794 resultados para Magic tricks
Resumo:
O presente estudo focaliza o processo de construção de significados nas brincadeiras de faz-de-conta por crianças de uma turma de educação infantil ribeirinha da Amazônia, a partir das formulações da psicologia histórico-cultural. Nessa perspectiva teórico-metodológica, o ser humano se constitui enquanto sujeito por intermédio da internalização/externalização dos significados do seu grupo sócio-cultural, que são construídos durante as interações dialógicas. A principal atividade pela qual a criança pré-escolar efetua esse processo é a brincadeira de faz-de-conta, por oportunizar que a criança opere diretamente com os significados compartilhados no contexto sócio-cultural em que vive. Desse modo, o objetivo desta pesquisa foi examinar as interações dialógicas que acontecem durante as brincadeiras de faz-de-conta de crianças de uma classe de educação infantil ribeirinha da Amazônia para identificar os significados construídos nas interações e verificar como, por meio deles, as crianças se co-constroem enquanto sujeitos e participantes da cultura. Para tanto, realizei um estudo de campo nas turmas de educação infantil de uma unidade pedagógica, localizada na Ilha do Combu, município de Belém Pará, ao longo dos anos de 2003 a 2006, que foi dividido em duas etapas distintas. No primeiro momento da pesquisa, efetuei a caracterização do contexto sócio-cultural de vida das crianças que freqüentavam as turmas de educação infantil. Os participantes dessa etapa foram treze crianças que freqüentaram a classe de educação infantil no ano de 2003, sendo onze meninos e duas meninas, entre quatro e cinco anos de idade, a professora da classe de educação infantil e os responsáveis pelas crianças. As crianças e seus familiares foram entrevistados. As crianças foram observadas brincando em suas casas. Analisei os temas, os parceiros, os locais, os objetos e os significados construídos nas brincadeiras. No segundo momento, realizei a análise microgenética das interações dialógicas que ocorreram nas brincadeiras de faz-de-conta. Os participantes foram dezesseis crianças que freqüentaram a classe de educação infantil no ano de 2005 e a professora. Os dados analisados apontaram: 1) Os modos de construção dos significados pelas crianças e entre elas e a professora; 2) Os tipos de significados construídos: sobre o mundo, sobre si mesmo e o outro e sobre a relação do si mesmo com o outro; 3) A origem dos significados construídos; 4) A relação cultura-subjetividade. A caracterização do contexto sócio-cultural revelou que apesar de estarem em contato com o contexto urbano, as crianças mostraram-se vinculadas, principalmente, ao contexto ribeirinho. A análise microgenética das interações dialógicas durante as brincadeiras mostrou que os significados sobre o mundo, sobre si mesmo e o outro e sobre a relação do si mesmo com o outro, compartilhados no contexto sócio-cultural da Ilha do Combu, foram internalizados, passando a constituir as subjetividades das crianças investigadas. Indicou ainda que o faz-de-conta, por si só, independente da participação de outras crianças e do adulto, contribui para o processo de constituição cultural da criança, mas pode ser enriquecido com a participação de outras crianças e da professora, que respeita a iniciativa, a cultura, o nível de desenvolvimento da criança e tem clareza de seu papel de planejar e conduzir o ato pedagógico numa determinada direção. Outras crianças contribuem aumentando a motivação para a brincadeira, incluindo elementos novos de seu universo cultural, renovando os temas, oferecendo modelos a serem representados e criando oportunidades de complementação que impliquem em desafios a serem ajustados durante as interações aos níveis de desenvolvimentos dos parceiros. A professora contribui planejando ambientes interativos - criança-criança e criança-professora, respeitando a atividade e o nível de desenvolvimento das crianças, destacando os significados construídos de forma ativa e interativa e, em alguns, casos redirecionando as brincadeiras, com vistas à constituição de um determinado tipo de subjetividade e não de outro. Em suma, o estudo revela como por meio dos significados construídos nas interações dialógicas, as crianças participam de sua cultura coletiva e constituem-se como ribeirinhos amazônidas.
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Na busca por articulações entre psicanálise e práticas culturais – aqui representadas pela magia do cinema – o presente trabalho propõe uma releitura do filme Encontros e Desencontros, utilizando-o como interlocutor privilegiado para uma discussão acerca do trato com a alteridade. Mais especificamente, direcionaremos nosso olhar para a possibilidade, presente tanto na clínica analítica quanto no filme em questão, do encontro com o inominável de si mesmo por intermédio de um estrangeiro. Trata-se de um entrechoque dialético entre o estranho mais íntimo e o íntimo mais estranho, este último vinculado ao processo primário, à lógica do inconsciente. Diante disto, aposta-se aqui que, muito embora esta não familiaridade em geral apareça vinculada a uma desconfortável angústia, possamos vislumbrar para ela uma outra expressão: aquela de potência construtiva rumo à abertura de sentido.
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No imaginário feminino da Amazônia Paraense, migrar é um sonho, cujo conteúdo onírico faz parte não só de uma estratégia de sobrevivência, como também de uma busca por ressignificação dos lugares/construções/imaginário/ atribuídos ao feminino, na herança cultural sexista, racializada e heteronormativa imposta na e para a região. Muitas sonham viver em um contexto livre da violência; ter uma casa bonita, filhos saudáveis e um marido bondoso; outras sonham ganhar muito dinheiro trabalhando na prostituição, como dançarinas ou qualquer trabalho que possibilite a realizarão daquele ou de outros sonhos. Todas já escutaram estórias de outras bem sucedidas que migraram, e hoje possuem carro, roupas caras e uma casa para morar. Ouvem dizer, que há boas perspectivas em torno dos Grandes Projetos, mas não fazem ideia de como chegar, pois, muitos desses locais são de difícil acesso, como minas e garimpos. Já ouviram dizer que “no estrangeiro” sua exoticidade rende muito dinheiro. Outras, já ouviram estórias ruins de gente que foi escravizada, presa, deportada ou morta. Mas, apostam na sorte e acreditam que o risco vale a pena. Sabem o quanto é difícil sair do país, tirar passaporte, negociar em outra língua, outra moeda, lidar com uma burocracia complexa, exigente e uma legislação rígida e restritiva. Acreditam que se tentassem migrar sozinhas, sem o apoio de alguém com experiência no ramo, provavelmente não conseguiriam. Até que, aparece alguém se dizendo com experiência e com a oferta de providenciar tudo, com um simples toque da varinha de condão...O tráfico de pessoas, especialmente o feminino para fins de superexploração sexual - que inclui mulheres, travestis e transgêneros é uma violação de direitos humanos no contexto da migração. Terceira atividade ilícita mais lucrativa do planeta perde, segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, apenas para o tráfico de drogas e o de armas. Possui natureza multifacetada marcada por uma dupla regulação: a capitalista e a identitária, cuja finalidade é sempre o trabalho escravo, incluindo o casamento servil e a prostituição forçada. Seu contexto extrapola a esfera criminal, perpassa por questões culturais e de gênero. Seu enfrentamento reclama o reconhecimento da diversidade democrática, do direito à não discriminação e dos parâmetros de direitos humanos.
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O texto que segue tem como objetivo propor uma leitura do conto “Presepe”, de Guimarães Rosa, mostrando o caminho trilhado pelo personagem Tio Bola para reviver o momento do nascimento do menino Jesus, rompendo os limites impostos pela realidade e recuperando o instante sagrado, com todas as transformações que essa decisão acarreta ao personagem. O conto narra um instante mágico de elevação do sujeito, uma verdadeira torrente de imaginação, poesia e fé. Toda essa atmosfera está repleta de símbolos, que representam o coletivo e o individual, e compõem a trama poética do conto.
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Denomina-se Neopentecostalismo o movimento religioso que se configurou no Brasil, na década de 1970, como uma ramificação do chamado Pentecostalismo clássico, surgido nos Estados Unidos da América, no início do século XX. Para a pesquisa do tema proposto, adotam-se como principais fontes as literaturas neopentecostais, matérias jornalísticas da mídia impressa, depoimentos de líderes e fiéis, observações presenciais e programas veiculados pela mídia. Utilizam-se como referencial teórico-metodológico, parâmetros da Nova História Cultural, priorizando-se os conceitos de apropriação, circulação cultural, habitus, imaginário e longa duração. Da análise aqui empreendida, constata-se que a leitura da Bíblia exerce um papel preponderante nas práticas deste segmento religioso ao orientar o comportamento coletivo e configurar um fertilíssimo passado cultural. Na magia dos ritos e na riqueza símbólica ali adotados, percebe-se um substrato cultural legado das crenças afro e da religiosidade popular católica, o qual é sincreticamente re-significado a partir de elementos da tradição evangélica.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR
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The life and work of Tatiana Belinky are steeped in fantasy, his works speak of magic and charm of the stories. This research aimed to investigate the knowledge that teachers in the early years of Primary Education (Early Childhood and 1st year of elemen tary school education) have on the work of Tatiana Belinky. Therefore, a survey research theoretical framework in printed documents and digital media (websites and platforms indexed) was performed in order that he might collect data about the life and work of this writer. Concomitantly, the benchmark survey, a field study with teachers from preschool (4) 1st year of elementary school (2), a public school in the town of Jaú, in which a questionnaire semi - structured questions was used was performed . The survey and qualitative study, a case study allowed the lifting of the life and work of the author, approximately 104 considered early childhood education. As to knowledge of teachers studied in the research almost all said they knew the author, however there were few works cited by them
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Pós-graduação em Matemática em Rede Nacional - IBILCE
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O mestre (1963), written by the Portuguese author Ana Hatherly, continues to challenge our reading due to its disturbing nature. The text is not only connected to and transcends the emerging modernity of the Portuguese poetic avant- -garde experimental proposals of the period, presenting itself as a permanent intriguing text. This paper examines the narrative procedures put into action in order to destabilize the relationship I – the Other (master and apprentice), multiform agents, producers of metamorphosis and disturbing actions. The female narrator addresses love, truth, knowledge and power in an uncommon way and transforms the narrative into a magic practice, with surprising effects.
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Blood is one of the most important and powerful elements in magical and religious symbology. As it is an essential substance for animal survival, it does not sound strange that through the ages blood has been given many significant symbolic values (both positive and negative). It can provide life, protection and prosperity in the same proportion that it can cause calamities, destruction and even death. In Opus agriculturae, a farming treatise written by Palladius (V AD), more specifically in Book I, Chapter 35, the author presents prescriptions to protect farms against scourges and climatic phenomena. He mentions some procedures in which blood is a fundamental component in the success of the prescriptions. The aim of the present article is to identify any magic power associated with these practices, their specific symbolic value, especially when related to menstrual blood and to other feminine elements with some magical or religious value. An evaluation is also made of the extent of these symbologies in the context of other practices and situations linked not only to agricultural magic, but to religion and to the ritual practices of other communities, whether in ancient times or not.
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This work analyses the chapter 35, book I, of the agricultural treatise Opus agriculturæ, written by Rutilius Taurus Aemilianus Palladius (V C.E.). In that chapter the author presents some recipes, called remedia, to protect the farm and the garden against weeds and weather phenomena, as blight and fogs. The magical practices are identified according to both the fundamental principles of magic (similarity, contiguity, contrariety), which rule magical thought, and some elements of magical symbology. As the author seems not to distinguish magic and science, for he brings together both kinds of recipes, the analysis of some remedia emphasizes a specific study on the materials and substances employed in those recipes and their value in Science today. This leads to the discussions of how magical thought works, what are the limits (if they actually exist) between Magic and Science and between Magic and Religion. This work covers the subjects above and it has the following pourposes: demonstrate the characteristics that authorize the remedia described by Palladius to be classified as folk magic; identify the relations between this kind of practice with more complex forms of magic, as with religion, with science; demonstrate the contribution of the folk magic in ancient Rome farming for the formulation of more apropriated criteria of evaluating magic in comparison to religious and scientific thought.
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Blood is one of the most important and powerful elements in magical and religious symbology. As it is an essential substance for animal survival, it does not sound strange that through the ages blood has been given many significant symbolic values (both positive and negative). It can provide life, protection and prosperity in the same proportion that it can cause calamities, destruction and even death. In Opus agriculturae, a farming treatise written by Palladius (V AD), more specifically in Book I, Chapter 35, the author presents prescriptions to protect farms against scourges and climatic phenomena. He mentions some procedures in which blood is a fundamental component in the success of the prescriptions. The aim of the present article is to identify any magic power associated with these practices, their specific symbolic value, especially when related to menstrual blood and to other feminine elements with some magical or religious value. An evaluation is also made of the extent of these symbologies in the context of other practices and situations linked not only to agricultural magic, but to religion and to the ritual practices of other communities, whether in ancient times or not.
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Joaquim Manuel de Macedo was a highly acclaimed writer among nineteenth - century readers, although posterity treated his work with many reservations. Despite the severity of his critics, Macedo’s contribution undeniably cannot be limited to his books, but extends to the very concept of the novel as a genre during Brazilian Romanticism. This novelistic concept is fueled by the observation of everyday life as well as by aesthetic ideas brought to light by European Romanticism. Differently, however, in A luneta mágica [The Magic Looking Glass] Macedo employed aspects of the fantastic to produce a daringly critical and creative novel that contrasts vividly with other Romantic works in Brazil