem acometer vários órgãos, destacando-se o rim na febre hemorrágica com síndrome renal e os pulmões e o coração na síndrome cardiopulmonar. A taxa de letalidade da hantavirose americana alcança 50%. Diagnostica-se as hantaviroses através de provas sorológicas imunoenzimáticas ao identificar-se anticorpos específicos das classes IgM e IgG. Não há tratamento específico. Recomenda-se hidratação cuidadosa, indicação precoce de diálise nas formas renais e administração de drogas vasoativas nos períodos de hipotensão e choque. A administração de corticoesteróides e da ribavirina está sendo avaliada em estudos controlados. O número de casos dessas viroses tem crescido no Brasil ano a ano, e cumpre alertar os profissionais de saúde sobre a ocorrência dessas entidades nos vários estados do país, possibilitando diagnóstico precoce e tratamento adequado nos casos suspeitos da doença.