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Resumo:
A aplicação de herbicidas em pósemergência inicial e em pós-emergência dirigida pode causar injúrias às plantas de milho, quando estas são atingidas por produtos não totalmente seletivos. Como esses herbicidas são basicamente bloqueadores de processos metabólicos, surge a dúvida de quais serão os efeitos dessas injúrias na produção final de grãos de milho. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da fitotoxidade causada pela aplicação de herbicidas na fase inicial e na pós-emergência tardia da cultura e o seu efeito na produção de grãos. Foi utilizado o híbrido BRS 3123, em 12 tratamentos repetidos 4 vezes. Esses tratamentos consistiram da aplicação dos seguintes herbicidas: cyanazine + simazine + assist, aplicados nos estádios de crescimentos de 4 e 6 folhas e paraquat + extravon e ametryn + assist, aplicados no estádio de 12 folhas, em jato dirigido. Foram incluídos também testemunhas com e sem capinas, além dos tratamentos com retirada mecânica das folhas do 1o e do 1o ao 3o pares de folha. Foram avaliados: área foliar, matéria seca, teor de clorofila nas folhas, altura da planta e da inserção de espigas, diâmetro do colmo, índice de espigas, peso de 1000 grãos e produção de grãos. Observou-se que no no primeiro ano agrícola (94/95), as variáveis de crescimento não foram afetadas pelos tratamentos, ao passo que no ano seguinte, o melhor desenvolvimento das plantas foi obtido com a aplicação de cyanazine + simazine, enquanto que paraquat + extravon, ametryn + assist e testemunha sem capina, (devido ao efeito de matocompetição), resultaram nos piores tratamentos até a floração do milho. A maior produção de espigas e grãos no primeiro ano foi obtida com o tratamento cyanazine + simazine + assist, enquanto que, no segundo ano, paraquat + extravon e ametryn + assist proporcionaram as maiores produções, apesar das injúrias observadas na área foliar.
Resumo:
A utilização de herbicidas em pós-emergência inicial ou tardia em jato dirigido à cultura de sorgo cresceu muito com o aumento da área plantada da cultura. No entanto, estes herbicidas podem causar injúrias às plantas de sorgo, quando não são totalmente seletivos. Como esses herbicidas são basicamente bloqueadores de processos metabólicos, surge a dúvida sobre quais serão os efeitos dessas injúrias na produção final de grãos de sorgo. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da toxicidade à cultura causada pela aplicação de herbicidas na fase inicial e em pós-emergência tardia em jato dirigido e o seu efeito na produção de grãos. Este estudo foi conduzido durante os anos agrícolas 1994/95 e 1995/96, utilizando-se o híbrido BR 700, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com 12 tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram da aplicação da combinação dos seguintes herbicidas em diferentes doses: cyanazine + simazine com e sem óleo mineral, aplicados nos estádios de crescimentos de 4 e 6 folhas, e paraquat + espalhante adesivo e ametryn + óleo mineral , aplicados em jato dirigido no estádio de 12 folhas. Foram incluídas também testemunhas com e sem capina, além da retirada mecânica das folhas do 1º, 2º e 3º pares de folhas. Foram avaliados área foliar, peso da matéria seca da parte aérea, teor de clorofila nas folhas, altura da planta, diâmetro do colmo, estande, peso de 1.000 grãos, peso de panículas e produção de grãos. A aplicação de cyanazine + simazine + óleo mineral, no estádio de 4 folhas, reduziu drasticamente o estande das plantas de sorgo, nos dois períodos avaliados. O desenvolvimento das plantas, medido pela área foliar e pelo diâmetro do caule, foi pouco afetado, sendo os piores desempenhos verificados na testemunha sem capina e com a aplicação da mistura cyanazine + simazine. A redução no estande afetou diretamente a produção de panículas e de grãos. Os tratamentos que proporcionaram os mais altos rendimentos foram: paraquat + espalhante adesivo, ametryn + óleo mineral, retirada mecânica de folhas e cyanazine + simazine aplicados no estádio de 6 folhas. À exceção do tratamento cyanazine + simazine aplicado no estádio de 4 folhas, o uso de herbicidas em pós-emergência inicial e área total na cultura do sorgo mostrou-se seletiva . Mesmo quando houve injúrias, decorrentes da ação dos herbicidas, elas não foram suficientes para prejudicar a produção. O bom controle das plantas daninhas proveniente do uso dos herbicidas possibilitou ao sorgo expressar melhor seu potencial produtivo.
Resumo:
Este trabalho objetivou avaliar o efeito da simulação da deriva de doses crescentes do herbicida clomazone, em duas formulações, e de clomazone em mistura com ametryn, em laranjeira 'Hamlin', em dois estádios de desenvolvimento: pleno de florescimento e início da frutificação (frutos com até 2 cm de diâmetro). As avaliações basearam-se em possíveis alterações morfofisiológicas das plantas, com determinações do teor de clorofila total nas folhas, porcentagem de aborto de flores e frutos, além de análise tecnológica dos frutos (diâmetro transversal, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, índice de maturação e porcentagem de suco). Observou-se que apenas a simulação de deriva de clomazone, isolado ou em mistura com ametryn, equivalente a uma aplicação direta na dose comercial (100%), em laranjeira no estádio de desenvolvimento com frutos de até 2 cm de diâmetro, resultou em aborto de frutos, enquanto as derivas em menores concentrações e os demais tratamentos não resultaram em aborto de frutos em nenhum dos dois estádios da laranjeira. Os tratamentos utilizados não acarretaram qualquer alteração qualitativa no suco da laranja. Deriva de clomazone equivalente a doses acima de 50% da dose comercial, isolado ou em mistura com ametryn, causou pontos cloróticos e necróticos na casca dos frutos.
Resumo:
No ano agrícola 1996/97 foi conduzido, na Fazenda-Escola da Universidade Estadual de Ponta Grossa, em Ponta Grossa-PR, um experimento a campo com o objetivo de determinar o período crítico de prevenção da interferência das plantas daninhas sobre a cultura do feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris), em sistema de semeadura direta, associando esse período com a fenologia da planta. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 8, com quatro repetições. Os 16 tratamentos testados foram resultados da combinação de dois conjuntos de tratamentos de interferência das plantas daninhas: (1) inicialmente em convivência com as plantas daninhas (2) inicialmente sem convivência com as plantas daninhas, em sete estádios fenológicos do feijoeiro - V2, V3, V4, R5, R6, R7 e R8 - e uma testemunha em convivência durante todo o ciclo da cultura. O experimento foi instalado em uma área há oito anos sob plantio direto, com semeadura realizada de acordo com a tecnologia recomendada para a cultura, com adubações no sulco e em cobertura e tratamentos fitossanitários, para que os feijoeiros se desenvolvessem normalmente. O período crítico de prevenção da interferência ocorreu entre os estádios fenológicos V4 e R6, e a interferência das plantas daninhas durante todo o ciclo reduziu em média 71% o rendimento de grãos dos feijoeiros. Com relação à comunidade infestante, as dicotiledôneas representaram 61,3% das plantas daninhas, destacando-se as espécies Bidens pilosa e Richardia brasiliensis, com 30,6 e 16,6%, respectivamente; já as monocotiledôneas representaram 38,7% da comunidade infestante, com destaque para as espécies Digitaria horizontalis e Brachiaria plantaginea, com 23,6 e 14,3%, respectivamente.
Resumo:
Triumfetta semitriloba é uma planta daninha que apresenta nectários florais e extraflorais, sendo os últimos visitados por formigas que protegem a planta do ataque de insetos. O presente trabalho teve como objetivo descrever a ontogenia dos nectários extraflorais de T. semitriloba. Para isso, amostras de nectários em quatro estádios de desenvolvimento foram obtidas de plantas adultas, sendo o material submetido às técnicas usuais de obtenção de lâminas permanentes. Os nectários iniciam o seu desenvolvimento precocemente, com o surgimento de uma concavidade voltada para a face adaxial. Posteriormente, células protodérmicas dão origem a tricomas nectaríferos clavados, e subjacente se desenvolve um parênquima nectarífero vascularizado por floema e xilema, características comuns em nectários encontrados entre as Malvales. As células da cabeça dos tricomas nectaríferos apresentam vacúolos com compostos fenólicos, que possivelmente desempenham papel ecológico. Plastídios não ocorrem nos tricomas e são inconspícuos no parênquima nectarífero, o que possivelmente indica a sua importância secundária na secreção do néctar. O nectário senescente apresenta relativamente menos tricomas nectaríferos, que são penetrados por hifas de fungos que recobrem a concavidade nesse estádio. Para entendimento dos processos de secreção e eliminação do néctar, são necessários estudos ao microscópio eletrônico de transmissão.
Resumo:
No ano agrícola 2000/2001 foi conduzido, na Fazenda Experimental Gralha Azul/PUCPR, um experimento de campo com o objetivo de determinar o período crítico para prevenção da interferência das plantas daninhas sobre a cultura do milho, determinado com base na fenologia da cultura. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em arranjo fatorial 2x7, com quatro repetições. Os 14 tratamentos testados foram resultados da combinação de duas séries de tratamentos: com a cultura em períodos iniciais de crescimento em competição com as plantas daninhas, e com a cultura em períodos iniciais de crescimento sem competição; estes períodos iniciais foram caracterizados por estádios fenológicos da cultura do milho - V2, V4, V6, V8 e V10 - e duas testemunhas. O experimento foi instalado em uma área sob plantio direto, com semeadura realizada de acordo com a tecnologia recomendada para a cultura, com adubações no sulco e em cobertura e tratamentos fitossanitários, para que as plantas de milho se desenvolvessem normalmente. O período crítico de prevenção da interferência ocorreu entre os estádios fenológicos V2 e V7, e a interferência das plantas daninhas reduziu em média 87% o rendimento de grãos da testemunha em competição durante todo o ciclo da cultura em relação à testemunha sem competição com as plantas daninhas, por todo o ciclo. Com relação à comunidade infestante, as dicotiledôneas representaram 22,3% das plantas daninhas, destacando-se as espécies Taraxacum officinale, Senecio brasiliensis, Rumex obtusifolius e Bidens pilosa, e as monocotiledôneas, 77,7% da comunidade infestante, com destaque para Brachiaria plantaginea. O acúmulo de biomassa seca das plantas de milho, a população final e o número de espigas por planta não foram afetados pela interferência das plantas daninhas.
Resumo:
Dois experimentos foram conduzidos em casa de vegetação da Universidade Estadual de Maringá-PR, objetivando desenvolver metodologia alternativa para avaliar a absorção foliar e radicular de herbicidas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 11 e 5 tratamentos para os solos arenoso e argiloso, respectivamente, ambos os experimentos com quatro repetições, constituídos por plantas de B. plantaginea em dois estádios. O herbicida atrazine foi aplicado nas doses de 2,5 e 3,0 kg ha¹ em solos arenoso e argiloso, utilizando um pulverizador costal pressurizado por CO2. Os tratamentos foram constituídos por plantas protegidas com canudos plásticos em solo descoberto e plantas desprotegidas em solo coberto com papel-alumínio, associadas a condições de solo seco e úmido, ou em ambas as condições, acrescidas de irrigação de 20 mm apenas ao solo após aplicação. A absorção foliar da atrazine foi eficiente no controle de B. plantaginea com duas a três folhas em solo arenoso e argiloso, ao contrário do estádio de quatro a cinco folhas, onde houve necessidade de associar os efeitos da absorção foliar e radicular para se obter controle satisfatório. A irrigação de 20 mm ampliou o controle da absorção radicular de B. plantaginea em diferentes estádios de plantas, solo e umidade do solo. A metodologia apresentou-se viável como ferramenta alternativa para avaliação da absorção foliar e radicular de herbicidas, no controle de gramíneas em estádio inicial de desenvolvimento.
Resumo:
O uso de dessecantes na cultura do milho pode trazer benefícios para os agricultores, especialmente visando a disponibilização antecipada do solo para implantação de uma nova cultura, assim como o oferecimento antecipado do produto colhido ao mercado. Dentre os dessecantes disponíveis comercialmente, os herbicidas paraquat e diquat merecem destaque. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência dos herbicidas paraquat e diquat, aplicados como dessecantes em diversos estádios de desenvolvimento da cultura de milho, sobre parâmetros produtivos e incidência de doenças nos grãos de milho. O ensaio foi conduzido na Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, utilizando-se os seguintes tratamentos: aplicação de paraquat e diquat aos 14 e 7 dias antes e aos 7 dias depois do ponto de maturação fisiológica (MF), assim como na própria MF. Ambos os produtos foram aplicados na dosagem de 400 g ha-1. O cultivar de milho utilizado foi o BRS 3101. Aos 0, 3, 6, 9, 12 e 15 dias após a aplicação dos produtos foram coletados 30 grãos de seis espigas aleatórias, para determinação da umidade dos grãos e peso da matéria seca. Na colheita foram avaliados: altura da planta e da espiga, índice de espigas, produção de grãos e espigas e sanidade dos grãos. Os produtos testados não apresentaram diferenças de eficiência para a maioria dos parâmetros avaliados, embora visualmente tenha sido constatado que o paraquat age mais rapidamente do que o diquat na secagem do tecido foliar verde. Apesar disso, quando se detectou alguma diferença entre os dois produtos químicos, o diquat foi superior ao paraquat. Com relação às épocas de aplicação dos produtos, foi constatado que a aplicação dos dessecantes aos 14 dias antes da MF resultou em redução na produção de grãos, devido à diminuição no peso da matéria seca dos grãos, apesar de ter antecipado em dois dias a MF e em quatro dias a colheita. Esse fato ficou mais bem evidenciado com a aplicação do paraquat. A produção de grãos verificada nos tratamentos testemunhas se igualou à dos melhores tratamentos com os dessecantes. O uso do paraquat resultou em grãos com maior porcentagem de infecção por Fusarium subglutinans, patógeno causador dos grãos ardidos em milho. Com relação à época de aplicação dos dessecantes, 14 dias antes da MF foi a que tornou o milho mais suscetível ao ataque desse fungo.
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do condicionamento osmótico de sementes de soja sobre o desempenho da cultura e sua habilidade competitiva com as plantas daninhas. As sementes de soja, da variedade UFV 16, colhidas nos estádios fenológicos R8 e R8 + 15 dias, foram submetidas ao condicionamento osmótico em solução de polietileno glicol (PEG 6000), a -0,8 MPa e 20ºC, por 96 horas. Como testemunha foram utilizadas sementes sem tratamento de pré-embebição, colhidas nos mesmos estádios fenológicos. Em laboratório, a germinação e o vigor das sementes foram avaliados pelo teste-padrão de germinação, utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2x2, com quatro repetições. A campo foram realizados dois experimentos, utilizando sementes com e sem condicionamento osmótico, colhidas também nos estádios fenológicos R8 e R8+15, respectivamente. Em ambos os experimentos, utilizando o delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, foram avaliados os efeitos de diferentes períodos (0, 15, 30, 45, 60 e 125 dias após a emergência da soja) de convivência da soja com as plantas daninhas. Os maiores valores de germinação e vigor, de estande inicial e final e de rendimento de grãos foram observados nos tratamentos com as sementes condicionadas e colhidas no estádio fenológico R8. As demais características agronômicas avaliadas (altura de plantas, número de nós, número de vagens por planta, número de sementes por planta, número de sementes por vagem e peso de 100 sementes) não foram alteradas pelo condicionamento. O efeito competitivo cultura-planta daninha foi verificado pelos menores valores de biomassa seca de plantas daninhas, nos tratamentos em que foram utilizadas as sementes colhidas no estádio R8 e condicionadas osmoticamente.
Resumo:
A glutationa S-transferase (GST, EC 2.5.1.18) desempenha um papel importante na resposta do estresse causado por herbicidas nas plantas; é considerada uma enzima de desintoxicação, por metabolizar grande variedade de compostos xenobióticos, por meio da conjugação destes com glutationa reduzida, formando substâncias de baixa toxicidade. O milho (Zea mays) foi escolhido neste trabalho por apresentar problemas de injúrias quando submetido ao controle químico de plantas daninhas, por meio do uso de herbicidas. Esta pesquisa teve como objetivo determinar as alterações na atividade desta enzima em plantas de milho submetidas ao tratamento pelo herbicida glyphosate. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x4, com quatro tratamentos herbicidas (glyphosate nas concentrações de 1.000, 2.500 e 5.000 ppm e as plantas-controle tratadas com água) e quatro estádios de desenvolvimento (9, 16, 23 e 30 dias após a emergência), com cinco repetições. O herbicida foi aplicado na parte aérea das plântulas de milho. A parte aérea foi coletada às 24, 48 e 72 horas após a aplicação do herbicida e utilizada para a determinação da atividade da GST e do teor de lipoperóxidos. Foi verificado que os teores de lipoperóxidos não foram alterados pelo tratamento com o glyphosate, porém a atividade de GST aumentou na maioria dos tratamentos utilizados, indicando ter ação na degradação do herbicida glyphosate em plantas de milho.
Resumo:
As doses dos herbicidas são estabelecidas para uso em uma ampla variação de condições ambientais e de manejo das culturas. Contudo, algumas vezes, as doses de herbicidas podem ser reduzidas e, ainda assim, a interferência das plantas daninhas com a cultura pode ser suprimida. O objetivo deste trabalho foi testar a redução de dose para o herbicida acifluorfen + bentazon no controle de picão-preto (Bidens spp.) e guanxuma (Sida rhombifolia), em diferentes estádios de desenvolvimento das plantas daninhas, em relação à época de emergência da soja. Para isso, foi conduzido experimento em campo, em Passo Fundo - RS, cujos tratamentos constaram de quatro doses do herbicida (1,25; 1,5; 1,75; e 2,0 L ha-1), aplicadas em cinco combinações de estádios de desenvolvimento da cultura e das plantas daninhas, além de duas testemunhas, uma sem controle das plantas daninhas e outra em que estas foram arrancadas manualmente nas mesmas datas das aplicações/herbicidas. Considerando-se todas as situações testadas, o grau de controle de guanxuma variou entre 80 e 99% e o de picão-preto entre 78 e 99%. Constatou-se, para as duas espécies-alvo, que o melhor controle, considerando todo o ciclo, foi a aplicação em plantas daninhas com quatro folhas. Os resultados obtidos mostram que o incremento na dose de acifluorfen + bentazon, na faixa de 1,25 a 2,0 L ha-1, resulta em retorno linear positivo, em termos de produtividade da soja. A dose de rótulo de 2,0 L ha-1 foi a que se mostrou biologicamente mais eficaz; já doses próximas a 75% da dose de rótulo foram as que compensaram, economicamente, a adoção do controle.
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar os características fisiológicas taxa de fotossíntese líquida (A), taxa de transpiração (E), condutância estomática (gs) e eficiência do uso da água (WUE) e os índices de crescimento biomassa seca total (Wt) e índice de área foliar (L) para as culturas de soja (Glycine max) e feijão (Phaseolus vulgaris) e para as das plantas daninhas Bidens pilosa, Desmodium tortuosum e dois biótipos de Euphorbia heterophylla (um suscetível e outro resistente aos herbicidas inibidores da ALS), em duas épocas de avaliação: 39 e 67 dias após a semeadura (DAS). O experimento foi conduzido a campo em um Argissolo Vermelho-Amarelo, fase terraço, utilizando-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, sendo o fator da parcela principal as espécies vegetais e o da subparcela as épocas de avaliação, com quatro repetições por tratamento. Foi observado maior Wt da soja em relação às plantas daninhas. As culturas de soja e feijão apresentaram maior L do que as plantas daninhas. Os biótipos de E. heterophylla apresentaram a maior A, bem como a maior gs. Com exceção de D. tortuosum, as plantas daninhas apresentaram maior WUE em relação às culturas nos estádios iniciais de desenvolvimento. Não foram observadas diferenças em relação a qualquer parâmetro fisiológico avaliado entre os biótipos de E. heterophylla.
Resumo:
A supressão da infestação de plantas daninhas por espécies cultivadas como culturas de cobertura pode ocorrer durante o desenvolvimento vegetativo das espécies cultivadas como cultura de cobertura, nos estádios precoces de desenvolvimento, ou após a sua dessecação. Efeitos de competição e alelopáticos exercidos durante a coexistência das plantas de cobertura com as espécies daninhas podem ser responsáveis pelo efeito supressivo. Dois experimentos foram realizados a campo, em 1999/2000 e 2000/2001, na área experimental da Faculdade de Agronomia da UFRGS, em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições, objetivando determinar os efeitos de plantas vegetando de genótipos de sorgo, com capacidade distinta de produção de extratos radiculares hidrofóbicos, sobre a supressão de plantas daninhas. Em 1999/2000, os tratamentos foram constituídos pelos genótipos de sorgo RS 11, BR 601 e BR 304, representantes de três classes de produção de extratos radiculares hidrofóbicos em laboratório, pelo genótipo de milheto Comum RS e por uma testemunha sem culturas. Em 2000/2001, os tratamentos foram resultantes da combinação do fator genótipo e do fator posição das plantas daninhas (linha ou entrelinha das culturas). Nos dois anos experimentais, a densidade e o crescimento de plantas daninhas (SIDRH, BIDSS e BRAPL) foram semelhantes entre os genótipos de sorgo e entre estes e o do milheto. Isso ocorreu independentemente do local avaliado, na área total ou individualmente nas linhas e entrelinhas das culturas, indicando ausência de efeito supressor de exudatos hidrofóbicos a campo. No primeiro ano, aos 30 dias após a semeadura, reduções de 41% de infestação e de 74% de massa seca total de plantas daninhas foram observadas, comparando-se os tratamentos cobertos com culturas à testemunha sem culturas, enquanto no segundo ano, aos 14 dias após a semeadura, não foram observadas diferenças entre a área onde havia plantas de sorgo ou milheto e a testemunha descoberta. A densidade de plantas daninhas nas linhas foi inversamente proporcional à população de plantas vivas de sorgo nesse local.
Resumo:
Leonotis nepetaefolia é uma espécie daninha comum em cultivos de milho no sistema de plantio direto, com intensa produção de sementes na entressafra. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a germinação das sementes desta espécie provenientes de glomérulos coletados em diferentes estádios de maturação e posição na planta, bem como a sua qualidade depois de 15 meses de armazenamento. Foram realizados três ensaios em laboratório, avaliando-se a germinação e o índice de velocidade de emergência. O primeiro e o segundo ensaio foram realizados logo após a coleta das sementes, e o terceiro, 15 meses depois. O tratamento para superação da dormência foi testado apenas no primeiro ensaio. Quando as sementes foram avaliadas logo após a coleta, maior germinação foi obtida com sementes de glomérulos secos na posição lateral. Decorridos 15 meses da coleta das sementes, os glomérulos nas posições apical e lateral apresentaram maiores percentuais de germinação, não ocorrendo diferenças entre os estádios de maturação. Com o armazenamento, houve aumento do potencial germinativo das sementes. A metodologia utilizada na superação de dormência de Leonurus cardiaca - submetendo as sementes ao pré-resfriamento à temperatura na faixa de 7 a 10 ºC, durante sete dias, na ausência de luz não foi adequada para a espécie em questão.
Resumo:
O leiteiro (Peschiera fuchsiaefolia) é uma infestante de pastagens de importância para as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, cuja dispersão ocorre por sementes. Com o objetivo de avaliar a qualidade fisiológica das sementes de leiteiro, em função do estádio de maturação e armazenamento dos frutos, foram colhidos frutos em cinco regiões diferentes, constituindo cinco acessos: lote 1-Vitoriana/SP, lote 2-Botucatu/SP, lote 3Bauru/SP, lote 4-São Manuel/SP e lote 5-São Pedro/SP. Cada lote de sementes foi avaliado individualmente, seguindo-se o delineamento estatístico inteiramente casualizado, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 2x4, sendo dois períodos de armazenamento dos frutos (0 e 7 dias após colheita) e quatro estádios de maturação (verde-oliva, verde-limão, alaranjado-fechado e alaranjado-aberto). A polpa dos frutos foi retirada e as sementes extraídas mediante fricção em peneira sob água corrente. As sementes foram colocadas para germinar a 30 ºC com 8 h de luz, sendo as contagens realizadas semanalmente até os 42 dias do início do teste. Os resultados dos testes da primeira contagem de germinação, IVG e condutividade elétrica mostraram que o vigor das sementes foi superior em frutos colhidos nos estádios finais de maturação e que, de modo geral, o armazenamento dos frutos prejudicou a qualidade das sementes.