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Resumo:
Climate change has differentially affected the timing of seasonal events for interacting trophic levels, and this has often led to increased selection on seasonal timing. Yet, the environmental variables driving this selection have rarely been identified, limiting our ability to predict future ecological impacts of climate change. Using a dataset spanning 31 years from a natural population of pied flycatchers (Ficedula hypoleuca), we show that directional selection on timing of reproduction intensified in the first two decades (1980-2000) but weakened during the last decade (2001-2010). Against expectation, this pattern could not be explained by the temporal variation in the phenological mismatch with food abundance. We therefore explored an alternative hypothesis that selection on timing was affected by conditions individuals experience when arriving in spring at the breeding grounds: arriving early in cold conditions may reduce survival. First, we show that in female recruits, spring arrival date in the first breeding year correlates positively with hatch date; hence, early-hatched individuals experience colder conditions at arrival than late-hatched individuals. Second, we show that when temperatures at arrival in the recruitment year were high, early-hatched young had a higher recruitment probability than when temperatures were low. We interpret this as a potential cost of arriving early in colder years, and climate warming may have reduced this cost. We thus show that higher temperatures in the arrival year of recruits were associated with stronger selection for early reproduction in the years these birds were born. As arrival temperatures in the beginning of the study increased, but recently declined again, directional selection on timing of reproduction showed a nonlinear change. We demonstrate that environmental conditions with a lag of up to two years can alter selection on phenological traits in natural populations, something that has important implications for our understanding of how climate can alter patterns of selection in natural populations.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é apresentar o contemporâneo movimento sociopolítico do Decrescimento, partindo das ideias inaugurais de Serge Latouche, economista e filósofo francês responsável pela criação deste termo, sua historicidade, premissas de análise, e novas formas de subjetivação que propõe, cuja argumentação se sustenta e deriva também, dentre outros autores - como Castoriadis, Gorz e Mészáros - da tese de David Harvey que estabelece que desenvolvimento não é o mesmo que crescimento, e que é possível promover desenvolvimento nas dimensões das relações pessoais, sociais do cotidiano e das relações com o meio ambiente sem as orientações que favoreçam o capital e sua máxima de acumulação. Trata-se, segundo os autores, de um movimento anticapitalista que busca denunciar questões críticas contemporâneas e contradições e crises do capitalismo, apontando um conjunto de passos a serem dados para o lado de fora desta lógica que valoriza e incentiva o desejo e a necessidade do excesso. Em diálogo pleno com a Ética e seus mais recentes estudos, nos quais desponta a autora Victoria Camps, o Decrescimento se preocupa com as escolhas do indivíduo, com o que as mobiliza e com as maneiras pelas quais devemos viver. Segundo esta autora o reconhecimento em torno de nossa não autossuficiência faz com que nos percebamos vulneráveis e o espírito do que a maioria dos autores do Decrescimento chama de espírito do Dom do Decrescimento e de a Economia da Felicidade dialoga diretamente com a busca do homem por governar estas vulnerabilidades, compreender suas virtudes, desenvolvê-las e praticar o bem e seu senso coletivo. Sua contribuição por sua vez para a construção contínua e transformadora de uma Psicologia Social Crítica deve-se à busca por um novo sujeito, e cuja subjetividade possa ser ressignificada e emancipada, neste exercício alguns conceitos nos foram muito caros, como por exemplo, o conceito de liberdade. Discutiu-se o Decrescimento destacando suas viabilidades práticas, importância, dimensões planetárias e aquilo que particularmente mais me chamou atenção em relação ao movimento a partir de minha própria experiência na 3 Conferência Internacional do Decrescimento que ocorreu em Veneza em setembro de 2012. A espinha dorsal deste trabalho foi o próprio discurso do Decrescimento e o discurso construído em torno dele, e suas vozes que foram dispostas e organizadas em análise nesta pesquisa em forma de interlocução e diálogos abertos, interdisciplinares, teóricos e práticos. A interlocução foi exercício metodológico capaz de reunir as vozes do Decrescimento e transportá-las para dentro do texto desta pesquisa, sendo a própria pesquisa em si, pelo dar a conhecer deste sujeito e que pode ser outro e mediar sua existência com o mundo de outras maneiras, e pelo dar a conhecer em torno do próprio movimento, e sobre o qual não se pretende conclusões, pois não se trata de encerrar a discussão trata-se de valorizá-la por ela mesma e potencializar possibilidades dialéticas, críticas e reflexivas, ficando, portanto ao leitor o convite a problematizar-se diante das questões aqui destacadas, em busca de si, para si e pelas alternativas existenciais mais diversas, dentre elas, o Decrescimento.