757 resultados para Fetge-Biòpsia, Fetge-Transplantació,
Resumo:
Introduo: a videolaparoscopia proporciona adequado diagnstico do testculo impalpvel e difundiu a orquidopexia estagiada pela tcnica de Fowler- Stephens; entretanto, no h relatos de que a diviso dos vasos espermticos poderia ocasionar alteraes histolgicas no testculo intra-abdominal. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a viabilidade e comparar a histologia e o volume dos testculos intraabdominais antes e aps a diviso dos vasos espermticos. Mtodos: foram avaliados 44 testculos de 35 pacientes com idades variando de 4 a 168 meses com testculos intra-abdominais, que foram submetidos a videolaparoscopia para diagnstico e tratamento. Foi realizada bipsia e medio do volume do testculo antes e aps a ligadura e diviso dos vasos espermticos, com intervalo de seis meses, pela tcnica de Fowler-Stephens. A anlise volumtrica e a histologia dos testculos foram comparadas. Resultados: 40% dos testculos impalpveis se localizaram na regio intraabdominal; 97,7% dos testculos permaneceram viveis. Os achados histolgicos e o volume testicular antes e aps a diviso dos vasos espermticos no demonstraram diferena estatisticamente significativa (p > 0,05). Concluses: o estudo foi eficaz para avaliar a viabilidade dos testculos. A diviso dos vasos espermticos no ocasionou alteraes no volume e nos achados histolgicos dos testculos intra-abdominais. Unitermos: criptorquia, testculo intra-abdominal, videolaparoscopia, histologia testicular.
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A induo de escarro uma tcnica utilizada amplamente para monitorar a inflamao de vias areas, porm sua importncia como ferramenta diagnstica de doenas pulmonares em pacientes imunocomprometidos ainda necessita de melhor definio. Com o objetivo de determinar o seu rendimento no diagnstico das doenas pulmonares em pacientes positivos ao HIV, no perodo de janeiro de 2001 a setembro de 2002, foram avaliados todos os pacientes com idade superior a 14 anos, infectados com o vrus da imunodeficincia humana, admitidos no Hospital Nereu Ramos (Florianpolis Santa Catarina Brasil). Foram includos no estudo aqueles indivduos que apresentavam manifestaes clnicas do aparelho respiratrio h pelo menos 7 dias, associadas, ou no, a sinais radiolgicos de doena pulmonar. Tambm foram includos indivduos assintomticos do ponto de vista respiratrio, mas que apresentavam alteraes no radiograma de trax. Todos os pacientes foram submetidos avaliao clnica, radiolgica e laboratorial e realizaram a induo de escarro, seguida pela broncofibroscopia, lavado broncoalveolar e bipsia pulmonar transbrnquica. As amostras obtidas foram processadas para bacterioscopia pelo mtodo de Gram e Ziehl-Neelsen, cultura quantitativa para bactrias, exame micolgico direto, cultura para micobactrias e fungos, pesquisa de citomegalovrus e Pneumocystis jiroveci, bem como celularidade total e diferencial. De um total de 547 pacientes, 54 com idade mdia de 35,7 anos foram includos no estudo. Destes, 79,6% pertencentes ao sexo masculino e 85,2% caucasianos. A contagem mdia de linfcitos TCD4+ foi de 124,8/mm3. O padro radiolgico mais comum foi o intersticial (44,4%). A pesquisa de agente etiolgico resultou negativa em 7 pacientes, sendo que nos 47 casos restantes foram isolados 60 agentes. Dentre os agentes isolados, 46,7% foram P. jiroveci; 33,5% bactrias piognicas e 16,7% M. tuberculosis. O escarro induzido apresentou sensibilidade de 57,5%, especificidade de 42,9%, valor preditivo positivo de 87,1%, valor preditivo negativo de 13,0% e acurcia de 55,6%. Estes resultados sugerem que, nesta populao, a anlise do escarro induzido um procedimento simples, seguro e com bom rendimento diagnstico.
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A infeco por Helicobacter pylori (Hp) uma das infeces bacterianas mais comuns em todo o mundo. As maiores prevalncias da infeco foram encontradas nos pases em desenvolvimento, onde, em geral so altas j na infncia. O mtodo diagnstico considerado mais acurado para a infeco por Hp, em crianas, o exame endoscpico com bipsias gstricas. Alguns autores referem que o nico aspecto macroscpico que pode predizer a infeco o da presena de nodosidades na mucosa gstrica. Este aspecto denominado de gastrite endoscpica nodular. A especificidade da gastrite endoscpica nodular para a infeco por Hp, entretanto, recentemente foi questionada por outros autores. Realizamos um estudo transversal em uma amostra de crianas (um a 12 anos) com dor abdominal crnica, que preenchiam os critrios para a realizao de endoscopia digestiva alta, no Hospital da Criana Conceio e no Hospital de Clnicas de Porto Alegre, de setembro de 1997 a setembro de 1999. O objetivo principal foi verificar a associao entre a infeco por Hp e a gastrite endoscpica nodular nessas crianas. A amostra foi constituda de 185 crianas de ambos os sexos, com baixa renda familiar, cujos pais apresentavam baixo nvel de escolaridade. Foi realizado estudo histolgico das lminas de bipsia gstrica (no mnimo cinco fragmentos, corados com H-E ou Giemsa), conforme o Sistema Sydney modificado. A infeco por Hp foi caracterizada pela presena de Hp na lminas de bipsias gstricas dos pacientes e a gastrite folicular, pela presena de folculos linfides bem formados, em mucosa gstrica inflamada. A prevalncia da infeco por Hp nas crianas com dor abdominal crnica foi de 27% (IC 95%: 20,8-34,0). Foi demonstrada uma associao muito forte entre a infeco por Hp e a gastrite endoscpica nodular nessas crianas (P<0,001; RP = 29,7). Houve um aumento da prevalncia tanto da infeco por Hp como da gastrite endoscpica nodular com a idade dos pacientes. A gastrite endoscpica nodular , embora tenha demostrado uma baixa sensibilidade (44,0%), apresentou um valor preditivo positivo de 91,7% para a infeco por Hp. Tanto o teste de urease, como a gastrite endoscpica nodular mostraram-se muito especficas, 94,5% e 98,5%, respectivamente, para o diagnstico da infeco. Quando se combinou o teste de urease com o aspecto de gastrite endoscpica nodular, encontrou-se, uma sensibilidade muito baixa (34,7%), mas uma especificidade de 100% para a infeco por Hp. A sensibilidade do teste de urease, isolado, para a infeco foi de 60,4% e o seu valor preditivo positivo de 80,5%. O aspecto endoscpico (gastrite endoscpica nodular) teve associao com o microscpico (gastrite folicular) (P<0,001). Houve uma forte e significativa associao entre a infeco por Hp e a gastrite crnica ativa ( P<0,001; RP = 10,8). O mesmo foi demonstrado entre a gastrite nodular e a gastrite crnica ativa (P<0,001; RP = 8,6). Tambm foi verificado um ntido aumento das razes de prevalncia da gastrite crnica ativa e da gastrite endoscpica nodular, com a acentuao dos graus de densidade de Hp. Finalmente, foi demonstrada a importante correlao entre o grau de intensidade da gastrite, verificado no exame histolgico, e a gastrite endoscpica nodular (r = 0,97; P<0,001). A prevalncia da infeco por Hp encontrada em Porto Alegre, nas crianas, foi menor do que a de outras cidades brasileiras e similar quela registrada em algumas cidades do primeiro mundo. A presena de nodosidade na mucosa gstrica foi a alterao, endoscopia, mais freqentemente verificada nas crianas com infeco por Hp. Considerando a baixa prevalncia da infeco encontrada na nossa amostra, a presena de gastrite endoscpica nodular significa uma elevada probabilidade de infeco por Hp, dado o alto valor preditivo verificado. O achado negativo para a gastrite endoscpica nodular, entretanto, no exclui a possibilidade da presena de infeco por Hp. Uma maior colonizao bacteriana da mucosa gstrica estaria associada ao aparecimento da gastrite endoscpica nodular, j que a sua prevalncia aumentou com os graus de densidade de Hp, assim como ocorreu com a gastrite crnica ativa. E quando ocorre, nas crianas, h maior probabilidade de se tratar de uma gastrite mais ativa e mais intensa.
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Introduo A mastocitose abrange um grupo heterogneo de condies crnicas caracterizado pela proliferao excessiva de mastcitos nos tecidos. Os sinais e sintomas clnicos so decorrentes da distribuio anatmica dos mastcitos e do efeito funcional dos mediadores produzidos e liberados por estas clulas. Na infncia, a doena considerada uma condio benigna na maioria dos casos, cujo comprometimento caracterstico o cutneo. As mais freqentes manifestaes na pele so os mastocitomas e a urticria pigmentosa. Leses cutneas bolhosas podem manifestar-se e acompanhar todas as formas de mastocitose e quando esta apresentao a predominante, denominada de mastocitose bolhosa. O diagnstico de mastocitose suspeitado clinicamente e confirmado pela histologia. A demonstrao do aumento do nmero de mastcitos nas leses cutneas caractersticas se constitui no principal critrio diagnstico. Contudo, este mtodo tem dificuldades tcnicas que impedem a adequada reprodutibilidade dos achados, dificultando a elucidao de casos duvidosos e retardando seu tratamento. Considerando as propriedades imunolgicas e a importncia clnica dos mastcitos reveste-se de maior importncia compreender o papel destas clulas nas doenas, sendo indispensvel identific-las e enumer-las com acurcia nos tecidos. Objetivos Quantificar o nmero de mastcitos marcados com anticorpo monoclonal antitriptase, atravs de tcnica imuno-histoqumica e anlise de imagem, em bipsias cutneas de crianas, com diagnstico clnico de mastocitose. Descrever os achados histolgicos; quantificar o nmero de mastcitos marcados com o anticorpo antitriptase entre as diferentes expresses clnicas da mastocitose cutnea; comparar o nmero de mastcitos entre os casos de mastocitose cutnea e mastocitose associada sintomas sistmicos e correlacionar as contagens de mastcitos entre os dois diferentes mtodos (colorao por Giemsa com contagem manual e marcao com anticorpo antitriptase e anlise digital). Material e Mtodo Foram includas no estudo bipsias cutneas de crianas de 0 a 14 anos, com diagnstico clnico e histolgico de mastocitose. Os casos foram classificados de acordo com a apresentao clnica cutnea em mastocitoma, urticria pigmentosa ou mastocitose bolhosa e assinalada a presena de sintomas sistmicos associados. Os fragmentos de pele fixados em formalina e emblocados em parafina foram cortados e utilizados para diagnstico histopatolgico convencional, corados com hematoxilina-eosina e Giemsa, e para anlise imuno-histoqumica com estreptavidina peroxidase marcados com anticorpo antitriptase. A densidade de mastcitos (nmero de clulas por rea) foi realizada por um nico observador na tcnica histolgica e atravs de um sistema de anlise de imagem de vdeo no mtodo imuno-histoqumico. Resultados Foram avaliados 33 casos de mastocitose, sendo 21 do sexo masculino. Dez casos (30,3%) apresentavam mastocitoma, 21 (63,6%) urticria pigmentosa e 2 (6,1%) mastocitose bolhosa. Todos os casos da amostra foram classificados como tendo mastocitose incipiente e em 6 (18,8%) pacientes pde ser identificada a associao com sintomas sistmicos. Prurido foi o sintoma mais freqente, sendo relatado em 21 casos. Em 21 dos 33 casos foi identificada a infiltrao de mastcitos na derme havendo predominncia pela regio perivascular (p=0,001, teste exato de Fisher). No houve diferenas significativas entre a presena de infiltrado mastocitrio e as vrias formas cutneas de mastocitose ou a mastocitose sistmica. A presena de eosinfilos foi identificada em 15 casos (45,5%) e em 10 casos associadamente ao infiltrado perivascular de mastcitos. A densidade de mastcitos na tcnica histolgica, incluindo-se todos os casos, foi 50,00 clulas/mm2. No houve diferena significativa das contagens entre os pacientes com mastocitoma e aqueles com urticria pigmentosa, assim como entre os pacientes com e sem sintomas sistmicos associados aos cutneos. A densidade de mastcitos encontrada com a tcnica imuno-histoqumica e contagem por anlise de imagem foi 158,85 clulas/mm2. No houve diferena significativa das contagens entre os pacientes com mastocitoma e aqueles com urticria pigmentosa, assim como entre aqueles com e sem sintomas sistmicos. Comparando-se a contagem dos mastcitos por rea (densidade) entre a histologia e a imuno-histoqumica houve uma diferena significativa (p=0,0001 teste no-paramtrico de Wilcoxon). A mdia da diferena entre as contagens foi 199,98 clulas/mm2 (365,31 DP). Tambm no houve semelhana, entre os dois mtodos, nos grupos mastocitoma e urticria pigmentosa (p=0,005 e p=0,01, respectivamente, teste no-paramtrico de Wilcoxon). Puderam ser identificados 518% a mais de mastcitos com a tcnica imunohistoqumica quando comparada com a histolgica. Concluses O presente estudo permite concluir que: 1) a localizao preferencial da infiltrao de mastcitos drmica e perivascular, no sendo possvel identificar diferenas histolgicas entre casos de urticria pigmentosa e mastocitoma; 2) o nmero de mastcitos marcados com o anticorpo monoclonal antitriptase e contados com anlise digital de imagem, em bipsia de pele de crianas com diagnstico clnico de mastocitose, foi 159 clulas por milmetro quadrado; 3) a densidade de mastcitos, foi semelhante entre os casos de urticria pigmentosa e mastocitoma e entre os casos com e sem sintomas sistmicos associados nas duas diferentes tcnicas empregadas; 4) o nmero de mastcitos por milmetro quadrado com a tcnica imuno-histoqumica e a contagem atravs de anlise de imagem foi significativamente maior quando comparada com a colorao atravs de Giemsa e a contagem manual, com uma diferena mdia entre os dois mtodos de 200 clulas por milmetro quadrado; 5) a densidade de mastcitos com a tcnica imunohistoqumica foi significativamente maior tanto nos casos com urticria pigmentosa quanto nos com mastocitoma, quando comparada com a tcnica empregada rotineiramente e 6) com a tcnica imuno-histoqumica e a contagem atravs de anlise de imagem foi possvel identificar 518% a mais de mastcitos quando comparada com a tcnica histolgica.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlao entre parmetros clnicos (TNM), graduao histopatolgica, nmero de AgNORs por ncleo e expresso de Ki-67 na zona de invaso com o prognstico de carcinoma espinocelular de lngua. Foram selecionados dez casos de carcinoma espinocelular de lngua e divididos em dois grupos: bom prognstico (ausncia de metstases distncia e/ou regionais, sobrevida livre de doena) e mau prognstico (presena de metstases, recidiva, bito). O material de bipsia foi submetido s tcnicas de hematoxilina/eosina, de impregnao pela prata para evidenciao das NORs e de deteco imunohistoqumica do antgeno de proliferao nuclear Ki-67. Concluiu-se que T4 por si s j um indicador de mau prognstico e que nos tumores de grau II, a proliferao celular pode refletir o prognstico do tumor.
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O Cncer de colo uterino um dos tumores mais freqentes em mulheres brasileiras, assim como o cncer de mama. O desenvolvimento do cncer cervical e sua associao aos tipos oncognicos de Papilomavrus Humanos (HPV) est bem documentada, sendo esta infeco um fator necessrio para o desenvolvimento do cncer cervical. Os tipos de HPV 16 e 18 so os mais freqentemente relacionados a tumores invasivos, denominados, portanto de alto risco. Entretanto, outros fatores como atividade sexual precoce, nmero de parceiros sexuais, nmeros elevados de gestaes e partos, uso prolongado de contraceptivos orais, deficincia nutricional, tabagismo, baixo nvel scio econmico, baixa imunidade e outras doenas sexualmente transmissveis (DST) so fatores contribuintes para o desenvolvimento dessa patologia. Este estudo tem como objetivo conhecer a freqncia dos HPVs oncognicos 16 e 18 na populao de mulheres de uma rea geogrfica localizada na zona norte de Porto Alegre, bem como verificar as caractersticas associadas presena deste vrus e sua relao com leses do colo uterino. Trata-se de um estudo transversal cujo desfecho a positividade ao HPV, em especial HPV 16 e 18, em mulheres de uma rea geogrfica localizada na zona norte de Porto Alegre. Um total de 1004 amostras de material do colo do tero foi coletado para realizao do exame citopatolgico convencional e para a identificao do HPV-DNA atravs da tcnica da Reao em Cadeia da Polimerase (PCR). Colposcopia e bipsia foram realizadas sempre que a citologia estivesse alterada e/ou a PCR para o HPV-DNA fosse positiva. A freqncia de HPV e sua distribuio por faixa etria so descritas, bem como a sua associao com as variveis estudadas atravs das Razes de Chances (RC) estimadas por regresso logstica mltipla. Observou-se uma freqncia de HPV-DNA de 30,8% na populao estudada. Destas 17,8% so mulheres positivas para o HPV 16 e 5,5% para o HPV 18. O fato de mulheres no terem um companheiro fixo (Razo de Chance (RC) =1,42; Intervalo de Confiana (IC) de 95%: 1,10-2,00) mostrou-se associado com a positividade para outros HPVs. O HPV 16 mostrou uma associao positiva com mulheres mais jovens ( 34 anos) (RC=2,48;IC95%:1,22-5,05). Quanto ao HPV 18, as mulheres fumantes mostraram uma associao postiva com o desfecho (RC=3,57; IC95%:1,26 10,10). Os resultados mostramram uma elevada freqncia do HPV na populao analisada, onde o mais freqente foi o tipo oncognico HPV 16, o que pode ser muito til no planejamento da utilizao de vacinas para o HPV. Os achados tambm sugerem uma associao positiva de infeco pelo HPV em mulheres sem companheiro fixo e mulheres jovens com a infeco pelo HPV 16 e mulheres fumantes com a infeco pelo HPV 18.
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Introduo: A soluo de UW (University of Wisconsin) tem sido utilizada como padro para preservao de enxertos hepticos para transplante ortotpico de fgado (TOF) desde 1990. Seu custo alto, e no existem, em nosso meio, estudos clnicos que comparem a sua efetividade com a de outras solues. A soluo de HTK (histidina-triptofano-cetoglutarato) foi desenvolvida inicialmente para cardioplegia, porm estudos experimentais e alguns estudos clnicos retrospectivos demonstraram sua eficcia na preservao heptica, mesmo com tempos de isquemia prolongados. Objetivos: Comparar a efetividade das solues de preservao de rgos HTK e UW com relao as variveis: disfuno primria do enxerto (DPE), tempo de isquemia fria (TIF), complicaes de via biliar (CVB), alteraes de provas funcionais hepticas (PFH) e sobrevida do enxerto e dos pacientes. Mtodo: Foram estudados os fgados de doadores de mltiplos rgos, implantados nos receptores pela tcnica de piggyback, segundo ordem cronolgica de ingresso em lista de espera no RS no perodo janeiro de 2003 a agosto de 2004. As solues de preservao HTK e UW foram utilizadas de forma randomizada em blocos. A perfuso na aorta foi feita com 4 litros de HTK ou 2 litros de UW e a perfuso venosa portal com 1 litro de ambas as solues, utilizando-se 500 ml para perfuso venosa e arterial adicional ex-situ e armazenagem do enxerto. Realizou-se bipsia heptica em cunha do lobo esquerdo quando a esteatose macroscpica estava presente. A anlise bioqumica srica foi diria na primeira semana e, em 15 e 30 dias ps-operatrios. Resultados: Foram estudados 102 pacientes submetidos ao TOF, sendo 65 no grupo UW (63,7%) e 37 no grupo HTK (36,3%). As frequncias de sexo, raa, estado hemodinmico, o uso de vasopressores e a presena de esteatose nos doadores foram igual nos dois grupos (p>,05). A idade mdia dos doadores foi de 38,1 anos (DP +-14,4) no grupo UW e de 44,6 anos (DP +-14,2) no HTK (p=,036). A distribuio de sexo, raa, idade, etiologia da cirrose, re-transplante, hepatite fulminante, trombose portal e escore de Child-Pugh dos receptores foi igual nos dois grupos (p>,05). O grupo HTK teve 8 casos (25,8%) de CVB (4 estenose, 2 fstulas e 2 leses do tipo isqumica) contra 5 casos (8,6%) do grupo UW (p=,033) em 89 pacientes que completaram 4 meses de seguimento (OR=2,0; IC 95%=1,2 a 3,5). A mdia do TIF nos dois grupos foi semelhante (UW= 579,2 min.; HTK= 527,9 min. p>,05) e no houve diferenas nas incidncias de CVB, DPE e bito com relao a TIF estratificados entre os grupos. No houve variao nas medianas das PFH (p>,05 para BT, AST, ALT, FA, GGT, LDH, Fator 5 e TP). A incidncia de bito foi similar em ambos os grupos: UW= 6 (9,4%) e HTK= 4 (11,1%). A incidncias de DPE foi de 2,8% no grupo HTK (1 caso) e 9,4% no grupo UW (6 casos) (p=0,15), dos quais 5 (71,4%) evoluram para o bito por no funcionamento primrio do enxerto, com ou sem outras morbidades. Concluso: As solues de UW e HTK foram igualmente efetivas na preservao dos enxertos hepticos de doadores cadavricos na amostra analisada, considerando-se aspectos clnicos, laboratoriais e sobrevida dos pacientes e dos enxertos. A utilizao rotineira da soluo de HTK poder diminuir os custos do TOF. A mdia de idade maior dos doadores e a utilizao de um volume reduzido de soluo podem ter contribudo para uma incidncia maior de CVB no grupo HTK.
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Introduo: As doenas mitocondriais apresentam caractersticas heterogneas devido prpria natureza e funo da mitocndria, que possui o seu prprio DNA (mtDNA). A disfuno mitocondrial pode afetar um nico rgo ou ser uma doena multissistmica, de manifestao na infncia ou na vida adulta, podendo ter um padro de herana materna ou mendeliana. O diagnstico complexo e requer uma investigao criteriosa, passo-a-passo, com ateno a histria clnica, exames laboratoriais, neuroimagem e, muitas vezes, a bipsia muscular para anlise histoqumica, bioqumica e gentica. A anlise molecular fundamental na definio do diagnstico e os protocolos propostos at o momento so, geralmente, direcionados para um grupo de pacientes com caractersticas clnicas homogneas. Objetivos: os objetivos deste trabalho foram: a) propor um protocolo combinando dados clnicos e laboratoriais para indicar a melhor forma de investigao molecular de pacientes com suspeita clnica de doena do DNA mitocondrial, b) Comparar os achados clnicos e laboratoriais nos pacientes com e sem mutao no mtDNA, c) avaliar quais so os fatores clnicos preditivos de mutao no mtDNA que podem ser utilizados como sinalizadores para o mdico decidir quando deve ser realizado um procedimento diagnstico invasivo e de alto custo, c) estimar a proporo de mtDNA mutado, atravs da tcnica PCR em tempo real em um grupo de pacientes com deleo, correlacionando com a idade de incio dos sintomas e gravidade de manifestaes clnicas, d) relatar achados de RNM com espectroscopia por emisso de prtons em pacientes com deleo no mtDNA. Pacientes, material e mtodos: Foram selecionados, no ambulatrio de doenas mitocondriais do HCPA, 43 pacientes com suspeita clnica de doena mitocondrial. Esse pacientes foram submetidos anlise, por etapas, de 5 mutaes de ponto no mtDNA de leuccitos, de deleo no mtDNA de msculo e ao sequenciamento do tRNAleu e tRNAlys. Os pacientes com resultados positivos e negativos para mutaes do mtDNA foram ento comparados em relao s suas caractersticas clnicas e laboratoriais. Foram selecionados 11 pacientes para a determinao da percentagem relativa de deleo do mtDNA no tecido muscular e 3 pacientes para a descrio da RNM com espectroscopia. Resultados Foram encontradas mutaes no mtDNA em 17 pacientes (39.9%) distribudas da seguinte forma: 4 pacientes com MELAS (A3243G), 1 paciente com sndrome de Leigh (T8993C) e 12 pacientes com delees no mtDNA. As caractersticas significativamente mais freqentes no grupo de pacientes com mutao no mtDNA comparados com os demais foram: miopatia (p=0,032), retinopatia pigmentar (p=0,007), oftalmoplegia e ptose (p=0,002), baixa estatura (p=0,04), hipotrofismo (p=0,033) e acidose ltica (p=0,006). A quantificao do mtDNA pela tcnica de PCR em tempo real foi realizada em 11 amostras de msculo de pacientes com deleo no mtDNA e com diferentes manifestaes clnicas. No houve correlao entre a percentagem relativa de deleo no mtDNA com os fentipos clnicos (PEO, KSS e encefalomiopatia associado doena multissistmica), bem como com a idade de incio das manifestaes clnicas. A RNM com espectroscopia por emisso de prtons realizada em trs pacientes com deleo no mtDNA associada a um quadro clnico no clssico mostrou achados distintos para cada paciente, sendo comum a todos as leses cerebrais e a presena do pico invertido de lactato. Concluses - A criteriosa seleo clnica e laboratorial se mostrou apropriada e o protocolo empregado se mostrou eficiente, uma vez que a mutao no mtDNA pode ser detectada em 17 dos 43 pacientes com suspeita de doena mitocondrial. Os pacientes positivos para deleo no mtDNA apresentaram algumas caractersticas clnicas preditivas para doena do mtDNA, o que pode ser importante na indicao de um procedimento invasivo (bipsia muscular) e de alto custo. A tcnica e PCR em tempo real pode ser utilizado para quantificar a percentagem relativa de mtDNA deletado, porm para o diagnstico das delees, essa tcnica deve ser realizada de forma complementar tcnica tradicional (Southern blot). O nmero amostral ainda pequeno para correlacionar a quantidade relativa de mtDNA deletado com as sndromes mitocondriais clssicas e no clssicas. A RNM com espectroscopia por emisso de prtons, por possibilitar a deteco do lactato cerebral, parece ter utilidade na avaliao clnica de pacientes com suspeita clnica de doena mitocondrial, mesmo quando o quadro no clssico.
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Com o objetivo de investigar o padro dos aminocidos plasmticos e intracelulares em 15 indivduos normais e em 50 pacientes urmicos em tratamento conservador, em hemodilise (HD) e em dilise peritoneal ambulatorial contnua (CAPD) foram obtidas em jejum amostras de sangue venoso e, por bipsia, amostras musculares do msculo quadrceps femoral. Todas as amostras foram analisadas atravs de cromatografia lquida de alta performance (HPLC). A avaliao nutricional dos indivduos normais e dos pacientes urmicos teve por base peso, altura, peso corporal relativo, ndice de massa corporal magra e de gordura foram analisadas pela Bioimpedncia, albumina srica, taxa de catabolismo protico e nitrognio ureico. Os resultados do estudo demonstraram que, entre os aminocidos plasmticos essenciais de cadeia ramificada, a leucina (p=0,006) e a valina (p=0,002) eram baixas nos pacientes urmicos, principalmente em tratamento conservador. Os outros aminocidos plasmticos essenciais: triptofano foi mais baixo nos urmicos, principalmente em HD (p<0,0001), a tirosina mais baixa nos urmicos, principalmente, em tratamento conservador (p=0,008) e a metionina mais baixa nos pacientes em HD (p=0,027). Com relao aos aminocidos plasmticos no-essenciais, a serina estava mais baixa em todos os pacientes urmicos, principalmente nos HD (p<0,0001) e a citrulina estava elevada em todos os pacientes urmicos, principalmente em HD (p=0,036). Quanto aos aminocidos intracelulares essenciais, a valina (p=0,001) e a leucina (p=0,003) estavam baixas nos pacientes urmicos, principalmente, em CAPD; j no grupo em tratamento conservador estava baixa a concentrao de lisina (p=0,049) e alto a concentrao de triptofano (p<0,0001). Com relao aos aminocidos intracelulares no essenciais, a serina estava baixa em todos os grupos de urmicos (p=0,008), principalmente em CAPD e a arginina mais elevada, principalmente em HD (p=0,002). mais alta em relao aos demais grupos urmicos. Em concluso, nessa populao de pacientes urmicos relativamente bem nutrida, redues ou elevaes significativas de aminocidos plasmticos nem sempre foram acompanhados de altos ttulos a nvel intracelular. Entretanto, valina e leucina estiveram reduzidos nos tres grupos urmicos tanto a nvel plasmtico como intracelular. No foi observada correlao entre o grau de acidose metablica (concentrao de bicarbonato srico) e as concentraes dos aminocidos de cadeia ramificada, valina, leucina e isoleucina nos indivduos urmicos.
Resumo:
Introduo e Objetivo: o gene TP53 o alvo isoladamente mais comum de mutao em tumores humanos. Est envolvido no bloqueio do ciclo celular, reparo ao DNA, diferenciao celular e apoptose, em resposta ao dano gentico. O exame de imuno-histoqumica (IHQ) pode detectar o acmulo da protena p53 no ncleo celular, indicando mutao. Esta mutao tem sido associada a comportamento agressivo nos carcinomas prostticos. O conhecimento das caractersticas histolgicas deste carcinoma permite o estabelecimento de critrios diagnsticos anatomopatolgicos e de graduaes histolgicas que visam a um melhor atendimento dos pacientes com a doena. O estudo da relao entre os achados de biologia molecular e as caractersticas histolgicas desta neoplasia leva a um maior conhecimento de mecanismos que produzem as alteraes morfolgicas teciduais, auxiliando na identificao de novas variveis promissoras na determinao do comportamento biolgico da doena. Material e Mtodo: foram examinadas amostras de 101 exames de bipsias por agulha da prstata, de setenta pacientes com carcinoma, atravs de lminas coradas pelo HE, selecionados de 500 exames consecutivos. Obtiveram-se novos cortes dos mesmos blocos de parafina, sendo estes corados pela tcnica de IHQ, utilizando o anticorpo monoclonal DO7 para p53, em 69 dos pacientes. Foram anotados, para estudo de associao, os achados morfolgicos de carcinoma, o padro da colorao IHQ para p53, a presena de invaso de nervos (IN) pelas coloraes HE e de IHQ para protena S100 e algumas caractersticas clnico-laboratoriais dos pacientes com carcinoma prosttico. Resultados: dentre as formas de aferir a positividade IHQ da p53, a imunorreatividade em grupamento foi o padro que melhor se correlacionou com os achados clnico-patolgicos examinados: PSA srico, escore de Gleason, quantidade de tumor na amostra (p<0,01) e presena de invaso de nervo. Dentre os critrios diagnsticos estudados, houve associao estatisticamente significativa da imunorreatividade em grupamento para p53 com as presenas de microndulos de colgeno e mais de um nuclolo proeminente no mesmo ncleo de clula neoplsica. Quanto IN, apenas quando a mesma foi identificada com a tcnica de IHQ (protena S100), houve associao estatisticamente significativa. Concluso: o padro de imunorreatividade em grupamento mostra-se superior aos demais quando comparado aos achados anatomopatolgicos com valor preditivo em bipsias e com o valor do PSA srico. A associao estatisticamente significativa entre a imunorreatividade em grupamento para p53 e a presena de IN detectada com a utilizao da protena S100 contrasta com a ausncia de significncia quando a IN identificada na histologia convencional (HE). Estes achados recomendam novos estudos para verificar a utilidade da determinao IHQ da IN no prognstico da doena e para identificar o mecanismo molecular de invaso de nervos de pequeno tamanho que no so facilmente identificados no HE. A presena da associao da positividade IHQ para p53 com microndulos de colgeno igualmente recomenda novos estudos clnicos e moleculares para esclarecimento da relao deste achado histolgico com o comportamento biolgico do carcinoma prosttico.
Resumo:
Resumo no disponvel.
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Objetivo: determinar a viabilidade da identificao do linfonodo-sentinela em pacientes com cncer invasor de colo uterino estdio Ib1. Material e Mtodos: 16 pacientes consecutivas com cncer de colo uterino agendadas para histerectomia radical com linfadenectomia plvica bilateral realizaram estudo para deteco de linfonodo-sentinela. Onze pacientes injetaram 1 mCi de tecncio 99 (99Tc) em quatro pontos do estroma superficial do colo uterino ao redor do tumor, s 12, 3, 6 e 9 h ( 16 horas antes da cirurgia ). No dia da cirurgia, as pacientes foram submetidas ao mapeamento linftico com gamma-probe e azul patente injetado nos mesmos pontos que o 99Tc.Cinco pacientes realizaram a deteco apenas com azul patente. Resultados: foi detectado pelo menos um (1 a 3 por paciente) linfonodo-sentinela em cada uma das 15 pacientes (93,7 %) que realizaram a tcnica combinada.Foi detectado pelo menos 1 linfonodo-sentinela em 4 pacientes ( 80% )com azul patente apenas. A maioria dos linfonodos-sentinela foi localizada nas regies: obturadora (37 %), ilaca externa (22,2 %) e inter-ilacas (18,5 %). Seis pacientes (40 %) tiveram linfonodos-sentinela bilaterais. Dos 27 linfonodos-sentinela detectados, 11 (40,7 %) foram detectados pelo corante, 9 (33,3%) pela radioatividade e 7 (26 %) pela radioatividade e corante. O ndice de deteco intra-operatria com o gamma-probe foi de 90,9 % ( 11 pacientes ). Destes, 7 linfonodos foram azul e quente (31,8 %), 6 linfonodos foram apenas azuis (27,2 %) e 9 linfonodos foram apenas quentes (40,9 %). A sensibilidade, especificidade e valor preditivo negativo para a deteco do linfonodo-sentinela foram 100%, 85,7 % e 100 % respectivamente. Concluso: A combinao do radiofrmaco 99Tc e azul patente efetiva na deteco do linfonodosentinela em cncer de colo uterino inicial.
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Objetivo: Avaliar a acurcia da colposcopia utilizando a Classificao Colposcpica Internacional de 2002. Mtodos: 3040 pacientes de populao geral foram rastreadas para patologia cervical atravs de exame citopatolgico, captura hbrida para HPV de alto risco e inspeo cervical. As colposcopias que resultaram em bipsia (n=468) executadas no rastreamento e acompanhamento destas pacientes foram gravadas, revistas por dois colposcopistas cegados e includas para anlise. Resultados: Os observadores apresentaram excelente concordncia (Kappa=0.843) no relato dos achados pela nova nomenclatura. A colposcopia apresentou sensibilidade de 86% e especificidade de 30.3% em diferenciar colo normal de colo anormal (LSIL, HSIL ou carcinoma); quando a colposcopia objetivava diferenciar colo normal ou LSIL de HSIL ou carcinoma, apresentou sensibilidade de 61.1% e especificidade de 94.4%. Os achados colposcpicos classificados como maiores pela nova classificao apresentaram valores preditivos positivos elevados para HSIL. Presena do achado colposcpico na zona de transformao e tamanho da leso estavam associados a HSIL. Bordas externas definidas, associao de mltiplos achados distintos e presena de zona iodo negativa no estavam relacionados gravidade das leses. Concluso: A colposcopia utilizando a Classificao Internacional de 2002 mostra-se um bom mtodo de rastreamento, mas como mtodo diagnstico apresenta falhas, no podendo substituir a avaliao histolgica. A categorizao em achados colposcpicos maiores e menores apresentada pela nova classificao adequada. Na realizao da colposcopia, importante tambm que a leso seja situada em relao zona de transformao e que seu tamanho seja indicado, j que estes foram fatores associados a leses de alto grau.
Resumo:
A dosagem do PSA associada ao toque retal (TR), figuram como os exames iniciais na deteco do cncer de prstata, sendo no raras vezes realizados no mesmo dia, sobretudo em campanhas de rastreamento. Sabe-se que diversos tipos de manipulaes sobre a prstata podem provocar elevaes na dosagem srica do PSA; o efeito do TR, contudo, no est totalmente esclarecido. O presente estudo foi realizado no Hospital de Clnicas de Porto Alegre, em outubro de 2000, e teve como principal objetivo estabelecer a influncia do TR sobre a dosagem srica do PSA total e de sua frao livre. A partir de uma amostra inicial de 253 indivduos, extrados de uma campanha anual para rastreamento do cncer de prstata (Quinzena de Prstata), realizou-se duas coletas de sangue intercaladas entre si por um TR. Para a anlise estatstica considerou-se significativo um p < 0,05. A mdia de idade do grupo foi de 61,5 anos, 80% dos quais de etnia caucasiana e cerca de 50% do total referindo-se assintomticos. A mediana do PSA pr-TR foi de 1,30ng/ml e a do ps-TR de 1,80ng/ml, sendo que aps o TR verificou-se uma elevao do PSA em mais de 80% dos indivduos (teste de Wilcoxon, p<0,0001). 1/5 da amostra (52 pacientes), dos quais 32 deles com PSAs 4ng/ml, evidenciaram aumentos iguais ou superiores a 1 ng/ml Sete pacientes ( 3% da amostra) com PSAs dentro do intervalo de normalidade (0-4ng/ml) antes do TR passaram a apresentar PSAs alterados aps o mesmo. O PSA livre obteve uma mediana percentual de aumentos proporcionalmente mais elevada que a do PSA total (183% para 26% do PSA total). Dentre as variveis estudadas, a idade demonstrou ser um dos principais fatores a influenciar os resultados (elevaes maiores proporcionais ao aumento das faixas etrias). Outros fatores como o volume prosttico e o achado de prostatite bipsia tambm foram relevantes. No nosso estudo, o tempo entre o TR e a segunda coleta de PSA no influenciou significativamente os resultados (6 a 330 min). Baseados nestes resultados recomendamos, pois, que em campanhas de rastreamento e em outras situaes equivalentes, o PSA seja coletado previamente ao TR e no aps este, a fim de evitar-se a utilizao de resultados no fidedignos.
Resumo:
Introduo: A histoplasmose uma infeco geralmente subclnica e autolimitada em pacientes imunocompetentes. A maioria dos pacientes com HIV apresenta a forma disseminada da doena, considerada definidora de aids. As manifestaes cutneo-mucosas da histoplasmose so variadas, dificultando o diagnstico. Mtodos: Estudo retrospectivo de 24 pacientes com diagnstico de histoplasmose, avaliados no servio de Dermatologia do Hospital de Clnicas de Porto Alegre, de 2000 a 2003 e, prospectivamente, mais 12 pacientes, atendidos em 2004 e 2005. A anlise considerou dados epidemiolgicos e demogrficos, bem como os parmetros clnicos, distribuio e morfologia das leses, contagem de clulas CD4+, terapia da micose e antirretroviral e se a doena foi a definidora de aids. Resultados: Vinte e seis (72%) doentes eram homens. A idade mdia foi 34 anos (17-58) e 16 pacientes (49%) tiveram seus diagnsticos realizados de dezembro a maro, no vero. A histoplasmose foi confirmada por bipsia cutnea em 33 casos e por cultura em 23 deles. Onze pacientes recebiam antirretrovirais no momento do diagnstico e a sua contagem de clulas CD4+ variou de 2 a 103 (mdia 29 clulas/mm). No houve diferenas significativas em relao a sexo, idade, mtodo diagnstico e uso de antirretrovirais entre a amostra retrospectiva e prospectiva. O nmero mdio de leses foi 2,7, variando de 1 a 7 tipos diferentes em um mesmo paciente. Ppulas com crosta e eroso/lcera de mucosa foram as mais frequentes, em 64% e 58% dos pacientes, respectivamente. Uma distribuio difusa foi a mais comum, em mais de 58% dos casos. Houve uma associao significativa entre a contagem de clulas CD4+ e a variabilidade morfolgica de leses por paciente, sendo que um menor polimorfismo de leses est associado a contagens mais baixas de clulas CD4+. Concluso: A familiaridade com as manifestaes dermatolgicas da histoplasmose importante para uma maior suspeio tanto da doena, quanto do prprio HIV. Ppulas com crostas difusas e eroso/lcera de mucosa, no vero, em pacientes com aids e contagem de clulas CD4+ menor do que 50 clulas/ mm so achados muito sugestivos de histoplasmose. Porm, de suma importncia a realizao de exames complementares para a excluso dos outros diagnsticos diferenciais. A maior variabilidade morfolgica das leses nos pacientes com menor comprometimento imunolgico (CD4 maior) poderia ser devido necessidade de um certo grau de imunidade na gnese das leses cutneas.