649 resultados para Humanização.
Resumo:
Uma abordagem ao puerpério e os cuidados inerentes a ele, principalmente no que diz respeito ao binômio mãe-filho, deve ser fruto de profunda reflexão e discussão, por parte dos trabalhadores da saúde, tendo em vista o objetivo final, a promoção da saúde na família e, como conseqüência, da sociedade de uma forma geral. A atenção obstétrica e neonatal deve ter como características essenciais a qualidade e a humanização. É dever dos serviços e profissionais de saúde acolher com dignidade a mulher e o recém-nascido, enfocando-os como sujeitos de direitos. Esse acolher, ou acolhimento, é aspecto essencial da política de humanização. Implica recepção da mulher, desde sua chegada na unidade de saúde, responsabilizando-se por ela, ouvindo suas queixas, permitindo que ela expresse suas preocupações, angústias, garantindo atenção resolutiva e articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência, quando necessário. O bom conhecimento do assunto pelo enfermeiro e a habilidade em usar estratégias de ensino, contribuirão para a eficácia de suas ações. Assim, o enfermeiro, ao desenvolver ações educativas com a puérpera, deverá fazê-las visando ao autocuidado, à participação da puérpera nos cuidados com o recém-nascido, bem como de seu bem estar geral. O objetivo deste estudo é elaborar uma cartilha, englobando os cuidados primários da enfermagem na atenção à puérpera e ao recém-nascido para a promoção à saúde e a prevenção de agravos. Para elaboração desta cartilha foi realizada uma avaliação crítica da literatura a respeito dos cuidados primários na atenção à puérpera e ao recém-nascido e sobre a importância da enfermagem nesta linha de cuidado da saúde da mulher. A partir disso houve a elaboração de propostas de cartilha, que foram discutidas e revisadas por painel de profissionais do serviço, até a versão produzida. A educação em saúde é fundamental para garantir a promoção da saúde materna e infantil. Esta cartilha foi elaborada para oferecer material para potencializar a educação em saúde da mulher. Os dados levantados permitem o estabelecimento de orientações adequadas sobre as alterações e fases do puerpério, que devem ser disponibilizadas para mulheres nesta fase importante da vida feminina. Importante assinalar que a cartilha educativa, deve ser amplamente discutida pela equipe por todos os profissionais e pessoas envolvidas na assistência ao recém-nascido, visando à assistência integral a essa população.
Resumo:
O atendimento aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, deve ser prestado por todas as portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, pelo conjunto das unidades básicas de saúde e suas equipes de Programa de Saúde da Família, pelas unidades de atendimento pré-hospitalares fixas e móveis e pelas unidades hospitalares, possibilitando a resolução dos problemas de saúde dos pacientes ou transportando-os de forma responsável a um serviço de saúde hierarquizado e regulado. O objetivo do trabalho é apresentar a importância da implantação do acolhimento com classificação de risco nas unidades de atenção primária de saúde (APS) a partir do relato da experiência bem sucedida na Unidade Básica de Saúde Cafezal, localizada no Aglomerado da Serra, região Sul de Belo Horizonte - MG. Trata-se de um relato de experiência pioneira, com discussão das formas de acolhimento vigentes, enfatizando a importância de tal ferramenta de atendimento como mecanismo de humanizar, universalizar e integralizar a assistência. O protocolo de acolhimento com classificação de risco utilizada na Unidade Básica de Saúde é uma adaptação do protocolo utilizado nas unidades municipais de urgência do município de Belo Horizonte à realidade da atenção primária de saúde. Dessa forma, podemos concluir que este trabalho apresenta um novo horizonte a ser trilhado pela atenção primária de saúde, uma atenção sistematizada e programada para ser eficaz naquilo que se propõe, agindo na promoção, prevenção e recuperação de agravos a saúde em uma determinada área de atuação.
Resumo:
Atualmente no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF), o acolhimento representa um importante dispositivo para a humanização da atenção à saúde. Assim, o objetivo deste trabalho foi elaborar uma proposta de protocolo de acolhimento para a Unidade de Saúde da Família de Pingo D'Água. O estudo partiu de uma revisão bibliográfica narrativa, e os dados foram colhidos de livros, periódicos impressos, base de dados do Google e de artigos científicos encontrados através de consulta eletrônica de materiais publicados nos últimos dez anos na Biblioteca Virtual em Saúde. Utilizou-se também dados secundários levantados pelas Equipes de Saúde da Família no período de janeiro de 2010 a março de 2011. Os resultados demonstram os benefícios da utilização do protocolo de acolhimento no processo de trabalho da Equipe de Saúde de Pingo D'Água. Conclui-se que, o acolhimento é uma instância potente para a organização do serviço à medida que vai ao encontro dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), e que um protocolo para efetivação do mesmo pode em muito contribuir para a qualidade da assistência prestada aos usuários.
Resumo:
O acolhimento é uma das diretrizes da Política de Humanização do Sistema Único de Saúde. O objetivo do estudo foi propor a implantação da avaliação de satisfação dos usuários com o atendimento prestado pela ESF Bom Jesus, de Curvelo. Para conhecimento da unidade recorreu-se a um diagnóstico baseado em observação e pesquisa documental. Recorreu-se também a pesquisa bibliográfica para entendimento da atual situação de outros PSF e ESF que têm tentado implantar essa estratégia nos seus serviços. A partir das informações de outros autores foi possível elaborar uma proposta de intervenção direcionada a ESF Bom Jesus. A intervenção proposta incluiu um trabalho prévio junto a equipe para a sua integração e padronização da conduta junto aos usuários. Em seguida deverá ser implantada a avaliação, contemplando os aspectos já implantados e praticados pela ESF Bom Jesus, oferecendo espaço também para a apresentação de sugestões de melhorias. A primeira avaliação deverá ocorrer após dois meses da implantação do acolhimento. Após a análise da primeira avaliação dos usuários e os ajustes necessários poderá ser elaborado um protocolo que oriente a ESF Bom Jesus. Esse protocolo deverá ser atualizado periodicamente, de acordo com qualquer alteração introduzida nas práticas da ESF Bom Jesus. Considera-se que essa iniciativa servirá para ampliar e fortalecer a comunicação entre esses atores em direção à consolidação de uma assistência mais humanizada e efetiva.
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Este estudo teve como objetivo levantar as principais literaturas nacionais que abordem a humanização em Unidade de Saúde da Família. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica a partir da busca de artigos em bancos de dados nacionais e selecionado a partir de descritores. Foram levantados os artigos publicados no período de 1986 a 2009. Ao buscar os artigos selecionou-se palavras-chaves resultando 20 artigos. Pretende-se, mediante este trabalho, descrever as ações desenvolvidas em Unidade de Saúde da Família, relacionada a humanização da assistência prestada a Gestantes, caracterizadas pelo trabalho de prevenção e promoção da saúde . O estudo demonstrou que as gestantes, de um modo geral, não estão satisfeitas com o tipo de atendimento recebido. Concluiu-se que a humanização no pré-natal precisa ser implantada, para contribuir na criação de vínculo da gestante com o serviço e com a adesão da mesma às atividades de saúde e, consequentemente, na redução da mortalidade materno infantil. Humanizar a assistência de enfermagem é um desafio, entretanto, possível e essencial na prática da enfermagem.
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O presente estudo, através de revisão bibliográfica, retrata a assistência de enfermagem oferecida às gestantes na realização do pré-natal. Tem como objetivos ressaltar a importância do acolhimento da gestante e sua família a fim de identificar riscos maternos e fetais durante a gravidez e realizar orientações quanto às mudanças físicas e emocionais que ocorrem nesse período. A atuação da enfermagem na realização do pré-natal tem sido fundamental para a melhoria da assistência às gestantes, pois, favorece o aumento da cobertura pré-natal e tem contribuído significativamente para a humanização da assistência prestada.
Resumo:
O acolhimento surge como uma grande estratégia para solucionar problemas na atenção primária à saúde como a melhoria de acesso e a humanização do atendimento; dessa forma, contribui para melhoria da qualidade de vida dos usuários. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão da literatura sobre o acolhimento em saúde bucal. Com o desenvolvimento do estudo pude ratificar que a conduta adotada pela ESB Bomfim e o Traçadal de Rio Pardo de Minas/MG estava completamente errônea: não existe acolhimento e o serviço não atinge seus objetivos. Várias mudanças serão necessárias. O acolhimento é uma grande ferramenta a ser usada na organização das ações da ESB onde atuo, uma vez que além de melhorar o acesso e a humanização do atendimento, propicia a efetivação dos princípios do SUS como Integralidade, Equidade e Controle Social.
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Este trabalho relata os aspectos conceituais e operacionais do acolhimento quando implantados nas Equipes de Saúde Bucal / Equipes Saúde da Família. O processo de acolhimento representa uma estratégia inovadora na humanização da atenção em saúde pública através do estabelecimento de vínculo e responsabilização com a comunidade, favorecendo assim, o acesso, e a capacidade de escuta às demandas dos usuários. Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da literatura acerca do acolhimento no período de 2000 a 2011, onde os dados utilizados foram pautados nas bases: Medline, Lilacs, PubMed, BVS-MS, SciELO e Google acadêmico. Como resultados foram selecionados 13 artigos que relatam experiências da implantação do acolhimento em Unidades Básicas de Saúde em sete estados nacionais, sendo narradas não só as transformações ocorridas, mas também os desafios a serem enfrentados. Estes artigos também possibilitaram uma avaliação do relato de entrevistas com trabalhadores e usuários acerca da percepção desta ferramenta ao longo do processo de trabalho. A partir destas informações observou-se que para a implantação do processo de acolhimento nos serviços de saúde bucal são necessários: ambiente acolhedor; elaboração de arranjos organizacionais adaptados à singularidade de cada unidade (fluxograma com classificação de risco); reuniões de equipe; incentivo à educação permanente; controle social; além da gestão colegiada. Concluiu-se que a operacionalização do acolhimento nas Equipes Saúde da Família / Equipe Saúde Bucal requer amplas transformações envolvendo articulações entre usuários, trabalhadores e gestores.
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Período pós-parto ou puerpério se inicia após a dequitação da placenta,é o intervalo entre o parto e a volta do corpo da mulher ao estado anterior à gestação. Ajustes fisiológicos e psicológicos começam a surgir nesse período. Nesse sentido o objetivo de estudo se definiu como: O absenteísmo das puérperas á consulta de enfermagem no puerpério em uma Unidade De Saúde da Família. Esta situação problema se definiu: O que faz com que as puérperas não compareça as consultas de puerpério? A partir desta problemática surgiram as seguintes situações norteadoras: Qual a importância da consulta puerperal? Que ações a enfermagem vem desenvolvendo para resolver essa questão, em relação ao absenteísmo, na consulta puerperal? Definimos como objetivo geral: abordar os motivos pelos quais as puérperas não procuram a consulta em uma Unidade de Saúde da Família justifica-se e relava-se esta pesquisa no momento em que a humanização da atenção a saúde é um processo continuo e demanda reflexão permanente sobre os atos e condutas. Busca o acolhimento em todos os níveis de assistência, com orientação sobre os problemas apresentados e possíveis soluções assegurando-lhe a participação nos processos de decisão em todos os momentos de atendimento e tratamentos necessários. No tratamento dos dados coletados obtivemos quatro áreas temáticas que foram discutidas a luz do referencial teórico.concluiu-se que:o trabalho buscou identificar as causas do absenteísmo d mulher na consulta puerperal e teve como resultado a falta de orientação por parte dos profissionais de saúde á clientela especifica foco desta pesquisa.
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Trata-se de uma revisão narrativa da literatura sobre a utilização das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) na Atenção a Saúde, cujo objetivo é obter alternativas terapêuticas eficazes para a atuação dos profissionais da saúde da família. Este estudo demonstra que as práticas integrativas e complementares vêm se inserindo no atual cenário da saúde como uma proposta terapêutica alternativa, inovadora e eficaz, pautada em experiências bem sucedidas, visando à co-participação, a integralidade e a humanização da assistência. As PIC viabilizam o campo da promoção da saúde, sendo utilizadas pelos mais diversos segmentos da sociedade e adotadas pelos profissionais da saúde.
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A assistência ao pré-natal é um tema relevante do ponto de vista profissional, uma vez que se coloca em pauta a discussão sobre a melhoria da qualidade dos serviços prestados à gestante e sobre os princípios da humanização no processo de adesão à educação em saúde na assistência pré-natal, na perspectiva da adoção de uma atenção diferenciada e holística. Este estudo objetivou discutir princípios dessa assistência como requisitos para a melhoria da atenção à saúde da gestante e da criança por meio de ações de educação em saúde. Foi realizada uma revisão de literatura utilizando livros e bases de dados das Bibliotecas Virtuais disponíveis na internet (Scielo, Lilacs, Google Acadêmico), sendo usado como critério de inclusão artigos publicados entre 1984 e 2011 relacionados aos benefícios da educação em saúde no pré-natal e a conteúdos que pudessem agregar informações relacionadas com os objetivos propostos. Os resultados encontrados mostram inadequações no processo de realização do pré-natal, incluindo, a baixa ocorrência de atividades educativas, sejam individuais ou coletivas. Verifica-se ainda a ocorrência de negligência dos profissionais de saúde com relação às anotações dos atendimentos e cuidados a gestantes. Nesse sentido, é importante que se estimule e treine os profissionais de saúde para executar atividades de educação em saúde de forma qualificada. Pois, o Programa Saúde da Família é uma oportunidade de reestruturação do trabalho da saúde pública e da saúde da mulher para uma defesa do Sistema Único de Saúde no Brasil.
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As doenças crônicas não transmissíveis apresentam uma evolução ascendente quanto à incidência, e são mensuradas principalmente pela mortalidade. Essas são progressivas e interferem na qualidade de vida de seus portadores. Tendo em vista esse aspecto e o fato de ser a humanização das relações e do cuidado ao ser humano uma preocupação de profissionais de saúde e de cuidadores. Este trabalho fez uma analise da incidência dessas doenças na área de abrangência da equipe Maria Olinda de Jesus, Estratégia de Saúde da Família localizada no município de Itanhomi/MG, e as dificuldades encontradas pelos profissionais de saúde na prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis; buscando aprofundar os conhecimentos sobre esta realidade e propor estratégias para melhor prevenção e tratamento das mesmas. Essa análise permitiu afirmar que há uma grande incidência de doenças crônicas, desconhecimento por parte da população a despeito das causas e fatores de risco da doença, além da necessidade de projetos de p revenção da saúde e conscientização da comunidade, observou-se ainda o despreparo da equipe de saúde para o enfrentamento desta realidade. Dessa forma, este trabalho objetivou elaborar um Plano de Intervenção a ser implantado pela Equipe de Saúde da Família Maria Olinda de Jesus que ajude na capacitação da mesma e na conscientização da população da área de abrangência desta acerca dos principais problemas crônicos e sua responsabilidade e participação para a melhora de sua qualidade de vida.
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Devido a dificuldade cada vez maior de atendimento de pacientes na urgência e emergência, as UBS vem acolhendo casos agudos a cada dia com maior gravidade. Com o aumento dessa demanda faz-se necessário uma reorganização do atendimento para uma maior equidade no acesso. Nesse sentido o Ministério da Saúde propõe a classificação de risco como forma de diminuir a sobrecarga da urgência e emergência. O atendimento com prioridade de risco garante que os princípios da equidade sejam colocados em prática. O presente estudo teve como proposta relatar experiência da implantação de risco do protocolo de Manchester no centro de saúde Marivanda Baleeiro, em Belo Horizonte, no período de Agosto de 2011 e Janeiro de 2012, levando em consideração dificuldades e desafios para implantação do mesmo. Foram utilizados na construção deste trabalho 28 fontes, dentre as quais quatro fontes são publicações e cartilhas do Ministério da Saúde sobre as políticas de humanização e o acolhimento. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a eficiência do protocolo de Manchester nas unidades básicas de saúde, propor discussões para adaptações e atualizações do protocolo de Manchester voltadas para classificação de risco na UBS. Verificou-se a grande necessidade de estudos voltados para a UBS e uma adaptação ao protocolo que contemple os casos mais atendidos na unidade básica. Uma equipe de apoio direcionada para atendimento da demanda espontânea deveria ser uma realidade dentro da UBS, permitindo que o médico e enfermeiro de família e comunidade se direcionasse mais para o cuidado voltado para promoção e prevenção em saúde, atendimento compartilhado, realização de grupos operativos, visitas domiciliares dentre outros.
Resumo:
O Programa Saúde da Família, criado pelo Ministério da Saúde em 1994, tem como um de seus principais fundamentos possibilitar acesso universal e contínuo a serviços de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: Universalidade, Integralidade, Equidade. Em 2011, a Portaria do GM/2488, estabeleceu a revisão das diretrizes e normas, para a reorganização da atenção básica na ESF, apresentando, dentre outras características, realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco e avaliação da necessidade de saúde. Com o objetivo de atender aos princípios do SUS, estabelecidos na Constituição Federal de 1988, e visando à melhorias na qualidade do atendimento à população adscrita, organizando, planejando e acompanhando as atividades desenvolvidas na ESF/SB, com eficiência e eficácia, é que foi realizado este trabalho de revisão de literatura. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa sobre o referido tema: Acolhimento em Saúde Bucal: Por uma melhoria na qualidade do atendimento na ESF. Utilizou-se pesquisa bibliográfica na internet e nos bancos de dados da saúde, como LILACS, SCIELO e BVSMS, selecionando 25 artigos e documentos em português, publicados entre 1999 e 2012 dos 35 encontrados. O padrão de acolhida aos cidadãos usuários e aos cidadãos trabalhadores da saúde nos serviços de saúde é um grande desafio no percurso de construção do SUS. Apesar dos avanços e das conquistas, ainda existem grandes lacunas nos modelos de atenção e gestão dos serviços, no que se refere ao acesso e ao modo como o usuário e o trabalhador da saúde são acolhidos nos serviços públicos de saúde. O acolhimento, propõe inverter a lógica de organização e funcionamento do serviço de saúde, atendendo a todas as pessoas que procuram o serviço de saúde, garantindo a acessibilidade universal, e reorganizando o processo de trabalho, deslocando seu eixo central do médico, para uma equipe multiprofissional, equipe de acolhimento, que se encarrega da escuta do usuário, comprometendo-se a resolver seu problema de saúde.
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Estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa que teve como objetivo estudar características das adolescentes grávidas acompanhadas pela atenção básica à saúde de Buenópolis/MG. Foram estudados a escolaridade, o estado civil, o perfil etário; o quantitativo de consultas de pré-natal; duração gestacional e tipo de parto. Para isso foram utilizados os dados secundários disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SISPRENATAL) no período de 2003 a 2012. O percentual de adolescentes grávidas ficou em torno de 24% no período. Apenas 45,2% das gestantes adolescentes fizeram entre 7 ou mais consultas. Ocorreram 72,9% de partos vaginais e 27,1% cesáreos. Apenas 103 (38,1%) das 270 adolescentes analisadas no período realizaram a primeira consulta nos primeiros 3 meses. A prevalência de adolescentes que tiveram bebês prematuros no período estudado foi de 13,4%. 75,9 % das adolescentes grávidas estavam solteiras quando tiveram seus filhos. Observou-se grande diferença escolar do grupo de adolescentes gestantes com ensino médio: do ano de 2003, 39,1%, para o grupo do ano de 2012, 100%. A caracterização do perfil das adolescentes grávidas permite identificar as necessidades destas e assim direcionar as atividades educativas em saúde e a assistência pré e pós-parto para essa população. Perante os achados, ficou evidente a necessidade de: 1. Ações educativas e intersetoriais que possam realmente transformar informações em comportamentos que previnam a gestação entre adolescentes, e 2. Capacitação da Estratégia de Saúde da Família para realizar um pré-natal qualificado para as adolescentes gestantes e uma assistência que contemple oferta de métodos contraceptivos indicados para adolescentes em geral.