1000 resultados para Profissionais de enfermagem
Resumo:
Introdução: A qualidade dos cuidados é atualmente um foco de atenção de todos os profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros. A evidência tem vindo a demonstrar que a implementação de processos supervisivos entre pares é promotora do desenvolvimento de competências profissionais, permitindo aos enfermeiros exercer uma prática profissional adequada e criticoreflexiva, o que consequentemente terá repercussões positivas na qualidade dos cuidados de enfermagem. Decorrente das alterações demográficas, tecnológicas e científicas, a informação integra na atualidade o discurso dos profissionais de saúde. Desenvolvimento: a informação é uma ferramenta essencial na orientação dos cuidados de enfermagem, pelo que importa averiguar qual a informação que sustenta a tomada de decisão dos enfermeiros. Esta indagação auxilia também a identificação das necessidades de formação destes profissionais, visando o desenvolvimento pessoal e de competências profissionais. Com a presente revisão narrativa pretende-se refletir sobre a pertinência da implementação de processos supervisivo de pares em enfermagem, bem como do suporte que a informação constitui para a identificação de áreas do conhecimento necessárias à transformação das práticas. Conclusões: Como limitação na concretização deste artigo, evidenciamos a pouca bibliografia disponível principalmente no que respeita à evidência acerca da utilização da informação enquanto suporte à SC de pares em enfermagem, o que nos faz acreditar ser necessário o desenvolvimento de investigação que combine estas duas áreas.
Resumo:
A segurança de doentes (SD), temática emergente da gestão da saúde é considerada um dos pilares da qualidade dos cuidados de saúde, dizendo respeito a todos os intervenientes. A segurança de doentes, hoje consagrada por directiva europeia um direito de todos é definida pela DGS (2011) como "a redução do risco de danos desnecessários relacionados com os cuidados de saúde, para um mínimo aceitável. Diversos autores apontam para taxas de incidência de eventos adversos (EA) em hospitais que variam entre 3,5% e 17%, sendo cerca de metade considerados evitáveis. Nas unidades de cuidados intensivos (UCI's) as taxas de EA's revelam-se ainda mais preocupantes (Rothschild, 2005; Valentin, (2009. Mais de 20% dos doentes em UCI sofreram pelo menos um EA. Os enfermeiros são os profissionais que mais permanecem e mais atos realizam aos doentes, como sustenta. Parte relevante dos erros é imputada aos enfermeiros, o que indicia a importância do papel a desempenhar por estes para na prática de cuidados seguros. Nesse sentido, A investigação pretende obter resposta para a seguinte questão orientadora: "Qual a perceção dos enfermeiros de cuidados intensivos do Hospital β relativa à segurança nos doentes críticos?". Definiram-se como objetivos: Conhecer a perceção dos enfermeiros de UCI's, sobre a cultura de segurança e sobre o risco e a ocorrência de EA's associados às suas práticas, analisar a relação entre estas variáveis e otempo de exercício profissional, do tempo de exercício em UCI e do nível de formação profissional dos enfermeiros. METODOLOGIA A investigação tem natureza descritiva e correlacional. A amostra é constituída por enfermeiros de UCI's do Hospital β. Foram definidos como critérios de inclusão no estudo ter mais de 6 meses de tempo de serviço em UCI, estar em funções no período do estudo e aceitar participar voluntariamente no estudo. Utilizou-se um questionário, constituído pela por um bloco de questões de caraterização sócio demográfica e profissional, pela versão portuguesa do questionário " Hospital Survey on Patient Safety Culture" (Sorra & Nieva, 2004) constituído por 42 itens que permitem avaliar 12 dimensões da cultura de segurança, e a escala "Eventos Adversos Associados às Práticas de Enfermagem" (Castilho & Parreira, 2012), constituída por 54 itens, que permitem avaliar a perpetiva de processo (12 dimensões de práticas de enfermagem) e a perpetiva de resultado (6 dimensões de EAS). Para análise dos dados recorreu-se estatística descritiva e inferencial. Foram cumpridos os requisitos éticos e formais inerentes ao estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Participaram voluntariamente 37 enfermeiros, 82,22 % da população alvo, elementos das equipas de UCI's do Hospital β. O tempo médio de exercício profissional dos participantes é de 13,14 anos (± 7,37 anos). O tempo médio de serviço em UCI's é de 9,10 anos (± 6,18 anos). Os resultados conferem heterogeneidade de maturidade e de experiência. 61,1% (22) dos inquiridos têm licenciatura em Enfermagem, 13,9% (5) Têm uma pós graduação e os restantes 25% (9) detêm mestrado e/ou curso de especialidade em enfermagem. É percetível que os enfermeiros têm noção que os EA's acontecem, mesmo quando adotam práticas preventivas fortes, revelando consciência do problema. cerca de 25% dos enfermeiros percecionam risco para ocorrência de EA's. Cerca de metade assume que estes poderiam ser evitados, indiciando que os profissionais reconhecem que mais pode ser feito em prole da SD. Estudada a cultura de segurança, evidenciam-se áreas fortes, com taxas de resposta positivas superiores 75%: Trabalho em equipa (91.9%), Aprendizagem organizacional - melhoria contínua (77.5%) e Perceções gerais sobre a segurança do doente, (76.4%), contudo apenas 64.9% afirmam que "Os nossos procedimentos e sistemas são eficazes na prevenção dos erros que possam ocorrer", sugerindo necessidade de otimizar os procedimentos e sistemas adotados para prevenir a ocorrência de EA's. Embora se observe 81.1% de respostas positivas, no item "Avaliação geral sobre o grau de segurança do doente" identificam-se dimensões que carecem de atenção prioritária, por valores de resposta positiva baixos (inferiores a 50%), nomeadamente: "Apoio à segurança do doente pela gestão", (26.1%), "Resposta não punitiva ao erro", (28.9%), em que 19.1% refere que se preocupa se os erros que cometem são registados no seu processo pessoal, transparecendo receio de penalização/ culpabilização. Na Frequência da notificação, (34%), fica patente a sub notificação de EA's, limitativo da adoção de medidas preventivas por desconhecimento da existência de determinado EA. Na Dotação de profissionais, (41.5%), fica-se com a perceção de não existirem as dotações adequadas de enfermeiros, que faz com que estes trabalhem muitas vezes em modo crise. Na Comunicação e feedback acerca do erro, percebe-se que só 37.9% dos enfermeiros corroboram com a afirmação" É-nos fornecida informação acerca das mudanças efetuadas, em função dos relatórios de eventos" Quanto aos EA's associados às práticas de enfermagem constata-se, como dimensões de práticas preventivas fortes, a Vigilância, as Práticas de privacidade e confidencialidade (97.3% de respostas positivas), a Higienização das mãos, (94.6%), práticas preventivas de úlceras por pressão, (91.5%), contudo em alguns indicadores identifica-se espaço para melhoria, por nem sempre "O suporte nutricional é ajustado às necessidades", bem como nem sempre se verificam "práticas preventivas de úlceras por pressão ajustadas aos fatores de risco". Menor frequência de respostas positivas foi identificada na dimensão advocacia (64.9%), em que que cerca e agravamento/ complicações no estado do doente por falhas na defesa dos interesses do doente" e que " existe risco de agravamento/ complicações do estado do doente por julgamento clínico inadequado". O Risco e ocorrência de Quedas, (63.45% de respostas positivas), é identificada enquanto área a necessitar de melhoria para otimização do controlo de risco bem como de ocorrência deste EA. No Risco e ocorrência de Úlceras dde metade dos enfermeiros raramente ou apenas algumas vezes questionam a prática de outros profissionais quando está em causa o interesse do doente; na dimensão de prevenção de quedas, (70.2%), onde vários enfermeiros afirmam nunca avaliar o risco de quedas.; na dimensão preparação de medicação, (69,7%), particularmente o indicador "O enfermeiro ser interrompido durante a atividade". Constata-se uma perceção de 89.6% nas práticas preventivas de falhas de administração de medicação, contudo identificam-se taxas relevantes de "Falhas na comunicação entre médico e equipe de enfermagem sobre alteração da prescrição médica". Ainda que a percentagem de respostas positivas possa ser considerada globalmente elevada, não se ignora que seria desejável adotar práticas preventivas de ocorrência de EA's com taxas de resposta positivas próximo dos 100%. Parte não negligenciável de enfermeiros assumiu que "existe risco de Pressão, (43.2%), e o Risco e ocorrência de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde, (28.35%) alertam para áreas particularmente críticas. Na perceção geral de risco e ocorrência de EA's em UCI's constatou-se que não existe relação entre a cultura de segurança e as características individuais dos inquiridos, nomeadamente tempo de exercício profissional e formação académica. A perceção dos inquiridos, face aos EA's associados às práticas de enfermagem, quer nas práticas preventivas quer no risco e ocorrência de EA's, não difere tendo em conta o tempo de experiência profissional, e o nível de formação académica. Estes resultados sugerem que a perceção dos profissionais é relativamente homogénea, não variando em função das características individuais. CONCLUSÃO A análise da correlações das várias dimensões de cultura de segurança com os EAs associados às práticas de enfermagem permitiu verificar que a cultura de segurança se correlaciona negativa e moderadamente com os EA's e positiva e moderadamente com as práticas de enfermagem. As correlações são mais fortes no que concerne às práticas preventivas de enfermagem, indiciando que a melhoria dos resultados (redução dos EA's) passa também pela melhoria das práticas profissionais. Dos resultados obtidos ressalta a necessidade de uma Política de Segurança no Hospital, a disseminar pelos colaboradores, através dos canais de comunicação institucional, formações em serviço, na presença de elemento(s) da Direção, onde ficaria expresso o interesse desta sobre a SD. Importa adotar e difundir uma cultura de erro não punitiva, mediante uma liderança que fomente a notificação de EA's e a formação em SD.
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São conhecidos os benefícios da aplicabilidade da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem, nos cuidados de enfermagem. Tivemos como objetivo, otimizar o SClinico na consulta de saúde materna da Maternidade Dr. Francisco Feitinha da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, EPE. Para diagnóstico da situação foi aplicada uma entrevista que permitiu identificar as necessidades da população. Foram propostas intervenções de diagnóstico frequentes, necessárias para promover a melhoria dos cuidados prestados e a qualidade dos mesmos. Para avaliação da intervenção aplicamos um questionário. Constatou-se que a maioria dos enfermeiros considera os registos eletrónicos de enfermagem importantes e de muita utilidade, para a atividade profissional e constituem uma fonte de informação essencial que permite a comunicação entre os profissionais de saúde garantindo continuidade e qualidade dos cuidados de enfermagem; ABSTRACT: The benefits of the application of the International Classification for Nursing Practice in nursing care are known. Our purpose was to optimize the Clinical System and Nursing health consultation Maternity Dr. Francisco Feitinha Unit of the North Alentejo Health, EPE. For the diagnosis of the situation, it was applied an interview to identify the needs of the population. It was proposed more frequent diagnosis of interventions necessary to promote the improvement of care and its own quality. For evaluation of the intervention, we applied a questionnaire. Thus, we concluded that most nurses consider important electronic nursing records and that they are very useful for the professional activity. They are seen as an essential source of information and enable communication between health professionals ensuring continuity of quality care.
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A história da criança, em todo o mundo, tem sido marcada por episódios muito tristes de abandono, mortalidade infantil em níveis elevados, negligência nos cuidados por parte da família e pelo Estado. Comparando os dias atuais com os séculos passados, percebem-se as grandes mudanças ocorridas em relação às políticas públicas de saúde direcionadas à criança. Apesar de tantas mudanças, alguns agravos, como a desnutrição infantil, a diarreia e as infecções respiratórias agudas continuam sendo motivo constante de consultas nas Unidades de Saúde da Família. Sabe-se que, nas ações voltadas à saúde da criança, o enfermeiro tem papel fundamental no desenvolvimento de atividades educativas em saúde com pais, professores e cuidadores, mas é na consulta de enfermagem que se cria a oportunidade de prescrever cuidados que podem contribuir para a promoção, proteção e recuperação da saúde das crianças de sua área de abrangência. Embora seja uma atribuição indelegável a outros profissionais, a realização da consulta de enfermagem ainda é um grande desafi o para os profi ssionais enfermeiros e depende de muitos fatores, sobretudo de seu empenho em proporcionar o melhor de si para sua comunidade. O objetivo deste módulo é proporcionar ao enfermeiro a atualização de conhecimentos e de habilidades que possibilitem conhecer a realidade da criança e de sua família e, dessa forma, propor ações de enfermagem adequadas e específicas às crianças e famílias sob sua responsabilidade.
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Vamos discutir a atenção à Saúde da Mulher no âmbito da atenção básica com o intuito de instrumentalizar o trabalho dos profissionais da Equipe Saúde da Família para assistir a mulher nas diferentes fases do seu ciclo biológico vital com ênfase na promoção da saúde, incluindo o planejamento familiar, a gestação, o puerpério, as ações da clínica e do cuidado relacionados aos principais agravos de sua saúde, o climatério de forma integral e personalizada, considerando seu contexto social, cultural, econômico e político e determinantes de saúde. Módulo 6 que compõe do Curso de Especialização em Saúde da Família, este módulo é específico para enfermeiros.
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Neste módulo, iremos discutir e refletir sobre a atenção à saúde do idoso no âmbito da atenção básica com o intuito de instrumentalizar o trabalho dos profissionais da equipe saúde da família para assistir essa população específica com ênfase na promoção da saúde, incluindo políticas direcionadas ao idoso no Brasil e no mundo, papel dos membros da equipe de saúde da família no planejamento de ações e avaliação de riscos em saúde do idoso, bem como as ações da clínica e do cuidado relacionados aos principais agravos de saúde, e de forma integral e personalizada, considerando seu contexto social, cultural, econômico e político e determinantes de saúde.
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Referências externas para consulta à legislação dos códigos de ética profissionais das áreas de Medicina, Odontologia e Enfermagem.
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Este objeto inicia apontando o interesse dos enfermeiros nos cuidados com os idosos, como a enfermagem gerontológica se ampliou com o número crescente de cursos de especialização e a conscientização dos profissionais da saúde sobre a complexidade do cuidado de enfermagem direcionado aos idosos. Segue citando o crescimento da população de idosos e a necessidade de estratégias capazes de produzir um envelhecimento saudável, e de que a atenção integral à saúde do idoso é alcançada por meio do Processo de Enfermagem e da Classificação Internacional da Prática de Enfermagem. Cita também que a enfermagem deve propiciar que a família faça narrativas, nas quais entremeie dados de sua história e da situação atual e não só do cuidado por alguma situação de saúde. Termina citando o genograma e o ecomapa como valiosos instrumentos e que é necessário atentar para a inserção dos membros idosos da família e sua dinâmica nestes instrumentos. Unidade 5 do módulo 8 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
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Este objeto inicia abordando a enfermagem e sua necessidade de utilizar os instrumentos profissionais de sua área ao cuidar do idoso, sistematizando a sua atenção, que conta com um certo número de sistemas de classificação de termos da linguagem profissional. Cita que o Conselho Internacional de Enfermeiros busca um sistema com uma linguagem unificada, compartilhada mundialmente e que a Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem é a sua escolha. Segue explicando os componentes da CIPE como elementos da prática de enfermagem e em sua versão CIPE® 2.0 é apresentada uma estrutura de classificação formada por 7 eixos: Foco; Julgamento; Cliente; Ação; Meios; Localização e Tempo. Termina colocando as recomendações para cada eixo para criar as declarações de diagnósticos. Unidade 5 do módulo 8 que compõe o Curso de Especialização em Saúde da Família.
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Tópico 1 – Avaliação das necessidades de cuidado e a família O tópico ressalta a importância: de avaliar as características e necessidades do idoso buscando seu envolvimento nas decisões sobre o próprio cuidado e atividades; do diálogo entre os profissionais da equipe, com a família e como próprio idoso para resultados eficientes para a saúde integral desse último. Apresenta a CIPE do CIE e o quadro de avaliação das necessidades de cuidado de enfermagem do idoso, informações sobre enfermagem gerontológica e a abordagem criativa na identificação e valorização das potencialidades do idoso. Trata da família como foco no cuidado com o idoso e o papel da ESF na orientação, educação e conscientização para essa tarefa. Tópico 2 – Histórico de enfermagem, exame físico e imunizações O tópico mostra a necessidade de os profissionais de saúde compartilharem as informações para a avaliação completa das condições de vida do idoso, os cinco pontos-chave de Potter e Perry (2005) para avaliação de enfermagem do idoso, a necessidade da abordagem preventiva e o APGAR, a avaliação do funcionamento familiar e da atenção à pessoa, os princípios a observar no momento do exame. Trata, também, das imunizações, da alimentação, da Caderneta da Pessoa Idosa e propõe um caso para reflexão. Conteúdo Online do módulo de Atenção integral à saúde do idoso: Cuidados de enfermagem à saúde do idoso para enfermeiro. Unidade 3 do módulo 14 para dentista que compõe o Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família.
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Apresentação em powerpoint narrado que sintetiza e apresenta as atribuições básicas dos profissionais que integram as equipes de assistência domiciliar.
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Texto que compõe a unidade 2 do módulo eletivo "Cuidado de Enfermagem em Gerontologia” do curso de especialização em Saúde da Pessoa Idoso produzido pela UNA-SUS/UFMA. Aborda a funcionalidade e os desafios na Atenção Básica, os cuidados da Enfermagem em diversos cenários de atenção ao idoso (síndromes geriátricas) e os conceitos elementares de gestão do cuidado prestado por cuidadores informais e profissionais de nível médio na Atenção Básica.
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Este estudo teve como objetivo analisar na literatura nacional a produção científica relacionada aos riscos ocupacionais que estão expostos os trabalhadores de enfermagem. Optou-se por trabalhar com revisão narrativa através de levantamento bibliográfico em dois Bancos de dados oficiais vinculados a Biblioteca Virtual da Saúde-BVS: LILACS e BDENF onde foram selecionados 15 artigos. O estudo evidenciou como prejuízos à saúde física e mental dos trabalhadores de enfermagem: prolongadas jornadas de trabalho, ritmo acelerado de produção, por excesso de tarefas, automação pela realização de ações repetitivas com parcelamento de tarefas e remuneração baixa, em relação à responsabilidade e complexidade das tarefas executadas. Encontra-se entre os trabalhadores de enfermagem um grande número de acidentes e doenças ocupacionais. Os problemas que de fato afetam estes trabalhadores são: o estresse, as lombalgias, a hipertensão.
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O Acolhimento constitui-se numa etapa do processo de trabalho em saúde que traz um novo significado na relação profissional-usuário, o qual é considerado em sua subjetividade. Representa um importante instrumento para a humanização da atenção à saúde. O objetivo deste estudo é identificar as concepções que a equipe de enfermagem do Programa de Saúde da Família do Centro de Saúde Granja de Freitas, regional Leste do município de Belo Horizonte - Minas Gerais tem de acolhimento, identificar facilidades e dificuldades em sua prática e descobrir se ocorreu capacitação específica para sua implementação. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados através de uma entrevista semi-estruturada em novembro de 2009. Os resultados apontam o acolhimento como um momento de ouvir, de realizar uma escuta qualificada ao usuário, humanizar a assistência. Nenhuma das participantes recebeu algum tipo de capacitação específica para realizar o acolhimento. O aumento do vínculo apareceu como facilitador e como dificultadores foram citados: número de vagas disponíveis na agenda médica, demanda volumosa, falta de médico no Centro de Saúde. Conclui-se, que apesar das limitações apresentadas, o acolhimento é vivenciado visando a humanização da assistência, a criação de vínculo; há necessidade de uma reestruturação de agendas médicas, capacitação para o acolhimento e aumento do número de profissionais.
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Este estudo objetiva destacar as estratégias que podem ser utilizadas pelo enfermeiro para a realização de ações comprometidas com a promoção da qualidade da assistência de enfermagem na Estratégia Saúde da Família, através de uma revisão integrativa da literatura. A ESF busca romper com paradigmas cristalizados e incorpora novo pensar na perspectiva de mudança do modelo assistencial, além da formação do vínculo que ocorre pela aproximação entre usuário e trabalhador de saúde, objetivando envolver afetividade, ajuda e respeito, formando sujeitos autônomos, tanto profissionais quanto usuários, pois não se reconhece vínculo sem que o usuário seja reconhecido na condição de sujeito, que fala, julga e deseja. Daí, entender a relação entre usuários e profissionais ser um dos pilares que sustenta a estratégia do acolhimento. Nesse sentido, o acolhimento constitui uma forma de humanizar e organizar o trabalho em saúde, indo ao encontro das propostas da Estratégia Saúde de Família (ESF). Dessa maneira, o acolhimento possibilita encaminhar as necessidades mais imediatas da população atendida, preservando a equidade na atuação da ESF e a organização da demanda na assistência aos usuários.