953 resultados para infestação fúngica
Resumo:
O azevém é uma gramínea com elevado potencial de infestação em lavouras e pomares, e seu controle com glyphosate tem sido limitado devido à existência de biótipos resistentes a esse herbicida. Objetivou-se comparar quatro biótipos de azevém coletados em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, com o intuito de testar a hipótese de que aspectos morfofisiológicos e fenológicos estejam vinculados à resistência. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, onde um biótipo suscetível (B1S, Passo Fundo) e três resistentes ao glyphosate (B2R, Santa Maria; B3R, Júlio de Castilhos; e B4R, Vacaria) foram colhidos aos 126, 147, 168 e 189 dias de idade. O biótipo B1S mostrou 21 dias de antecipação no florescimento em relação aos demais biótipos. O biótipo B4R produziu significativamente mais folhas (43 por planta), afilhos (14 por planta), espigas (14 por planta), sementes (3.484 por planta) e matéria seca total (raízes + parte aérea = 13,8 g por planta). Conclui-se que biótipos sensíveis não podem ser diferidos de biótipos resistentes apenas por aspectos morfológicos relacionados ao vigor.
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Neste trabalho avaliou-se o acúmulo de nutrientes em plantas jovens de café e em plantas daninhas cultivadas em competição com a cultura. Mudas de café arábica cultivar Mundo Novo no estádio de quatro a cinco pares de folhas completamente expandidas foram transplantadas para vasos contendo 25 dm³ de substrato. Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial (4 x 4), com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro espécies de plantas daninhas: Digitaria horizontalis, Brachiaria decumbens, Brachiaria plantaginea e Mucuna aterrima, em quatro densidades de infestação (zero, duas, quatro e seis plantas por vaso), em convivência por 90 dias com uma planta de café. Para determinação dos teores foliares dos nutrientes das plantas de café e das plantas daninhas, realizou-se coleta de folhas na parte mediana das plantas de café e das plantas daninhas. Todas as espécies de plantas daninhas, quando em convivência com o café, proporcionaram menor teor de nutrientes nas folhas da cultura, principalmente com o incremento da densidade de plantas, exceto para as concentrações de N nas folhas do cafeeiro que conviveram com M. aterrima. Os teores de nutrientes nas folhas das plantas daninhas diferiram por espécie, indicando capacidade diferenciada de ciclagem de nutrientes. As espécies daninhas destacaram-se com maior teor foliar de alguns nutrientes, sendo D. horizontalis em P e Fe, B. plantaginea em P, Mg, Mn e Zn e M. aterrima em N, Ca e Zn, independentemente da densidade de infestação.
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A colheita da cana-crua promove aumento de restos culturais de cobertura morta sobre o solo. Esse novo componente altera a dinâmica de infestação de plantas daninhas e atua também como barreira física e química à ação dos herbicidas. Visando melhorar a qualidade da deposição dos herbicidas no solo, objetivou-se neste trabalho avaliar a eficiência das pontas de pulverização e sua capacidade de transposição sobre a palha de cana-deaçúcar. O experimento foi instalado em Maringá-PR. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 8 x 7, sendo oito pontas de pulverização (AD 110 02, ADIA 110 02, TT 110 02, TTIA 110 02, CV-IA02, MAG 2, ST 02 e TJ60 110 02) e sete quantidades de palha (0, 1, 2, 4, 6, 8 e 10 t ha-1). Assim, observou-se que grandes quantidades de palha reduzem a quantidade do líquido pulverizado que foi depositado na superfície coletora. As pontas de pulverização leque antideriva (AD 110 02) e cone vazio com indução de ar (CV-IA 02) foram as mais eficientes.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento da vegetação submersa, em termos da altura dos dosséis, considerando as dimensões espaço e tempo, usando técnicas de hidroacústica. Foram realizados dez levantamentos de campo no período de outubro de 2009 a dezembro de 2010, para aquisição de pontos georreferenciados de altura dos dosséis, frequência de ocorrência de vegetação, bem como de profundidade. Medidas limnológicas também foram feitas, a fim de verificar se suas variações poderiam explicar a distribuição espacial das macrófitas. Os dados de vegetação foram analisados por levantamento e por profundidade; além disso, compuseram um banco de dados implementado em um Sistema de Informação Geográfica. Foram então interpolados e das superfícies resultantes foram geradas cartas, que indicam a distribuição espacial do crescimento ou decaimento da vegetação. Modelos em três dimensões dos dosséis foram produzidos, para representar a ocupação volumétrica das macrófitas submersas. Os resultados mostraram que houve significativa redução da infestação de um ano para outro. Observou-se, ainda, que os maiores dosséis concentram-se em uma profundidade de 2 a 4 m. O mapeamento identificou tanto áreas de crescimento quanto de decaimento, distribuídas de modo heterogêneo. Não foi possível observar relação direta das medidas limnológicas com a dinâmica da vegetação, pois não apresentaram variação espaço-temporal significativa. Foi possível estimar o volume ocupado pelas macrófitas submersas, e a tendência observada é de que o aumento de volume é precedido por uma aparente homogeneização dos dosséis.
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A ocorrência de plantas daninhas dicotiledóneas tem limitado o aumento da área de cultivo de girassol no Brasil, devido ao seu impacto sobre a produtividade. Isso se deve à escassez de produtos registrados para a cultura com amplo espectro de ação. Em razão disso, desenvolveram-se dois experimentos com o objetivo de avaliar a eficácia e seletividade de herbicidas do grupo das imidazolinonas aplicados em pós-emergência de plantas daninhas dicotiledôneas na cultura do girassol Clearfield®. Os experimentos foram instalados no campo, em Iguatemi, distrito de Maringá-PR. Os tratamentos constituíram-se de duas testemunhas sem aplicação de herbicida, sendo uma sem capina e outra capinada, sulfentrazone (200,00 g ha-1) aplicado em pré-emergência e imazapic+imazapyr aplicados em pós-emergência nas doses de [36,75+12,25], [52,5+17,5], [12,25+36,75] e [17,5+52,5] g ha-1. Foram feitas avaliações de controle para Euphorbia heterophylla, Conyza bonariensis, Raphanus raphanistrum, Bidens pilosa, Ipomoea grandifolia e Portulaca oleracea. Também foram realizadas avaliações de intoxicação do girassol Clearfield®, estande e produtividade em kg ha-1. De acordo com os resultados, verificou-se que o uso do sistema Clearfield® mostrou-se uma ótima opção para áreas com infestação de plantas daninhas dicotiledôneas, pois possibilita a aplicação de herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS); os controles obtidos variaram de medianos a excelentes, além de ele não provocar injúrias à cultura e manter o estande inicial e a produtividade.
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O controle das plantas daninhas, em geral, é realizado pelo uso de herbicidas, porém essa prática é limitada na cultura do girassol, por haver apenas dois produtos registrados para essa cultura (alachlor e trifluralin). Entretanto, o uso de novas tecnologias pode facilitar o controle das plantas daninhas com herbicidas que possuem amplo espectro de controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e seletividade de herbicidas do grupo das imidazolinonas aplicados em pós-emergência de plantas daninhas monocotiledôneas na cultura do girassol Clearfield (CL). Para isso, foram instalados dois experimentos em campo. Os tratamentos e as respectivas doses em g ha-1 foram: trifluralin (1.800) aplicado em pré-emergência, fluazifop-p-butil (187) e imazapic+imazapyr nas doses de [36,75+12,25], [52,5+17,5], [12,25+36,75] e [17,5+52,5], aplicados em pós-emergência, além de duas testemunhas sem aplicação de herbicida, sendo uma sem capina e outra com capina. Foram realizadas avaliações de controle para Eleusine indica, Brachiaria plantaginea, Lolium multiflorum, Digitaria insularis, Cenchrus echinatus e Digitaria horizontalis, fitointoxicação do girassol Clearfield, estande e produtividade em kg ha-1. De acordo com os resultados, verificou-se que o uso do sistema CLmostrou-se uma ótima opção para áreas com infestação de plantas daninhas monocotiledôneas, pois possibilita a aplicação de herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS), obtendo excelente controle das plantas daninhas, além de não provocar injúrias visuais, mantendo o estande inicial, sem alterar a produtividade da cultura.
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A espécie fúngica Alternaria euphorbiicola é agente causal de severas necroses de inflorescência, queimas de folhas e cancros da haste em Euphorbia heterophylla (leiteiro ou amendoim-bravo), importante planta daninha responsável por grandes prejuízos à agricultura brasileira. A aplicação de suspensões de esporos do fungo sobre populações da planta hospedeira resulta em rápida produção de necrose dos tecidos das plantas (24 a 48 horas após aplicação). Essas observações levaram à conjectura de que o fungo possa produzir fitotoxinas in vitro capazes de causar lesão às plantas. O objetivo deste trabalho foi investigar preliminarmente a produção in vitro de fitotoxinas por A. euphorbiicola sob diferentes condições de cultivo. Os resultados mostraram que a composição do meio de cultura e as condições de cultivo influenciaram a fitotoxicidade de filtrados de cultura, tendo o cultivo sob agitação e na ausência de luz favorecido a produção de metabólitos fitotóxicos pelo fungo. O filtrado da cultura em meio de Jenkins-Prior modificado, crescida sob agitação, no escuro e a 28 ºC, apresentou a maior atividade fitotóxica, tendo produzido extensas necroses foliares e desfolha em plantas de E. heterophylla. Esse filtrado de cultura foi submetido a extração seguida por fracionamento guiado por bioensaios. Uma fração cromatográfica constituída majoritariamente por ácidos graxos de cadeia longa produziu halos cloróticos e necrose de folhas, assim como observado após a inoculação de E. heterophylla com o fungo. Esses resultados sugerem a participação de ácidos graxos no processo infeccioso na associação A. euphorbiicola x E. heterophylla.
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Objetivou-se neste trabalho avaliar a composição da comunidade infestante na cultura da soja, em função de sucessões de culturas por distintos períodos (uma ou três safras consecutivas). O ensaio foi instalado em campo na Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS. Foram avaliados cinco tratamentos de outono-inverno com histórico de uma ou três safras de implantação: milho solteiro - 90 cm entrelinhas; milho solteiro - 45 cm entrelinhas; consórcio milho + Brachiaria ruziziensis; Brachiaria ruziziensis solteira; e feijão-caupi. No final do mês de setembro de 2011, as áreas foram dessecadas com glyphosate para semeadura da soja; 30 dias após a dessecação, foram realizadas as avaliações. A caracterização fitossociológica das plantas daninhas estimou a abundância, a frequência, a dominância e o índice de valor de importância de cada espécie em cada área. As áreas foram ainda intra-analisadas quanto à diversidade de espécies, pelos índices de Simpson e Shannon-Weiner, e intercaracterizadas pela matriz de similaridade de Jaccard, pelo método UPGMA. O cultivo da soja deve ser seguido pela semeadura de espécie que proporcione elevada quantidade de palha residual na entressafra, com distribuição uniforme na superfície do solo. Essa palhada deve ser formada por resíduos de plantas com elevada relação C/N. Neste estudo, os sistemas de consórcio milho+braquiária, ou mesmo braquiária solteira, resultaram em menor nível de infestação por plantas daninhas em áreas de sucessão à soja, ao longo do tempo de utilização.
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Conyza bonariensis tornou-se a principal planta daninha da cultura da soja no Sul do Brasil, em decorrência da evolução para resistência ao herbicida glyphosate. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes coberturas de inverno e da associação de manejo de dessecação pré-semeadura da soja, visando ao controle de C. bonariensis resistente ao glyphosate. Um experimento foi conduzido em campo, na safra 2010/2011. Os tratamentos foram conduzidos em esquema de parcelas subdivididas, em que as coberturas de inverno foram alocadas nas parcelas principais: aveia-preta, nabo, ervilhaca, azevém, trigo e pousio. Nas subparcelas, foram alocados os tratamentos de manejo de dessecação pré-semeadura da soja: glyphosate (720 g e.a ha-1), glyphosate (720 g e.a ha-1) + 2,4-D (1.050 g e.a ha-1), glyphosate (720 g e.a ha-1) + 2,4-D (1.050 g e.a ha-1)/paraquat (200 g i.a ha-1) + diuron (100 g i.a ha-1), glyphosate (720 g e.a ha-1) + chlorimuron-ethyl (80 g i.a ha-1), glyphosate (720 g e.a ha-1) + chlorimuron-ethyl (80 g i.a ha-1)/paraquat (200 g i.a ha-1) + diuron (100 g i.a ha‑1) e roçada. O nabo foi a espécie de cobertura que produziu o maior volume de massa seca durante o inverno, enquanto a ervilhaca foi a que apresentou maior efeito supressor sobre a germinação e o desenvolvimento inicial de C. bonariensis. Associações de glyphosate com 2,4-D ou chlorimuron-ethyl, seguidas da aplicação sequencial de paraquat + diuron, causaram maior redução na infestação de C. bonariensis.
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Os objetivos do presente trabalho foram estimar níveis críticos de dano de papuã (Urochloa plantaginea) em feijão-comum, em situações onde a planta daninha foi manejada precocemente e ocorreu reinfestação, e avaliar as alterações que sofre em decorrência de cultivares de feijão-comum e variáveis explicativas da infestação. Foram realizados dois experimentos em campo, em Eldorado do Sul, RS, sendo um com o cultivar UFT-06 (grupo Carioca) e o outro com o cultivar IPR Graúna (grupo Preto). Os níveis de infestação de papuã foram obtidos com quatro herbicidas residuais, aplicados em duas doses cada, mais testemunhas com e sem controle de papuã. A densidade, massa fresca e massa seca do papuã foram avaliadas no início e no final do período crítico de prevenção da interferência, e o rendimento de grãos da cultura foi avaliado por ocasião da colheita. O nível crítico de dano de papuã não teve valor elevado nessa situação (0,4 a 0,7%); todavia, pode haver benefício em controlá-lo de acordo com a infestação e o custo de controle. O nível crítico de dano foi sempre maior para o cultivar IPR Graúna, em relação ao UTF-06. A densidade e as massas fresca e seca das plantas de papuã explicaram adequadamente a perda de produção de feijão-comum pelo modelo de regressão não linear da hipérbole retangular.
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O mapeamento e a caracterização da distribuição espacial de plantas daninhas por meio da agricultura de precisão, associada a levantamentos fitossociológicos, têm sido utilizados no controle localizado da infestação. O presente trabalho avaliou a incidência e a dinâmica de plantas daninhas, além da distribuição espacial em distintos sistemas de mobilização do solo, na cultura do sorgo forrageiro. O experimento foi conduzido em Petrolina-PE. Os tratamentos constaram de quatro sistemas de mobilização do solo: sem preparo primário, grade tandem mais arado de aivecas, grade off-set de discos de 0,61 m e grade tandem mais escarificador. A coleta de dados ocorreu na cultura do sorgo forrageiro aos 110 dias após emergência, em uma área retangular de 20 x 12 m (240 m²) com malha regular de 4 x 3 m, referenciadas em coordenadas x e y. A caracterização fitossociológica foi realizada pela avaliação da densidade, frequência, abundância, dominância e índice de valor de importância das espécies, e a variabilidade espacial, por meio da geoestatística com a construção de mapas de isolinhas. Cenchrus echinatus teve maior incidência e índice de valor de importância. O mapeamento de plantas daninhas tem relevância para a aplicação de métodos de controle, principalmente quando aliado ao levantamento fitossociológico.
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Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a cobertura do solo e o efeito supressivo sobre plantas daninhas utilizando plantas de cobertura, em diferentes densidades de semeadura. Os experimentos foram instalados em Votuporanga-SP e Selvíria-MS, em março de 2008, após o preparo convencional do solo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com quatro repetições, onde as plantas de cobertura com diferentes densidades de semeadura constituíram os tratamentos: Sorghum bicolor : 6, 7 e 8 kg ha-1; Pennisetum americanum: 10, 15 e 20 kg ha-1; Sorghum sudanense: 12, 15 e 18 kg ha-1; híbrido de S. bicolor com S. sudanense: 8, 9 e 10 kg ha-1; Urochloa ruziziensis: 8, 12 e 16 kg ha-1; e um tratamento controle com vegetação espontânea. Após o manejo das coberturas, foi semeada a soja. Avaliou-se a biomassa seca e densidade das plantas daninhas no momento do corte/colheita das plantas de cobertura. Em Votuporanga, também foi feita uma avaliação das plantas daninhas aos 35 dias após a semeadura da soja. A cobertura do solo proporcionada pelas coberturas foi avaliada no momento da dessecação e no florescimento da cultura da soja. Concluiu-se que U. ruziziensis e S. sudanense reduziram a infestação das plantas daninhas em mais de 90% e mantiveram a cobertura do solo superior a 80% até o florescimento da cultura da soja.
Resumo:
Fatores de risco que afetam a produção de sementes em Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. (Convolvulaceae) foram avaliados em 10 praias da Ilha de Santa Catarina, SC. Ipomoea pes-caprae é auto-incompatível, possui longos estolões, com difícil individualização dos genetas em campo. Assim, manchas de I. pes-caprae foram monitoradas, sendo definidas como áreas ocupadas pela espécie, descontínuas entre si. Nestas, 9,4% a 76,0% das inflorescências estavam abortadas. Soterramentos causaram perda de botões e frutos, mas a ineficiência de polinização parece explicar a grande taxa de abortos após a floração. A predação de sementes pelas larvas dos bruquídeos Megacerus baeri e M. reticulatus e por lagartas da mariposa Ephestia kuhniella foi expressiva. Os bruquídeos ovipõem preferencialmente em frutos em amadurecimento, danificando até 65,7% das sementes produzidas nas manchas. Ephestia kuhniella danificou até 57,4% das sementes em 1996 e até 5,4% em 1997, ano com menor abundância de frutos. Frutos com mariposa não abrem para dispersão, permanecendo três meses e meio presos à planta. As sementes intactas destes frutos são viáveis e com sobrevivência de plântulas similar às provindas de frutos sem infestação. Os danos registrados podem reduzir as sementes viáveis a 9% do total produzido, estimando-se de 0,5 a 30,6 sementes viáveis m-2 nas manchas estudadas. As maiores densidades de sementes viáveis ocorreram nas manchas com mais frutos, reforçando como vantajosa, uma alta produção de frutos. A baixa densidade de sementes viáveis encontradas em algumas localidades talvez possa comprometer a regeneração local da espécie.
Resumo:
Durante o levantamento de microfungos associados a substratos vegetais na Serra da Jibóia, Santa Terezinha, Bahia, Brasil, no período de outubro/2005 a junho/2006, foram encontradas quatro espécies de Vermiculariopsiella associadas à decomposição de folhas, pecíolos e galhos nesse ecossistema. Vermiculariopsiella. immersa (Desm.) Bender e V. cubensis (R.F. Castañeda) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton são novos registros para a Serra da Jibóia e Estado da Bahia respectivamente e V. cornuta (V. Rao & Hoog) Nawawi, Kuthub. & B. Sutton e V. falcata Nawawi, Kuthub. & B. Sutton constituem novos registros para a América do Sul. São apresentadas descrições e ilustrações das características morfológicas das quatro espécies, informações sobre substratos e a distribuição geográfica, bem como chave para identificação de todas as espécies conhecidas de Vermiculariopsiella.
Resumo:
O solo do pólo cerâmico no município de Santa Gertrudes, SP, tem sido poluído há décadas por diversos elementos químicos, principalmente chumbo e zinco. Foram realizadas quatro coletas de amostras de solo, duas durante a época chuvosa e duas na seca, em cinco locais, de novembro de 2002 a junho de 2003, determinando-se temperatura, pH, teores de chumbo e zinco e a umidade do solo. Os fungos foram isolados pelo método de Warcup, modificado pelo preparo de suspensões aquosas de solo (1:10) e aplicação de 1 cm³ das suspensões sobre malte agar (2%), adicionado de Zn(NO3)2 e Pb(NO3)2 em concentrações crescentes: 0, 100, 200, 500 e 1.000 mg dm-3. Após cinco dias de incubação a 25 ºC, as colônias foram purificadas e identificadas. Foram obtidos 70 táxons de fungos anamorfos, com 70% de similaridade entre as micotas obtidas nos meios com os dois metais. Foram isolados 43 táxons nos meios de cultura com Pb(NO3)2, com predominância deles nas concentrações mais elevadas (500 a 1.000 mg dm-3). Foram obtidos 63 táxons nos meios com Zn(NO3)2, principalmente nas concentrações moderada e elevada (200 e 500 mg dm-3). Prevaleceram espécies de Trichoderma, de Penicillium e diversos fungos que são encontrados associados a substratos vegetais em decomposição. A tendência de se obter número elevado de táxons em meios de cultura com concentrações moderadas a elevadas de Zn e Pb pode ser justificada pela existência de bem adaptada e competitiva micota do solo, caracterizada por elevada capacidade de tolerância aos metais e eficiente habilidade sapróbia competitiva.