994 resultados para Azevedo, Aluísio 1857-1913 Personagens


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O intuito do presente texto é destacar na trajetória de Anísio Teixeira ciclos que permitem observar momentos, idéias e fases de sua biografia. Para tanto, vale observar que a idéia de ciclos não se refere apenas a uma forma de delimitação biográfica da vida de Anísio, pois visa colocar em perspectiva o modo de constituição do pensamento e das posições desse educador. Desse modo, a sua correspondência com Fernando de Azevedo e Monteiro Lobato é tomada como produção que atravessa diferentes fases de sua trajetória, permitindo observar o quanto suas posturas e convicções se preservam ou são alteradas ao longo do tempo, em especial durante o período em que esteve afastado da vida publica entre 1936 e 1946.

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A minha proposta neste texto é apresentar os procedimentos de leitura de álbum de postais que pertenceu a uma ítalo-brasileira, o qual contém cartões postais recebidos entre 1911 e 1942. Mostro que, além das imagens e dos textos que traz, esse álbum é acima de tudo uma construção da memória de si, no caso a memória de sua autora: Carolina Attanasio. Sua leitura permite ter acesso privilegiado à sensibilidade de um período, propiciando entender de forma mais aguda como se articula vida pessoal com acontecimentos mais gerais.

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O artigo desenvolve uma reflexão acerca da contribuição de Fernando Azevedo para a institucionalização da sociologia no Brasil, dando ênfase também a seu papel no processo de modernização ocorrido no país entre as décadas de 1930 e 1960. Nesse sentido, o trabalho procura articular “texto” e “contexto”, como uma opção metodológica, e aponta como hipótese principal que a trajetória institucional e as obras de Azevedo representam um caminho profícuo para se revisar criticamente algumas das explicações canônicas sobre a história das Ciências Sociais no Brasil. Em particular, são destacadas aquelas interpretações que abordaram o tema privilegiando o processo de institucionalização como viés explicativo, inclusive, dando ênfase à década de 1960 como o seu marco inicial. Como resultado do ângulo adotado foi possível chegar a uma versão distinta, ainda que preliminar, dessa história, mostrando que Fernando de Azevedo ocupou um lugar destacado tanto para a institucionalização das Ciências Sociais quanto para o processo de modernização do país.

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O principal objetivo do presente trabalho é registrar e compreender a trajetória do Projeto Comédia Popular Brasileira (CPB) e, consequentemente, da Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes por meio das personagens criadas durante 15 anos de pesquisa estética (1993-2008). São objetos de análise os projetos específicos desenvolvidos a cada fase do Projeto CPB, suas respectivas peças e espetáculos, concepções de personagens, o trabalho e formação dos atores e a relação estabelecida com o alvo principal de sua vida teatral: o público. Em sua primeira fase (1993-1997) - VER, a Fraternal cria personagens-tipo brasileiras, influenciada pelos comediógrafos Martins Pena, Artur Azevedo e Ariano Suassuna, retomando o diálogo com os tipos fixos da commedia dell´arte. Na segunda fase (1998-2001) - OUVIR, as personagens-tipo cedem o protagonismo às personagens inspiradas nas festas populares medievais, pautadas no estudo teórico de Mikhail Bakhtin. E, na terceira fase (2002-2008) - IMAGINAR, atores saltimbancos apresentam as personagens por meio da narração e da representação. Neste período, a Cia. aprofunda sua prática no jogo cênico estabelecido entre personagens, atores e narradores para a construção dramatúrgica e interpretativa de seus espetáculos, inspirada em Bertolt Brecht e Luigi Pirandello. A escolha de personagens como interlocutoras dos anseios e da história do povo brasileiro refletiu, desde o início, a específica visão de mundo e de cultura popular adotada pela Fraternal, referendada no ponto de vista contrário ao da classe dominante, o da classe dominada. Dario Fo (1999), Mikhail Bakhtin (1987), Walter Benjamin (1994) e Bertolt Brecht, pautados tanto no que concerne a uma apreensão da encenação e da interpretação cômica, quanto a seus posicionamentos críticos perante a atividade artística, foram essenciais à compreensão da trajetória da Cia.

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Em Pelos olhos do menino de engenho, a socióloga Carla de Fátima Cordeiro busca identificar um pensamento social relativo à questão racial no Brasil na década de 1930, a partir da análise dos personagens negros presentes na obra de José Lins do Rego. Descendente de senhor de engenho, o escritor paraibano, ao lado de Gilberto Freyre, foi um dos mais destacados participantes do Movimento Regionalista Nordestino, que defendia os verdadeiros valores brasileiros, baseados na ordem social anterior: latifundiária, escravista e açucareira. Lins do Rego criou seus principais romances, considerados fortemente autobiográficos, entre 1934 e 1942, época em que as velhas estruturas econômicas e de relações sociais dos engenhos de cana-de-açúcar se encontravam em franco declínio. A autora traz à luz um processo fundamental da História do país, concluindo que o processo de decadência dos velhos modos de produção refletiu-se na narrativa dos romances, em que a violência, principalmente contra os subalternos negros, tornou-se cada vez mais presente. Dessa forma, ela demonstra como a ficção literária expressou o comportamento do poder patriarcal, que passou a sentir-se ameaçado pela inevitável introdução do trabalho livre.

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Alessandra Santos Nascimento discute, neste livro, o papel desempenhado por Fernando de Azevedo (1894-1974) na institucionalização da Sociologia no país, refletindo também acerca de atuação do sociólogo, professor e escritor mineiro radicado em São Paulo no processo de modernização do Brasil entre as décadas de 1930 e 1960. A pesquisadora lança a hipótese de que a trajetória institucional e a obra de Fernando Azevedo - que escreveu perto de duas dezenas de livros e centenas de ensaios e artigos, principalmente para o jornal O Estado de São Paulo - demonstram que a história das Ciências Sociais no Brasil demanda uma interpretação diferente da que hoje vigora quase como um cânone: a de que sua institucionalização teria ocorrido a partir da década de 1960. Para a autora, a atuação de Azevedo mostra que tal processo começou bem mais cedo: no fim dos anos 1920 ele já despontara como significativo intérprete da cultura nacional, apaixonado humanista e importante construtor institucional do que aos poucos se tornariam as Ciências Sociais brasileiras.

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O objetivo da autora aqui é discutir como se dá, no trabalho da romancista e contista escocesa Muriel Spark (1918-2006), a constituição das personagens femininas e a forma como estas veem a si mesmas e aos outros. A análise tem como base a coletânea composta de 41 contos publicada em 2001 sob o título de All the Stories of Muriel Spark (inédita no Brasil), cujas narrativas, em sua maioria, já haviam sido publicadas anteriormente em outras coletâneas ou em outros meios, como jornais e revistas. A autora também estuda nos contos o modo como os textos da escritora revelam sua visão peculiar do mundo e dos indivíduos, que foi se tornando mais amarga, embora mais compreensiva, com o passar do tempo. As narrativas curtas sparkianas se distinguem por refletir os diferentes contextos históricos vividos pela escritora: há contos que têm como ambiente a África, onde ela viveu nos anos 1930 e 1940, outros que se passam na Europa do pós-guerra e ainda os contos escritos mais recentemente. De passagem, a pesquisadora também analisa o engajamento político e ideológico de Muriel Spark, cuja vida conflituosa não a impediu de alcançar considerável sucesso de crítica e público nos países de língua inglesa. Sua obra-prima, o romance Primavera de Miss Jean Brodie (1961), foi adaptada para o cinema - o filme foi exibido no Brasil sob o título Primavera de uma Solteirona

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This article is the result of research that aimed to analyze the presence of black characters in children's literature books selected by the National Program of School Library (PNBE) in 2010. Besides the analysis of the collection of the Program, the research subjects were students of second and fifth years from Public Elementary School in a town in the state of São Paulo. The findings indicated that only eight books addressed to the topic. Students of black ancestry recognized, through interviews and discussions in groups, absence of black characters that could be references for the construction of ethnic identity among other manifestations.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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A fase compreendida pelos historiadores como fase de consolidação ou profissionalização da imprensa, início da República até a década de 30, corresponde a um período relevante da atuação do escritor Monteiro Lobato (1882-1948) como jornalista. O intuito de se abordar os artigos publicados no jornal O Estado de S. Paulo, periódico fundado em 1875 como baluarte das questões ideológicas republicanas, permite situar o início da produção de Lobato em 1913. O limite de 1930 justifica-se pelo momento histórico, ou seja, a transição de um país rural para um estado em franca urbanização com o advento da era Vargas. Como veículo fugaz, o jornal apresenta-se como oportunidade para se rever uma faceta menos literária do escritor. A observação do conjunto de textos produzidos como artigos para O Estado entre os anos de 1913 e 1923 revela um escritor em fina sintonia com o veículo do qual participava e ajudava a construir, fosse na esfera dos ideais, fosse no círculo das atividades exercidas dentro do jornal. Lobato é, com efeito, um jornalista participando ativamente dos ideais políticos e sociais de um grupo cuja influência extrapolava a tão autoproclamada neutralidade do jornal. Havia um projeto de país em boa parte comum a escritor e jornal, ou melhor, entre o publicista atento e o periódico bem sucedido. Uma velha praga, Urupês ou o quase não lembrado Entre duas crises são textos que, postos lado a lado e lidos na seqüência e freqüência que surgem em O Estado, compõem um mosaico esclarecedor da visão projetada por Lobato e por um grupo de intelectuais cuja ação pública, política, identifica-os como grupo do Estado

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Esequiel Gomes da Silva reúne neste livro vários textos jornalísticos do maranhense Artur Azevedo, considerado o primeiro grande dramaturgo brasileiro. O período focado por Silva foi um dos mais fecundos na carreira jornalística do escritor, que através de suas crônicas traçou, com verve e simpático distanciamento, um amplo painel da sociedade e da vida política e cultural do Rio de Janeiro, a efervescente capital imperial. O livro traz, além das crônicas publicadas nesse período - transcritas integralmente, com ortografia atualizada - uma percuciente análise sobre a produção intelectual de Artur Azevedo, enfatizando, porém, sua atuação enquanto crítico de jornais. A obra ainda oferece uma caracterização geral das crônicas e se debruça sobre o processo de elaboração formal e sobre os recursos de comicidade utilizados pelo escritor. O trabalho também possibilita compreender como essas crônicas serviram de ferramenta de intervenção artística, cultural, política e social, terminando por mostrar um Artur Azevedo surpreendentemente engajado nos assuntos do país e empenhado no fortalecimento da cultura brasileira

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Esse texto é resultado das análises preliminares do projeto de pesquisa intitulado: Literatura infantil e a presença da criança negra: uma análise dos livros de literatura infantil recomendados pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) de 2010, que tem como objetivo analisar a presença dos personagens negros nos livros de literatura infantil recomendados pelo Programa Nacional Biblioteca Escolar (PNBE) no ano de 2010, com o objetivo de compreender como as crianças do primeiro e do quinto ano do ensino fundamental I veem a presença do personagem negro na literatura infantil. A escolha pela série inicial e pela série final do ensino fundamental I tem a intenção de investigar se as percepções acerca dos personagens negros são diferentes ao decorrer do processo escolar, ou seja, analisar se as crianças pequenas possuem representações diferentes das crianças maiores. Por tratar-se da proposição de uma pesquisa de tipo etnográfico, serão realizadas observações para analisar e interpretar aspectos da literatura infantil veiculada na escola, entrevista semiestruturada para compreender como as crianças vêem a presença do personagem negro na literatura infantil, revisão bibliográfica e análise dos livros de literatura infantil recomendados pelo Programa Nacional Biblioteca Escolar (PNBE) de 2010. Foi escolhido o último ano do programa com o intuito de analisar as obras que estão em circulação atualmente.