983 resultados para Rio de Janeiro (RJ) Carnaval Séc. XX


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Esta dissertao produto de meu percurso no Mestrado em Psicologia Social e apresenta as diferentes modulaes do trajeto desenvolvido durante dois anos. Descreve de que modo um projeto que buscava conhecer a experincia dos usurios de Sade Mental se modificou, passando a questionar as relaes entre a Universidade, a Reforma Psiquitrica e o cuidado na pesquisa com pessoas. A partir da metodologia da Histria Oral, foram realizadas entrevistas com diversos atores pesquisadores, professores, militantes, estudantes, residentes e coordenadores de residncias que se somaram, na qualidade de trabalho de campo, participao em eventos promovidos por grupos de usurios e ao estgio docente na disciplina Polticas e Planejamento em Sade Mental, do curso de graduao em Psicologia. Tambm se recorreu pesquisa bibliogrfica e utilizao do dirio de campo. A partir desta ltima ferramenta, primordialmente, foi possvel realizar a anlise de implicaes que permeia todo o trabalho, na perspectiva da Anlise Institucional. Esta dissertao descreve e reflete, em especial, sobre os dilemas com os quais me defrontei, desde o incio da pesquisa, quando quis entrevistar participantes dos coletivos de usurios de sade mental. Meu interesse era conhecer como tinha sido a experincia desses usurios dentro da chamada Reforma Psiquitrica; porm, em face da insistncia, por parte dos coordenadores dos grupos, de que solicitasse a autorizao do Comit de tica e obtivesse o respectivo consentimento informado, comecei a me interessar pela origem dessa demanda e sua atual funo. Tomei como analisador o dispositivo Consentimento Informado ou Esclarecido tal como requisitado hoje, ou seja, algo cada dia mais exigido no campo da pesquisa com seres humanos, em cincias sociais. Apresentando-se como um discurso de proteo de direitos, ele permite colocar em discusso a questo do cuidado e da tica na pesquisa: certos aspectos priorizados pelos Comits de tica, tais como riscos, benefcios e desfecho primrio, supem a antecipao dos resultados de um processo que, ao contrrio, est em construo. Extrapolam-se modelos do campo biomdico, obstaculizando pesquisas que contemplem as subjetividades dos participantes (pesquisadores e pesquisados). Nesse sentido, a presente dissertao questiona a que cuidado (e ao cuidado de quem) tais dispositivos efetivamente respondem. Tambm se coloca um outro analisador em pauta, o dispositivo apresentao de doentes, a fim de refletir sobre a manicomialidade presente, ainda hoje, no ensino universitrio de psicologia. Tanto pela experincia no campo como mediante a bibliografia consultada, percebe-se uma ciso entre Universidade e Reforma. Certos espaos acadmicos e disciplinas ligadas prtica clnica permanecem intactos frente ao processo da Reforma, mesmo depois de uma recente mudana no currculo. Novos espaos e disciplinas emergem sem conseguir dialogar com os antigos, que transmitem ao jovem psi uma prtica atemporal, cientfica, objetiva, fundada nos manuais psiquitricos (DSM, CID) e em discursos psicanalticos descontextualizados. Percebe-se, assim, que temas fundamentais, como as condies de cuidado em sade mental, so escassamente, discutidos no curso psicologia hoje.

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As diferentes religies circulam no espao escolar como mais um elemento das diferenas que caracterizam e desafiam a escola. Por esse motivo, devem ser respeitadas. Entretanto, nem sempre a escola se mantm laica e, muitas vezes, as religies aparecem de forma desigual e segregadora. Enquanto algumas, em especial, as crists, so exaltadas, outras so reprimidas ou invisibilizadas, o que demonstra um desrespeito s diferenas religiosas e laicidade da escola. Nesse sentido, faz-se necessrio abordar a questo complexa e conflituosa das diferenas culturais e religiosas no espao escolar e as suas consequncias no processo de ensino-aprendizagem e sensao de pertencimento dos estudantes, em especial dos adeptos das minorias religiosas. Para a investigao e anlise da presena da religio no espao escolar e os impactos causados por ela, a cultura material escolar tem grande relevncia. Atravs dos objetos encontrados na escola, ou at mesmo, atravs da ausncia deles, podemos aferir como a escola trata a diferena e como ela pode se tornar um agente fomentador de intolerncia religiosa. Livros didticos, murais, avaliaes, entre outros materiais, so fontes importantes. Alm disso, a forma como os educadores tratam a questo tambm uma importante fonte para a anlise da presena das religies e seus embates no cotidiano escolar. Dentro dessa discusso, entra a religio legitimada, dentro da escola, atravs da disciplina de Ensino Religioso, sua contextualizao histrica, interesses polticos e religiosos e suas consequncias.

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Esse trabalho apresenta uma experincia com o Ensino Colaborativo (EC) no Programa de Educao de Jovens e Adultos em uma escola da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Ele visa dar ferramentas ao docente que possibilitem o uso do Ensino Colaborativo, alm de explicar e estruturar o uso dessa prtica colaborativa no ensino de matemtica. O trabalho mostra tambm um estudo comparativo entre duas turmas do Ensino de Jovens e Adultos de um colgio do muncipio do Rio de Janeiro, na qual o EC foi utilizado em apenas uma delas, e esse estudo, visa caracterizar as diferenas entre o EC e o ensino tradicional. O fato de ter desenvolvido esse estudo do EC no Ensino de Jovens e Adultos se deu pelo fato de ser uma modalidade de ensino cujo pblico, historicamente, apresenta algumas dificuldades no processo de aprendizagem e tambm por se tratar de uma modalidade de ensino na qual a diversidade de experincias se torna um diferencial para o desenvolvimento da prtica colaborativa. As atividades propostas visam criar um ambiente propcio para que a interao entre os alunos e entre professor e aluno(s) ocorra. Cada estudante deve ser capaz de confrontar ideias, dividir conhecimentos e desenvolver ou adquirir habilidades, ou seja, cada um deve buscar o seu desenvolvimento e tambm o de todos que esto a sua volta. Ao aliar a prtica colaborativa com o ensino de funes, foi possvel introduzir o conceito bsico de funo e mostrar aos discentes as diferentes formas de representar uma funo e de que maneira o conceito de funo est ligado a diversas reas do conhecimento. Espera-se que com esse trabalho qualquer pessoa que deseje utilizar o Ensino Colaborativo, sinta-se encorajado e embasado para desenvolver tpicos do programa de Matemtica utilizando essa prtica pedaggica. importante destacar que todas as estruturaes sugeridas podem e devem ser adaptadas a cada realidade e s suas peculiaridades, pois alm de ser uma prtica que visa melhorar o processo de ensino aprendizagem, o EC pode ser usado como uma ferramenta de anlise que permite a todos os indivduos participantes ter um melhor entendimento da sociedade na qual esto inseridos

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A presente dissertao analisa a implementao do Processo Transexualizador no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), luz do iderio do Movimento de Reforma Sanitria e de uma perspectiva histrica da poltica de sade pblica brasileira, detendo-se nas particularidades do Estado do Rio de Janeiro. Discutem-se alguns aspectos da transexualidade relacionados esfera pblica e efetiva materializao dos direitos da populao LGBT, em particular o acesso sade de pessoas transexuais. O recorte temporal compreende o perodo de 1970, quando se iniciam as primeiras cirurgias de transgenitalizao no Brasil, a 2008, ano das portarias que instituram o referido processo. Como instrumentos e tcnicas de investigao qualitativa, foram privilegiados o trabalho de campo e a entrevista semiestruturada, tendo sido entrevistados(as) profissionais que atuaram em instituies de sade que dispunham de programas voltados especificamente populao transexual no Estado do Rio de Janeiro e usurios(as) atendidos(as) por estas instituies. Diante do cenrio de discriminao e estigma, muitas vezes fruto do desconhecimento e de informaes deturpadas sobre transexualidade, pretende-se conferir maior visibilidade s demandas por direitos de pessoas transexuais, evidenciando a complexidade de tais demandas, bem como as fragilidades do modelo de ateno sade subjacente aos mencionados programas. Pretende-se, ainda, contribuir para o fomento da produo acadmica do Servio Social, relativamente limitada nesta rea.

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A infeco pelo vrus da hepatite C (VHC) uma das mais comuns infeces ao redor do mundo. Aproximadamente, 20% dos pacientes infectados eliminam espontaneamente o vrus, porm a maioria dos indivduos infectados desenvolve infeco crnica com amplo espectro de leses hepticas, desde inflamao leve at cirrose. A resposta imune do hospedeiro exerce grande influncia sobre o desfecho da infeco pelo VHC. O objetivo deste trabalho foi analisar a influncia dos polimorfismos genticos de citocinas na susceptibilidade ou persistncia da infeco por VHC e no clareamento espontneo em uma amostra de pacientes da populao do Rio de Janeiro (Brasil). Os polimorfismos genticos das citocinas TNFA (-308), TGFB1 (codon 10 e 25), IL10 (-1082, -592), IL6 (-174) e IFNG (+874) foram analisados por PCR-SSP em 245 pacientes com hepatite C crnica (HCC), 41 pacientes que alcanaram o clareamento viral espontneo e 189 indivduos controle saudveis. Alm disso, os polimorfismos prximos ao gene da citocina IL28B (rs12979860, rs12980275 e rs8099917) foram analisados por PCR em tempo real em todos os grupos. O grau de fibrose e inflamao, a resposta ao tratamento e o gentipo do vrus tambm foram levados em considerao quanto ao desfecho da HCC Os gentipos IL28B rs12979860 CC e CT e rs12980275 AA e AG foram significativamente associados ao clareamento espontneo e resposta terapia anti-viral. Da mesma forma, o alelo C (rs12979860) e o alelo A (rs12980275) foram significativamente maior no grupo Clareamento. O alelo C de IL6 (-174) foi associado com o Clareamento. Nenhuma associao entre as demais citocinas e o desfecho da HCC foi encontrada. O Gentipo TNFA (-308) GG parece estar associado com menor grau de inflamao. Alm disso, a etnia auto declarada influencia a distribuio dos polimorfismos em IL6 (-174) e IL28B rs12979860 e rs8099917. Nossas observaes indicam que os polimorfismos prximos ao gene da IL28B esto associados com o clareamento viral e resposta ao tratamento na populao do Rio de Janeiro. Alm disso, nossos resultados podem ser teis para futuras investigaes entre os polimorfismos de citocinas e a infeco por VHC numa populao heterognea como a Brasileira.

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O dimensionamento de uma rede de monitoramento e controle da qualidade do ar requer o conhecimento da rea onde os poluentes atmosfricos, emitidos por fontes fixas e mveis, tendem a se concentrar e os seus fenmenos de disperso. A definio das reas de monitoramento da poluio atmosfrica na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro um tema discutido desde o incio dos anos 80 quando foram estabelecidas as bacias areas a partir de cartas topogrficas. Este projeto consiste em pesquisa aplicada ao estabelecimento da configurao espacial e mapeamento das bacias areas a partir de dados digitais. Tal esforo justificado em funo do alcance dos beneficiados diretamente e sociedade em geral, a partir do conhecimento das condies da qualidade do ar e seu comportamento ao longo do tempo. O estudo realizado se concentra na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, com base em dados necessrios para a avaliao da dinmica das massas de ar na rea de estudo e suas caractersticas para definio das novas bacias areas com suporte de um Sistema de Informao Geogrfica (SIG). Apoiado nos dados cartogrficos digitais e nos dados cadastrais das estaes de monitoramento, foi projetado e implementado um SIG, em atendimento aos requisitos de mapeamento digital das bacias areas, da distribuio espacial das estaes de monitoramento da qualidade do ar, das principais fontes de emisso de poluentes e das principais vias de circulao veicular, onde foram identificadas e mapeadas regies com caractersticas semelhantes para diversos cenrios com uso potencial do SIG. Foi criado um banco de dados georeferenciado, previamente modelado oferecendo consultas espaciais destinadas s necessidades de gesto ambiental. Com a utilizao do SIG, foram identificadas reas com deficincia no monitoramento, reas crticas de poluio atmosfrica e propostas as novas bacias areas delimitadas a partir dos dados digitais. O SIG se mostrou uma ferramenta eficiente para a gesto ambiental da qualidade do ar na RMRJ, pois permitiu em ambiente de escritrio a representao dos elementos necessrios para a avaliao da configurao espacial das bacias areas e proporcionou uma visualizao dinmica da distribuio espacial das estaes de monitoramento nas bacias areas propostas.

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O objetivo do presente estudo foi investigar as concentraes de mercrio total (HgT) nos msculos de Orthopristis ruber de quatro ecossitemas costeiros e identificar possveis correlaes existentes entre comprimento, peso, sexo, estao do ano e ndices biolgicos. O HgT foi analisado nas regies de Cabo Frio (CF, n=31), Baa de Guanabara (BG, n=61), Baa de Sepetiba (BS, n=43) e Baa da Ilha Grande (BIG, n=32), as quais apresentam diferentes nveis de degradao ambiental. A BG recebe grande quantidade de efluentes domsticos e industriais de toda regio metropolitana do Rio de Janeiro e tem sido considerada como uma das reas mais poludas do Brasil. J na BS, a intensa atividade metalrgica no seu entorno faz com que esta possa ser tida com nvel de degradao intermadiria, enquanto CF e BIG so duas reas vistas como reas bem preservadas. As concentraes de HgT foram determinadas atravs de CV-AAS (FIMS - 400,Perkin Elmer) - utilizando boridreto de sdio como agente redutor. Foi utilizado DORM 3 (National Research Council, Canada) como material de referncia (mdia da recuperao DP =99,2 4,9 %). As concentraes mdias de HgT DP para BIG e CF foram, respectivamente, 209,8 118,9 ng/g, e 199,9 88,2 ng/g. Estas regies apresentaram concentraes significativamente mais elevadas, enquanto a BG mostrou concentraes intermedirias (112,9 88,0 ng/g; ANCOVA, p<0,03). Por outro lado, a BS foi a regio com as menores concentraes de HgT (11,3 11,5 ng/g). Tais resultados sugerem que, mesmo sendo reas degradadas, o HgT no est totalmente biodisponvel para BG e BS. Ademais, provavelmente as correntes ocenicas so uma fonte de mercrio para CF e BIG, carreando mercrio biodisponvel para essas reas. Para BG anlises adicionais foram feitas a fim de identificar a acumulao de HgT ao longo do desenvolvimento ontogentico de O. ruber, uma vez que as concentraes do metal foram maiores em adultos do que em juvenis (PERMANOVA, p< 0,0001). As concentraes de HgT foram positivamente relacionadas tanto com o comprimento (Spearman test; r = 0,85; p <0,001) quanto com o peso (Spearman test; r =0,85; p <0,001) dos peixes da BG, mostrando que o O.ruber acumula HgT ao longo da vida. Diferenas entre sexos foram encontradas apenas para os O. ruber da BIG, onde fmeas (300 ng/g) apresentaram maiores concentraes de HgT que os machos (~150 ng/g). Dentre os ndices biolgicos analisados, o ndice gonadossomtico foi o de maior relevncia devido sua correlao negativa entre os nveis de HgT com todos os dados em conjunto (p<0.001), tanto para fmeas (p<0.001) quanto para machos (p<0.02), sugerindo que o mercrio pode afetar negativamente a reproduo de O.ruber.

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Esta pesquisa busca ampliar o debate sobre os movimentos sociais de luta por moradia no contexto da cidade capitalista. Embasados no conceito de direito cidade, objetivamos analisar as espacialidades dos movimentos sociais de luta por moradia na primeira dcada do século XXI, na rea central do Rio de Janeiro. A presena de terrenos e edifcios vazios pblicos ou privados suscita questionamentos pelo fato de um municpio com elevado dficit habitacional possuir tantos espaos vazios. Contradies que resultam da negao do direito cidade a todos os cidados. Assim, a expanso das lutas por moradia na nossa sociedade expressa o profundo agravamento da denominada: questo social. Na atual conjuntura e ao mesmo tempo, revela a capacidade de organizao de segmentos da classe trabalhadora extremamente pauperizada. A partir do estudo do processo de luta protagonizada pelos moradores das ocupaes: Chiquinha Gonzaga, Manoel Congo e Regente Feij. Analisamos como essa prtica social produz uma nova espacialidade na rea central, da cidade do Rio de Janeiro. Essa dinmica no indica apenas o momento de luta pela moradia, mas tambm como os movimentos sociais se organizam a partir desse espao. Movimentos sociais urbanos que, no embate da vida cotidiana, produzem espaos e relaes sociais alternativos ao modelo vigente de desenvolvimento geogrfico desigual. A espacialidade das ocupaes simboliza uma resistncia e uma ao criativa ao demonstrar ao poder pblico que possvel transformar os espaos vazios na cidade em moradia popular, proporcionando, dessa maneira, melhora em termos de qualidade de vida dos seus moradores. O direito cidade significa estar na cidade e vivenci-la na sua plenitude, ou seja, fazendo uso de todas as suas benesses, participando ativamente da sua construo e reconstruo. Porm, a ao contrria dos agentes que se beneficiam da ordem vigente imediata, e vrias so as estratgias para desmobilizar os movimentos sociais. Nesse sentido, a formao de uma rede de resistncia solidria dos movimentos sociais pela moradia busca: promover o fortalecimento da luta pelo direito cidade.

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A relao entre governadores e assembleias estaduais no Brasil marcada pela tese de que os governadores possuem ampla capacidade para estabelecerem um pacto homologatrio com os legislativos estaduais. Literatura recente tem buscado comparar as experincias dos diferentes estados. O Rio de Janeiro tem se destacado como um dos casos em que o legislativo conseguiu espao para levar adiante uma agenda prpria. Esse diagnstico contrasta no s com a tese do poder dos governadores, mas tambm com a experincia histrica da mquina poltica chaguista no Estado. Essa tese busca entender como que a relao dos governadores do Estado do Rio de Janeiro com a Assembleia Legislativa do Estado se desenvolveu desde a retomada das eleies diretas para esse cargo em 1982 at o ano de 2010. A principal hiptese a de que as mudanas no federalismo brasileiro e o ajuste fiscal levados a cabo durante os anos 1990 foram centrais para repactuar a relao entre os dois poderes. Essas mudanas nacionais permitiram que um desejo de maior independncia na relao entre os poderes ganhasse espao. A mudana na relao entre os poderes comprovada pelo crescimento temporal na quantidade de vetos do governador derrubados pelo legislativo. A tese mostra, no entanto, que o ganho de espao para atuao do legislativo no significou uma restrio s agendas do Executivo que continuou a ser ator central da poltica estadual.

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A partir do consenso j existente, de que o desenvolvimento urbano responsvel, em parte, pelo desequilbrio ambiental predominante nas cidades mais populosas, nas quais a administrao dos resduos gerados torna-se um grande desafio, este estudo foi realizado com a finalidade de desenvolver um modelo de gerenciamento para os resduos de poda de rvores de espaos pblicos, visando a utilizao do material podado, considerado de boa qualidade, o que minimizaria a disposio de resduos em aterros sanitrios. Para tanto, foi desenvolvido um modelo diferenciado do ponto de vista de legal, gerencial, tecnolgico e econmico, que pudesse servir de base pesquisa e gerar estratgias para beneficiar o meio ambiente. A Unidade de Conservao, que pertence Fundao Parques e Jardins da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, localizada na Taquara, foi analisada no Estudo de Caso. As espcies arbreas que produzem maior volume de poda nessa seo foram selecionadas de modo que fosse possvel o seu aproveitamento econmico-ecolgico. Concluiu-se que h uma inviabilidade para segregao dos resduos de poda por parte da Fundao Parques e Jardins e que os mesmos poderiam ser transferidos diretamente para o aterro receptor, em fase de encerramento de atividades, sem custos excedentes. Foi feita uma apreciao especial do Centro de Tratamento de Resduos Slidos de Gericin, por ser grande receptor dos resduos produzidos nas operaes de manejo da rea em evidncia. Foi elaborada a proposta de criao de uma Usina Verde nas reas j desativadas do aterro, como forma complementar ao processo de revitalizao da rea aterrada aps o trmino de suas atividades. Esta ao contemplaria a regio com um bosque, onde seriam absorvidos todos os produtos dos resduos de poda. Haveria, tambm, a probabilidade de utilizao operacional dos catadores nas etapas de obteno de compostos orgnicos, cobertura morta e equipamentos paisagsticos entre outros.

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Na gesto de recursos hdricos, as questes relacionadas aos impactos ambientais causados pelas Estaes de Tratamento de gua no podem ser negligenciadas, devendo ser avaliadas em todos seus aspectos. Neste trabalho foram avaliadas as condies tcnicasoperacionais e a gesto de seis Estaes de Tratamento de gua de pequeno porte situadas nas regies leste e dos lagos do estado do Rio de Janeiro. Os resultados apresentam dados de produo de gua tratada, perdas de gua contabilizadas com lavagem de filtros e descargas de decantadores e as no contabilizadas, gastos de energia e produtos qumicos, produo de resduos e seu destino final, bem como levantamento da capacitao do pessoal de operao, comparados com valores de literatura para ETAs consideradas eficientes. A partir da discusso dos resultados concluiu-se que h necessidade de correes de operao e manuteno das ETAs e monitoramento da qualidade das guas bruta e tratada, recomendando-se que a empresa de saneamento, efetivamente, implante melhorias para uma posterior implantao, em cada unidade, de um sistema de gesto ambiental, baseado nas normas ISO 14.000.

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O crescimento da populao mundial, aumento da industrializao e consumo de bens e servios, tem aumentado significativamente a gerao de resduos que vem causando impactos negativos na sade humana e ambiental. Neste contexto, se destaca a gerao de produtos perigosos, tais como, os resduos de servios de sade- RSS. Por apresentarem riscos sade da populao e do meio ambiente, recomendaes, normas e legislaes surgiram para orientar a melhor maneira o manejo e disposio final destes resduos. No Brasil, as resolues NBR 306/04 e CONAMA 358/05 do diretrizes para a elaborao de um Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade-PGRSS. Os laboratrios de pesquisa e ensino, como geradores de RSS, precisam se adequar legislao, porm existem poucos estudos e a legislao no aborda especificamente os resduos destes laboratrios. Os laboratrios e unidades da UERJ, geradores de RSS, no possuem PGRSS. Na UERJ, somente dois estudos levantaram os resduos gerados em laboratrios, entretanto os dados levantados para o Instituto de Biologia so incompletos. Este estudo buscou avaliar o manejo dos resduos biolgico, qumico, radioativo e perfurocortante nos laboratrios do Instituto de Biologia. Os dados foram coletados pelas informaes dadas pelos professores, funcionrios ou alunos dos laboratrios e por observao direta. Os dados de manejo foram analisados de acordo com a RDC 306/04 Anvisa, da Resoluo CONAMA 358/05 e das fichas de segurana dos produtos qumicos. Foram estudados 83% dos laboratrios do Instituto de Biologia. Destes, 43% geram resduos qumicos. Dos laboratrios caracterizados, 19 laboratrios geram somente resduo qumico. No pavilho Amrico Piquet esto localizados 63% dos laboratrios geradores de resduos biolgicos, qumicos, perfurocortantes ou radioativos. Do total de resduos gerados nos laboratrios, cerca de 80% foi de resduo biolgico, 15% de resduo qumico e 5% de resduo perfurocortante. O manejo dos resduos nos laboratrios realizado de maneira confusa, geralmente os erros esto na segregao, identificao e acondicionamento. De maneira geral, as informaes sobre o manejo utilizado para os resduos so incompletas, desconhecidas ou imprecisas. As aes incorretas do manejo de resduos so caractersticas para cada tipo de resduo; no resduo biolgico, freqentemente, encontraram-se resduos comuns. O resduo qumico geralmente descartado sem tratamento prvio na rede de esgoto. O resduo radioativo no possui identificao e acompanhamento do decaimento, para posterior descarte. No resduo perfurocortante encontrou-se, freqentemente, resduo biolgico e qumico misturados. Para o sucesso de um futuro Plano de Gerenciamento de Resduos, a capacitao dos profissionais muito importante. A Instituio deve investir na consolidao desse trabalho, considerando que ela no pode se furtar de adotar uma postura pr-ativa com relao aos problemas ambientais, sejam eles dirigentes da instituio, ou profissionais que ali atuam. Espera-se que essa pesquisa possa auxiliar neste sentido.

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O objetivo deste trabalho propor uma metodologia para avaliao da situao das reas verdes da Marinha do Brasil (MB) a ser utilizada nos futuros planos de gesto destas reas. O procedimento metodolgico consistiu na aplicao de um questionrio para todas as organizaes navais no Brasil no total de 55 reas distribudas por todo o territrio. Para o estudo foram selecionadas 14 reas da MB localizadas no estado do Rio de Janeiro. A pesquisa, documental e exploratria, foi aplicada ao estudo de caso na Base de Hidrografia da Marinha em Niteri (BHMN) e a Ilha de Cabo Frio (ICBFR). As respostas ao questionrio resultaram na construo de matriz com a proposio de indicadores ambientais para subsidiar um plano de gesto das reas verdes. Dois mtodos foram empregados para classificar e avaliar os indicadores propostos: o mtodo do Carbono Social (MCS) e o mtodo Presso-Estado-Resposta (PER). O MCS foi modificado para desenvolver um diagnstico inicial das reas e posterior monitoramento do plano de gesto implantado. O mtodo PER foi utilizado para classificar e avaliar os indicadores visando o detalhamento do plano de gesto e a proposio de recomendaes para implantao do plano. O estudo permitiu concluir que a metodologia utilizada pode ser aplicada s propriedades sob administrao naval da MB e tambm a outras regies. Espera-se que os resultados desse trabalho possam contribuir para a melhoria da gesto dessas reas, algumas delas j impactadas por aes antrpicas em seus entornos. Tais reas, em muitos casos, so nicas e importantes para a manuteno da biodiversidade remanescente do Bioma Mata Atlntica.

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A operao de um aterro sanitrio um item fundamental para a gesto adequada dos resduos por se tratar de um dos diferenciais entre aterros sanitrios e lixes. Apesar da existncia na literatura de manuais e referncias para as rotinas de operao, esta dependente da experincia dos operadores. Com o intuito de absorver esta experincia, o desenvolvimento do projeto se deu por um levantamento bibliogrfico na literatura existente, elaborao de um questionrio a ser aplicado nos aterros estudados, visitas aos aterros sanitrios selecionados e estudo comparativo dos procedimentos encontrados no levantamento de campo e na literatura. O trabalho apresenta um estudo sobre a operao de aterros sanitrios no Estado do Rio de Janeiro e para sua realizao foram selecionados cinco aterros sanitrios: Aterro Sanitrio de Pira, Central de Tratamento de Resduos de Rio das Ostras, Central de Tratamento de Resduos de Maca, Aterro Sanitrio de So Pedro da Aldeia e Central de Tratamento de Resduos de Nova Iguau.

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O tema desta pesquisa o Plano de Metas e seus possveis efeitos no trabalho docente, com domnio de interesse no estado do Rio de Janeiro, Brasil. O estudo tambm procura apresentar um breve e recente histrico das polticas de educao do Estado, no que tange ao perodo de transio do Programa Nova Escola para a implantao do Plano de Metas, procurando contextualizar o momento da implantao do Plano. Como desdobramento deste tema, buscase de um lado, analisar as caractersticas, estratgias e desdobramentos do Plano. De outro lado, como o profissional docente se relaciona com estas mudanas e quais alteraes elas promovem no seu trabalho. A pesquisa tem como marco principal as reformas que adequam o estado burocrtico ao modelo gerencial e as reformas educacionais brasileiras iniciadas na dcada de 1990 e seus impactos nas polticas estaduais fluminenses, apontando como ambas interferiram nas condies de trabalho dos professores no perodo de 1990 a 2013, sendo que o foco do estudo o perodo de 2011 a 2013, momento da implementao do Plano de Metas. As anlises tiveram por base a realizao de pesquisa qualitativa, constituda por anlise documental e procedimentos complementares, tendose por referencial terico central o autor italiano Antnio Gramsci. Seus estudos foram de grande valia para analisarmos o Plano de Metas como um programa de ao que a todo tempo combina coero e persuaso, com vistas ao controle do trabalho docente e ao fortalecimento da hegemonia do projeto poltico governamental. Por meio de entrevistas semiestruturadas, como recurso complementar, foram obtidas informaes relevantes a respeito da avaliao dos professores em relao ao Plano, s experincias vinculadas a sua implementao, bem como a respeito dos impactos do Plano no seu trabalho.